POV Victoria.

Os dias que se seguiram a minha súbita nova super amizade com Sr. Enzo Martinnez passaram bem hoje mais uma semana chegava a metade, cheguei mais cedo que o normal precisava mandar alguns e-mails importante, não demorou muito até o Enzo chegar com o semblante descontraido.

– Bom dia Sr. Martinnez. - cumprimentei sem tirar os olhos do computador.

– Bom dia minha delicia como vai essa cabecinha sonhadora? - perguntou fazendo graça.

– muito bem obrigada e o Senhor como está?

– um pouco magoado. - disse se inclinando sobre minha mesa.

– Sr. Enzo Martinnez magoado? Quem foi o ser desalmado que fez isso?

– todas as mulheres gostosas dessa empresa. - seu tom serio era ao mesmo tempo divertido.

– E como conseguiram isso? - perguntei sorrindo.

– Acredita que me trocaram pelo lesado do meu irmão? - segurei o riso o encarando. - ouvi as gêmeas da contabilidade dizer que ele é mais gostoso que eu. - não aguentei e tive que rir. - eu sei que é só porque não quis pegar elas, mas fala a verdade eu sou ou não sou mais gostoso que ele. - pediu erguendo meu rosto para olhar em meus olho.

– quer ser feliz ou a verdade? - perguntei mordendo o lábio inferior apenas por mania.

– quero que a sua verdade me faça feliz. - sussurrou em meu ouvido.

– você é carente né gatinho. - belisquei suas bochechas. - mas não se preocupe você tão gostoso quanto seu irmão.

– só diz isso porque ainda não experimentou. - falou beliscando minha bochecha. - vamos almoçar juntos. - declarou.

– e isso foi um pedido ou um aviso?

– já considerei seu sim, até mais minha delicia. - antes que eu pudesse protestar ele já foi para a sala dele.

Direcionei toda minha atenção ao trabalho, mandei todos os e-mails que precisava e aproveitei marcar a reunião que o Enzo queria para daqui duas semanas, trabalho adiantado é sempre bom, terminei de organizar os relatorios que deveria arquivar e aproveite que faltava pouco para hora do almoço e fui até o banheiro retocar minha maquiagem, soltei meus cabelos e retoquei o perfume, sai encontrando Enzo sentado na minha cadeira.

– Hoje é o dia de trocar de lugar com o chefe e eu não estava sabendo? - sem tirar os olhos da tela do computador ele apenas sorriu.

– Adorei as fotos. - apenas sorri esperando ele se levantar. - então com fome? - assenti e seguimos até o elevador.

– Para onde vamos, posso saber?

– Surpresa. - disse piscando, um pouco depois o elevador se abriu para o querido irmão dele entrar junto a outras pessoas. - Boa tarde. - cumprimentou a todos serio, recebendo o mesmo cumprimento.

– Boa tarde Victória. - cumprimentou Christopher recebendo um sorriso sinico como resposta. - Vou almoçar com algumas amigas aqui da empresa quer se juntar a nós? - o encarei na esperança de que ele não estivesse falando serio.

– Obrigada, mas tenho uma reunião para ir com Sr. Enzo agora. - menti, vendo Enzo assentir serio.

– Ah, mas depois do expediente vamos sair para um barzinho topa? - revirei os olhos.

– é claro que ela topa e eu também. - se intrometeu Enzo na conversa.

– topo nada, não sei se o Senhor sabe, mas eu faço faculdade a noite. - disse e graças a Deu o elevador havia parado, sai antes dos dois vendo de relance Enzo atrás de mim.

– desculpa Vi esqueci da faculdade. - disse quando chegamos ao carro. - mas seria uma ótima oportunidade para a 2ª lição, que é o principal motivo dos homens não ligarem no dia seguinte.

– e qual seria? - questionei curiosa.

– Sexo no primeiro encontro, não existe atitude mais idiota que essa, claro que existem homens que vão continuar até conseguir e depois cair fora e é um risco, mas sexo logo no primeiro encontro é burrice. - disse convencido.

– hum e você acho que se eu fosse a esse barzinho iria ser a oportunidade para utilizar essa tatica?

– mulher esperta você né, gosto disso inteligente e gostosa. - revirei meus olhos diante do comentario dele.

– mas sem chance hoje é quarta e tenho provas, então desculpa chefinho. - debochei no final.

– tudo bem oportunidades não faltaram, sexta depois do trabalho vamos sair então traga suas coisas. - disse sorrindo e eu apenas concordei.

Terminamos o almoço com conversas aleatorias e bem descontraidas, era fácil para mim ficar a vontade perto do Enzo, mesmo que elevamos nossa amizade a outro nivel só agora, já tinhamos mais de dois anos de convivencia, voltamos ao ritmo de trabalho de sempre, agitado, depois quando acabou meu expediente fui direto para casa me arrumar para faculdade. A quinta foi ainda mais corrida para do que quarta, nem ao menos conversamos, fora os assuntos do trabalho. Felizmente hoje, sexta, seria mais calmo o ritmo de trabalho, cheguei mais cedo que o normal e ao invés de subir fiquei no estacionamento esperando por Enzo, já que não tinha carro e estava com uma bolsa extra para poder sair depois do trabalho, o vi estacionar o carro com o sorriso costumeiro no rosto acenei para que ele esperasse.

– Que isso Vi, só vamos sair não fugir. - debochou pegando minha bolsa e guardando no carro.

– mulheres precisam muitas coisas. - disse dando de ombros.

– sei, então vamos subir trabalhar? - perguntou animado.

– é o jeito né. - brinquei.

– largue mão de ser preguiçosa. - brincou me puxando pela mão.

Felizmente o dia de sexta esta bem calmo apenas alguns investidores visitando o Sr. Enzo e alguns telefonemas querendo agendar uma reunião, fora isso a única coisa ruim foi que faltando apenas uma hora para começar a curtir o fim de semana Enzo pediu para que eu procurasse o querido irmão dele, e o pior não faço ideia de onde o infeliz esteja.

– finalmente te encontrei. - falei 20 minutos depois quando o encontrei "ensinando" uma das gêmeas putas usar a copiadora.

– queria falar comigo? - perguntou empolgado.

– não. - disse sorrindo. - mas o Sr. Martinnez o quer na sala dele agora. - avisei virando a costa sendo seguida por ele.

– não é o que você esta pensando. - disse baixo quando entramos no elevador.

– eu não estou pensando nada, e não quero saber nada que diga respeito a você, então limite-se aos assuntos do trabalho. - suspirei aliviada quando o elevador chegou, segui na frente até o telefone avisando Enzo que já tinha o encontrado.

– você esta diferente. - murmurou Christopher antes de ir ver o que o irmão queria.

Como me expediente praticamente já tinha acabado desliguei meu computador e fui até o banheiro retocar minha maquiagem e soltar meus cabelos, quando voltei vi Christopher entrando no elevador com um sorriso satisfeito e Enzo com uma expressão não tão boa parado em frente a janela.

– aconteceu alguma coisa? - perguntei me aproximando.

– tem gente que sabe encher o saco. - disse suspirando. - acredita que ele venho pedir dinheiro para minha mãe?

– sua mãe? e por que ela mesma não venho? - perguntei confusa.

– não nos falamos desde a morte do meu pai, o pior é saber que esse dinheiro vai é para a mão do marido dela, o dinheiro do meu pai. - vi seu olhos encherem de lágrimas e por instinto o abracei de lado.

– mas se sabia que iria ficar assim porque deu o dinheiro? - ele me fitou com doçura retribuindo o abraço.

– não sou tão ruim assim, e mesmo depois de tudo não poderia deixar minha mãe passar dificuldade. - disse me guiando até o elevador.

Seguimos até o apartamento dele em silencio, nunca tinha imaginado esse lado de Enzo, mas como dizem todos temos um lado que ninguém conhece, entrei atrás dele e sentei no sofá enquanto ele foi até o quarto.

– então delicia para onde vamos? - perguntei usando o apelido pelo qual ele me chamava.

– sinceramente ficaria chatiada se eu disesse que perdia vontade de sair? - perguntou sentando ao meu lado.

– sem problemas eu te entendo, vou indo então. - avisei me levantando sendo impedida por ele.

– não disse que queria que fosse embora, fica aqui comigo? - tinha mil motivos para dizer não, mas simplesmente não queria ficar sozinha no meu apartamento.

– fazer o que né. - fingi desanimo.

– amanhã a gente sai eu promento. - pisquei para ele confirmando. - mas sabe eu andei pensando. - assenti o encorajando a continuar. - já que somos amigos, bem que podiamos ter alguns beneficios, sem envolvimento o que acha? - perguntou aproximando seu rosto do meu, o encarei confusa, por um lado achava meio absurso, mas por outro tentador.

– sem envolvimento? Quer dizer sem cobranças apenas sexo? - perguntei sentindo sua respiração cada vez mais proxima.

– não apenas sexo, sexo e amizade, nada de se apegar a expectativa de que nos toremos um casal. - sugeriu passando a mão pela minha nuca, naquele momento sabia que me entregaria ao desejo de beija-lo e sabia que isso seria um sim para ele, mas o que eu tenho a perder? O puxei de vez para selarmos nosso acordo com um beijo, e que beijo. - sabia que não resistiria a mim, minha delicia. - sorriu convencido me puxando de novo pra si.

– nem se acha né? - perguntei depois de alguns bons minutos de beijo.

– o que eu acho, agora mais que nunca, é que você é uma delicia. - sorri sentindo ele fazer carinho em minha face. - vou tomar banho, depois você vai ok. - assenti dando um selinho demorado antes dele ir.

Fiquei sentada pensando no que tudo isso podia dar, mas relaxei após lembrar as palavras dele, "apenas sexo e amizade" nada de cobranças e preocupações, ouvi meu celular tocar e peguei vendo uma mensagem do Christopher que dizia querer me encontrar e que seu casamento não ia bem, apenas ignorei e desliguei o aparelho jogando na minha bolsa, separei um short jeans, uma blusinha, minha langeri e meus produtos cosmeticos esperei até Enzo sair, mordendo os lábios ao vê-lo sem camisa, ele realmente era mais gostoso que o Christopher, reprimi meus pensamentos maliciosos e fui para o banheiro, tomei meu banho sem pressa e ao sair encontrei Enzo cozinhando.

– que novidade é essa? -perguntei vendo ele mexer qualquer coisa na panela.

– pra você ver mais uma qualidade minha. - disse piscando, 15 minutos depois ele nos serviu Penni ao molho branco, que estava realmente muito bom, terminamos de jantar e enquanto eu lava a louça ele foi enxugando e guardando, não é que o moço era realmente prendado.

– agora você é só minha. - sussurrou no meu ouvido pegando me minha cintura, virei de frente pra ele encarando seus lindos olhos azuis, passei meus braços pelo pescoço dele quando me puxou pela cintura, em tantos relacionamentos nenhum teve tanta pegada quanto Enzo, nem mesmo Christopher, senti minha respiração aumentar quando seus lábios tomaram meus pescoço eu sabia o que ele queria, mas iria usar a lição dele. - hoje você vai ver como eu sou gostoso. - sorri maliciosa mente me aproximando do ouvido dele e sussurrando.

– Lição número 2, nada de sexo no primeiro encontro. - mordi de leve a orelha dele o fazendo arrepiar, sai da cozinha o deixando paralisado no lugar.