Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 41
Uma chance.




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Estávamos mofando no quarto e Heloise havia sumido há horas. Thiago estava deitado sozinho com feições um pouco “putas”. Ia descer da cama pra tentar consolá-lo, mas Gabriel me segurou.

— Se fizer com que ele se sinta fraco, vai ser pior – sussurrou, me puxando pra cima – Deixe-o lá.

— Cara, se aquela vagabunda magoar o meu príncipe, vai ter merda.

— Com quantas meninas desse dormitório você pretende arrumar encrenca, Amanda? – perguntou, divertido.

— Quantas forem necessárias.

Ele parou por um momento em silêncio e assim permaneceu. Talvez Gabriel não entendesse o que eu tenho com Thiago. Talvez nem eu mesma entendesse, mas sabia que era algo forte. Forte pra caralho, quase incontrolável. Era um instinto de protegê-lo, cuidar dele e não deixar que nenhuma vagabunda magoasse o meu garotão, que sempre passava aquela imagem de moço forte, mas eu sabia que não era bem assim. Thiago era frágil, infelizmente.

Não aguentei. Desci e o abracei com força desnecessária. Ele fez uma carinha de dúvida e me abraçou com a mesma intensidade, respirando fundo.

— O que aconteceu? – sussurrou.

— Não deixe ninguém te magoar, tudo bem? Eu te amo.

— Eu também te amo, pequenina – disse ele, de maneira meiga.

— Ciúmes – cantarolou Gabes.

Ok, o garoto queria uma chance? Ok, demos a ele uma chance. Soltei-me delicadamente de Thiago,subindo na cama e sentando-me de frente pra ele. Ajeitei os cabelos com feições sérias na face, encarando-o.

— Tudo bem, Gabriel. Você quer uma chance? Você tem uma chance. Por que eu devo escolher ficar contigo e não com o Gustavo, que se mostrou melhor nesse tempo todo? E não use o Caio como motivo.

— Você tá...

— Não tenho todo tempo do mundo.

— Olha, eu vou ser sincero com você – disse ele, mexendo nos cabelos  louros – Da primeira vez que eu te vi, eu queria mesmo te irritar. Porque você tinha aquela cara de vadia inabalável e eu realmente queria te tirar do sério. Então eu te conheci e cara... Mas que puta!

— Como é?!

— Ok, não me expressei do jeito certo. Você começou como a vadia de mão cheia que eu achei que seria, tipo aquelas sádicas de seriados norte-americanos, sabe? Gossip Girl, que é um garoto. Enfim – disse ele, rindo e deixei que continuasse – Conforme o tempo passou, eu percebi que não era bem assim. Você é diferente do que parece, tem alguma coisa boa, muito boa, aí no fundo, que por algum motivo você tenta esconder, mas quando mostra... Tudo se ilumina, Amanda.

“Eu não me lembro de ter sentido nada parecido com isso por qualquer outra pessoa. E não é algo que você se esqueceria, entende o que eu quero dizer? Eu acho que te amo, Amanda. Eu já passei por momentos difíceis com você, já te fiz sorrir e isso foi a coisa mais gratificant que eu já senti. Se ISS não é amor, eu não sei o que é. E o que você me diz?”

— Eu...

— Sua gagueira é o suficiente.

E então ele me puxou pra mais perto, colando a testa na minha. Mordeu meus lábios levemente, me fazendo fechar os olhos e abrir sutilmente os lábios. O bastante para que ele entendesse o recado.

Foi diferente de todos os beijos que demos (os dois ou três), porque ali havia algo que não havia antes: um sentimento que não fosse raiva.

As palavras de Gabriel, de certa forma, mexeram comigo. Fizeram-me acreditar que, talvez, desse certo com ele como deu com Caio. Joguei meus braços por trás de seu pescoço e encerrei o beijo com selinhos.

— Mandie, você me ama? – sussurrou ele.

— Talvez – brinquei, rindo baixinho.

Deitei na cama de costas pra ele e me encolhi, fazendo com que ele me abraçasse por trás e mordesse minha orelha.

— Esse talvez vai se transformar num a certeza logo, logo.

Ri baixinho, encostando a cabeça em seu peito e fechando os olhos.

Tá ok, talvez eu pudesse me aproveitar um pouco da situação atual.

— Pequena – sussurrou ele, enquanto brincava com meus cabelos – Eu te amo, tá?

— Ainda não posso dizer o mesmo – sussurrei, beijando seu queixo.


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