Aconchegando-se em minha cama, eu pensava no que faria. Os momentos que  passei com Georg não me deixavam em paz. No meio deste conflito, meu celular toca. Era Gustav.

-Oi, Dani. Como você está?

-Na fossa Gustav.

-Eu sinto muito pelo que Georg fez. Sei que ele tem um motivo, talvez ele não esteja preparado para...

-Preparado para que? – interrompi irritada – Pra assumir um namoro de quase dois anos?

-Não é bem isso. Olha, vocês irão conversar melhor depois.

-Até parece que eu vou falar com ele de novo! Não quero nem pintado em ouro!

-Se acalma, por favor! Foi um mal entendido.

-Gustav, eu sei que você adora o Georg, mas encare a verdade: ele não presta!

-Dani.

-É isso mesmo.

-Um dia você vai entender, espero que não demore.

-Como Gustav?

Ele desligou. Não entendi o que Gustav tentava me falar. Mas de qualquer jeito, não foi apenas um mal entendido, foi uma completa perda de tempo, isso sim! Eu passei quase dois anos acreditando ter o amor de minha vida ao meu lado pra no fim ser chutada como um despacho! Ele que vá se tratar. Não sou mulher pra depressão.

Passei a noite em claro. Não só por conta do meu imprestável amor pelo Georg como também pela quantidade de mensagens que recebia de Gustav e Bill. Os dois diziam a mesma coisa, em resumo. Apoiavam a idéia de que foi um engano, que eu não deixei o Georg terminar de falar antes de sair às pressas.

Mas é claro que eu não esperaria. Não seria eu a trouxa a ser humilhada no meio de tanta gente! Fui embora sim, e me orgulho de ter deixado aquele palerma falando sozinho!