prologo

estava presa em uma prisão fria e fetida, não so ela mais todas as crianças que ali se encontravam,eram encarcerradas como animais selvagens que precisavam de domadores a todo momento, pois eram os domadores que tirariam toda a inteligencia e integridade que se tinha, principalmente as esperanças que morriam em um canto qualquer do grandioso prédio, principalmente quando essa esperança topava em algum corredor com a solidão que a matava assim que a via, e assim como companhia para todos os dias e horas era ela a  mais fiel companheira: a Solidão. E somente era liberta dela quando se estava morto ou saia pelos portões com as armas para defender o governo da pragas dos pobres  e dos ratos do asfalto.

encontrava-se em uma cela imunda e fria, cheia de restos de comida deixado por ela, via os ratos que faziam um completo banquete , principalmente os que pegavam os pedaços de batata mal cozidos, ja estava ha dois dias sem comer, sabia que a comida tinha algum veneno queriam elimina-la por isso estava la, era a unica com correntes grossas feitas de aço  que prendiam os pés , a impossibilitando de mover-se, a sala em que se encontrava as pequenas celas era fedido, tinha cheiro de podre, algo tinha morrido ali, não faziam questão de retirar, e as paredes estavam mofadas, so de encostar nelas ja sentia-se doente, respirava o minimo possivel.

seu estado era deploravel, perecia mais um cadaver, so faltava entar em putrefação, os longos cabelos negros encontravam-se enlinhados e cheios de nó,  estava coberta com a terra quase preta que aderiu a pele  quando foi arrastada pelos seguranças,  escondia a cor morena que tinha, as roupas estavam pretas e rasgadas, a perna esquerda estava quase toda a mostra, os pés estavam com as botas de couro, era aunica parte do corpo provavelmente limpa do corpo inteiro.

preferia lembrar os velhos tempos, não eram dias tão bons, mas com toda certeza era melhor que a prisão.

sentia o cheiro de alcool  barato da velha cabana;

do velho barrigudo que roncava no unico colchonete da cabana;

da irma que estava acuada e abraçada a um velho vestido da mãe;

sentia os pingos da cachaça tocar os pés descalços;

e o prazer a consumia enquanto riscava o fosforo na pequena caxinha, ter visto o artrito entre os dois foi o melhor;

admirou o fogo no palito, gostava do azul que se formava no centro da chama, e o apice de sue prazer veio quando jogou a pequena chama no corpo do velho bebado.

o cheiro de carne queimada fazia a irma chorar, tinha pena da idiota e a mandou sair da cabana, a morena de olhos cor de mel correu como se a vida dependesse disso.

encostou-se na parede de madeira da cabana e observou o velho queimar e tentando apaga o filme, era tão gordo que nem conseguia levantar e os gritos ja não podia dar, as chamas ja tinham alcançado a garganta, foi a coisa mais prazerosa que viu na vida.

 saiu da cabana assim que terminou de jogar a cachaça, e a viu arder em chamar ate cair, ninguem ia sentir falta do velho bebado, ninguem.

Seus pensamentos foram interrmpidos pelo som de passos, a  borracha fazia um som terrivel naquele lugar, preferia ouvir os ratos roendo os ossos do peixe.

- Aqui esta ela, despesa-se rapido, não temos tempo.

odiava essa mulher, foi ela que a coloca-ra la, naquela cela nojenta.

- sim, senhora não vou demorar.

e ouvir a voz ainda infantil da irma a fazia ter vontade de vomitar tudo o que não tinha comido nesses dois dias .

- vim me despedir, fui escolhida, se não tivesse tentado fugir teria sido escolhida como eu fui, e não ia..

- Nikita vai pro inferno e me deixa apodrecer em paz.

Nikita ficou espantada com a frieza da irmã, tivera que implorar pra ver irma mais nova, mais percebeu que acabou qualquer relação entre as duas.

pegou seu casaco que depositou no chão e levantou-se , dando uma ultima olhada no pessimo estado de irmã menor, desejava que ela não morre-se ali a  segundos atras, mais depois do que foi dito queria que ela morre-se com todas as forças que tinha.

- Vamos ele ja esta a esperando.

- Luciola sera que ele vai gostar de mim?

olhou direto nos olhos da mulher de meia idade esperando a resposta.

- Se não for igual a sua irmã tera todo o sucesso que merece.

com isso sorriu  e seguiu a ex-professora, queria chegar ao posto desejado, uma general.