Pode Me Chamar De Percy escrita por bersange


Capítulo 15
Mudança de perspectiva


Notas iniciais do capítulo

/bersange/
de volta



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- E aí, Percy? - perguntou um rapaz que nunca tinha visto antes, nos corredores do colégio. Acenei a cabeça em resposta, um pouco desconcertado. As coisas mudaram bastante no final de semana.

No primeiro jogo, o time atropelou com facilidade o adversário com extrema facilidade. Eu e Jason Grace formávamos uma dupla sensacional dentro de quadra e, aliados ao grande ímpeto de Beckendorf e a liderança de Luke Castellán, nós fizemos uma exibição de gala diante da nossa torcida. Pelo menos foi o que o treinador Hedge disse, aos pulinhos, no vestiário.

No domingo, foi um jogo muito mais complicado, e na quadra do rival, ainda por cima. Começamos bem, fazendo um jogo equilibrado, mas demos mole no segundo quarto e eles abriram vantagem considerável. Jason estava muito bem marcado, Luke estava errando coisas bobas, Beckendorf estava tendo que correr dobrado e Jake Mason não estava dando conta na marcação. Hedge me tirou naquele quarto para colocar o Octaviam, na tentativa de ganhar velocidade, mas ele não passou nem perto de ser efetivo.

Ao fim do quarto, pedi para o treinador Hedge me colocar em jogo, quando o time se reunia no intervalo.

- Quem você pensa que é, Jackson? Você não manda no treinador Hedge - protestou Octaviam, furioso.

- Chega disso, Octaviam - falou Hedge, sério e cortante. - Eu vou colocar o Jackson, mas porque sem ele o time degringolou mais ainda. E ele apenas pediu, não mandou nada. Eu costumo escutar meus jogadores, você sabe.

Octaviam olhou para mim com raiva, como se eu fosse o culpado por tudo que há de ruim no mundo.

- E o que a gente faz, treinador? - perguntou Beckendorf, que estava visivelmente irritado durante o jogo.

- Bola no Jackson. Eles conhecem o Grace de outros campeonatos, mas não conhecem a bola dele ainda. Rapaz, tente definir a jogada você mesmo. Eu sei que nos treinos eu ensaio várias jogadas conjuntas, mas certas horas precisamos de um jogador fominha, entendeu?

- E se eles marcarem o Percy como estão me marcando? - perguntou Jason, atento.

- Eles não tem marcadores para anular os dois ao mesmo tempo, não sem deixar o resto do time livre. Vou fazer o seguinte: Mendez, Castellán e Mason saem, entram Jackson de volta, Underwood e Smith. Luke, você descansa para entrar com tudo daqui a pouco, entendeu?

- Certo - ele disse, quase sem abrir a boca.

O juiz apitou, nosso time deu o tradicional grito de guerra e voltamos para a quadra. No terceiro dos quatro tempos, a estratégia de Hedge passou a funcionar. Eu passei a tentar definir sozinho minhas jogadas e meus arremessos estavam em uma tarde particularmente inspirada. Quando passei a receber uma marcação mais de perto, Tyson e Beckendorf não tiveram mais trabalho na defesa e, comandados por Grover, conseguimos encostar no placar.

No último quarto, Luke voltou ainda mal, errando passes e o adversário abriu nova vantagem. Hedge perdeu a paciência com ele e colocou Will Solace no jogo. Will não é tem o vigor físico de Luke e Grover, mas passava a bola com extrema qualidade, achando espaços para mim e para Jason furar a marcação. Faltando quatro segundos, Jason acertou uma bela cesta de três pontos e empatamos a partida.

Na prorrogação, não tivemos dificuldades. Grover depois entrou no lugar de Will, cansado, mas já abrimos uma vantagem confortável e o time adversário estava entregue fisicamente e abalado psicologicamente. Hedge ainda se deu ao luxo de tirar todos os titulares de quadra para poupar o pessoal.

Eu sabia que os jogos eram transmitidos via broadcast no site do colégio, mas achava que pouca gente perdia o tempo vendo. Afinal, não tinha o calor das emoções de ver um jogo de verdade e a transmissão era com uma imagem de webcam bem pobre.

Mas acontece que a galera viu e recepcionou o time com bastante entusiasmo e palmas. Gritaram meu nome e foi um dos momentos de mais orgulho que tive. Recebi uma porção de abraços, de tapinha nas costas e recebi um beijo da Rachel também.

- Não sabia que você tinha namorada, Percy - comentou Zoë, que fora tão risonha no nosso primeiro encontro mas que agora parecia mal-humorada. - Quem é ela?

- Rachel Elizabeth Dare. Minha namorada.


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Notas finais do capítulo

/bersange/
um capítulo pequeno para evitar o vácuo de posts nessa fic. infelizmente, estou com bastante coisa pra fazer e deve continuar assim por mais um pouco de tempo. sorry.