Três semanas exatas se passaram desde minha briga com Clove, e meu término com Peeta.

Em todos esses dias, me esforço ao Maximo para não falar com eles, pra não ir até Peeta e lhe abraçar, ir até minha Clove e ouvi – lá gritar em meu ouvido, mais é preciso me controlar, afinal vai ser melhor assim.

Eu acho.

Meu pai já ligou para a escola, resolvendo tudo para minha viajem, vou embora no dia seguinte do baile.

Minha mãe? Quase não olha pra mim, vive mais fora de casa do que o comum, o que me deixa ainda mais devastada. Por que eu deveria estar assim por ela?

Então é isso, daqui a dois dias vou embora, recomeçar. O que realmente espero é não olhar pra trás.

“Você quer realmente ir Katniss? Deixar tudo para trás, essas pessoas que você ama, e que você descobriu que também lhe ama, até mesmo sua mãe?” meu subconsciente grita, mais não posso ouvi-lo, não agora, não posso voltar atrás.

Ou posso?

Tentando convencer minha consciência ao contrario, me arrumo para ir a escola.

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Chegando lá, encontro uma Clove me olhando com cara de poucos, ou melhor, de nenhum amigo,  e um Peeta lançando-me olhares de mágoa, e... raiva.

Trato de me desviar deles e seguir para minha aula, que graças a Deus não é com nenhum dos dois.

O professor de química escolhe as duplas, acabo ficando com Finnick:

-Oi katniss – Finnick me cumprimenta, todo tímido

-Oi Finn – digo cabisbaixa, e começamos a fazer a atividade em silêncio

-Então Katniss – Ele diz, quebrando o silencio – Sabe, eu... ér... queria saber se você... hum... tem par pro baile? – ele diz evitando me olhar, sei onde ele quer chegar

-Bem... Finnick eu... – como dar um “não” educadamente a uma pessoa? – eu não vou ao baile, então... – digo, me enrolando nas palavras

-Oh – ele solta, visivelmente chateado – tudo bem então

-Espera...  Já chamou a Annie? Por que ela também está sem par, acho – digo, não sou boa nesse negócio de ser cupido mais, já vi que Annie sente algo por Finn

-Annie? Ham... não – ele diz

-Bem, ela está sem par, você esta sem par... ah Finnick, não me diga que nunca percebeu os olhares que Annie te lança? Tenho certeza que ela está olhando pra você nesse exato instante – digo e ele a olha, confirmando o que eu falei – Você a merece, ela é uma garota legal, você é um cara legal, chama ela pra ir ao baile! – de onde eu tirei tudo isso mesmo?

-Vo – Você acha? – ele pergunta, esperançoso

-Mais que achar, tenho certeza, fala com o Adam sentar com a miss invisível aqui, e vai lá falar com ela – digo e ele se levanta prontamente.

-Obrigada – ele sussurra e assinto...

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Chego em casa, já subindo para continuar a encaixotar as minhas coisas, até que vejo minha mãe na porta

-Você realmente vai, não é? – ela me pergunta

-Sim – digo ríspida, ainda não olhando para ela

-Eu realmente espero que ache o que procura filha, paz, felicidade, o que foi que você não conseguiu aqui, espero que consiga lá – ela diz, e eu me levanto para olha-lá chorando

“Eu achei a paz e a felicidade aqui mãe, só não a aceitei” penso.

-Obrigada – digo e ficamos nos encarando por um longo tempo, até que de supetão a abraço

-Eu te amo, mesmo que não pareça, eu te amo – digo chorando comela

-Também te amo minha filha, e olha só – ela me faz a olhá-la – entrarei em uma clinica de reabilitação, quando você voltar vou estar aqui boa, vou mudar por você – ela diz, e eu permito mais lágrimas ainda saírem de mim, pela primeira vez em dias, lágrimas de felicidade...

(http://letras.mus.br/klepht/1253447/)

depois daquele momento com minha mãe, a campaninha toca, e corro pra atender:

-Clove?

Pov peeta

(http://letras.mus.br/nickelback/286115/traducao.html)

Como se estivesse um vazio dentro de mim, como se minha alegria se esvaísse de todo o meu corpo, como se... tudo o que eu conhecia de bom não existisse mais. Como ela pode me deixar assim?

Com esses pensamentos, a vejo entrar na escola, desviando seu olhar do meu, o que me dói muito, e me faz lembrar de suas palavras:

“se você me ama, me deixe ir”

Como ela pode me pedir isso? Como ela pode me pedir pra ficar longe dela? Lembrar disso me deixa com raiva, até parece que ela me apaixonou de propósito, pra depois ir embora... não, claro que ela não fez isso, mais não deixo de pensar o quão cruel ela está sendo, não só comigo, mais com Clove também...

Vou falar com Clove e Cato:

-Oi gente – digo cabisbaixo

-Oi – Cato e Clove dizem juntos

-Clove... posso ter uma conversa com você – digo olhando pra Cato, que me devolve um olhar torto

-Acho que sim... Cato? – ela diz

-Ok Ok, já estou saindo – ele levanta as mãos em sinal de rendição, dá um beijo na Clove sussurrando que a encontrava depois, e depois disse a mim “estou de olho em você”

O garoto é possessivo.

-Então, sobre o que quer falar – ela suspira e diz, já deve estar imaginando sobre o que vou falar, dou um longo suspiro e digo

-Você sabe  sobre o que – começo – Vai mesmo deixar ela ir tão facilmente assim? Vamos realmente deixá-la partir? – pergunto

-Não vou impedi-la, ela vai por que quer – ela diz, fria

-Ela é feliz aqui, só não sabe disso, precisamos fazê-la reconhecer isso, você até mais do que eu não quer que Katniss vá embora – digo

-Não vou fazer mais nada, se ela quer ir, que vá, não estou mais ligando – ela diz, e vai embora

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Na hora da saída, vejo Cato e Clove falando um com o outro, e logo depois Clove vindo até mim:

-O que você quer que eu faça? - Ela me pergunta

-Faça ela ir ao baile...