Fazia uma tarde fria e chuvosa de outono. Gilderoy Lockhart aguardava ansiosamente pela abertura da porta que estava a sua frente, “Como esse senhor é lento!” Pensou enquanto olhava para o relógio de pulso, que fazia parte de sua coleção particular de objeto que mais vendia entre a sociedade bruxa, mas antes que ela pudesse pensar em mais alguma coisa a porta se abriu, revelando um senhor baixo e gordinho, com careca e um enorme óculo de aros grossos que tinha quase o tamanho da cara redonda o ancião.

- Então o senhor é Gilderoy Lockhart – perguntou animado o senhor forçando a vista atrás de seus óculos.

- Sim senhor...- Gilderoy pegou o papel amassado do bolso e leu a primeira linha – Godofrody? Gilderoy Lockhart em carne e dentes...

Logo Lockhart começou a rir da sua própria piada, mas o senhor apenas deu um sorriso e lhe indicou a entrada animadamente, não conseguia segurar a felicidade que estava por saber que o Lockhart em pessoa estava ali para escutar sua história e publicá-la em seu novo livro. Então, após chegaram à sala de visita, Lockhart se sentou num sofá e começou a olhar atentamente para o local. Era um cômodo simples, quadrado, com dois sofás, uma mesa no centro dos dois, na parede do corredor da entrada havia uma lareira apagada e na parede em frente um armário onde o senhor guardava alguns pertences, depois de um pequeno pigarreio, Lockhart continuou:

- Então senhor Godofrody, o senhor mora sozinho, tem família ou amigos?

- Não, na verdade, sou viúvo, e depois que minha mulher morreu preferi me isolar do mundo...Accio!

A foto em preto e branco de uma mulher foi voando rapidamente para a mão do senhor e deu para Lokhart, ele observou a mulher que sorria e acenava empolgadamente.

- Ótimo... – deixou escapar baixinho, então continuou – Bem, então, podemos começar? Wingardium Leviosa!

Falou Lockhart levitando a porta retrato até local de origem, então se ajeitou.

- Ah sim... – então após ajeitar os óculos, Godofrody começou a contar a história, Lokhart começou anotar em seu bloco de notas quando a lareira soltou um pequeno estalo, as horas se passaram e detalhes foram contados e escritos, Lockhart não abria a boca para nada, pois se ele abrisse a boca, Godofrody iria parar mais uma vez e ele não agüentava mais estar ali com o senhor. Quando enfim estavam terminado, um forte trovão soou no lado de fora da casa, deixando toda a vizinhança de Godofrody ficou na penumbra.

- Lumus! Esta tudo bem, o senhor tem lenha seca na lareira? – disse Lockhart com a varinha iluminando fracamente o local, quando Godofrody fez sim com a cabeça, Lockhart levantou e sem perceber deixou o seu bloco com a história no chão, e o chutou para dentro da a lareira, quando ele chegou até a mesma, jogou o feitiço – Icendio!

Com a lareira acesa o recinto havia ficado mais iluminado, Lockhart voltou para o seu assento olhou para o senhor e apalpando o sofá para encontrar o bloco e disse:

- Onde estávamos senhor...? – a voz que estava calma começou a ter um tom de desespero – Por Merlin, cadê o meu bloco, eu deixei aqui quando fui acender a lareira e...

Ele perdeu a fala novamente, quando vi o que ele não queria ver, o bloco estava queimando na lareira ele gritou fino e num meio desastrado apontou para a lareira e gritou:

- Aqua Eructo!

A lareira foi apagada com o jato d’água que saia da varinha de Lockhart, mas não adiantou, o bloco foi totalmente queimado pelas chamas, então a luz volta e Godofrody com um disse:

- Bem parece que vamos ter que começar tudo de novo...

Lockhart começou a ficar vermelho, parecia que daqui a pouco iria soltar fogo pelas ventas, mas se segurou e não ligando para a chuva que caia lá fora ele foi embora sem dar nenhum pio, fechando a porta com voracidade, Godofrody apenas ligou a televisão e sentou-se no sofá, se divertindo com o programa antigo.