O Elmo Roubado escrita por Jota a


Capítulo 17
Deixamos Algos entediado.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Espero que gostem! Boa leitura



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JULLY

Arrastei Nico para fora do quarto de Ponos. Apoiei seu corpo semiconsciente nos degraus e terminei com a ilusão. Ele abriu os olhos assustado e se sentou na escada. Ele olhou para mim e pareceu entender o que havia acontecido.

- Ah, obrigado, Ju. – ele respirou fundo e colocou as mãos no rosto.

Doía em mim ver Nico daquela forma. Ela havia me ajudado tanto no acampamento. Eu devia muita coisa para ele.

- Obrigado pela ilusão, mas por que me fez ver aquilo?

- Eu, hã, na verdade não sei o que eu te fiz ver. Era para ser alguma coisa que te acalmasse...

- Oh. – ele desviou o olhar olhando para a escada – então, vamos continuar. É o último quarto não é?

- Sim. Você tem certeza que não quer tomar um fôlego antes?

Ele se levantou e estendeu a mão para eu me levantar.

- Não temos tempo.

Enxugou os olhos e subiu a escada me puxando.

A quarta porta era de um vermelho vibrante. Parecia que vermelho era a “cor da missão”. Entramos na sala. Demos cinco passos adentro e Nico começou a se contorcer.

- O que? O que está acontecendo Nico?

Ele emitiu alguns gemidos e caiu no chão. Um homem estava encostado na parede olhando pela janela.

- Pare com isso! O que está fazendo com ele? – Me ajoelhei e olhei para Nico, impotente.

O homem olhou para mim e uma onda de calor percorreu meu corpo.

- Por que não está se contorcendo como ele, criança?

- Pare com isso! Por favor! Está machucando ele!

- Hum, uma filha de Ícelus. Interessante. É imune aos meus poderes. Que pena. Mas tudo bem. Posso torturar seu amigo até os meus dez minutos acabarem. – ele disse com indiferença sem tirar o olhar da janela.

- Não! Pare com isso. O que você está fazendo com ele? – Eu queria arrastar Nico para fora daquela sala, mas as portas de entrada e saída estavam fechadas. Eu não sabia o que fazer. Nico estava se contorcendo de dor e eu não conseguia fazer nada.

- Sou Algos, criança. Como você pode ver, sou o deus da dor. – Ele levou um dedo à boca e observou a cena. – Ah, vocês estão me deixando entediado.

Nico respirou fundo. A dor parecia ter sumido. Havia gotas de suor em sua testa que fazia com que seus cabelos grudassem na mesma. Ele continuou respirando devagar. Ainda deitado no chão ele apertou minha mão e a levou para perto de seu rosto. Eu o acariciei.

Sua pele era fria e ele tremia. Queria poder amenizar a dor que ele sentia – não só a física como a psicológica.

- Vai ficar tudo bem. – eu disse. Queria acreditar em minhas palavras.

Ele entrelaçou nossos dedos e beijou minha mão.

- Aaaaaai, que té-di-o! Alguns séculos atrás as pessoas sentiam dor com mais emoção. Sério. Vocês são tããão pacatos.

Ficamos ali. O deus olhando pela janela. Nico respirando vagarosamente e eu, inutilmente olhando ele.

Finalmente a porta se abriu e ajudei Nico a se levantar. Ele apoiou um braço em cima de meu ombro e fomos andando em direção à escada.

- Por favor, se forem morrer, morram com mais emoção. Drama meus queridos, dra-ma. – Algos gritava no quarto.

Nos sentamos na escada e Nico tirou uma garrafinha de néctar do bolso da jaqueta e bebeu.

- Vamos esperar aqui um pouco. Não adianta protestar. Você precisa descansar.

- O próximo andar é o de Éris, estamos quase lá. Não podemos parar agora, Ju.

- Temos tempo para você recuperar o fôlego.

Sentei-me do seu lado e respirei fundo. Nico tombou a cabeça para trás e fechou os olhos. Abracei meus joelhos e tentei absorver tudo o que estava acontecendo.

- Você está se saindo muito bem, Ju. – Nico sorriu.

- Não consegui te ajudar – suspirei e olhei para ele – Nico, sabe que não vamos conseguir sozinhos né? Precisamos de Frank e Hazel.

- Eles vão nos encontrar. Tenho certeza. – ele se levantou e me puxou pelo braço dando inicio a um abraço. – Eu não teria conseguido chegar até aqui sem você. Obrigado mais uma vez.

Ele afastou ombros de mim e tirou uma mecha da minha franja que caia em meu olho. Depositou um beijo longo em minha testa. Depois colocou a sua testa na minha fechando os olhos e me apertando contra seu corpo. Seu nariz estava encostando-se ao meu. Ele me beijou. Um beijo simples e cuidadoso. Como se ele tivesse medo de me machucar. Como se eu fosse uma boneca de porcelana.

Deu-me mais um beijo na testa e me abraçou novamente. Eu sentia sua respiração batendo na minha cabeça. Tinha um efeito tranquilizador. Era como se nada naquela hora pudesse dar errado – o que não era verdade, claro.

Separou-se de mim e me olhou.

- Bem, vamos recuperar o Elmo. – Nico disse e eu assenti. Entrelaçamos nossas mãos e seguimos para o encontro o Éris.

HAZEL

Duas horas havia se passado e Jully e Nico não haviam voltado.

- Será que estão em perigo? – Frank disse olhando o relógio dentro de um barzinho de esquina.

- Provavelmente.

- Então vamos seguir por onde eles foram e tentar encontrá-los.

- Vamos. Com certeza essa Foice dos Pesadelos que Ícelus nos deu na casa de brigas será útil.

- Essa foice é assustadoramente sinistra. – Eu ri

- Vamos lá, seu grande medroso! 


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo eu vou adicionar alguns passos de ballet (em francês e em português - da forma como se fala). Não se preocupem: no final no cap. eu posto todos os significados das palavras para vocês entenderem melhor. Se eu esquecer de alguma palavra me avisem!! Espero que tenham gostado. Mereço comentários? :D