A Filha De Netuno escrita por Dallas Storm


Capítulo 3
Descobrindo sobre o Acampamento.


Notas iniciais do capítulo

Esse tamanho esta bom Lucas? U.Ú
Ai estou amando meus reviews *-*



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Narrado por Dallas Castijo

Reyna continuava olhando pra mim, eu ficava em silencio encarando os cães assassinos dela.

– Você deve ter vindo de algum lugar antes da casa dos lobos, talvez por muito tempo... Mas isso não faz sentido – Reyna suspirou- Bem, os cães não te devoraram – não sou um filé afinal – então suponho que esteja falando a verdade.

– Legal, posso falar com aquele cara agora? – a menina que estava do lado de Reyna colocou as mãos no rosto, acho que eu não devia ter dito isso. Mas Reyna apenas suspirou.

– Tem alguma arma? – Reyna falou pegando a adaga.

Tirei meu anel e pressionei na parte azul, minha espada Mare aeneum, (não sei o porque desse nome, apenas sei que é minha, e que foi um presente do meu pai...) surgiu, e seu brilho assustou os “cachorros” de Reyna.

– O que é isso? – A menina do lado de Reyna perguntou olhando fixamente para a minha espada.

– É uma criação grega Hazel... Bronze celestial. É mortal para monstros, como ouro imperial, só que mais raro que o ouro. – Reyna respondeu.

– Ouro imperial? Mas que... – Reyna me interrompeu.

– O metal foi consagrado nos tempos antigos, no panteão de Roma. Sua existência era um segredo dos imperadores, uma forma de seus paladinos matarem monstros que ameaçavam seu império. – Hazel observava em silencio. – E seus braços...

Olhei para eles confusa

– O que tem o meu braço? – olhei pra ele.

Comecei a sentir uma dor terrível, a minha cabeça começou a doer, uma imagem meio borrada veio em minha mente senti meu braço fulminar... a mesma imagem veio em minha mente antes de desmaiar um menino de olhos verdes, pele clara e cabelos negros, estava com uma blusa laranja e gritava por socorro. Quando abri os olhos novamente Reyna e Hazel estavam ajoelhadas do meu lado e olhando fixamente pra mim.

Olhei meu antebraço, letras SPQR estavam nele, e um símbolo, um tridente:

Ψ


Reyna e Hazel olharam pra mim e me ajudaram a levantar.



– Netuno não esta seguindo a tradição... – Reyna disse ainda examinando meu braço.


– Então.... – Hazel falou alisando meu cabelo tentando me acalmar, acho que minha expressão de terror foi notável...

– Leve Dallas até Octavian... É melhor ele receber a visita dela mesmo assim....

Levantei com cuidado e fiquei de olhos fechados por um momento, quem era aquele garoto? Por que eu senti raiva e felicidade quando vi a imagem dele?

Na saída do acampamento, Hazel comprou um expresso e um delicioso muffin de amora pra mim, eu comi o muffin tão rápido que Hazel não pode deixar de rir, Frank feio correndo, era engraçado reparar nele, ele parecia um ursinho desastrado, era fofo sabe?

É aquele tipo de pessoa que você ia adorar apertas as bochechas até arrancar...

– Depois você vai tomar um banho... – Hazel falou e ficou quieta depois. – D-desculpe eu não quis dizer que...

– Eu sei que estou fedendo Hazel, eu falei, já me falaram que eu cheiro mal. – Hazel e Frank riram.

– Vamos nos apresentar formalmente – Hazel falou tentando parar de rir – Meu nome é Hazel Levesque.

– Frank Zhang. – O ursinho falou sorrindo e quase caindo em cima de um... Unicórnio .-.

– Dallas Castijo - falei olhando para os unicórnios, balancei a cabeça negativamente e voltei a olhar para Hazel e Frank – como vocês dividem os times aqui ?- perguntei sorrindo.

– Em coortes. – Frank respondeu sorrindo.

– Então, as divisões, as coortes, o que seja... Vocês se dividem de acordo com seu passado divino?

– Que idéia terrível! Não, os oficiais decidem para onde designar os recrutas. Se fossemos divididos segundos os deuses você eu estaríamos sozinhas nos chalés. E além disso as coortes estariam todas desiguais.


– Você é filha de Netuno? – Frank riu.



– Sou filha de – Hazel foi interrompida por um fantasma com uma enorme barriga e de toga tão comprida que o fazia tropeçar a todo o instante.


– É essa aí? Vai morrer no campo... Mas talvez... Uma nova recruta para a Quinta talvez?

– Vitellius – disse Hazel – estamos com um pouco de pressa.

O fantasma ficou olhando pra mim, andou em minha volta me inspecionando como se eu fosse um carro usado.

– Não sei – ele resmungou me deixando com um pouco de raiva.- Precisamos apenas do melhor para a coorte. Ela tem todos os dentes? Sabe lutar? Limpa estábulos?

– Sim, Sim e obviamente não. –respondi- Quem é você?

– Dallas, esse é Vitellius – Hazel falou

– Sim, nos tempos de César.... Júlio César, veja bem... a Quinta Coorte era extraordinária! Décima Segunda Legião Fulminata, o orgulho de Roma!! Mas hoje em dia? É vergonhosa a situação em que chegamos. E você garota... Você fede como um esgoto grego... Não tomou banho a quantos anos?

– Tenho andando meio ocupada sabe? Salvando a minha vida, você deve entender não é? Oh espera, você esta morto, não entende. – Falei, quando Vitellius ia responder, Hazel disse pela ultima vez que estava com pressa.

Frank foi correndo ao arsenal, e Vitellius foi correndo atrás dele, novamente tropeçando na toga.

– Ooook – falei.

– Desculpe, Dallas – Hazel falou – Ele é excêntrico, mas é um dos Lares mais antigos, Está aqui presente desde que a legião foi fundada.

– Ele chamou a legião de ... Fulminata?

– “ Armada com Raios ” – Hazel traduziu – É o nosso lema. A Décima Segunda Legião existiu durante todo o Império Romano. Quando Roma caiu, muitas legiões simplesmente desapareceram. Nós nos escondemos, seguindo as ordens secretas do próprio Júpiter:permanecer vivos, recrutar semideuses e seus filhos, levar Roma adiante. Viemos fazendo isso desde então.

Por mais bizarro que isso fosse, eu entendi, era fácil de acreditar sabe?

Aquilo soava familiar, eu de certa forma já sabia disso...

– Você esta na Quinta Coorte, que não deve ser a mais popular certo?

– É. Me alistei em setembro.

– Então...

– Vamos – ela me interrompeu – vou mostrar minha vista favorita.

Paramos do lado de fora dos portões, o forte ficava no ponto mais alto do vale.

A estrada levava até o rio e então se dividia. Uma caminho seguia para o sul, atravessando a ponte e subindo a colina com os templos. O outro ia para o norte, até a cidade, uma versão da Roma antiga (que eu achei extremamente fofa..).

Diferente do acampamento militar, a cidade era caótica e colorida, com prédios dos ângulos mais variados. Algumas pessoas estavam reunidas na praça. Elas sorriam e se divertiam, uma menininha de com o cabelo dividido em tranças sorriu pra mim, me ajoelhei e ela colocou uma flor roxa no meu cabelo, eu sorri e agradeci, ela saltitou em direção aos pais, as pessoas pareciam tão felizes...

– Vocês tem famílias aqui? – eu perguntei

– Na cidade com certeza.- Hazel falou - Quando você é aceita na legião, presta dez anos de serviço. Depois disso pode pedir baixa quando quiser. Esse vale é um santuário. Você pode fazer tatuagem na cidade, se casar , ter filhos, aposentar-se quando ficar velho. É um lugar seguro na terra pra gente como nós.

– Ninguém ataca o vale?

Hazel mordeu o lábio.

– Temos defesas. As fronteiras são mágicas. Mas ela não esta sendo tão forte...

– Você sabe a causa?

– É complicado... Meu irmão diz que a Morte não...

Ela foi interrompida por um elefante, alguém atrás deles gritou:

– Abram caminhooooo!

Hazel me puxou, quase fui atropelada por um elefante.

– Ai meu Netuno! Por que mares vocês tem um elefante?? – Ela riu.

– São para os jogos de guerra de hoje a noite.

Antes que eu pudesse falar, nuvens escuras se acumulavam sobre a colina dos templos. Relâmpagos vermelhos cobriam os monumentos com uma luz cor de sangue.

– Octavian esta ocupado, vamos agora. – Hazel me arrastou em direção aos templos.

Passamos por vários templos, Marte Ultor, Venus e o de Belona.

O de Júpiter era.. Era enorme! Nuvens giravam em cima do templo maios, um pavilhão redondo com um anel de colunas brancas que suportavam um domo.

– Imagino que esse seja o de Júpiter.

– É – Hazel disse irritada – Octavian lê augúrios aqui,esse é o templo de Júpiter Optimus Maximos.

– Júpiter... O maior e melhor?

– Isso.

– E o de Netuno?

Hazel apontou para uma pequena construção azul do tamanho de um barraco de ferramentas. Um tridente sujo de teia estava fixado acima da porta.

– Lugarzinho popular esse hein.

Hazel olhou pra mim.

– Sinto muito Dallas, romanos tem medo do mar. Só usávamos navios se fosse realmente necessário. Ter um filho.. ou no caso uma filha de Netuno era mal presságio sabe? Quando tínhamos um filho de Netuno, houve um terremoto gigantesco!

– E esse filho de Netuno foi o culpado?

– É o que dizem.

Abri minha mochila, achei um doce de amendoim e coloquei no altar.

– Hey.... Pai.... Netuno... Senhor Pai... – me sentia uma idiota – só... me ajude... e-eu te amo.

Me afastei, Hazel colocou a mão no meu ombro e fomos falar com Octavian.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?