Goodbye escrita por ticaminha


Capítulo 1
Chapter Unique


Notas iniciais do capítulo

Não sei se melhorei ou piorei com o tempo, ou talvez eu continue ruim. Divirtam-se.



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Arfava rapidamente, sem poder conter o nervosismo. Não era a primeira vez que fazia aquilo, mas era sempre perigoso e se alguém descobrisse estariam perdidos.

As presas afiadas a aterrorizava. Lentamente rasgavam sua carne, perfurando sua pele e ele poderia tirar de lá o que no momento lhe era mais necessário. O sangue quente num tom de vermelho opaco o levava a insanidade. Talvez ainda mais porque era de sua amada. Era inevitável. Toda a dopamina que tinha em seu corpo parecia surgir apenas quando estava ali, com ela, bebendo de seu sangue de forma ilícita.

Sempre “perfurava” um local diferente, às vezes seu pescoço, outrora, os pulsos. A garota já estava marcada e tais marcas eram vermelhas e roxas, semelhantes á um chupão, mas não era um simples chupão. Ficava fraca e mal conseguia sustentar-se nas próprias pernas, despencava como uma boneca.  Ele se preocupava muito e se arrependia, contudo não podia conter seus instintos e ela sabia que era essencial, e oferecia seu sangue para o que rapaz não morresse de sede, mas não seria isso prejudicial á ela?

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A neve fina caia sobre suas bochechas e andava rápido á procura de um abrigo. Precisava conversar com Kaname o mais rápido possível, portanto uniu o útil ao agradável e entrou no prédio onde ficava a classe noturna.

Respirou o ar quente de lá e sentiu-se aliviada. Subiu a escada em pulos e não encontrou ninguém nos corredores e em nenhuma outra parte. Temeu não encontrar Kaname por ali.

Yuuki dirigiu-se até os aposentos do rapaz, mas antes que batesse na porta puxou as mangas de sua blusa, cobrindo os pulsos e também a gola de seu uniforme que cobria o curativo em seu pescoço. Bateu na porta algumas vezes, sem resposta. Respirou fundo e voltou a bater na porta de madeira, sua mão já doía. Mexeu na maçaneta da porta e notou que a mesma estava aberta.

- Kaname? – chamou percorrendo os olhos pelo quarto escuro a procura do garoto.

- Entre. – respondeu sem demostrar o mínimo entusiasmo, se o tivesse teria atendido á porta na primeira batida. Assim Yuuki fez, adentrou no quarto fechando a porta atrás de si.

- O que faz aqui?

- Preciso conversar com você. – disse o olhando em meio à fraca luz que entrava pelas cortinas escuras. O rapaz levantou-se da poltrona vermelha em que estava sentado e se aproximou da garota que sentiu seu coração acelerar.

Aproximava-se dela cada vez mais até o ponto em que a mesma estava contra a parede. Segurou em uma de suas mãos e logo subiu para o pulso, apertando-o e Yuuki sentiu o local arder.

- Sobre o que quer falar hoje? – disse apertando justamente o local machucado da garota.

- Acho que tem que aceitar minha relação com Zero e devemos continuar amigos.

- Quer mesmo que eu aceite essa situação? – disse em tom sarcástico – Não vê que ele só faz mal a você?

- Ele não me faz mal algum, me faz mal te ver sempre trancado neste quarto. Nem o diretor você vê mais. – sentiu outra fisgada, agora em seu outro pulso, parecia até que o outro sabia que ali não deveria ser tocado.

Soltou os pulsos da garota com delicadeza, colocando suas mãos geladas em seu pescoço, abaixando sua gola que cobria o curativo. Yuuki estremeceu e permaneceu imóvel. Kaname puxou o curativo com certa brutalidade jogando-o no chão, o cheiro de sangue chegou rapidamente ás suas narinas o deixando alterado, mas ele sabia se controlar.

- É isso que ele faz com você? – sussurrou em seu ouvido, e os lábios frios do rapaz roçaram o local machucado juntamente com as presas.

- P-porque é tão frio? – murmurou com a respiração presa, a distância entre os dois era mínima.

- Porque eu sou um vampiro? – esboçou ironicamente.

- Mas agora está frio também por dentro e não era assim. – mal conseguia falar com os lábios do rapaz em sua orelha.

Kaname puxou as mangas da blusa de Yuuki agora deixando seus outros machucados expostos e segurando seus pulsos colocaram-nos contra a parede. Os olhos de Yuuki lacrimejaram e ela podia ver os olhos negros do rapaz, que esbanjavam ternura agora estavam sérios, tristes.

- Yuuki, você também não era assim. – disse a encarando e com a voz trêmula.

Não conseguiu responder, de fato tudo havia mudado muito mesmo contra a vontade de todos. As lágrimas escorriam pelas bochechas da garota e Kaname sentia seu coração se partir em vários fragmentos enquanto via aquela cena. Queria a ter por perto, envolve-la em seus braços e protege-la de qualquer ameaça ou perigo que pudesse vir a atormentá-la. Queria fazer exatamente como era antes.

- Kaname... – os olhos vermelhos brilhavam devido às lágrimas, os longos cílios estavam encharcados e antes que pudesse terminar sua frase seus lábios foram calados com os lábios dele.

Era um beijo doce e proibido. Também era quente e lento. Yuuki tentou lutar contra, mas as mãos do rapaz a envolveu de forma que lutar seria inútil, seguravam seu rosto de forma tão aconchegante. Os lábios frios de Kaname tocavam os de Yuuki que eram quentes e não havia pressa. A respiração de ambos estava acelerada e ficou mais suave já que não se podia resistir.

Quando se separaram a boca dela estava vermelha e uma gota de sangue escorreu de seu lábio inferior, mas antes que pudesse levar a mão à boca para limpar Kaname aproximou-se e sugou lentamente seu lábio até que o sangue parasse de escorrer lentamente.  Os olhos de Yuuki estavam arregalados, demonstrando surpresa, pois sabia que aquilo era errado, e duplamente errado, pois estava com Zero.

O rapaz afastou-se da garota e jogou-se na cama cuidadosamente arrumada, colocou uma de suas mãos sobre os olhos e suspirou. Um pouco de luz que entrou pelo meio das cortinas iluminou seu rosto pálido, o deixando ainda mais encantador. Yuuki ainda estava no mesmo lugar que Kaname a deixara.

- Não se esqueça de fechar a porta quando sair.


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Notas finais do capítulo

Continua a saga de Yuuki? Quem sabe, depende de vocês. Comentem!



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