Rumo Ao Destino

Depois de ontem á noite quando cheguei em casa, fui no quarto avisar para minha mãe que já estava de volta. Eu e ela ficamos na cozinha planejando como iriamos sair dali.

-Vovó? Acorde. Vá se preparar porque daqui a uma hora estamos indo para fora da cidade. - eu disse acordando-a. Minha avó era tão doce e alegre. Tinha o rosto em forma de coração. Era loira igual a mim e minha mãe, mas ela tinha os olhos verdes mais lindos que já vi.
- Bom dia Elizabeth. Sua mãe ja acordou? - perguntou ela docemente.
- Ja, o Charlie também. Estamos arrumando o resto das coisas  no andar de baixo. A senhora quer alguma ajufa com suas coisas?
-Não, muito obrigada. Eu me viro aqui. Vá ajudar sua mãe.
-Tudo bem. - eu disse dando-lhe um beijo na testa.
Minha avó é tipo minha segunda mãe. E ela ajudou na minha criação, eu a amo muito mesmo..
Desci para terminar de guarda as coisas em caixas grandes. Nós iriamos sair daqui com a Picape preta do meu pai. "Pai." Engoli as lágrimas, porque eu não tenho tempo para ser uma garotinha. Minha mãe diz que sou como uma pedra, tanto fisicamente como psicologicamente. Mas, eu não tive escolha, eu me treinei para ser forte todos os momentos.
Talvez se meu pai fosse vivo, eu seria agora uma adolescente fraca e inútil que não iria conseguir derrotar aquelas zumbis de ontem. As vezes me acho forte até de mais. O fato de eu ser for é tudo por causa dos treinamentos que tive, eu me praticava todos os dias.

Flashback On:
"Chutar. Socar. Chutar. Socar. Socar. Socar. Socar. Socar."
Lágrimas escorriam por minhas bochechas. Eu chorava enquanto batia no saco. Não tinha ninguém na sala de treinamento comigo. Dei o último soco e me joguei no chão chorando. Minha cabeça apoiada no chão forado, lágrimas e mais lágrimas correndo pelo meu rosto.
"pai. Por que? Por que você? Eu não consigo." A falta que meu pai faz é tão grande que as vezes não consiguia controlar minhas emoções, nunca falei com ninguém sobre esse assunto.
"Eu não posso ser fraca. Não mais. Tenho que dar tudo de mim e parar de bancar a garotinha triste."
Flashback Off

- Liz só falta uma caixa. Você poderia ir pega-la? - minha mãe perguntou, me trazendo de volta para o presente.
-Claro.
Entrei para pegar a caixa na sala e vi Charlie no sofá olhando para uma foto.
-Charlie? O que você está fazendo ai? - perguntei chegando perto dele.
-Olhando a foto do papai. Eu queria que ele estivesse vivo.
-Eu também garotão. Por que você não pega as fotos que você quer e coloca na sua mochila?
-Eu posso? - perguntou ele animado, já se levantando do sofá.
-Claro. Mas seja rápido, porque já estamos indo.
Botei a última caixa na Picape. Vi meu reflexo pelo espelho do carro. Eu estava vestindo um short preto, a minha camisa favorita do Guns N' Roses e um coturno de cano médio. Meu cabelo estava como sempre, preso em um coque folgado. E o meu cinto utilitário para armas estava a disposiçãobe carregado com duas pistolas.
-Eu posso usar uma dessas? - Charlie perguntou apontando para a arma no mei cinto.
-Não. Você é muito pequeno para usar uma dessa. Eu prometo te ensinar quando der, ok?
-Ok. A mamãe ta preocupada. Ela ta muito nervosa com a nossa viagem. - disse ele.
-Eu sei, mas vai dar tudo certo. Vou proteger vocês. Eu prometo.
- Promete o que? Posso saber? - perguntou minha mãe vindo em nossa direção.
- Eu prometi ao Charlie que vou ensina-lo a atirar, quando ele crescer é claro.
-Atirar!? Isso é muito perigo Elizabeth. - ela sempre falava meu nome inteiro quando ficava nervosa ou com raiva.
-Mãe, você sabe que eu sou cuidadosa e que nunca iria deixar o Charlie se machucar. Então não sei para que fazer essa cena. Vou chamar a vovó. - eu disse entrando na casa.

20 minutos depois, estavamos todos prontos e dentro da Picape. Nela tinha espaço suficiente para 5 pessoas e ainda tinha a aparte de trás(a carroceria). Eu e minha mãe equipamos a picape com telas de ferro nas janelas, para evitar que algum zumbi entre no carro. Tipo assim:
24.media.tumblr.com/tumblr_m9navo9dE31r0xgqqo1_500.jpg 

-Todos prontos? - perguntei
- Sim. - disseram eles ao mesmo tempo:
-Então vamos rumo á sobrevivencia.