Lado A Lado - O Amor E O Tempo escrita por Márcia Pelosi


Capítulo 40
Capítulo 40 - Quem é esse homem


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal,
Desculpem a demora em postar. Espero que curtam.

Grande beijo!



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Capítulo 40 – Quem é esse homem?

Enquanto Laura e Edgar sobem aos aposentos da casa, a diretora da escola sai da propriedade da professora bufando de raiva. Ela está tão alterada que nem percebe a presença de um automóvel vindo em sua direção. O homem que vem guiando o carro freia bruscamente e deste modo evita que aconteça um acidente com a senhora. Ela toma um susto tão intenso que seu corpo começa a tremer. Ela escuta a voz do homem e percebe quando ele vem em sua direção, saindo abruptamente do carro.

Raul: Ana... Você está bem?

A mulher fica visivelmente perturbada. A presença daquele homem em sua frente deixa Ana sem ação. Ela respira profundamente e só consegue balbuciar uma única palavra.

D. Ana: Estou...

O susto a que a senhora acabara de ser submetida foi tão grande que os lábios da diretora estavam pálidos. Ela se apoiou em um poste que estava próximo da calçada. Ele tentou se aproximar, mas quando tentou tocar no braço da mulher foi repelido. Ela se esforçou sobremaneira para se recompor. O sangue subiu e o rosto da mulher foi ganhando uma cor avermelhada. Ela protestou ao toque do homem.

D. Ana: Por favor... Afaste-se de mim!

O homem retirou o braço de perto da mulher, mas não afastou totalmente seu corpo. Ele falou sério.

Raul: Calma... Não vou te machucar... Só quero ajudar! Quer que a leve para casa?

Ela sorriu com ironia.

D. Ana: Imagina se vou entrar neste carro! De jeito nenhum!

Ele ponderou e impaciente passou a mão nos cabelos grisalhos que já estavam desalinhados devido à brisa da manhã. Neste momento, Laura que estava nos braços de Edgar sentiu-se abafada com o calor que fazia em seu quarto e resolveu ir até a janela para abri-la e assim arejar o aposento. Ela deu um selinho nele e se afastou. Quando se aproximou da janela, ela viu ao longe a velha senhora e um homem grisalho parado ao seu lado junto a um carro. Edgar terminava de vestir-se quando escutou a mulher chamando pelo seu nome.

Laura: Edgar... Edgar... Venha aqui... Rápido!

O advogado se assustou. Ele se aproximou da janela e perguntou.

Edgar: O que foi meu amor?

A moça puxou pela mão do rapaz e apontou para longe.

Laura: Olha... É a D. Ana... Com um homem... Engraçado... Parece que já vi esse homem antes...

Quando os dois estão com o olhar fixo no casal, eles ouvem batidas na porta do quarto. Laura responde e se distrai. Ela vira-se em direção à porta de seu quarto.

Laura: Pode entrar...

Matilde entra com Melissa no quarto. A menina estava alimentada e parecia estar bem disposta. Edgar abriu um sorriso todo orgulhoso por ver seu rebento. A menina era mirradinha, mas a meiguice dava um charme especial à filha do advogado. Ela abriu os bracinhos e deu um risinho de alegria ao ver o pai se aproximando.

Edgar: Oi minha abelhinha!

O advogado pegou a filha nos braços e a abraçou. Laura ficou olhando a cena enternecida. Ela realmente nutria sentimentos profundos pela menina e estava mais sensibilizada ainda devido ao seu estado. A gravidez mexeu com seus sentimentos. Ela sorriu emocionada. Ela não pode deixar de observar que a menina não dormia mais com tanta frequência quanto na última vez que a viu e isso chamou a sua atenção. Edgar fez sinal para se ela se aproximasse dos dois. Quando a bebezinha percebeu a aproximação de Laura, deu um sorriso envergonhado e escondeu seu pequeno rostinho no peito de seu pai. Logo depois, ela tirou o rostinho do esconderijo provisório e quis pegar o rosto da moça em suas mãozinhas pequenas. Laura beijou a mãozinha da menina e, se ela não tivesse reflexo, não conseguiria pegar a menina nos braços. Melissa se jogou no colo de Laura, o que deixou Edgar um tanto quanto enciumado. Ele sorriu e coçou a barba enquanto exclamava.

Edgar: Mas olha isso... Saindo do colo do papai, é meu amorzinho?

A menina sorriu como se tivesse entendido que despertara o ciúme no pai. Ela olhou para Laura e depositou seu rostinho no ombro da professora. Laura afagou as costas da menina. Com Melissa no colo, ela dirigiu-se até a janela para ver se a diretora ainda estava lá, mas foi em vão. Não havia mais ninguém lá. Nem mesmo o carro. Edgar se aproximou e entendeu, pelo rosto da esposa, mesmo sem ela pronunciar uma única palavra que Laura não ia sossegar enquanto não descobrisse de onde conhecia aquele homem. Ele arriscou um palpite.

Edgar: Pode ser que este homem tenha nos visto no restaurante e tenha sido ele que informou à sua “amiguinha”.

Laura embalava a enteada nos braços. Ela deu um sorriso irônico.

Laura: Amiguinha?... Isso é tudo o que D. Ana não é!

O advogado se aproximou mais e deu um selinho na mulher. Ele sorriu da forma de falar da professora.

Edgar: Não se preocupe meu amor! Vamos conversar com Ricardo. É melhor ele escutar de você, ao invés de ouvir a versão maldosa daquela mulher.

Laura concorda com o marido e assente com a cabeça.

Laura: Claro... Bem melhor mesmo! Vou pedir à Maria para enviar um bilhete chamando Ricardo aqui!

Edgar: Ótimo, assim fico ao seu lado e aquele rapaz não se ilude em conquista-la.

A moça sorri e aproxima seu corpo do advogado falando baixinho e insinuante.

Laura: Seu bobo... Mas eu já fui conquistada!

O rapaz entra na brincadeira. Melissa acabou sendo ninada no colo da professora e ressonava. Ela vai em direção à sua cama. Edgar fez um cercadinho com alguns travesseiros e Laura depositou a menina na cama deles. Ele a enlaçou pela cintura.

Edgar: Posso saber quem foi o sortudo que a conquistou? Acho que vou precisar marcar um duelo com ele!

Ela sorri e o abraça. Ele beija o pescoço da moça a fazendo arrepiar. Depois os lábios do rapaz procuram os da moça. Eles começam um beijo suave que ao toque no corpo transforma-se em um beijo mais profundo. Depois do beijo, ele abre um sorriso e fala bem humorado.

Edgar: Acho que já sei quem foi o sortudo...

Ela sorri, e dá uma batidinha de leve no ombro dele.

Laura: Já sabe é... E quem é?

Ele pisca para a mulher que está completamente entregue nos braços do rapaz e fala.

Edgar: Precisa dizer...?

Quando vão reiniciar as carícias e trocas de beijos e carinhos, o casal percebe que alguém está batendo na porta de entrada. Laura reclama um pouco. Quer aproveitar todos os momentos ao lado de Edgar. Afinal na segunda-feira ele precisa voltar à capital. Ele desce na frente e Laura vai fazer sua toalete. Quando Edgar chega ao pé da escada tem uma grata surpresa. Matilde foi abrir a porta. Ele dá de cara com um casal muito querido tanto dele quanto de Laura. Ele exclama.

Edgar: Guerra... Meu amigo! Que bom que veio.

Os dois se cumprimentam com batidas nas costas.

Guerra: Edgar... Como vai? Vejo que os ares da fazenda fizeram muito bem ao meu amigo...

Os três sorriem diante do comentário do jornalista.

O advogado vira em direção à tia de sua amada. Ele pega sua mãe e beija respeitosamente.

Edgar: D. Celinha... Como vai a senhora?

Ela ruboriza um pouco quando o jornalista se aproxima mais dela.

Celinha: Vou bem, Edgar... e você? E Laurinha? Ela saiu?

O rapaz sorri quando percebe que a namorada do amigo está de olho numa compota de doce que está em cima da mesa.

Edgar: Ela já vai descer. Aceitam um café? Um suco?

A moça aproveita a oportunidade e fala.

Celinha: Ah Edgar... Eu vou aceitar é esta compota de figo da Maria. A Maria trabalha aqui ainda, não é?

Ele sorri e diz.

Edgar: Claro... Trabalha sim... Fique à vontade D. Celinha, vou chamar a Laur...

Ele é surpreendido ao escutar a voz da professora. Ela abre um sorriso encantador.

Laura: Não precisa Edgar... Já estou aqui! Tia Celinha... Como vai? Guerra! Que prazer ver os dois!

Ela fala e se aproxima do casal dando beijos na tia e um abraço respeitoso no amigo em comum do advogado e dela. A professora percebe que a tia está aguando com a compota e convida, puxando as pequenas mãos da irmã de sua mãe.

Laura: Vamos tia Celinha, a senhora me acompanha até a cozinha? A Maria vai adorar ver a senhora, e assim fazemos um café para vocês!

As duas deixam a sala e Guerra se diverte em reparar o amigo completamente inebriado vendo o advogado acompanhar com o olhar os passos de Laura. Ele sorri e comenta.

Guerra: Edgar... Meu amigo... Cada vez mais apaixonado! Acertei?

O advogado sorri meio bobo.

Edgar: Ah Guerra...

Enquanto isso tia e sobrinha chegam à cozinha. Maria, que estava colocando o feijão para cozinhar, leva um susto ao ver a moça.

Maria: D. Célia! Meu Deus! Quanto tempo! Como vai?

A senhora se aproxima e dá um abraço afetuoso da tia de Laura.

Celinha: Maria! Que saudades! Hum... o cheirinho está delicioso! Vejo que o seu tempero é o mesmo!

As mulheres sorriem.

Maria: É sim! Vai passar a noite aqui?

É a vez de Laura responder.

Laura: Claro que vai, Maria. Ela e um amigo meu e de Edgar. Maria, por favor, prepare os quartos.

Quando Laura fala isso Celinha ruboriza por imaginar ficar num quarto com Guerra. A moça percebe e dá uma risadinha. Ela convida.

Laura: Vem aqui, tia! Sente-se! Temos tanto o que conversar! Estou muito curiosa tia... a senhora e o Guerra finalmente se acertaram?


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Quem será o Raul? Alguma sugestão? E a visita de Celinha e Guerra? O que será que o casal vai aprontar, hein?
Beijos...