Pequena Coelhinha escrita por Suzuki


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Amo demais casais diferentes, então aqui vai um GaLu *u*



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PEQUENA COELHINHA

Corria por toda a extensão da floresta. Sentia que a criatura vinha atrás de mim, uma hora ele viria me pegar e quando esse momento chegasse, tinha plena certeza que não sobreviveria.

Os galhos negros batiam em meus braços e um pouco de sangue derramava, conseqüentemente deixando uma trilha vermelho cobre por onde passava, que faria que o ser atrás de mim, me alcançasse ainda mais rápido.

- É bom correr, meu bem. Uma hora eu terei que aparecer – ouvia uma voz pela floresta sombria, como se estivesse rindo.

- O que você quer?! – gritei, parando no meio de uma clareira escura, cheia de folhas já quebradiças. O medo já estava me preenchendo completamente, por algum motivo, aquela voz me era familiar, só não me lembrava de onde a tinha ouvido.

- Você quis ficar aqui, agora só precisa sobreviver – o som ia sumindo e a palpitação dentro de mim só crescia.

O rosnado começou a partir da saída da voz e pude perceber as movimentações que estavam ocorrendo nos arbustos ao meu redor. Oh meu Deus, como vou sair desse lugar? É praticamente impossível sobreviver aqui. Só não lembro como tinha chegado ali, do nada acordei no meio dessas árvores e as criaturas começaram a me perseguir loucamente.

Bem, ficar parando para pensar em qualquer coisa enquanto tem um monstro nas suas costas, não é muito aconselhável.

- Corra pequena coelhinha – sussurrou a voz – Tens pouco tempo, logo chegarei até você... E quando isso acontecer...

Corri. Como nunca corri em toda minha vida. Precisava achar um lugar para me esconder. A situação pioraria consideravelmente se continuasse ali. Só sei que fugi até encontrar um pequeno buraco no chão, quase imperceptível, já que estava coberto com uma relva escura, então poderei me esconder neste lugar até bolar um plano para sair dessa floresta.

Não fazia a mínima idéia de quanto tempo tinha se passado desde que me alojei aqui, só comecei a ouvir os passos próximos a mim.

- Coelhinha, você pode correr, mas não pode se esconder – escutei. O que diabos esse cara queria comigo? Sei bem que nunca o vi em toda a minha vida! – Tens certeza que não me conhece, pequena?

Não havia ninguém, que em sã consciência, viria para um lugar maluco desse.

- Pense bem – deu uma pequena gargalhada – Bunny-Girl...

O quê?! Só há uma criatura em todo o mundo que me chama desse jeito. Como não pude perceber? Por isso que a voz parecia familiar para mim. Só que não acreditava que ele pudesse fazer isso comigo, afinal nunca fiz nada para tal... A não ser que seja por causa daquela época distante em que sua guilda fora destruída por conta do que fizeram a mando do meu pai.

Não! Ele não faria algo assim.

- N-Não... – sussurrei de onde estava – N-Não pode s-ser...

- Acredite pequenina – o ouvi se aproximando mais – Sou eu mesmo! – com isso, só pude sentir uma mão grande apertando o meu braço e puxando-me para cima.

Neste momento, a cor negra era o que dominava a minha visão e notei que era culpa do casaco escuro que o cara usava e enfim percebi que com seu cheiro de ferro e menta – se é que isso fosse realmente possível – me fez ter mais certeza ainda sobre quem poderia ser.

- G-Gajeel, p-por que está fazendo i-isso?

- Sabe, Bunny-Girl, - ele colou mais os nossos corpos e sussurrou na minha orelha, causando-me arrepios – têm certas coisas que quero fazer dês do tempo da Phantom Lord.

- Mas p-por que e-estamos aqui? – droga! Ficar tão perto assim dele não está ajudando em nada.

- O que eu queria fazer, não pode ser feito, nem visto, perto de muita gente, Ge-He – mordeu meu lóbulo.

Não dá para manter o corpo pelo menos um pouco controlado! Tenho que me afastar dele por um momento.

Colocando minhas duas mãos em seu duro peito e empurrando o máximo que consegui, vi que me afastei só uns centímetros, já que o mesmo estava com uma careta nada boa de desgosto.

- Por que você me trouxe aqui? – finalmente minha voz tinha ficado mais grossa, já que havia me irritado. Poxa, o cara me traz aqui, me provoca esse medo todo, tantos machucados e não quer me falar nada? – Como chegamos até aqui?

- Sem muitas perguntas coelhinha. – afastou-se um pouco mais de mim e sorriu – Me irrito muito fácil e se isso acontecer, você que sofrerá as conseqüências.

- Posso ter a resposta de uma, pelo menos? – questionei e ele assentiu – Alguém sabe que estamos aqui?

Gajeel se afastou rindo cinicamente e colocando as mãos apoiadas na cabeça. Tenho certeza que coisa boa não sairia dali.

- Digamos que arrumei um jeito de todos acharem que você está em missão com seu time. Ou seja, todos nesses momentos estão achando que está lá com a Titânia e o resto.

- O quê?! – gritei, para logo ouvir o eco que minha voz fez – São nossos nakamas, por que fez isso com eles?!

- Sim, são nossos amigos. Porém, - olhou-me maliciosamente- não teriam me deixado sair atrás de você.

- Qual o motivo dessa floresta? – perguntei, olhando no fundo de seus olhos vermelhos, sem me importar com o tom pervertido.

- Gosto de diversão na hora de caçar minha presa – riu.

Já que estava nessa situação, por que não aproveitar? Dês do inicio, tinha sentido certa atração pelo perigo que este moreno exalava, então por qual razão não me entregaria a tal sentimento? Só espero que a Levy me perdoe.

- E essa é toda a sua diversão? – sorri maliciosa e andei até ele, percebendo o quanto era alto, já que eu batia um pouco abaixo do seu ombro.

- Não me desafie, garota – o moreno murmurou a trazendo mais para perto.

- Vamos lá, Gajeel-kun – sorriu ainda mais – Mostre-me do que é realmente capaz de fazer.

- Já que insiste coelhinha – pude ver o brilho de desejo em seus olhos avermelhados antes de tudo começar.

A velocidade com que chocamos em uma árvore qualquer fora tão grande, que tudo que vi foram borrões ao nosso redor. Mas quem disse que isso impediu alguma coisa? Muito pelo contrário, só fez com que o desejo aumentasse consideravelmente e mesmo com toda dor que senti ao colidir minhas costas com a madeira, não parei um só momento de apertar as madeixas negras entre os meus dedos, o puxando para mim.

- Parece que temos uma coelhinha selvagem aqui – Gajeel riu e finalmente selou seus lábios com os meus.

O beijo já começou de forma desesperada. Seus lábios frios e incrivelmente macios chocaram-se com os meus de um jeito tão agressivo que não deu tempo de perceber que ele já pediu passagem e eu a concedera. Logo então nossas línguas começaram a explorar a boca um do outro, sempre procurando dominar o companheiro. Com  o passar dos segundos, ia sentindo cada vez mais o aperto em minha cintura se intensificar, com certeza deixaria marcas.

A ar decidiu se fazer necessário, forçando assim a separação para recuperá-lo, porém Gajeel não queria ficar só respirando, então ele foi mordiscar todo o meu pescoço, e para melhorar a situação, impulsionou meu corpo para cima e conseqüentemente, coloquei minhas pernas envolta da cintura dele.

- Ainda quer que eu te mostre do que sou realmente capaz, Bunny-Girl? – perguntou, após tirar o rosto do meu pescoço, o que não gostei nadinha – Estará preparada?

- Are, are, Gajeel-kun – sorri, apoiando meus braços em cada ombro dele – Que insegurança é essa? Fez tudo isso, só para parar aqui? – sabia que estava provocando uma onça com vara curta, mas, se já me entreguei, ele vai fazer isso também.

- Que coelhinha pervertida – falou. A voz ficara tão rouca e desejosa, que provocou arrepios por toda a minha espinha – Parece que terei que ser mais bruto, para ensinar a alguém, que com o predador, não se brinca.

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

O tempo foi passando e as sessões de agarramento só iam piorando cada vez mais. Meu pescoço já estava todo marcado, assim como as costas e ombros do dragon slayer do ferro a minha frente, já que eu havia rasgado a sua blusa em qualquer momento aleatório.

Minha aparência não era diferente. Aquilo que todos chamam de blusa, não existia mais em mim, pois alguém tinha a transformado em pequeninos fiapos.

No exato momento, nos encontrávamos extremamente suados e com pouquíssima rouca. Eu só vestia um curto short negro e estava somente com um sutiã também da mesma cor, já ele, com uma calça jeans e com o belo peitoral a mostra, mesmo este estando todo arranhado. Ambos descalços.

Quando ele começou a tirar a alça da minha peça intima, parecia que algo passou pela sua cabeça e o moreno parou tudo de vez.

- O que aconteceu? – perguntei olhando para o dragon slayer.

- Por hoje já está bom, Bunny-Girl. – falou sorrindo.

- O que? – não estava entendo nada que acontecia. O que ele queria dizer?

- Nos veremos mais vezes, – Gajeel acariciou meu lado esquerdo do rosto e sorriu, por estranho que pareça, carinhosamente – minha pequena coelhinha.

- G-Gajeel... – minha vista escureceu totalmente.

x-x-x-x-x-x-x-x-x

Quando finalmente pude abrir os olhos, pude notar que estava na frente do prédio da guilda. Espera! Como vim parar aqui? Será que minhas roupas... Ah não, acabei de ver que continuava com o short e com o casaco de Gajeel me cobrindo o busto. Ainda tem o cheiro dele... Alias, onde será que ele pode estar?

- Lu-chan! – ouvi alguém me gritar e notei uma baixinha azulada correndo até mim – O que está fazendo aqui fora? Não estava em missão com seu time?

Missão? Ah sim, ele havia me falado que todos aqui pensariam que eu estava em algum tipo de trabalho com Natsu e o resto do pessoal. Preciso de uma desculpa urgentemente.

- E-Eu decidi vo-voltar mais cedo, L-Levy-chan – dei um sorriso forçado, mas ela pareceu convencida. Ainda bem!

- Está se sentindo bem, Lu-chan? Foi por isso que voltou mais cedo? – questionou preocupada.

- H-Hai. Não estava me sentindo bem, então decidi voltar. Erza e os outros já sabem disso e não precisa se preocupar – falei.

- Vamos entrar então – a baixinha pegou minha mão e começou a me puxar – Você precisa descansar Lu-chan!

Espero que ela não tenha notado o casaco que eu usava, ou poderia ter percebido e não tivesse falado nada. Será? Não quero magoar minha melhor amiga, é que não deu para resistir, foi algo mais forte que eu.

Enfim, é melhor não pensar nisso agora, afinal, a probabilidade de acontecer novamente não é lá muito grande. Melhor esquecer tudo que se passou na floresta.

- Até uma próxima vez... Pequena coelhinha – ouvi um sussurro ao vento e sorri.

Quem sabe não seja uma boa idéia visitar a floresta mais vezes?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem *-*



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