Lado A Lado - O Amor E O Tempo escrita por Márcia Pelosi


Capítulo 21
Capítulo 21 - Encontro furtivo


Notas iniciais do capítulo

O nosso casal alecrim voltou às boas! Eles estão experimentando uma novidade em sua relação! Agora são "namorados" e pretendem experimentar as sensações que um casal de namorados vivencia no início do romance! Para marcar o início do "namoro" eles escolhem a praia de Copacabana num encontro a dois!



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Capítulo 21

Encontro furtivo

Edgar e Laura terminam o seu jantar. Matilde fez uma receita que aprendeu com Isabel, quando a moça estava hospedada na casa dos Vieira. Os dois apreciaram muito a refeição. Quando terminaram se dirigiram à sala de estar. Edgar ofereceu um cálice de vinho do porto e Laura gostou da ideia. A professora aprendeu a apreciar a bebida com o seu marido. Os dois brindaram por estarem juntos e felizes. Edgar olhava com desejo para a sua nova “namorada”. Não passava pela cabeça do advogado viver uma história assim com ela. Não sabia se daria certo, mas a simples ideia de tê-la longe de suas vistas fazia o rapaz sofrer. Ele estava disposto a viver esse romance! Afinal, era com Laura. A mulher que desposou e que nunca saíra do seu coração. Ele a amava! Estar longe de seu amor fazia tão mal ao rapaz! Mas agora seria diferente. Mesmo que não fosse diariamente como desejava, poderia ter sua Laura em seus braços. Ele despertou quando Laura o chamou.

Laura: Edgar? O que foi meu amor?

Edgar: Estava aqui te olhando meu amor! Nem acredito que você está aqui!

Laura sorri e pega as mãos do marido. Ela fala com um olhar sedutor.

Laura: Estou aqui sim, meu amor! Mas... poderíamos estar em outro lugar, não acha?

Quando Laura fala, Edgar percebe o que a mulher quer dizer e sorrindo responde.

Edgar: Mas é claro!

Ele pega o cálice vazio de Laura e o seu e os deposita na mesinha de canto. Abraça sua amada e enlaça sua cintura quando diz entre sussurros e beijos apaixonados.

Edgar: Você tem toda razão, meu amor! É um desperdício estarmos aqui embaixo, enquanto podemos estar lá em cima, não é?

Edgar fala e aponta para o andar de cima. Ela sorri e responde.

Laura: Com certeza, meu amor!

Os dois se olham com desejo e, juntos, sobem as escadas. Enquanto subiam, Edgar para antes de alcançarem o segundo piso da casa e dá um beijo apaixonado em Laura. Quando finalizam o beijo, o advogado fala com a respiração ofegante.

Edgar: Laura, meu amor! Como você me faz feliz!

Neste momento ele a pega em seu colo e é assim que os dois entram no quarto de casal da casa. Edgar deposita Laura na cama onde por diversas vezes se amaram. Ele se afasta por um momento e começa a tirar seu paletó, seu colete e afrouxar sua camisa. Enquanto faz cada uma destas coisas, observa Laura deitada. Laura olha nos olhos dele e dengosa fala.

Laura: Vai ficar aí? Vou ficar sozinha aqui?

Edgar sorri e se aproxima da cama. Ele deita sobre Laura e a beija. O beijo entre os dois vai tornando-se intenso, mas ao mesmo tempo carregado de ternura, amor. Depois do beijo, Laura levanta seu corpo e os dois sentam-se um na frente do outro. Edgar desabotoa a blusa de Laura e percorre todo o colo alvo da moça com beijos e carícias. Ambos saem da cama e de pé tiram o restante da roupa bastante incômoda para aquela ocasião! Somente de roupas íntimas, e Laura ainda de combinação, os dois começam uma dança sensual de beijos e abraços. Depois disso, ambos se livram de todas as peças de roupa. Neste movimento de amor e sedução, o casal acaba por desequilibrar-se e os dois caem novamente na cama. Num primeiro momento, ambos riem-se da situação, mas a proximidade de seus corpos e o desejo, falam mais alto e Edgar toma Laura em seus braços. Edgar aproxima os quadris de Laura mais próximos de seu corpo e a possui de maneira que Laura, extasiada, solta um gemido. Depois de se amarem, eles usam os lençóis de seda para cobrirem seus corpos e assim adormecem um nos braços do outro.

Amanhece na casa dos Vieira. Edgar acordou antes e ficou observando Laura dormindo ao seu lado. Depois de algum tempo Edgar desceu e foi buscar o café da manhã dos dois. Ao chegar à cozinha, encontra-se com Matilde, que está passando o café.

Edgar: Bom dia, Matilde!

Matilde: Bom dia, Dr. Edgar! Vão tomar o café na sala?

Antes que Edgar pudesse responder, Laura adentra a cozinha e responde.

Laura: Bom dia, Matilde! Vamos tomar o café na sala sim, mas pode deixar que eu e Edgar, arrumamos a mesa.

Edgar se aproxima de Laura e beija suavemente os lábios da moça. Matilde, envergonhada em presenciar a cena de intimidade entre o casal, abaixa a cabeça.

Matilde: Pois não, D. Laura! A cesta para o piquenique já está quase pronta!

Laura: Hummm, que cheirinho gostoso vindo do forno, Matilde! São os seus biscoitinhos?

A empregada sorri.

Matilde: São sim! Estão terminando de assar!

Laura sorri e se dirige à sala de jantar. Ela está com a toalha de mesa de linho em suas mãos e pode contar com a ajuda de marido que não para um instante de olhar para sua amada de camisola e penhoar. Eles conseguem colocar a toalha e Laura vai em direção à cristaleira pegar as louças para preparar a mesa de café da manhã. Os dois resolvem fazer um desjejum leve, pois querem acelerar a chegada à praia de Copacabana. Um passeio à praia naquela época não era muito comum, uma vez que banhos de mar eram feitos à noite e destinavam-se ao tratamento de algumas moléstias. Mas esse não era o caso de Laura e Edgar. O casal sentia imenso prazer em desfrutar juntos de alguns momentos de refrigério para o corpo e a mente. Na primeira vez em que passeou numa praia oceânica, o casal contou com a presença de seus amigos, Guerra, Jonas e Sandra. Mas desta vez Edgar queria privacidade e exclusividade. Ele não estava disposto a compartilhar a presença de Laura com ninguém. Laura foi até a cozinha e ajudou Matilde. Enquanto a empregada terminava de arrumar a cesta, Laura levou o café da manhã para a sala. Ela e Edgar se alimentaram e ao terminarem seu desjejum rumaram à cozinha. Matilde já havia terminado seus afazeres e disse solícita.

Matilde: Muito obrigada pela ajuda, D. Laura! Mas já acabei de arrumar tudo! Posso terminar com a mesa!

Laura acaricia o ombro de sua fiel escudeira e agradece. Ela e o seu atual “namorado” dirigem-se ao andar de cima para fazerem seu toalete e preparam-se para o tão esperado passeio. Edgar conforme o combinado preferiu alugar um coche! Ele pediu um coche fechado, na tentativa de evitar que o casal fosse visto em seu encontro. Quando o coche chega à residência, Edgar auxilia Laura a subir. Quando estão prontos para darem a partida, os dois veem uma cena que os faz sorrir. O carro do pai de Edgar estaciona próximo à entrada da casa. Dr. Bonifácio e D. Margarida se aproximam da porta da residência de Edgar. O casal recém - chegado, ainda percebe o coche se distanciando, mas pensa tratar-se de algum cliente de Edgar, apesar de o relógio marcar algumas poucas horas do dia que começava. Desde que Edgar esteve em sua casa, Margarida ficou muito curiosa em saber qual seria a atitude do filho em relação à sua ex-nora! Ela deu força para o rapaz procurar por ela, e sua mãe sentia que o primogênito queria lhe dizer mais coisas, mas eles foram interrompidos abruptamente pela chegada de Fernando. Margarida então convenceu seu marido a deixa-la em casa de seu filho para concluírem sua conversa, sem nenhuma interrupção. Assim fez o pai de Edgar. Antes de ir para a fábrica acompanhou sua esposa à casa do filho. Eles chegaram até a porta e bateram. Matilde assustou-se com as batidas na porta e pensou tratar-se de seus patrões que há pouco saíram e poderiam ter se esquecido de algum detalhe. A moça abre a porta.

Matilde: Bom dia!

Ela os cumprimentou e fez sinal para que o casal não ficasse muito tempo parado na porta. A mãe de Edgar falou, e foi seguida por Bonifácio.

Margarida: Bom dia, Matilde!

Bonifácio: Bom dia!

Por causa do olhar de espanto que a empregada os dirigiu, Matilde ficou receosa em falar demais, Margarida se antecipou.

Margarida: Vim visitar meu filho! Pode chama-lo, por favor, Matilde?

A empregada tentou encontrar as melhores palavras que não denunciassem os planos de seu patrão!

Matilde: O Dr. Edgar não está em casa!

Bonifácio está andando de um lado para o outro. Ele percebe as duas xícaras de café pousadas na mesa de jantar. Ele sorri e confiante de que matou a charada, dirige-se à Matilde.

Bonifácio: Matilde, meu filho por acaso saiu naquele coche?

A empregada fica sem jeito, mas percebe que mentir não é a melhor coisa a se fazer e opta apenas por omitir!

Matilde: Sim senhor!

Bonifácio dá uma gargalhada e dirige-se à sua esposa que está alheia à descoberta de seu marido.

Bonifácio: Vamos minha querida! Edgar saiu e pelo visto não volta tão cedo!

Eles se despedem de Matilde e durante o trajeto até o carro do senador o marido cochicha.

Bonifácio: Minha cara! Você não reparou que Edgar teve companhia no desjejum de hoje? Com certeza resolveu se divorciar de Laura definitivamente e algum rabo de saia o tirou da rotina de divorciado solitário, o que muito me alegra!

A mãe de Edgar ruboriza e ralha com o marido.

Margarida: Que é isso, Bonifácio? Nosso filho não é dado a encontros furtivos! E para mim, o amor que sente por Laura não acabou!

Já afastados da casa do advogado, Laura e Edgar sorriem com o quase flagra que estavam prestes a sofrer. Se eles saíssem de casa alguns segundos depois, com certeza, encontrariam os Vieira chegando para uma visita à casa do filho.

Edgar: Meu amor! Foi por muito pouco!

Laura suspira.

Laura: É verdade, Edgar! Seria embaraçoso encarar seus pais!

O advogado acaricia o rosto de Laura e fala preocupado.

Edgar: De fato! Um encontro hoje com eles não seria nem um pouco interessante, meu amor! Mas não quer dizer que não aconteça daqui para frente. Agora que reatamos, mas vou mais deixa-la partir, Laura. É natural que nossas famílias descubram que estamos juntos.

Laura: Claro, meu amor! Mas por enquanto é melhor que não saibam! Tudo isso é tão novo! Até mesmo para nós! Prefiro que ainda fique somente entre nós, Matilde, Maria e Tina. E é claro, Isabel e Guerra!

Edgar: Falando na Isabel, meu amor! Chegou a escrever-lhe algumas linhas?

Laura: Não, meu amor! Não tive tempo! Foi tudo tão corrido! Eu estava muito ocupada por esses dias, sabe?

O rapaz percebe o tom de voz de sua esposa e entra no clima de flerte. Ele beija o pescoço de Laura. Como o coche é fechado, o casal tem ainda mais liberdade, uma vez que o motorista fica do lado de fora do coche.

Edgar: Ah é, meu amor? Posso saber o que esta adorável professora estava fazendo, que a ocupou a ponto de impedi-la de se comunicar por cartas com a melhor amiga?

Laura: Eu estou flertando! Um rapaz garboso está me fazendo à corte! Mas para falar a verdade, não sei se ele é confiável!

O advogado faz uma careta.

Edgar: Mas isso é muito grave, nobre senhorita! Se quiser pode me contratar como seu advogado! Coloco o rapazote em seu devido lugar! Exijo uma reparação à altura de tão formosa dama!

A professora também está se divertindo com o jogo de sedução que se iniciou a caminho da praia.

Laura: Não sei!... Estou gostando de me aventurar com o rapaz! Ele é tão charmoso! Irresistível eu diria! Mas agradeço a preocupação de tão eficiente advogado!

Os dois sorriem e Edgar beija profundamente os lábios de Laura, que prontamente o retribui. Assim permanecem até o momento em que chegam à praia de Copacabana.


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Notas finais do capítulo

E então meninas? Gostaram do capítulo? Como é bom voltar a escrever. Esses dias tive que me ausentar porque meu notebook surtou! Mas agora, graças a Deus voltou ao normal! Gostaram do desenrolar da trama? Por favor, comentem! O comentário de vocês é muito importante!

Grande beijo!