My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 15
Frozen.


Notas iniciais do capítulo

Oi, como estão? :D Esse chapter demorou um pouquinho... Desculpem >.< haha é que as coisas estão bem tensas aqui... Manifestos, problemas... Isso tudo me deixa sem criatividade D: Porém farei o possível para atualizar o quanto antes! Vi nos comentários que algumas não curtem muito o Gold... Eu também hahaha Na verdade, eu amo o Rumpel, mas não consigo engolir o Mr. Gold ¬¬ haha ah, e tem algo que eu escrevi um dia desses, caso alguém queira ler, deixarei o link aqui -> http://fanfiction.com.br/historia/379234/Simples_Assim

Enfim, tenham uma boa leitura!



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Eram sete horas em ponto. A sala de jantar estava envolvida em um silêncio assustador – o único som que se fazia ouvir era o que os talheres faziam ao tocar os pratos já praticamente vazios. Os olhos da morena estavam fixos nos olhos castanhos do menino à sua frente. Ele levava o garfo à boca, mastigando um pequeno pedaço de carne, com um olhar quase que desafiador. Regina, que se deliciava com um pequeno pedaço de lasanha, sorriu para seu filho. A campainha tocou.

– Não lembro de estarmos esperando visita – Regina franziu as sobrancelhas e levou o guardanapo aos lábios, limpando-os. Se levantou e andou até aporta, Henry a acompanhando com o olhar, e abriu a porta.

– Xerife Swan – disse, surpresa com a audácia da Xerife em atrapalhar seu jantar com seu filho. – O que está fazendo aqui?

– Henry me convidou – os lábios da loira esticavam-se em uma linha fina e rígida.

– Acha mesmo que vou permiti-la na minha casa para o jantar depois de todas as ameaças que fez à minha família? – Regina disse incrédula, mas sem perder a postura de “superior” que era sua “marca registrada”.

– Não estou aqui para o jantar – os olhos verdes de Emma estavam carregados de raiva. “Olhos tão lindos não deveriam ser frios desse jeito...” a morena pensou.

– Para que veio, então? – ela estava confusa.

Um meio sorriso irônico surgiu nos lábios rosados da Xerife. Seu tom de voz era firme, determinado... Assustador. – Por você – quase cuspiu as palavras.

Regina olhou para a mesa na sala de jantar a procura do seu filho, pois precisava protegê-lo do que quer que fosse acontecer ali, mas o medo tomou o seu coração – e cada parte do seu ser – quando percebeu que o garoto não estava lá. Ela virou a cabeça para olhar para a loira e seus olhos se arregalaram. Parados à porta junto de Emma estavam Archie, o Grilo Falante; David Nolan e Mary Margaret Blanchard, o casal mais meloso e enjoativo de todos os reinos e, como não poderia ser diferente, do mundo real; Ruby e Granny, as mulheres lobas e por fim Leroy, o anão Zangado.

– Todos nós viemos – Emma disse, satisfeita.

Assustada, a Prefeita deu as costas para a porta, dando um passo em direção à escada, mas parou subitamente.

– Henry – sua voz nada mais era do que um sussurro ao ver o garoto, seu amado filho, parado no andar de cima com o olhar exatamente igual ao de Emma... E com uma corda em mãos.


–Henry, não! – Regina sentou-se na cama, suada e ofegante, agarrando o lençol com as duas mãos. Sentiu sua face queimar com as lágrimas que corriam incontrolavelmente. Olhou no relógio; eram duas e meia da manhã. Levantou-se, vestiu o robe de seda sobre a camisola branca e andou na ponta dos pés até o quarto de Henry, que dormia tranquilamente. Apoiou-se na porta e, agora um pouco mais calma, admirou o rosto cheio de paz do menino. Ele era tão inocente... Tão calmo e tão lindo quanto o mais belo dos anjos... Nem podia imaginar que abrigava os sonhos de sua mãe, sonhos esses nada agradáveis por assim dizer. A morena caminhou até ele, deu-lhe um leve beijo na testa e saiu, fechando silenciosamente a porta atrás de si.




Desceu as escadas sem ascender às luzes; o escuro havia se tornado mais confortável para Regina. Andou calmamente até seu escritório.




– Ah, céus – lamentou-se, deixando seu corpo cair sobre o sofá que ficava encostado na parede, fechando os olhos lentamente e jogando a cabeça para frente. Apoiou os cotovelos nas pernas e massageou as têmporas com os dedos indicador e médio. Sabia que aquele sonho lhe traria uma bela dor de cabeça durante o resto do dia. Se levantou, pegou uma dose de whisky e bebeu tudo de uma vez. Depois bebeu mais uma. E depois outra. E mais outra. Em circunstâncias normais, ela estaria apreciando calmamente sua deliciosa cidra caseira de maçã, mas a bebida mais forte a lembrava de Emma, e era nisso que a morena precisava pensar agora. Voltou a se sentar no sofá.


– Será que nunca vai dar certo? – ela sussurrou para si mesma, suspirando pesado logo em seguida. Depois de Daniel, Regina não se permitiu sentir algo por alguém apenas por medo de passar por tudo aquilo novamente. Ela não acreditava que pudesse ser possível sofrer tanto quanto sofreu com a morte do seu primeiro amor... Mas era melhor não arriscar, certo? Afinal, se tratando da vida de Regina Mills, tudo era possível. E as coisas que Gold lhe dissera a fizeram perceber que seu destino era sofrer. Sofrer por amor. “Amor é fraqueza”. E ela enfraquecera novamente. Lembrou-se do dia anterior; estava sentindo-se tão bem... Sentia-se tão completa nos braços de Emma que era quase impossível descrever a sensação. Então Gold chegou e, como sempre, trouxera novidades que estragariam o dia, a semana, o mês... Talvez a vida da morena. Agora ela teria que se afastar... Teria, talvez, que fazer de Emma sua inimiga. Ela agiu de maneira cruel com a loira quando ela foi deixar Henry em sua casa... Sentiu-se devastada ao ver a confusão e a mágoa que haviam se estabelecido do olhar da outra. E mais tarde, quando Emma fora lhe procurar, não deu sequer uma chance para que a loira falasse. Ela insistiu tanto, e tudo que Regina queria era beijá-la ali mesmo, dizer que estava perdidamente apaixonada por ela e que não queria mais ter que suportar nenhum tipo de distância entre as duas. Mas tudo que fez foi colocar a mesma máscara de sempre e, com um esforço imenso, fechar a porta “na cara” da Xerife. Quando ouviu o ruidoso fusca se afastando, encostou-se na porta e deixou seu corpo cair pesadamente até o chão, permitindo que seu coração se expressasse através das lágrimas que encharcavam seu rosto e sua camisa. Só então percebeu que estava chorando novamente. Deixou o copo em cima da mesinha de centro do escritório e subiu vagarosamente as escadas segurando forte no corrimão, tentando abafar seus soluços para que seu filho não acordasse. Depois de chegar ao seu quarto, deitou-se na cama e puxou a coberta até sua cabeça, abraçando seus joelhos, em posição fetal. Deixou que as lágrimas lhe fizessem companhia até que seus olhos começaram a pesar, e então dormiu rapidamente.


O despertador do seu celular a acordou exatamente às seis horas da manhã. Resmungou preguiçosamente enquanto desligava o maldito alarme, mas logo se lembrou que Henry acordaria em alguns minutos. Levantou da cama, foi até o banheiro e se despiu rapidamente. Ao passar pelo espelho de corpo inteiro que ficava atrás da porta, as marcas roxo-claras que as mordidas da Xerife haviam deixado em sua cintura chamaram sua atenção. Ela parou, analisando as marcas – que, além da cintura, também estavam em seus ombros e pescoço-, e desejando ter a loira novamente ao seu lado... Ou por cima dela... Tanto faz. Queria ter Emma todas as noites, todos os dias, todos os momentos... Afastou rapidamente aqueles pensamentos e entrou no chuveiro, cantarolando qualquer coisa para tentar se distrair. Quando estava terminando seu banho, ouviu duas batidas leves na porta.




– Mãe? – a voz sonolenta de Henry chegou aos seus ouvidos. – Posso entrar?




– Claro – ela disse enquanto desligava o chuveiro e enrolava a toalha em seu corpo. – O que quer, querido?


– Quero pedir uma coisa – sentou-se na beirada da banheira. Sua voz soava séria.

Regina franziu as sobrancelhas e encostou-se na pia, cruzando os braços. – Pois não?

– Eu... – Henry encarou-a. – Quero ficar em casa hoje. Posso faltar à aula? – suspirou pesadamente com um olhar de súplica.

A cena fez a mãe do garoto rir baixinho.

– Nem pensar – disse com um olhar severo, mas continuava com um meio sorriso nos lábios. – Você já faltou semana passada.

– Mas foi semana passada, mãe! – mesmo sabendo que seria em vão, Henry tentou argumentar.

– Já disse que não, filho – ela aproximou-se dele e lhe deu um beijo na testa. – Podemos negociar isso semana que vem, mas não hoje.

O garoto sussurrou um “ok” e saiu do banheiro cabisbaixo. Regina suspirou e sorriu. Foi até o closet e procurou algo para usar. Acabou por escolher uma calça social preta, camisa branca e blazer. Colocou um lenço cinza no pescoço para “dar um charme”, embora ela soubesse que a principal utilidade do lenço seria esconder as marcas deixadas por sua Xerife. Foi até o quarto de Henry e bateu na porta.

– Vamos tomar café no Granny’s – disse, ouvindo a resposta positiva dele e então descendo as escadas até seu escritório. Organizou alguns papeis que precisaria para o trabalho e checou sua bolsa, vendo se tudo estava em seu devido lugar. Quando chegou ao hall Henry já estava esperando, e ambos andaram em silêncio até o carro.

O caminho até a lanchonete foi difícil para Regina. Henry contou a ela sobre o sonho maravilhoso que teve com Emma e com um rapaz que provavelmente era seu pai; ele disse que os três cavalgavam juntos em uma floresta maravilhosa, como se fossem uma família dos contos de fadas. Ele pediu por um final feliz como aquele, mas que incluísse Regina. Ela apenas sorriu e ficou em silêncio. Seria difícil demais dizer ao seu filho que finais felizes eram impossíveis... Até mesmo nos contos de fadas. Estacionou o carro na frente do Granny’s e pediu para que Henry esperasse lá.

– Olá, Senhora Prefeita! – geralmente quem lhe atendia era a garota das mechas vermelhas, mas hoje a vez foi da “vovó”.

– Olá – Regina disse friamente. – Vou querer um capuccino, um chocolate quente com canela e dois mistos-quentes com queijo extra para levar.

– É pra já – a mulher sorriu simpática e foi até a cozinha levar o pedido.

A maneira como Granny a tratava a deixava intrigada. A mulher mais velha não era como todos os outros da cidade que temiam Regina e desviavam o olhar quando passavam pela Prefeita; ela sempre fora simpática com a morena e, mesmo quando esta lhe trava mal, a mulher sorria de orelha a orelha e quase a fazia se sentir querida.

– Seu pedido já vai chegar – a senhora disse. – Como está Senhora Prefeita?

– Tão nublada quanto esta manhã – Regina permitiu-se sorrir sem humor algum. – E a senhora?

– Tentando correr atrás da minha neta, Ruby – Granny fez um movimento negativo com a cabeça, representando indignação. – Ela saiu com a Emma ontem à noite e não voltou até agora.

– C-Com a... Emma? – a morena tentou disfarçar a surpresa em sua voz. Ou seriam ciúmes?

– Sim – a mulher franziu as sobrancelhas. – Mas, se ela está com a Xerife, não preciso me preocupar, certo? – ela deu uma risada baixa e logo puderam ouvir o barulho discreto de um pequeno sino. A senhora andou até a cozinha e voltou com os pedidos de Regina em mãos. – Um capuccino? Confere. Um chocolate quente com canela? Confere. Dois mistos-quentes com queijo extra? Confere – disse à medida que ia colocando as coisas no balcão.

– Obrigada – a Prefeita forçou um sorriso e deixou a quantia que devia em cima do balcão.

– Tenha um ótimo dia – Granny desejou sinceramente. Regina sussurrou um “a senhora também” e andou rapidamente até o carro. Henry comeu no trajeto até a escola, e depois de deixar seu filho, a Prefeita foi até seu escritório na prefeitura. Bateu a porta atrás de si assim que entrou e colocou suas coisas em cima da mesa de uma maneira nada delicada.

– Saiu com a Emma... – repetiu amargamente o que a senhora havia lhe dito na lanchonete.

O que Emma faria durante uma noite inteira com a lobinha Regina não sabia. Ou tinha uma vaga ideia e não queria assumir para si mesma. Andou de um lado para o outro em seu escritório tamborilando os dedos na cintura. Decidiu ir até a janela para tomar um ar, e aproveitar para checar o que estava acontecendo naquela parte da cidade; abriu as cortinas e logo em seguida a janela, deixando a brisa fresca tocar seu rosto. Passou o olhar rapidamente pela rua, até que duas pessoas na calçada lhe chamaram atenção. A loira de cabelos cacheados sorria enquanto a morena ao seu lado gesticulava sem parar, com um sorriso enorme em seus lábios. Regina sentiu sua face – e todo o seu corpo – esquentar com um sentimento de raiva que a envolvia. E isso só piorou quando viu os braços de Ruby envolvendo a SUA Emma.


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Frozen - Within Temptation








Eu não consigo sentir meus sentidos, eu apenas sinto frio. Todas as cores parecem desaparecer e eu não consigo alcançar minha alma. Eu pararia de correr se eu soubesse que havia uma chance... Me machuca ter de sacrificar tudo, mas eu sou forçada a desistir. Me diga que estou congelada, mas o que eu posso fazer? Não posso dizer as razões, mas eu fiz isso por você! Quando mentiras se tornam verdades eu me sacrifico por você... Você diz que eu estou congelada, mas que eu posso fazer? Eu posso sentir sua tristeza. Você não me perdoará, mas eu sei que você ficará bem. Me machuca e você nunca vai saber, mas eu tenho que desistir. Me diga que estou congelada, mas o que eu posso fazer? Não posso dizer as razões, mas fiz isso por você! Quando mentiras se tornam verdades eu me sacrifico por você... Você diz que eu estou congelada, mas que eu posso fazer?!








Tudo passará, pedaços quebrados permanecerão quando as memorias desaparecem dentro do vazio. Somente o tempo contará essa história, e se tudo foi em vão...





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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Espero que sim! E sabem né, reviews por favor >.< haha Quero que tenham um pouquinho de paciência comigo porque está difícil escrever, mas não vou abandonar a fic! u.u haha O sonho, aliás, é o sonho que a Regina tem no episódio 21 da primeira temporada. Tentei descrever o melhor que pude >.

Ah, e sobre a música: "Frozen", do Within Temptation. Não sei porque, mas ela me faz pensar no que Regina terá que fazer a partir de agora. A letra está junto com o capítulo ^^

Kisses!