Híbrido escrita por Musa, Moon and Stars


Capítulo 59
Holy Shit


Notas iniciais do capítulo

Eeeei gente, aí um capítulo lindíssimo pra vocês. Hm, esse é um capítulo de transição, e eu acho que posso dizer que o próximo está PROMETENDO. rsrs... Guardem minhas palavras. A coisa está só esquentando ;9



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"Qual o seu problema?" perguntei encarando sua mão que ainda escorria sangue negro e brando por seu braço.

Ele me olhou arqueando uma sobrancelha e voltou sua atenção para sua mão.

"Não vai curar?" perguntei.

"Acho que sim, mas depois de algum tempo... impressionante." Ele disse e surpreso.

Peguei a adaga de sua mão e relutantemente fiz um corte na minha, mas não houve brilho. Franzi o cenho. Olhei para a mão de Jared que lentamente voltava ao normal, uma pele branca sem nenhum machucado ou cicatriz. Ele me olhou e depois para minha mão, pegando-a e curando-a. Sua mão ainda ficou na minha, mesmo depois de tê-la curado, ele estava distraído, fitando a adaga, enquanto eu aproveitava o calor de sua mão com a minha, dedos longos e finos, uma pele macia, porém seus toques eram sempre brutos, como agora. Ele a apertava com firmeza, minha mão pequena era quase engolida pela sua.

O encarei e ele me olhou, depois olhou para nossas mãos dadas e a soltou brutamente, bufei irritada e ele arqueou uma sobrancelha. Avaliamo-nos por um tempo, havia uma atmosfera de calor já dominando o quarto, não aquele calor que me sufocava, mas sim aquele que me fazia querer ficar seminua. Mas eu ainda estava um pouco magoada com Jared por nossa última briga, por suas insinuações. Eu pigarreei e sai do quarto, decidida á ir tomar um banho.

Enquanto a água escorria por meu corpo, fazendo com meus cabelos chegassem ao meu quadril, pensava sobre tudo o que Emma me dissera. Por que eu precisava de tanta proteção? OK sou filha única de minha mãe, mas para que tanta cautela? Por que nunca me contou sobre o mundo real, digo Verus? O que me fazia ser tão especial? Ou seria apenas o cuidado e a preocupação de uma mãe com sua filha? A ideia de tanta proteção chegava a me assustar. Afinal, o que estava atrás de mim? O que queria comigo?

Até então, Jared era O perseguido, mas agora eu também era uma, e não sabia nada sobre isso. Enquanto me enxugava, decidi que pediria a Emma um treinamento contra bruxas e tudo mais, e a Jared, que não abandonasse nossos treinos também, os quais eu sentia um pouco de falta, assim como meu corpo, que já estava começando a ficar flácido.

Havia um brilho de determinação em meus olhos, que estavam mais roxos do que o normal, talvez até mais vibrantes. Emma e Gayle retiravam as coisas do meu apartamento, e Jared havia ido para algum lugar. Vesti-me e decidir sair, andar por aí, entrar numa livraria, tomar um café, espairecer.

Saindo do prédio, liguei o Ipod que tocava 2 fingers de Jake Bug, e ouvi durante minha caminhada.

Olhei-me no espelho, meus cabelos estavam lindamente para o lado em uma trança francesa, vestia um vestido estampados nas cores, azul, amarelo e laranja, um casaquinho, botas e minha bela bolsa marrom de franjas.

Caminhei pelo centro de Dallas observando as vitrines enquanto tomava um sorvete, mas havia algo me incomodando. Aquela sensação estranha de que havia alguém atrás de mim, vigiando-me à distância. Olhei com atenção a minha volta, tentando ser o mais normal o possível, mas meus olhos não encontraram ninguém suspeito.

Continuei a caminhar e entrei numa livraria, o lugar mais reconfortante do mundo, o cheiro de livros novos entrava em meus pulmões trazendo uma boa sensação de normalidade. Admirei algumas capas, folheei alguns, e no final comprei um de romance antigo, um pouco de amor na minha vida já que minha "relação" com Jared era um verdadeiro desastre instável. Enquanto pagava, sentia olhos sobre mim, mas de novo não avistei ninguém. Liguei para Jared.

"Disque-sexo, qual seu pedido? Jared? Ligue mais tarde, está em falta no momento." Atendeu.

"Babaca." murmurei revirando os olhos "Onde você está?" perguntei saindo da livraria, o sininho tilintando quando abri a porta.

"Hm, não é da sua conta. Estou no meu horário de serviço agora. Se não quiser fazer sua encomenda no Disque-sexo, então não vejo razão para continuar essa conversa. Até mais."

"Jared!" gritei antes que ele desligasse.

Ouvi seu riso rouco no celular.

"O que voce quer Kate?"

Você! Pensei, mas imediatamente reprimi meus pensamentos.

"Vamos ao cinema?" as palavras praticamente saltaram da minha boca antes que eu pudesse contê-las.

"O que?" riu e por um momento visualizei sua cara de incredulidade. "Está falando sério?"

"Estou." Suspirei.

"Hm, ok." Falou.

"Sério?" não pude conter animação na minha voz.

"Não." ele riu "Mas eu topo um motel."

"Vá a merda." olhei-me no reflexo e vi que no outro lado da rua, uma figura escura me encarava. Um carro passou e a figura sumiu. Ok, isso foi, foda. "Jared, eu acho que estou sendo perseguida"

"Talvez. Mas pode ser paranoia tua também, em relação ao lance que a Emma te contou."

"Vem me encontrar." Pedi, ignorando a parte da paranoia.

"Estou ocupado." bufei entrando na cafeteria, olhando tudo a minha volta, procurando furtivamente a figura que eu havia visto.

"Ok, até mais tarde então." falei desligando.

Escolhi um lugar para me sentar e me deliciei com um capuccino com gotas de chocolate e chantily. Procurando ser o mais discreta possível. Olhei para a rua, pela grande janela panorâmica, mas não havia ninguém. Talvez Jared estivesse certo. Era só uma paranoia.

Voltei a caminhar tentando não me focar na impressão de estar sendo seguida, mas parecia que um olhar pesava sobre mim, virei-me de repente dando de cara com Lara, mãe de Raymond. Meu coração acelerou e eu tive a sensação de que estava caindo.

"Kate." deu um sorriso que não tocou seu olhos, visivelmente forçado.

"Sra..."

"Me chame de Lara. Afinal, sou sua nova protetora." falou de um jeito que fez as palavras pareceram socos em meu estômago. "Imagino que Emma já tenha te contado que nós duas estamos de olho em você desde que Raymond sumiu tentando assumir o trabalho isso sozinho."

"Ah... E o que houve com ele?" perguntei obrigando-me a não gaguejar. Tentei demonstrar curiosidade e torci para que ela não fosse capaz de ouvir meu coração bater acelerado, assim como eu estava ouvindo. "Ele parou de me ligar, então pensei que tivesse ficado chateado comigo por causa de Jared..." engoli em seco.

Ela ergueu as sobrancelhas. Sua pele dourada estava sem vida, os cabelos presos em rabo de cavalo meio solto, os nós e pontas duplas bem á mostra, como se não os penteasse há dias.

"Ele sumiu e desde então não deu notícias." deu um suspiro frustrado "Bom, acho melhor levar você para casa em segurança." forçou um sorriso de novo, havia algo de estranho com ela.

"Ah... não precisa." Sorri. “Mas, obrigada mesmo assim.” Virei-me para ir embora, mas ela segurou meu braço.

"Por favor Katherine, é meu dever." falou rispidamente, apertando meu braço. Olhei para sua mão, que me apertava, depois encarei seu rosto cansado e ansioso.

"OK." Suspirei. Ela soltou meu braço, soltando a respiração passou por mim e acenou para que eu a seguisse.

Mandei mensagens de texto para Jared e Emma, avisando-os que eu estava com Lara e pedindo a eles para que me ligassem. Senti meu estômago se revirar. Ela olhou para meu celular por cima do ombro, como os professores me olhavam quando iam tomar o celular de mim.

"Ah, droga! Minha bateria já era." Menti um lamento e ela deu um curto sorriso. Guiando-me até um Jeep preto de modelo antigo.

O clima no carro era muito tenso, eu estava ao lado da mãe do cara que eu havia matado há poucas semanas. Lembrei-me do assombro e descrença nos olhos de Raymond. Eu o havia matado friamente e agora, eu sentia uma grande tristeza tomar meu peito. Eu havia evitado pensar naquilo, crendo que eu havia feito a coisa certa. Agora, eu já não estava tão certa.

Lara não virou na esquina do meu prédio, e começou á acelerar.

"Lara, minha casa é para lá." falei tentando me manter calma, esperando que ela simplesmente estivesse enganada e fizesse a volta.

Ela deu um sorriso sombrio, mantendo os olhos na estrada e prosseguiu pelo caminho que havia escolhido, mas eu não estava perdida. Eu sabia exatamente para onde estávamos indo. Aquele caminho levava na direção do lugar onde havia sido a festa, onde eu havia matado Raymond.

Merda, merda, merda!


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Notas finais do capítulo

Então, gente? sugestões? teorias? xingamentos? Não esqueçam seus REVIEWS, porque a Musa merece *-* Beijared a todos, até o próximo capítulo (ansiosa demais aqui).



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