O Elmo Roubado escrita por Jota a


Capítulo 7
Conhecemos a Deusa da Boa Morte


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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JULLY

Quando Nico disse “cara” eu realmente esperava ver um cara saindo da casa, usando roupa social e um sorriso largo. Mas isso seria normal de mais para tudo que eu vinha presenciando nesses últimos meses. Talvez uma metamorfose de cachorro, cavalo, administrador de empresas e jacaré saísse daquela porta. Mas o cara era ela. Era pálida como Nico. Os cabelos negros lembravam vagamente os meus, porém ela não tinha franja. A clavícula era alta e ela tinha postura de modelo.

- Olá, meus queridos! Entrem.

Olhei para Nico, ele tinha cara confusa como se não soubesse se podia confiar nela. A mulher era bonita de mais para ser boazinha.

E para completar, entramos na mansão da moça-bonita-porém-provavelmente-do-mal.

A casa por dentro era aconchegante, como se me convidasse para deitar e dormir pela eternidade. Tinha cheiro de bolo de chocolate.

- Sentem-se. Minha filha, Agamede vai preparar algum lanche para vocês. Não é, filha? – Ela se virou para a menina, provavelmente da minha idade que estava no canto da sala, até então não havia reparado na menina. A garota lembrava a mãe, porém parecia frágil e assustada. Ela se dirigiu para fora da sala e a mãe nos olhou com os grandes olhos negros.

- Ah, uma filha de Ícelus! Que honra! Ainda não ganhou a mecha no cabelo. Que pena! Estão em uma missão, não é mesmo? Fiquei sabendo. Ah, eu sou Macária. O que vocês desejam?

- Macária, tipo, A deusa Macária? – Frank pareceu engasgar com o ar

- Claro, sou filha de Hades como esses dois aqui. Ah, aquele deus egoísta e mesquinho!

- Não é bem assim! – Hazel se sobressaltou, mas Nico a conteve.

- Olhe Macária, precisamos de sua ajuda.

- Ah, que novidade! Vocês todos são muitos poderosos. O que lhes trazem aqui? Já sei! Querem uma morte alegre e sem dor não é mesmo? Me procuram para isso quase todos os dias. – Ela disse ignorando completamente o que Nico dissera

- Como eu disse, precisamos de sua ajuda. O Elmo de meu pai foi roubado e precisamos de ajuda para encontrá-lo.

- Ah, papai perdeu o Elmo? E por que eu o ajudaria? O que ele me fez de bom? Ficou com todo o reconhecimento. Ele e Tânatos ficam com todo a fama. Ninguém nem ouve falar de mim. E olhe, eu lhe garanto: você vai preferir morrer em minhas mãos à deles.

As palavras delam me acalmavam, era como as de Piper, filha de Afrodite. Tinha um charme na voz. Fazia-me querer pedir para ela contar uma história de ninar.

Então eu me lembrei das aulas com Annabeth: Macária é a deusa da “morte boa”, levava pessoas que morriam sorrindo, dormindo ou em qualquer situação alegre ou calma. Era filha de Hades com Perséfone, o que a fazia ser meia irmã de Nico e Hazel – estranho!

- Eu sei que muitos deuses não recebem o devido reconhecimento, vossa divindade, mas realmente precisamos de sua preciosa ajuda. – Frank disse, fazendo várias formalidades como se curvar diante da deusa.

- E se não nos ajudar, papai vai mandar as almas de todos que ele suspeite ter roubado o Elmo para os campos de punição. Você pode considerar que todas as almas vão para os campos. Ele acredita que Ares roubou seu Elmo, e isso pode desencadear uma guerra entre os deuses. Você sabe quem vai sair perdendo. – Nico ergueu uma sobrancelha e olhou para a deusa, desafiador.

- Ah, eu posso ajudar vocês. Mas quero algo em troca, claro – Ela sorriu divertida enquanto a filha colocava uma bandeja com vários muffins de chocolate.

HAZEL

- E o que você vai querer? – eu pegava um bolinho de chocolate que estava com a aparência ótima. E depois de todas as horas de viajem, comendo amendoins e bebendo sucos de caixinha, um muffin parecia ótimo.

- Eu não sei. Talvez a chance de levar a alma de todos vocês para o mundo inferior. Mas não creio que seja suficiente.

- Diga logo o que quer. – Nico parecia estar perdendo a paciência, também.

- Ah, tudo bem. Vocês, jovens de hoje em dia, são tããão apressados! Deveriam aproveitar mais a vida, sabe? Serem mais felizes e morrerem felizes, também.

- Você quer dracmas? – Disse Nico impaciente. Ele sabia dos poderes de Macária, ela estava nos seduzindo, tudo na casa era chamativo, as cores, os móveis, o cheiro e o gosto delicioso dos muffins de chocolate e claro, ela e sua filha. Era como se tudo na casa nos chamasse para morrermos, felizes.

- Não preciso de dracmas, meu querido. – Ela disse com a voz calma, como se tivesse todo o tempo do mundo.

Mas nós não tínhamos. Estávamos em uma luta contra o tempo. Papai estava ficando enfurecido, e isso não era nada bom – a menos que você goste de vê-lo em sua forma aterrorizante.

- Se vocês recuperarem o elmo de papai, quando forem entregá-lo deem um tapa em sua cara, por mim.

- É... deusa, isso é... isso é sério? Você quer que batamos em seu pai? O deus da morte? – Frank brincava com os dedos suados.

- Sim! É só isso que quero. Então, temos um acordo?

- De jeito nenh...

- Sim! – Nico me interrompeu – Temos um acordo, agora nos diga aonde temos que ir e nos ajude a chagar lá.


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Notas finais do capítulo

Comentem como imaginam Nico! E me desculpem pela ausência...