Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 46
Semi incestos, o pedido e uma interrupção


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo contém uma insinuação de sexo. Pra quem não gosta, tá avisado



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Saímos do quarto e nos sentamos embaixo de uma árvore. Aqueles momentos eram os que valiam a pena. Estar sozinha com Thiago era uma das melhores coisas daquele Instituto. Deitei a cabeça em seu ombro e me aconcheguei.

— Você tem o dom de me fazer pensar “que estou fazendo aqui?”, mas não conseguir ir embora, porque eu te amo e não consigo lhe deixar.

— Eu te amo mais – sussurrei, beijando seu maxilar.

— A gente não pode se amar num lugar não tão frio? – brincou. Assenti, rindo baixinho – Ok, vamos tomar uma daquelas suas misturas ousadas.

Thiago me ajudou a levantar. Abraçou-me, puxando-me pela cintura com força e mordendo minha orelha. Santo Deus, se ele não fosse o Thiago e não tivesse aquele sentimento de “irmão mais velho”, eu não teria pensado duas vezes antes de beijá-lo. Arrepiei-me dos pés à cabeça.

— Não faz isso se não quiser que sejamos irmãos incestuosos – sussurrei, rindo.

— Desculpe.

Ele riu e mordeu de novo. Depois me abraçou de novo e massageou levemente meus ombros. Suspirei e gemi baixinho, rindo incrédula logo depois.

— Isso é maravilhoso.

Não me perguntem o que eu fiz de tão maravilhoso nesses 16 anos de existência para merecer alguém como o Thiago. Não havia malícia no toque dele. É completamente diferente de qualquer outra pessoa me tocando. A intensidade do que eu sinto quando ele está perto é simplesmente estratosférica, mas falta... Tesão, com perdão à palavra. É tão doce, tão meigo.

Às vezes, sinto que não consigo mais viver sem ele, mais do que sinto isso com Gabriel. Thiago é tudo. Meu princípio, meio, fim. Melhor amigo, namorado (ninguém mata minha carência mais que esse garoto, com tantos abraços), como pai... Vale tudo.

Estendi-lhe a mão e caminhamos até o dormitório feminino. Vazio, como sempre. Aquele bando de vadias não parava em casa. Preparei uma das minhas misturas maravilhosas pra mim e uma para ele. Resolvi ignorar minha vodca e misturar o cappuccino com uísque. No melhor estilo irlandês, em plena Genebra.

Pensamos em ligar a tv, mas pra que gastar energia se sabíamos que mais íamos conversar que assistir? Quando percebi, estava deitada no colo de Thiago, brincando com os gominhos de sua barriga enquanto ele ria de mim.

A porta se abriu e Gabriel nos encarou por um tempo.

— Mas você me abandona pra ficar brincando com a barriga do meu irmão?!

— Sem ciúme, já avisei.

— Como você quer que eu não tenha ciúme disso, caralho?! – gritou.

— Você não altere o tom de voz comigo!

Gritei de volta e me levantei, apontando o dedo pra Gabriel. Seus olhos azuis estavam minúsculos e a veia da testa saltava perigosamente. Gabriel estava quase roxo. Suspirei.

— O que foi?

— Eu morro de medo de te perder, Amanda. Sua relação com o Thiago me faz parecer que eu não sou o suficiente. Parece que eu sou um bosta e você prefere meu irmão.

— Você agindo assim, as coisas vão deixar de apenas parecerem isso e vão se transformar em realidade, Gabriel. Para, ok? Para. Eu amo seu irmão, mas é só meu melhor amigo.

Ele abriu um sorriso doce e eu já sentia as malditas lágrimas caindo pelo meu rosto. Elas sempre caíam, certo? Ele sorriu e segurou minha mão, me puxando pra si e beijando minha testa. Abriu um sorrisinho malicioso, mostrando-me o tic tac na língua. Sorri e o beijei, explorando sua boca pra pegar a maldita balinha. Realmente, minha língua era estupidamente pequena.

— Eu te amo, tá? – sussurrei.

Seus olhos ganharam um brilho a mais e ele parou de me beijar por alguns segundos, pra apenas me encarar. Depois tirou meus pés do chão e beijou meu rosto e colo seguidas vezes.

— Fala de novo – sussurrou

— Eu te amo, trouxa.

Ele sorriu e me beijou de novo. Até me deixou pegar a bala, não que assim tivesse alguma graça. Encerrei o beijo mordendo seu lábio e puxando-o. Ele riu.

— Eu te amo. Amo de verdade. Amo pra caralho. Amo à beça. Je t’aime. Ich liebe dich. I love..

— Ok, Gabriel, eu já entendi – disse, rindo.

— Eu preciso pedir uma coisa.

— Ah, okay – disse, encarando-o.

Gabriel ajoelhou e me encarou por alguns instantes. Beijou minha mão e tirou do bolso um anelzinho tão minúsculo que me perguntei se aquilo serviria no meu dedo. Meu Deus, o que ele estava fazendo com aquilo no bolso?

— Ei. Você quer namorar comigo? Ser a minha pequenina? Só minha? Pra sempre?

Eu não sabia o que responder. Apenas balancei positivamente a cabeça e senti as malditas lágrimas voltando, dessa vez por um bom motivo. Gabes levantou-se e colocou uma aliança no próprio dedo. Girou-me pra todos os lados e me beijou de novo. Não precisamos do tic tac praquilo ser maravilhoso.

— É a aliança da minha mãe – ela disse, sorrindo – Antes de o ano começar ela disse pra eu trazer. Vai que eu tomo jeito na vida – disse, rindo baixinho – Acho que ela adivinhou.

Sorri, dando-lhe um selinho. Quando olhei pro lado, Thiago não estava mais lá. Meu celular vibrou e e dei risada ao ler sua mensagem.

Aproveitem! HAHA

Ri alto e não me dei o trabalho de responder no momento. Sentei no sofá e Gabriel sentou ao meu lado. Ele se deitou delicadamente sobre mim e começamos a nos beijar.

Por um momento, eu agradeci muito pelo fato de as vadias nunca estarem no nosso quarto.

Gabes desgrudou os lábios dos meus por um instante e me olhou com uma carinha deliciosamente maliciosa. Sorri de volta, soltando um gemido fraco e fechando os olhos. Senti seus lábios percorrerem meu pescoço, distribuindo beijos, mordidas e chupões por toda parte desnuda de meu corpo. Com muito cuidado, ele tirou minha blusa e começou a beijar pra minha barriga, afagando meus seios com delicadeza e firmeza ao mesmo tempo. Joguei a cabeça pra trás, apenas esperando pra ver onde aquilo tudo levaria.

Gabriel estava desabotoando minha calça quando a porta se abriu.

— Olá, meus ami... MEU DEUS! Me desculpem, estou indo embora!

Corei mortalmente e tentei me recompor. Vesti meu moletom e encarei Gabes, rindo baixinho e mordendo o lábio. Ele suspirou, estapeando a própria testa.

— Relaxa – disse, após um pigarro – Não... Não tá atrapalhando nada, cunhada linda, meu amor, meu anjo. Pode entrar. Na verdade, eu até te agradeço! Nossa, muito obrigado, Bruna, não tinha momento mais propício pra entrar!

Ri novamente e escondi a cabeça em seu ombro. Não sabia qual de nós três estava mais envergonhado, mas sabia que Gabriel não estava só constrangido, mas muito puto, também. E isso, infelizmente, era divertido demais pra eu apoiá-lo.


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