Surreal escrita por im_contagious


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Até que enfim eu resolvi postar essa fic! *se morre* Já estava de saco cheio da Naty ficar me torrando as paciencias pra que eu postasse --' maaaaas... estamos aqui...
Os gazeboys não me pertencem.... nem um fiozinho de cabelo deles... e essa fic foi feita com a intensão de que eu não tinha nada para fazer mesmo... e resolvi criar algo pra passar o tempo... uiahiuahioua



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/3705/chapter/1

Surreal 

CAPITULO 1 -

 

Eu não sabia explicar. Talvez fosse algo que estivesse fora do meu alcance, ou talvez não fosse o momento para chegar em uma conclusão. Eu só sabia que tinha algo errado comigo. Não estava me sentindo bem realmente. Esperava mais de mim mesmo mas eu não conseguia. Parecia mais fraco, mais abalado do que o normal. Eu não era assim. As pessoas ao meu redor também perceberam a minha mudança. Kai – o mais atencioso como sempre – percebeu primeiro. Já era de se esperar.

Era uma segunda-feira. Nós estávamos em um intervalo dos ensaios quando ele veio falar comigo. Eu estava sentado na escada que dava para fora do estúdio, observando algumas pessoas que passavam por ali, sem dar muita atenção para o que acontecia de verdade.

 

- Você está diferente Uruha. – se sentou ao meu lado e me olhou com um ar de preocupação.

 

- Realmente. – respondi enquanto arrumava meus cabelos que insistiam em cair sobre o meu rosto.

 

- Quer falar sobre isso?

 

- Se você tiver tempo para ouvir as minhas bobagens de sempre.

 

- Bobagens? – perguntou com um sorriso daqueles que desmonta qualquer um. – Claro que não são bobagens Uruha. Eu fico preocupado com você. Você que sempre brinca e fala bastante, não tem feito mais nada além de ficar assim como agora, com o olhar distante e sei lá, vazio.

 

- Sabe Kai, ultimamente nem eu mesmo sei o que anda se passando pela minha cabeça. Às vezes eu acho que estou ficando meio louco. Eu tenho andado muito com o Reita, deve ser isso. – sorri ao ver que estava voltando com as piadinhas de sempre.

 

- Bom. Isso talvez seja um problema mesmo. – riu com o seu próprio comentário.

 

- Eu ouvi o meu nome aí ou foi impressão? – escutamos uma terceira voz e o fitamos encontrando um Reita com uma feição de curiosidade.

 

- Impressão sua meu caro. – disse com um sorriso no rosto que com certeza entregava que eu estava mentindo.

 

- Posso saber o que essas duas ilustres pessoas falavam sobre mim? – perguntou, cruzando os braços e ignorando o que eu tinha dito sobre não estarmos falando dele.

 

- Estávamos comentando sobre o fato do Uruha estar se achando um louco. – o baterista disse se levantando da escada.

 

- E o que eu tenho a ver com o Uruha estar ficando louco?

 

- Ele tem andado muito com você. – disse ao mesmo tempo em que corria para não ser atingido por um soco ou qualquer coisa que o baixista estivesse nas mãos.

 

- Volta aqui seu! – e saiu correndo atrás dele ameaçando arrancar fora as suas tripas e fazer cordas novas para o seu baixo.

 

- DEPOIS EU FALO COM VOCÊ URU-CHAN! – berrou para que eu escutasse, porque não iria ter sossego mais durante o intervalo.

 

- OK! – gritei e acenei com a mão também, mais em vão, porque nesse momento ele já estava a quilômetros, ao meu ver. – Esses dois ainda vão se matar.- Levantei-me e subi o resto da escada, indo de encontro ao corredor que levava para o estúdio.

 

Aqueles dois palhaços me fizeram esquecer um pouco dos problemas. Problemas que eu não sabia quais eram, e se eles existiam realmente. Talvez fosse coisa da minha cabeça. Eu estava bem, a Banda estava bem. Estávamos fazendo o maior sucesso com o novo Single, tínhamos shows todas as semanas, o que mais eu queria? Realmente a loucura estava subindo a minha cabeça. Mas eu sabia que faltava alguma coisa. Alguma coisa que eu de maneira alguma saberia o que era. E isso já estava me deixando cada vez mais irritado, por não saber o motivo do meu pseudoproblema.

 

Minha dedicação à banda era a coisa que me deixava esquecer de tudo. Eu vivia em função da Gazette, como os outros integrantes também. Meu tempo de folga – que já não era muito – eu usava para ensaiar mais e mais, com a minha mania de perfeição. Não que eu estivesse reclamando disso, porque era o que eu queria, e que era a única coisa que me preocupava na vida.

 

As outras coisas estavam todas nos conformes. Com a minha família, com os meus amigos, não tinha nenhuma namorada para ficar correndo atrás e... Bingo!Talvez fosse esse meu problema. Eu estava sozinho. Não sozinho no sentido de sozinho, mas... ah vocês entenderam ne? Bom. Se esse fosse o problema real da coisa, todos os outros também estariam com o mesmo certo? Que eu saiba, nenhum deles estava compromissado. Mas isso não quer dizer nada porque para tem algum relacionamento com alguém, não precisa estar realmente compromissado, digamos.

Por Deus! Eu preciso parar de pensar nisso. Eu já estou ficando paranóico. Realmente eu preciso de companhia. A companhia de um psiquiatra caberia como uma luva.

 

- Uruha! – uma voz familiar me fez sair dos meus pensamentos e voltar à realidade. Estava eu parado na frente da porta do estúdio como um poste travando a passagem de qualquer um. – Eu preciso pagar pedágio para entrar aí é? – disse meio enrolado, porque estava com um cigarro na boca. Também estava segurando uma pilha de caixas que quase tampavam todo o seu rosto. Pelo visto estava bem pesado.

 

- Depende. – sorri divertidamente porque estava a fim de brincar um pouco com a cara do meu guitarrista preferido. – Se você me responder uma pergunta eu o deixo passar.

 

- Fale. – disse virando os olhos, sabendo que daquela conversa coisa boa não sairia.

 

- Você Aoi, meu caro amigo e parceiro de banda há tantos anos, que eu admiro tanto e que me ...

 

- Pára de enrolar e pergunta logo que eu preciso deixar essas coisas lá dentro que isso está pesado!

 

- Hahahaha! Eu não quero perguntar nada não seu besta. Só estava vendo quanto tempo você conseguiria ficar segurando essas coisas ai sem reclamar. Pelo visto – olhei no meu relógio do celular com uma um sorriso divertido – não durou nem 10 segundos.

 

- Ah! Pois você que pensa! Por que eu estava aqui há séculos esperando você sair daí da frente. Mais parecia que você estava em outro mundo. Agora me dá licença antes que eu derrube isso tudo em cima de você.

 

E eu ri do jeito que ele falou, porque estava com o bendito cigarro na boca, que o deixava falando tudinho enrolado.

 

- Baka. – ele resmungou e eu ri mais ainda quando ele quase deixou tudo ir pelos ares, enquanto tentava me empurrar pra que eu saísse da frente e ele pudesse entrar no estudio.

 

O meu hobby favorito nos fins de semana era ficar em casa assistindo filmes. E os de dia de semana era com certeza irritar o Aoi.

 

- Vejo que o Uruha de sempre voltou. – disse já sem o cigarro na boca, enquanto sentava em uma das cadeiras que ficavam perto da porta onde eu estava.

 

 Então ele também percebeu que eu estava diferente esses dias. Mas como ele mesmo disse, eu estava melhorando. Talvez fosse a sua própria presença que me deixava mais alegre. Sempre foi assim.

 

- Eu estava aqui pensando... – me fitou querendo esconder aquele sorrisinho pervertido dele. – que deveria ter acontecido algo muito grave para você só começar a zoar com a minha cara só depois do segundo intervalo.

 

- Você sente falta tanto assim das minhas brincadeirinhas de mau gosto com você? – perguntei enquanto me sentava em uma cadeira bem ao lado da qual o outro guitarrista estava sentado.

 

- Não exatamente das brincadeirinhas, mas eu gosto de te ver rindo, nem que seja pela minha desgraça.

 

- Hahahaha! Só você Aoi... – abracei-o com todo o carinho que eu sentia. Eu e o Aoi tínhamos uma ligação que é bem difícil de se explicar. Talvez nem ele nem eu soubéssemos. Era tão bela a nossa amizade que ficava cada vez mais difícil não chamá-la de amor de verdade.

 

- Olha só que amor Reita. – foi nessa hora que eu levei o maior susto e soltei do abraço tão reconfortante que eu dava no meu amigo. Kai e Reita estavam parados na nossa frente observando com aqueles olhares de quem acabou de descobrir alguma coisa. Como se nós estivéssemos fazendo alguma coisa errada. Não estávamos se agarrando. Foi só um abraço! E vocês nem comecem a pensar besteira ouviram?

 

- Como vocês são silenciosos... – disse já me levantando e indo na direção da minha guitarra. – por falar em silêncio, onde o Ruki se meteu?

 

 

xxxxxxxxx

   

Aquilo não estava me cheirando bem. Eles estavam juntos demais, amiguinhos demais. Eu estava estranhando o comportamento deles. Ele não era o Aoi para ficar grudado o tempo todo com o Uruha. Aquilo estava me deixando com a pulga atrás da orelha, como dizem por aí. Será que eles tinham alguma coisa que eu não sabia?

 

E esse meu ciúme ridículo estava me deixando mais nervoso ainda. Já não dava mais para esconder o quanto eu gostava do Reita. Estava na cara, e só ele não enxergava isso. Eu precisava agir de alguma forma. Mais como? Talvez através de alguma música ele percebesse. Inútil. Não deu certo nas outras vezes e não daria agora também. Quem sabe se eu fosse franco e contasse de vez o que eu sentia e acabasse logo com essa agonia. Idiota. Ele riria de você. Ele não gosta de você, não do jeito que você deseja e espera.

 

Estava eu, sentado do lado de fora da gravadora, observando os carros e as pessoas passando por ali. Não estava nem aí se alguma fã me visse e fizesse o maior escândalo. Não estava preocupado com isso. Os meus pensamentos só me dirigiam a uma coisa e a uma só pessoa. Reita. Maldita hora em que você foi se apaixonar por ele Ruki, maldita hora.

 

E se referir a mim mesmo na terceira pessoa já esta se tornando um hábito.

 

- Até que enfim achei você. – aquela voz me tirou dos meus pensamentos enquanto se sentava ao meu lado e me fitava com um olhar bastante curioso. Não consegui decifrar o que ele queria dizer com as palavras que se seguiram.

 

- Estava querendo fugir dos ensaios? Senhor Takanori? Ru-chan... está me ouvindo? Terra chamando! – então ele começou a estalar os dedos na minha frente para ver se eu saia daquele transe.

 

- Reita! Perdão. Eu estava longe...

 

- Eu percebi. Mas vamos que os outros só estão nos esperando para recomeçar. – disse se levantando.

 

- Ok.

 

Sabe aquela voz, que fica dentro da sua cabeça dizendo o que você deve fazer em um momento como esses? É, a sua consciência. Pois naquele momento ela me dizia que eu tinha que abrir meu coração com ele. Por mais gay que isso parecesse.

 

- Reita. Espere.

 

- Sim?

 

Era agora. Eu não podia deixar passar.

 

- Vo-você está... bem, meu deus, como eu vou dizer isso...

 

- Diga com a boca Ruki.

 

Uma idéia surgiu na minha cabeça como um estalo. Ele disse para eu dizer com a boca então eu fiz. Adivinha o que a minha mente insana aprontou? Só tive tempo de segurar nos braços do baixista, puxá-lo para dentro da gravadora, fechar a porta com tudo e encostá-lo na parede e logo depois atacar aqueles lábios com toda uma vorassidade, quase um desespero de minha parte.

Com certeza ele não esperava a minha reação, mas ele correspondeu o beijo, que por sinal, me deixou nas nuvens, como se o tempo tivesse parado naquele momento e que só nós dois estivéssemos ocupando o planeta.

 

Minha consciência boa me dizia para me declarar e falar de todo o amor que eu sentia por ele. Mas eu resolvi escutar o outro lado dela e partir logo para a ação, por mais danos que isso causasse. E eu sabia que causaria. No momento eu não estava muito preocupado com as conseqüências do que eu acabara de fazer. Eu só queria curtir o momento q que se danassem as conseqüências finais. Não soube dizer quanto tempo demorou o beijo, só sabia que quando eu o cessei, meus lábios com certeza estavam avermelhados. Minha face também, claro.

 

A primeira coisa que fiz depois de abrir os olhos foi sentir um calafrio que eu não soube explicar da onde veio. Talvez medo da reação de Reita, talvez de vergonha por ter agido daquela forma tão, imatura e sem fundamento. Sem fundamento para ele, mas para mim, aquilo explicava tudo e mais um pouco.

 

            Ele olhou para mim com uma cara de curiosidade esperando que eu me explicasse pelo acontecido, mas eu deixei me corar ainda mais e ele riu. Foi a minha vez de olhar para ele como quem quisesse uma explicação.

 

- Você leva as coisas muito ao pé da letra Ruki. O que te levou a fazer isso? Foi só por que eu falei para que você falasse com a boca foi? – e sorriu de um jeito enigmático, me deixando sem saber se ele ficaria magoado mais tarde ou se realmente teria gostado do beijo.

 

- Me desculpe. Eu não sei o que me deu e...

 

Mais um beijo. Mais carinhoso dessa vez e por iniciativa dele. O que me deixou mais confiante e satisfeito. Realmente ele gostou e isso era o que importava agora. E eu podia parar com aquelas paranóias e ciúmes sem fundamento do Uruha. Que se danasse o ensaio, eu já não estava muito a fim de ensaiar mesmo, principalmente agora que eu estava nos braços do cara mais importante para mim no mundo.

  

xxxxxxxxx  

- Antes faltava só um, agora os dois sumiram. Eu vou atrás daqueles dois. – quando já estava me levantando do meu banquinho atrás da minha bateria, Aoi se manifestou.

 

- Não precisa. Olha eles ali, já estão vindo.

 

Finalmente eles chegaram. Um tanto estranhos mais chegaram. Reita estava com um meio sorriso no rosto, que me pareceu um tanto suspeito. E o Ruki me pareceu um pouco mais corado que o normal, e seus lábios estavam mais avermelhados também. Se minha mente fosse um pouco mais corrompida, eu juraria que aqueles dois estavam aos beijos. Mas como eu sou uma pessoa muito discreta e nem um pouco observadora deixei para lá.

 

- Até que enfim as duas criaturas resolveram dar o ar da graça. – eu disse já voltando ao meu lugar.

 

- Perdão Kai, a culpa foi minha. O coitado do Reita ficou me procurando esse tempo todo. É que tinha ido compra cigarros e acabei me distraindo na rua com algumas fãs que me pararam. – ele disse meio que tropeçando nas palavras. Claro que não era nada disso que tinha acontecido de verdade. Ai tinha coisa...

 

- Tudo bem, agente perdoa ne Aoi? – Uruha disse com um sorrisinho no rosto e se posicionando já com sua guitarra em seus braços.

 

- Claro. Sem ressentimentos meu caro.

 

- Bom, onde nós paramos da ultima vez? – perguntei, dando inicio há mais um dia cansativo de trabalho.



  xxxxxxxxx


[Avisos: xxxxxxxxx ->
significa a mudança de POV]

[ Notas: CARAAAAAAAAAAA QUE VIAGEM.... que fic é essa manos... Tá meia nosense velho... mais eu prometo que vai ter comédia pq eh a unica coisa que eu sei faze! por enquanto tah parada... mais vai te ação nisso aqui CARALHO! ò__ó tah... vai fazer mais sentido nos proximos caps...que aproposito , eu ja tenho alguns prontos ^__^então a atualização não vai demora tanto x) Eu não tenho ninguem pa beta isso aki... intão... sorry se tiver algum erro ai na gramatica... mais faze o que... ihauioha Mas então... reviews pelos deuses!!!!!! XDD *ja baxando um CDZ aqui*
tah ta.... eh soh isso gente... Falooooow! :**]

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surreal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.