Seis Amores, Um Coração escrita por PequenaNerd


Capítulo 15
Capítulo 15 - Tortura


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a > pequena < demora, mas voltei :P
Tenham uma boa leitura :D



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Eram um pouco antes das 8:00 quando me levantei. Minha mãe fazia questão de ir à praia o mais cedo possível, para poder colocar o guarda-sol no lugar perfeito e pegar um sol sem o risco de possíveis problemas de pele.

Levantei-me e logo coloquei meu maiô. Vesti uma blusa regata simples com uma bermuda jeans e meus chinelos. Fui ao banheiro e desci para tomar o café, porém, para a minha surpresa, a mesa estava vazia e meus pais prontos para sair.

– Cadê sua bolsa? - Perguntou minha mãe, levantando os óculos escuros para me encarar.

– Eu... ia arrumá-la depois do café.

– Meu amor, estamos viajando, acha mesmo que eu vou mexer no fogão? - Ela colocou os óculos no lugar. - Termine de se arrumar, estamos te esperando no carro.

Bufei e voltei para o quarto, pegando uma bolsa qualquer e colocando algumas poucas coisas nela: protetor solar, celular, toalha, óculos escuros e chapéu. Rumei para a garagem e entrei no carro. Em um instante, já estava vendo os imensos coqueiros passarem pela janela do automóvel rapidamente.

Chegamos em um restaurante de frente à imensa água salgada da praia. Nos sentamos e pedimos algo leve, provavelmente voltaríamos ali para o almoço em poucas horas. Comemos distraidamente, conversando e rindo, e assim que terminamos, fomos direto pegar um lugar na areia.

Assim que nos acomodamos, parei para apreciar a vista. Meu pai foi dar um mergulho, e aproveitei para ir até o limite da maré. Sentei-me no chão escurecido pela água e fechei os olhos. A brisa era maravilhosa, e o cheiro de mar adentrava as minhas narinas como um perfume. Porém, assim que abri os olhos, vi uma moça esbelta, com seus longos cabelos loiros e ondulados, correndo e dando um belo mergulho. Percebi que as pessoas a olhavam, umas com admiração e outras com inveja. No meu caso, era uma mistura de raiva e medo. "O Nathaniel está aqui".

Voltei depressa para junto de minha mãe, peguei o chapéu da minha bolsa e me encolhi debaixo do guarda-sol.

– Tudo isso é medo de sol? - Perguntou meu pai, risonho e molhado. Não respondi.

– Querida, passe protetor solar e vá se divertir. O que seus colegas irão dizer se você voltar sem nenhuma marquinha? - Disse minha mãe, calmamente.

– Estou bem assim. - Disse simplesmente.

Passou-se alguns minutos, até que meu pai tirou o chapéu de minha cabeça. Olhei para ele e minha mãe puxou meu braço, fazendo-me virar para ela. Assim que fiz tal movimento, senti algo viscoso em meu rosto, logo sentindo também o cheiro do protetor solar.

– Certo, agora tire essa camiseta e esse shorts. Você está na praia, meu bem.

"Ok, não tenho escolha!". Eu havia ido para praia para me distrair e estava fazendo o oposto disso. Fiquei apenas com meu maiô, espalhando protetor solar em todas as áreas expostas de meu corpo. Coloquei meu chapéu, mas antes que pudesse sentar novamente, este foi tirado da minha cabeça.

– Pai... - Disse rindo e me virei na direção em que o chapéu foi puxado. Meu sorriso deu lugar a pura surpresa quando vi Nathaniel.

– Acho que não. - Ele sorriu - Como vai, Shiemi? Não sabia que viria para Trymont.

– Que coincidência incrível, não?! - Foi tudo que consegui responder, lançando um rápido olhar aos meus pais, que nos fitavam atentos. - Então... Este é Nathaniel. Lembram-se dele? - Torcia que eles dissessem sim, mas suas expressões continuaram sérias. - Ele era representante de turma...

– Não acredito! - Minha mãe exclamou, levando a mão a boca em tom de surpresa. - Richard, ele estudou com a Shiemi. Aquele menino, que sempre andava com ela.

– Lembro... - Meu pai sorria - Shiemi nunca mais achou um amigo tão bom quanto você, hein?!

Senti minhas bochechas corarem, e não pude evitar um sorriso ao ver como Nath ficara feliz em ouvir tão comentário.

– Fico feliz em revê-los, Sr. e Sra. Tyler. Me mudei para Hill Valey há poucas semanas atrás, pensei que Shiemi tivesse comentado.

Olhei para Nath e percebi seu olhar levemente ressentido. No entanto, minha mãe fez questão de me ajudar.

– Ela deve ter comentado sim, mas nós, adultos, temos sempre a cabeça ocupada.

– E claro, quanto mais velhos, mais esquecidos. - Meu pai disse, recebendo uma reclamação de minha mãe. Todos rimos.

– Bom, tenho de ir. Seria bom se jantássemos hoje a noite, que tal? - Nath deu a ideia, olhando primeiramente para mim e depois para meus pais, que concordaram imediatamente. - Combinado então. Até mais, Shiemi.

Vi-o se afastar e pude perceber claramente o olhar de meus pais, insinuando algo que eu preferi não tentar entender. Sentei-me na areia e pensei na longa noite que iria enfrentar. "Até que não foi tão difícil conversar com Nathaniel... Mas ter que jantar com a Ambre? É tortura!"

*****

No final da tarde, decidi andar um pouco pela praia. Caminhei rente à maré, sentindo a água bater em meus pés. Pensava em coisas aleatórias, e decidi sentar-me em uma grande rocha escura. Tentei subir uma vez, mas percebi que ela estava úmida. Tentei novamente, dessa vez me apoiando em alguns buracos presentes na pedra. Porém, quando estava conseguindo escalá-la, meu pé escorregou e eu caí, arranhando meu joelho.

– Você está bem? – Ouvi a voz de Nathaniel e logo pude reconhecer sua face.

– Estou mais envergonhada que com dor, pode acreditar. – Ele sorriu.

– Não seria mais fácil você subir por ali? – Ele apontou para uma pedra menor que ficava ao lado da grande rocha.

– Como eu posso ser tão distraída?

– Acho que seu cérebro sabe que eu sempre estarei perto pra te proteger. – Nath disse em um tom distraído, sorrindo e me fazendo sorrir junto. – Vem, vamos subir na rocha.

Com sua ajuda, consegui subir no topo da grandiosa pedra. Tudo parecia mais bonito lá de cima, incluindo o lindo sol que era engolido pela água, deixando rastros vermelhos e laranjas no céu.

– Obrigada, Nath.

– Eu que te agradeço por ter vindo passar as férias aqui. – Ele me olhou com carinho – Não seria fácil passar um mês sem ver você caindo. – Eu dei uma gargalhada. Ele abaixou o tom da voz, sem perder seu contato visual comigo – E também não seria fácil ficar um mês sem ouvir o som dessa sua maravilhosa risada.


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Notas finais do capítulo

Aeho, postei o/ Espero que tenham gostado :D
Beijos e até o próximo capítulo!



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