The Lost Demigod - Fic Interativa escrita por Bia Valdez, Nicky Somerhalder


Capítulo 15
Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Novo cap! Não liguem para erros de portugues, eu vou revisar mais tarde. Nossa que medo essa manutenção me deu! Espero que gostem do cap! Cento e oito comentários! Agradeço a todos que me companharam até aqui! Seus lindjos! Vou comecar a escrever o prox cap quando esse aqui chegr a tres coments, ok? Lembrando, quanto menos comentar mais chance do personagem morrer!
Bjs minhas rosquinhas
Da Bia Valdez



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Pov. Narcysa

Depois de um tempo passamos por cerca de três bifurcações, as corujas de Colin e Angelina entravam e saiam delas e mostravam o caminho. Eu ainda não sabia exatamente para onde estávamos indo, mas torcia para estarmos no caminho certo. Decidi então usar meu tempo para falar com Alexei.

– Oi. – ele disse sem tirar os olhos do chão

– Oi. Como se sente? – perguntei, um tanto incerta

– Em relação a quê? A você? A missão? Ao aviso? Para falar a verdade, eu diria não sei nas três situações. – ele olhou para minha, os olhos brilhando com algo semelhante a raiva, mas eu não sabia exatamente o que era

– Em relação a tudo. – respondi, minha voz estava baixa e um pouco embargada.

– Bem, onde quer que eu comece Narcysa? Como eu realmente não entendo o porquê de você ter me perdoado? Ou talvez o fato de eu me achar um idiota desalmado? – seu tom de voz saiu um pouco mais alto do que deveria

– Alexei, eu já disse que eu te perdoei. Eu gosto de você.– respondi, mas não pareceu ser o suficiente.

– Mesmo depois de tudo que você passou... Como eu pude ser tão ignorante? – ele falou para sim mesmo, seus olhos brilhavam de ódio e eu tinha o leve pressentimento que não era de mim.

– Eu sei, meu pai era um homem horrível, mas isso não vem ao caso agora. Temos uma missão a cumprir, e não vou deixar meu passado me atrapalhar nisso. – no momento que eu disse “nisso”, bati de frente com as costas de Giovanna e o grupo todo parou igual a um desenho animado, todo mundo tropeçando uns nos outros em fila – Mas o quê...?

– Parem. Tem algo aqui. – a filha de Hades deu um passo a frente e todos demos um para trás. A nossa frente, somente o mesmo corredor que estávamos vendo a mais de uma hora, porém, quando Giovanna estendeu o braço, algo me assustou.

Pense em uma poça de água parada, quando você toca, vários círculos começam a sair do lugar aonde vocês tocou como mini ondinhas. Foi exatamente isso que aconteceu quando Giovanna esticou o braço, era como estivesse tocando uma poça d’água na vertical, mas aquilo não era uma poça d’água, e sim um espaço no ar. Fiquei observando enquanto todo o corredor a partir do ponto onde Giovanna “tocara” tremulava.

– O que é isso? – perguntou Rachel

– É um véu. – respondeu Colin e ao ver a expressão confusa de todos, explicou – Um tipo de barreira que impede que vejamos o que há a partir daqui no corredor, funciona mais ou menos como a Névoa, com a diferença de parecer mais líquido que gás.

– Será que devemos atravessar? – Angelina parecia estar fazendo cálculos

– Acho que sim, como podem ver, as tremulações só vão até as paredes, chão e teto. Mostrando que só há o “para frente” e o “para trás”. – Corallyn deu de ombros, apontando para os cantos da parede que permaneciam rígidos.

– Concordo com a cara-de-morta. Devíamos seguir em frente. – dei minha opnião e todos assentiram.

– Eu vou primeiro. – Alexei deu um passo a frente e encarou o corredor tremulante na “poça” vertical por alguns segundos antes de continuar andando e atravessar o véu, desaparecendo completamente.

Pov. Miguel

Era uma cobra enorme. Charlotte ficou pálida na mesma hora e começou a tremer tanto que chegava a dar para ouvir o som de seus ossos batendo uns nos outros.

– C-c-c-c... – ela balbuciava, sem conseguir completar a palavra enquanto encarava os olhos amarelos do réptil gigante.

– Charlotte, nós temos que ir... – sussurrei para ela, e tentei puxar seu braço, mas ela estava rígida, paralisada. Engoli em seco, se não saíssemos dali naquele segundo, a cobra ia dar o bote e íamos virar jantar – Charlotte, se mexe, vai ficar tudo bem...

Dei mais um puxão em seu braço, ela permanecei parada, apática, tremendo e balbuciando. Aí eu cansei, no momento em que a cobra começou a se erguer, pronta para dar o bote, segurei Charlotte pela cintura e a coloquei nas costas como um saco-de-batatas humano, começando a correr logo em seguida.

Desviei um segundo antes da cobre gigante me matar e ela acabou batendo a cabeça contra a parede e abrindo um buraco do tamanho de uma geladeira que dava para um lugar extremamente escuro. Só daí me dei conta. Se não havia luz, como eu podia ver?

Olhei para trás, a cobra sacudia a cabeça violentamente e recobrava os sentidos, dava perfeitamente para ver sua forma alongada e seus olhos amarelos naquela luz fraca. O corredor não era completamente escuro, jamais havia sido, aliás, eu só não notara isso. Olhei para os lado enquanto corrida, tentando ignorar o peso de Charlotte (que por acaso se contorcia e gritava coisas nada lisonjeiras) e a dor que vinha da minha asa quebrada.

– ME LARGA SEU PROJETO DE ARARA-AZUL BANHADA EM PETRÓLEO! – gritou Charlotte, tá, aí ela pegou pesado. Arara-azul banhada em petróleo? De onde ela tirou isso!? Olhei novamente para trás, a cobra estava novamente nos perseguindo, um pouco confusa por conta do impacto com a parede, mas se movia rápido, embarrado nas paredes e fazendo com que pedras caíssem do teto.

– Droga, Charlotte! SERÁ QUE DÁ PARA CALAR A BOCA!? EU ESTOU TENTANDO SALVAR A SUA VIDA!

–ME COLOCA NO CHÃO AGORAAAAA!!!!! – Charlotte me deu uma joelhada nas costelas e eu a larguei. Ela se levantou como eu raio e saiu correndo pelo corredor – Meus deuses! Esse bicho parece o basilisco do Harry Potter!

Pov. Josh

Estávamos no meio do corredor de espelhos quando ouvimos um barulho de alguma coisa pesada se chocando com a rocha. Felícia quase teve um ataque com medo dos espelhos quebrarem.

– Ei chiliquenta. Calminha. Deve ter sido bem longe daqui... – Mary sussurrou, mas ela também tremia

– O que acham que pode ter sido? – perguntou Sophia

– Sei lá, um monstro, talvez? – disse

– Deve ter sido um bem grande então...

Olhei em volta, para nossos reflexos nos espelhos, o escuro ao redor de nós me incomodava, e muito. Droga de medo idiota.

– Josh, você tá legal? – perguntou Mary ao notar que eu olhava fixamente para algum ponto a nossa frente.

– Tô, só estava pensando... – tentei esconder, que tipo de retardado tem medo de escuro!?

– Certo, pensar demais aqui não vai dar certo. Sobre o que estava pensando?

– Hã... – tentei pensar numa rota de escape – Você tem medo de quê?

– Por que a pergunta? – Mary deu um sorriso, parecia um pouco incomodada com o assunto.

– Sei lá, curiosidade. – dei de ombros

– Acho que é melhor não falarmos disso aqui e... – de repente Mary parou, estávamos andando enquanto falávamos, e ela olhou confusa para o chão – Não é mais espelho.

Era verdade, naquele ponto, o chão de espelho acabava e mais a frente, as paredes e o teto também. Finalmente poderíamos andar com tranquilidade.

– Ufa! Chega de espelhos! Estou cansada deles! – Felícia riu e Sophia a acompanhou.

– Mas onde estamos? – Perguntei e de repente, tudo ficou escuro.

Pov. Felícia

Eu torci para aquele grito ter sido da Mary.

– Josh? Você tá aí? – a voz de Mary perguntou

– Tô sim, a Sophia gritou? – respondeu a voz de Josh

– Ah... É, fui eu mesma. – a voz de Sophia soou um pouco envergonhada

– V-você tem medo de escuro? – perguntou novamente a voz de Josh

– Ahã... – a voz da filha de Éolo soou meio tremida e eu senti unhas agarrarem meu pulso – C-consegue f-fazer o-outra fonte de l-luz?

De repente uma pequeno bolinha de luz apareceu uns dois metros a minha frente, pisquei u pouco para me acostumar e consegui ver Mary com as unhas fincadas no braço de Josh, que se esforçava para manter a luzinha acesa. Também consegui ver o rosto apavorado de Sophia, que agarrara meu pulso, antes da nossa única fonte de luz se apagar de vez.

– Acho que vamos ter que andar no esc-curo de agora em diante. – a voz de Josh soou meio trêmula.

Pov. Alexei

Assim que atravessei o véu senti como se estivesse passando por uma cachoeira de água gélida. Passei para o outro lado já ofegante, minha roupas estavam secas, mas eu me sentia molhado até os ossos. Olhei em volta. Estava numa galeria ampla de paredes de pedra vulcânica, estalagmites e estalactites saíam de todo o lugar e cristais coloridos brilhavam em todos os cantos enchendo a sala com um brilho bruxeleante. Olhei para trás, só havia uma parede de rocha sólida.

– Narcysa? – sussurrei, mas não ouve resposta. Caminhei alguns metros, observando as paredes com atenção a procura de algo que me desse alguma pista. Ouvi um miado e girei os calcanhares. Um gato me encarava. Quase deu um salto para trás, era Scarlet.

– Meow... – a gata se aproximou e se esfregou em meus calcanhares, seu pelo branco parecendo balançar sob aquela luz estranha.

Narcysa me dera aquela gata. Eu nunca havia me separado dela antes de viajar para Las Vegas a acabar perdendo-a de vista no meio daquela ruas. Eu a havia perdido. E agora, mesmo sem fazer ideia de como, lá estava minha gata Scarlet rossando nos meus calcanhares.

– O que faz aqui gatinha? – me ajoelhei e acariciei seu queixo, aqueles olhos azuis... Tão parecidos com os de Narcysa...

– Alexei? – a voz de Giovanna interrompeu meus pensamentos– Você está aí?

– Aqui! – exclamei e a filha de Hades surgiu do meio das rochas, ao seu lado estava Rachel – Encontrei uma amiga...

– Outro gato!? – Jenna apareceu logo atrás de Giovanna – Meus deuses! O Miguel vai ter um ataque!

– Gato? Que gato? – esse foi Ethan

– Aquele gato. – Corallyn surgiu, tirando seu capuz

– Na verdade é uma gata. – expliquei – E se chama Scarlet. É a minha gata. Achei que a tivesse perdido em Las Vegas.

– Las Vegas? Como uma gata que se perdeu em Las Vegas veio parar aqui!? – Angelina saiu de detrás de uma rocha aos tropeços, acompanhada por Thomas, Logan e Colin.

– Não faço a mínima ideia. – dei de ombros e peguei Scat no colo – Vamos?

Pov. Jenna

Aquele garoto é esquisito, muuuito esquisito. Continuamos a andar pela galeria, subindo em rochas e desviando de estalags-não-sei-o-que por certa de uns dez minutos antes de eu ouvir o barulho de algo se quebrando, olhei para trás. Narcysa acabara de esbarrar em um cristal, e ele se espatifara no chão, quebrado em mil pedacinhos fumegantes.

Peraí, fumegantes?

– O que...? – todos recuaram vários metros para trás ao notarmos que os pedaços do cristal recém-quebrado soltavam uma fumaça branca e espessa que começou a crescer e tomar forma.

Di immortales Narcysa! Não dava para ser mais cuidadosa!? – Angelina braquejou

– Ei! Não é minha culpa! – Narcysa tentou se defender, mas se calou ao perceber que a “forma” que a fumaça estava formado estava, um tanto, digamos, assustadora.

Era uma mulher, alta, de cabelos cinza-claro e lisos. Todo o seu corpo era formado pela fumaça e suas cores variavam entre braço-perolado e cinza. Uma palavra veio em minha cabeça: fantasma

Pov. Narradora (RA-RA, pq eu mereço um pov)

A “fantasma” começou então a andar de um lado para o outro. Ela parecia falar, mas pareciam mais sussurros, porém as palavras foram aumentando de intensidade, até se tornarem gritos:

Henry! Meu filho! Onde você está!? Henry! – a voz da fantasma era suave e melodiosa, gentil até. A mulher parecia desesperada, por fim, se ajoelhou no chão e poi-se a chorar.

– Ei, senhora... Calma, vamos achar seu filho... – Narcysa se aproximou, mas ao tentar tocar no ombro da mulher, sua mão a atravessou, a fantasma continuou ali, soluçando, com as lágrimas cinza-escuras escorrendo pelo rosto enquanto o tampava com as mãos.

– Ela não nos vê. – foi o comentário de Angelina

Mamãe? – todos tomaram um susto, era uma voz de uma criança pequena, mas o que mais assustou era que vinha diretamente de Corallyn.

– O quê? Por que estão me olhando assim? Não fui eu que...! – a filha de Nyx tentou se explicar, mas no meio de sua fala um menininho/fantasma a atravessou correndo:

Mamãe!

Pov. Angelina

A fantasma ergueu a cabeça e abriu um enorme sorriso ao ver o rosto d garotinho. Num gesto amplo, abriu os braços e o abraçou forte, para logo em seguida os dois se desfazerem em fumaça branca. Porém antes que se desfizesse por completo a fantasma sussurrou, bem baixo, como se só para o meninho: “Henry Death, pensei que tivesse te perdido...

– O que foi isso? – perguntou Alexei

– Eram fan-fan-fantasmas? – disse Jenna

– Na verdade, não. – Corallyn tinha a voz embargada – Pelo menos não o menino. Henry... A Marina tinha um meio-irmão chamado Henry. Era filho da madrasta dela. Ainda por cima, o menino era quente.

Quente?? Que tipo de adjetivo é esse para um menino de seis anos!!??? – Rachel exclamou e Giovanna soltou um risinho

– Corallyn está se referindo ao sentido literal da palavra Rachel. – explicou a filha de Hades – Se você é atravessada por um fantasma, ele é frio. Está morto, entendem? Mas o garotinho não era um fantasma, nem a mãe. Elem eram...

– Sombras. – completei a frase de Giovanna e ela assentiu

– Exatamente. Eram sombras. A cena que vimos era uma cena do passado de alguém, provavelmente do passado da mulher. Acho que é isso que esses cristais fazem, eles guardam o passado. O mantém seguro.

Todos nós olhamos em volta, fazia sentido. Quanto mais avançávamos pela caverna, menos pedras e mais cristais havia. Era um lugar bem bonito e iluminado por aquela luz bruxuleante, percebi que havia cristais que nasciam intricados um no outro ou sobre o outro.

– Mas e se não quisermos nos lembrar do passado? E se quisermos esquece-lo? Esses cristais guardam as lembranças mesmo assim!? – Narcysa parecia querer esconder, mas devia estar furiosa.

– Na verdade. Acho que eles devem guardar as lembranças em geral, o passado das pessoas. – lancei minha hipótese e logo completei – Mas somente aquelas partes ou aquela parte que não queremos ou não conseguimos esquecer deve ser mostrada quando quebramos o cristal. Mas a pergunta é, se o cristal é quebrado, a memória também vai embora? – perguntei para ninguém em especial.

– Não acho que seja assim. A memória não se vai, só se torna livre. As pessoas não esquecem só adquirem a capacidade de seguir em frente. – Corallyn tinha os olhos fixos nos pedaços de cristal partidos, que agora se desfaziam em pó – A madrasta de Marina sempre foi especialmente protetora, talvez essa tenha sido a razão.

Pov. Milene

Eu realmente estava agradecida por ter Harry ao meu lado. Depois de um tempo as paredes de terra batida deram lugar a de mármore branco-perolado com desenhos em finas linhas de ouro mostrando cenas de batalha. O frio melhorara, mas agora eu e Harry parecíamos estar dentro de um forno, devia estar uns quarenta graus ali dentro.

– Pode ficar com o casaco. – entreguei o casaco de Harry ao dono, droga de calor aquele gesto tinha sido tão fofinho...

– Não, é seu. – quase desmaiei quando ele disse isso, amarrei o casaco na cintura e fiz o mesmo com minha jaqueta.

– Olhe só esses desenhos... Acho que são cenas dos mitos que eu li... – Olhei para as paredes e vi a imagem de um garoto de armadura com a cabeça da Medusa – Este é Perseu. – meu gato ronronou aos meus pés, reconhecendo o nome que eu havia lhe dado.

– É, e acho que esse aqui é o Minotauro... – Harry disse, apontando para a imagem de um homem com cabeça de touro.

Logo estávamos rindo e apontando para cada um dos desenhos, falando sobre cada história e rindo mais um pouco, até o momento que me cansei e o raio que ia de uma de minhas mãos a outra se apagou, nos deixando na completa escuridão.

– Tem uma espada ou algo assim que seja de bronze celestial? Meu arco-e-flecha é de prata. – disse Harry, de repente, e eu apanhei minha adaga na mochila. Realmente ela produzia uma luz cor-de-bronze bem fraca, mas dava para pelo menos ver o rosto suado de Harry.

– Acho melhor irmos andando, talvez fique mais frio para lá. – indiquei o fim do túnel e nós voltamos a caminhar em completo silêncio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Reviews! Reviews! Quero chegar a cento e dez pelo menos!