O Elmo Roubado escrita por Jota a


Capítulo 22
Uma oferta tentadora


Notas iniciais do capítulo

Espero que entendam esse capítulo e quero que não façam comentários ofensivos à nenhum dos acampamentos.
Queria lhes informar que a fic vai ter mais uns três capítulos até a finalização... :\
Estou sem criatividades e tendo provas frequentemente.
Qualquer ideia de capítulo adicional é só falarem que eu coloco aqui!



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JULLY

Acordei, me levantei e quando estava próximo à porta de meu quarto me lembrei das muletas. Prendi a respiração. Movimentei minha perna e percebi que conseguia andar muito bem sem elas. Peguei as mesmas e levei até a enfermaria. Entrei para Anna, que era do chalé de Apolo e agradeci por seus cuidados.

Durante o café da manhã não vi Hazel nem Frank, Nico me disse que eles estavam arrumando as malas para partirem.

Nico me convidou para um passei pelo acampamento. Andamos e paramos em “nossa pedra”. Ele se sentou e eu me sentei entre suas pernas. Ele me abraçou depois respirou fundo.

– Está lendo meus pensamentos?

– Não, isso cansa muito. E... prefiro que me diga o que está pensando.

– Quando me fez ter aquela visão no Vale Tudo de Éris, eu vi nós dois no acampamento Júpiter. Lá tem um lugar... Um vale onde é seguro para semideuses viverem. Talvez... eu não sei. Seria bom se pudéssemos ir para lá. Percy e Annabeth têm essa ideia em mente, mas os dois ainda têm muito o passar aqui segundo Quiron, e... Eles não são romanos. Eu e você... Temos as auras “sombrias” como dizem. Acredito que possamos ficar em qualquer um dos acampamentos. Lá você poderia fazer uma faculdade, talvez abrir uma escola de dança, se preferir. E acima de tudo, você ficaria em segurança.

Fiquei olhando para ele, tentando absorver tudo aquilo.

– Você está dizendo para irmos para o acampamento romano e morarmos lá?

– É, se preferir ficar no acampamento mesmo, não se preocupe: você não vai ficar sozinha. Lá as divisões são diferentes. Você pode ficar com Hazel e Frank.

– Eu não sei Nico. Eu gosto daqui e estamos em segurança aqui.

– Tudo bem, é só... só uma ideia – ele me abraçou mais forte e apoiou seu queijo em meu ombro. Ele parecia envergonhado.

Tentei entender o lado dele. Tudo o que ele tinha era a irmã que estava no outro acampamento. Eu nunca pediria para ele escolher entre uma de nós duas. Ele teria que alternar: alguns dias com ela, outros comigo. Isso seria cansativo. Eu ainda devia uma a ele. Eu nunca entendi essa guerra entre romanos e gregos mesmo.

E talvez, durante a viajem pudéssemos passar em minha casa, para eu ver minha mãe.

– Mas, talvez não seja má ideia. Quer dizer... Abrir uma escola de ballet para meio-sangues. Talvez isso ajude nas batalhas. – disse olhando para ele que sorriu para mim.

– Obrigado por me entender. E... por fazer essa loucura. – ele depositou um beijo em minha bochecha.

Ficamos ali por mais alguns minutos. Apreciando a tranquilidade. Fazendo absolutamente nada.

– Hazel e Frank vão voltar amanhã de manhã. É melhor você ir descansar e separar suas coisas. Vou comunicar Quiron sobre sua mudança. Até amanhã. – Ele deu um beijo e um beijo na testa.


JULLY

Sempre detestei despedidas. E essa foi sem dúvida a pior de todas.

– Você tem certeza de quer ir para o acampamento romano, Ju? – Annabeth havia me puxado para um canto próximo a saída.

– Tenho Annabeth. Eu realmente amo aqui, mas lá eu vou poder fazer faculdade sem ter perigo de ser devorada por algum professor-monstro. Nico e Quiron me explicaram algumas coisas sobre lá. Creio que eu vá gostar. – respondi sorrindo e pegando minha mala.

– Promete que vai nos visitar?

– Sempre que possível!

Ela me abraçou e tive certeza que poderia confiar nela para qualquer coisa. Annabeth era minha amiga com certeza.

Percy estava brincando com minhas muletas. Me despedi dele e pedi para ele devolver a muleta a enfermaria – lugar onde eu tinha deixado ela.

Ele tentou protestar, mas Annabeth lhe lançou um olhar severo e ele assentiu com a cabeça.

– Adeus, Jully. – Quiron me deu um abraço meio desajeitado.

– Hey, Ju! – Rachel vinha correndo. – Não ia embora sem se despedir de mim, não é? – ela só parou de correr quando nossos corpos se chocaram e por pouco não fomos ao chão. – Você vai ser feliz, Ju! Tenho certeza.

E aquilo foi a comprovação de que eu deveria mesmo ir para lá.

Entramos no Táxi: eu, Nico, Hazel e Frank. Olhei para trás e pensei eu tudo o que eu havia passado ali. Tudo o que eu havia aprendido.

Existia um mundo onde eu era alguém. As pessoas não tentavam se afastar de mim, pelo contrário, as pessoas daquele lugar gostavam de mim.

Continuei olhando para a entrada do acampamento até o táxi fazer uma curva e ele desaparecer de minha vista. Suspirei e Nico passou um braço sobre meu ombro beijando-me na cabeça.

– Vai ficar tudo bem. – ele disse com a voz abafada contra minha cabeça.

– Eu sei que vai.

Eu queria acreditar que iria.

Hazel ia no banco da frente conversando com o motorista sobre cantores e bandas antigas. Frank brincava com uma daquelas “armadilhas” chinesas que prendiam o dedo. Ele sorria toda vez que conseguia soltar os dedos do brinquedo.

Em menos de uma hora e meia, estávamos em Nova York. O motorista nos deixou na 3rd Av. próximo ao Flynn Playgrond. Andamos alguns quarteirões a pé - segundo Nico isso era uma "medida de segurança" - e paramos na porta de minha casa.

Era uma casa simples e pequena comparada às mansões que a rodeavam. Era antiga, mas conservada. Respirei fundo e tentei controlar minhas emoções.

– É aí? – Frank disse apontado.

– Sim.

Toquei a campainha. Dois minutos se passaram e ninguém atendia. Comecei a fica inquieta.

– Será que aconteceu alguma coisa? Será que ela está bem? Talvez alguém tenha entrado e feito alguma coisa ruim com ela, eu...

– Ei, está tudo bem. Ela deve estar tomando banho. – Hazel tentou me acalmar.

– Vamos esperar mais um pouco. Qualquer coisa entramos sem... permissão. – Nico averiguava as janelas da casa. Veio até mim e me abraçou de lado.


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Notas finais do capítulo

E aí, estão gostando? Alguma ideia do que possa acontecer?