Psicologia Reversa escrita por Maniac


Capítulo 5
Capítulo 4 ─ 'Senhorito' Dragneel


Notas iniciais do capítulo

HEYHEYEYHEYEHEYHEYEHEYHEYHYEHYEH!
Hey, meus brotinhos ♥ Aqui estou eu com mais um capítulo, e devo dizer, esse demorou um pouquinho, comparado ás vezes que eu demoro. Mas, enfim~
Eu me enrolei muito, não sabia como prosseguir, eu tinha algo planejado, mas depois eu tive que mudar por um simples detalhe. Mas tudo bem, aos poucos, vai melhorando~
Bom, espero que gostem do capítulo!
Enjoy e boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369572/chapter/5

Sai de meus devaneios mais uma vez, talvez pela quinquagésima vez apenas naqueles dez minutos, junto disso, levantando-me da cama a qual estava jogado, que sequer fiz questão de olhá-la ao abrir a porta do quarto e fechá-la logo depois, após sair do quarto, mas que muito provavelmente deveria estar uma bagunça. Só bastava que eu encostasse o dedo para que a magia acontecesse.

Levei a mão para a nuca, onde baguncei meus cabelos, numa tentativa nem um pouco perceptível ─ nem ao menos para mim ─ de tentar arrumá-los, já que deveriam estar bagunçados devido ao sono de trinta e cinco anos que parecia que eu tinha dormido.

Desci as escadas de jeito preguiçoso e sonolento, apesar de estar acordado faz algum tempo.

─ Natsu, quantas vezes eu vou ter que chamar, diabo? ─ exclamou minha mãe, e eu pude jurar que sua voz vinha da cozinha; e foi para lá que me dirigi.

─ Calma, eu já estou aqui... ─ disse, a voz tão sonolenta e horrível quanto minha própria cara revelava. E eu constatei isso realmente quando vi a careta que formou-se em seu rosto, logo dissipada por uma mais calma e um suspiro desferido por ela. ─ O que foi, precisa de algo?

─ Se não precisasse não teria chamado. ─ resmungou. Realmente, qual era o problema da minha família...? Mesmo que eu não devesse reclamar muito. ─ Preciso que vá chamar seu pai e seus tios lá na piscina, até agora os idiotas estão se embebedando e muito provavelmente vão se afogar numa piscina que lhes chega até a barriga. ─ ela suspirou de insatisfação.

Assenti com a cabeça enquanto dirigia-me até o local o qual eles estavam, e mesmo que eu não soubesse, seria facilmente identificado, já que as vozes meio emboladas mas ainda assim altas enchiam o caminho até lá.

Assim que cheguei lá, eu quase quis enfiar a faca de cozinha jogada na mesinha nos meus olhos.

Era realmente deplorável.

Não é aquilo que definimos "agradável", quando vemos o seu tio de talvez quarenta e cinco, quarenta e seis anos, saindo da piscina com uma sunga que parece de bebê, e uma boia infantil ─ que a propósito, parece ter sido muito torcida pra caber naquela cintura ─ contornando a cintura. "Ah, Natsu, é só uma boia!", sim, é só uma boia, mas uma boia com cara de girafa. Isso é o bastante para calar você.

─ Haha, Wakaba! Aposto que- ─ foi interrompido por um soluço, subitamente, meu pai que apenas pela sua cara de bêbado, iria dizer algo retardado e idiota. Assim como todos os bêbados fazem... ─ Aposto que aquela mulher que você vê todos os dias passar correndo na frente de casa não gostaria de te ver assim.

Wakaba lhe deu uma resposta; uma gargalhada muito idiota.

─ Que se dane, eu sou gay! ─ riu mais uma vez, o fim da frase sendo repentinamente cortado por um xingamento, com o quase tombo que ele tomaria, causado pelo deslize dos pés úmidos com a lajota a qual Wakaba pisava. Logo após, jogou-se na piscina de novo, tal como uma criança com problemas de movimentação.

─ Disso nós já sabíamos! ─ respondeu um loiro, aquele deveria ser Jude. Já não o via fazia algum tempo... Desde os meus nove anos, talvez.

Balancei a cabeça negativamente quando isto arrancou gargalhadas exageradas mas muito perceptivelmente nada forçadas, eles estavam embebedados, como minha mãe havia dito.

Aproximei-me da piscina e agachei-me perto deles.

─ Pai, mamãe está chamando. ─ disse para ele, com um pouco de receio que de repente, ele resolvesse falar sobre a emancipação feminina e sobre como ela agia sobre algo, qualquer coisa que fosse. Pode parecer idiota e sem lógica? Pode. Até porque é. Mas apenas não me culpe se meu pai bêbado, é muito mais idiota do que normalmente. ─ Ela disse que quer vocês todos lá na cozinhas, sóbrios.

Meu pai olhou-me com os olhos semicerrados, e fez um gesto com a mão como para que eu me aproximasse.

Bem, apesar de não querer fazer aquilo, eu teria que fazer. Não era muito legal desrespeitar o meu pai quando ele estava sóbrio, imagine bêbado, já que ele nesse estado, piorava umas cinquenta vezes mais em relação á sua idiotice mental.

Quando me aproximei, mesmo com a face muito despreocupada, eu me surpreendi. Triplamente, de certa forma. E, eu vou citar porquê.

Primeiro: Porque, a primeira coisa que lhe vem á cabeça quando você passa o olhar por algum lugar aleatório, e consegue enxergar uma pessoa irritante, não alta, de cabelo loiro, com peitões e uma máquina fotográfica ─ que eu pude jurar me fitar ameaçadoramente ─ em mãos, não é uma coisa que você acha legal. Ou melhor, não é algo que você deve achar legal.

(Aliás, tocando nesse assunto, eu gostaria de falar que, sim, essa garota conseguiu tirar-me do conforto do quarto que eu desejava apenas por pura vontade, e claro, porque acabou dizendo que eu era um pervertido que gostava de se despir na frente dos outros pra minha tia, e eu, de um jeito espetacular, consegui fazer ela não dizer isso para minha mãe. Eu não precisava de mais uma coisa pra me condenar pelo resto da minha inútil e agora, horrível vida. Foi só pra dizer isso mesmo, agora podemos voltar á narração normal.)

Segundo: Porque eu me lembrei que havia deixado a toalha molhada encima da cama, lá em casa. E eu sabia que minha mãe ia me espancar por causa disso.

Terceiro: Meu pai me puxou pelo braço. Sim, sim. Eu bati com a cabeça na borda da piscina, e sangrei até a morte. Eu desejava, ao menos, porque na verdade, eu caí de cabeça dentro daquela água que mais parecia um gelo recém-descongelado, mas que ao mesmo tempo, situava-se no Pólo Norte ─ aliás, é o Pólo Norte ou o Pólo Sul, onde faz mais frio? ─, junto de uma luz esbranquiçada bem no meio da sua cara, que eu deduzi o que poderia ser.

O incrível foi que quando minha cara foi enfiada na água, e logo após, meu corpo, eu senti vontade de ficar lá, até me afogar. Porque, esplendidamente, eu conseguia escutar as risadas escandalosas dos meus tios e do meu pai, inclusive, rindo que nem retardados.

Assim que voltei para pegar ar, meu pai olhou para mim e começou á rir mais alto ainda. E, não queria mesmo saber se ele era meu pai, lhe dei um chute no meio das pernas com toda a minha força, que, modéstia á parte, não era pouca.

─ Natsu, seu desgraçado...! ─ ofegou ele de dor, enquanto parecia contorcer-se debaixo d'água, e, acredite, eu não queria estar perto dele quando ele se recuperasse.

Saí da água com certo orgulho estampado no rosto, mas realmente, a maior parte do meu rosto era composto por uma cara de... Uma cara de bunda. Sim, uma cara de bunda, eu admito pra mim mesmo.

Isso é ridículo.

Olhei para o lado e a primeira coisa que vi com clareza foi a garota de cabelos loiros, Lucy, Luigi, tanto faz, rindo de mim, e não parecia se importar com a indelicadeza a qual estava liberando através desses risos.

Sim, eu sei que a palavra 'indelicadeza', é muito, muito, mas muito gay, quando dita por um homem. Eu acho.

─ Muito engraçado, muito mesmo, Senhorita Heartfilia ─ praticamente cuspi seu sobrenome, enquanto franzia a testa, mostrando e deixando bem claro meu desagrado em relação á... Bem, em relação á ela mesma.

Ela soltou uma risada, uma mais discreta dessa vez, talvez por ter sido irônica, enquanto balançou levemente a máquina fotográfica em mãos.

─ É, Senhorito Dragneel ─ ela respondeu.

─ "Senhorito" não existe. Eu sei que você é loira, mas, faz uma força...

─ Eu estava ironizando, babaca! ─ exasperou-se, e pareceu que logo que percebeu isso, tratou de soltar uma tosse que eu distingui muito facilmente de uma realmente verdadeira, e voltou ao sorriso. ─ Enfim. Espero que você tenha aproveitado bastante, no exato momento em que caiu na água. Se não, eu tenho o momento capturado. ─ aumentou o sorriso, como se estivesse adorando aquilo; e eu posso confirmar que estava.

─ Claro, você tirou uma foto minha caindo na água. Pra quê? Não era psicóloga? Agora quer ser fotógrafa? Se decida, você é loira e ainda quer ter duas profissões! ─ perguntei, arqueando a sobrancelha. E, quanto ao "loira", realmente, era pra ser uma piada. Não me responsabilizo por ofensas internas que outras loiras possam sofrer.

A loira balançou a cabeça enquanto cruzava os braços.

─ Não é desse jeito, Dragneel. E não é só porque eu sou loira que sou burra. ─ disse ela, virando o rosto. ─ Mas, sim, eu quero sim ser psicóloga e fotógrafa. Algum problema? E você que deve querer ser ator pornô ou algo assim? Saiba que eu posso dizer isso agora mesmo pro seu pai.

─ Claro, vá em frente, Heartfilia. Não que eu realmente queria ser um ator pornô, e eu não descarto essa ideia, mas, se você quer mesmo dizer isso, pode dizer. Afinal, mesmo ele estando bêbado, muito provavelmente vai soltar fogos de artifício, porque ele é um pervertido. É legal saber que a pessoa que você admirou por tanto tempo, de jeito bobo, quando criança, de repente, teve essa imagem rasgada e esquecida quando essa criança viu ele olhando pros peitos de cada mulher que passava do nosso... Digo, do lado deles, quando estavam no parque de diversões. ─ parei e recuperei o fôlego, pronto pra continuar quando a loira soltou alguns suspiros de cansaço.

─ Tá, tá, tá! ─ revirou os olhos. ─ Mas, Dragneel, guarde o que eu estou falando... Eu ainda vou fazer com que você repense sobre o término. ─ levantou o olhar diretamente para meus olhos, e eu me senti incomodado com tamanha quantidade de seriedade que pude ver em seu olhar.

─ Tsc, você ainda está com isso? Que droga, vá fazer algo de útil na sua vida ao invés de querer atrapalhar a vida dos outros... ─ reclamei, bagunçando os cabelos, esperando que eles se movessem de maneira leve, no entanto, havia esquecido que estavam molhados. Soltei um resmungo por culpa disto.

Ela sorriu e segurou a máquina contra o peito, com um sorriso largo, mas que rapidamente, pude identificar como apenas estando lá por estar.

─ Exato. Se você continuar com isso, eu posso ser capaz de fazer você abrir os olhos, e conseguir entender. Ela... Ela realmente gosta de você. ─ entortou os lábios, ela parecia tão desconfortável quanto eu falando sobre aquilo.

Por alguns instantes permaneci olhando-a, como se estivesse processando algo inteligente o bastante para dizer.

E eu estava prestes á fazê-lo, quando um vento forte soprou e eu senti vontade de me jogar dentro de um forno naquele momento.

Abracei meu próprio corpo, enquanto resmunguei algumas vezes. Frio... Que droga.

─ Vamos logo entrar. ─ falei, alto o suficiente. ─ Isso vale pra vocês também! Idiotas! ─ gritei, como se pra prevenir que eles escutassem mesmo. Voltei o olhar para a loira. ─ E eu aconselho que você entre logo, também.

Virei as costas e entrei de volta na casa, praguejando de frio.

Após chegar no aconchego e na temperatura ideal, balancei a cabeça fortemente para os respingos da água saírem de meu cabelo. Eu sabia que provavelmente seria morto se minha mãe me visse fazendo aquilo, mas aquilo pingando no meu ombro á cada vez que eu dava um passo era irritante.

Fiquei parado por um tempo olhando para a parede.

O assunto novamente, voltava-se para Lisanna. E aquilo, realmente não era algo que eu gostava de falar sobre.

Dei de ombros, enquanto voltava á andar, dessa vez, em direção ao banheiro.

Esperava que nesse tempo, eu pudesse finalmente me livrar de pensamentos irritantes do gênero. Porque, sinceramente, eu tornaria minha mente inóspita para coisas do tipo.

Ou ao menos, eu esperava. Mas quem diria que eu seria castigado com uma praga loira mais irritante ainda?

Não que estivesse antecipando as coisas ou me sobressaltando demais, longe disso, mas eu apenas pensei, naquele momento, que talvez pudesse ser interessante.

Ou até mesmo divertido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem o final bosta, mas eu não sabia como fechar, e eu acho que seria estranho simplesmente fazê-lo entrar na casa e we, fim. (͡° ͜ʖ ͡°) Não, não pode.
Então 8D Eu acho, só acho, que eu sou idiota e muitas vezes irrito vocês com meus capítulos nonsense e praticamente sem um pingo de lógica, romance, ou aquilo que vocês desejam.
Mas, acalmem-se, golfinhos, a hora do romance ainda vai chegar ♥ Vai demorar um pouco (ou não, considerando a minha ansiosidade), mas vai chegar. ='D
Enfim, espero que tenham gostado, deixem um review com a sua opinião e beijinhos, até a próxima *3*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Psicologia Reversa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.