Um Novo Futuro escrita por Lady Michaelis


Capítulo 7
Acidente


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo pra vocês! Espero que gostem! (:



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POV JENNIE

     

   Joe parou o carro em um ponto estratégico, caso ficássemos encurralados.Era um pouco longe da loja que iríamos ir.Mas, se por acaso encontrássemos vários zumbis no caminho já tínhamos uma rota de fuga.Já vi que vamos ter que andar até lá, eu só esperava que não fosse muito longe.

   - Vamos, não estamos muito longe.- Disse ele, andando.

   Peguei meu arco, minhas flechas e o segui. A rua estava vazia, o que era um pouco estranho.Eu ainda não me acostumei a ver ruas sem carros e pessoas, casas abandonadas, carros pegando fogo nas estradas e mortos andando por aí. Mas eu sabia que logo me acostumaria. Tudo era muito silencioso. As lojas estavam depredadas, havia janelas quebradas, prateleiras reviradas... Eu só esperava que a loja de armas não estivesse assim. O que seria bem difícil já que a maioria das pessoas iria tentar pegar o máximo de armas que pudessem para sobreviver ao apocalipse. Eu segurava firmemente meu arco, já com um flecha posicionada, pronta pra atirar. Sempre em alerta. Ainda me lembro de quando eu pedi para os meus pais que me colocassem em uma escola pra me ensinarem a tirar com arco e flechas, aquele foi um dos dias em que eu me senti mais feliz...

  

         FLASHBACK ON:

      

     "Minha mãe estava se arrumando para mais um dia de trabalho no hospital. Eu havia acabado de assistir Robin Hood e havia ficado bastante interessada em aprender a atirar como ele. Fui correndo falar com minha mãe:

     - Mamãe! Mamãe!

     - O que foi querida?

     - Eu posso aprender a atirar com arco e flecha? Posso? por favor! - Eu disse, falando rapidamente as palavras, acabei me atrapalhando, minha mãe riu.

     - Jennie isso não é muito perigoso? O arco é uma arma querida e você ainda é muito pequena.- Ela disse.

     - Eu não sou pequena mamãe. Por favor! - Eu disse fazendo cara de anjinho.Ela riu mais uma vez.

     - Ok...- Ela começou.

     - Eba!- Eu a interrompi, muito feliz!

     - Mas, primeiro eu vou falar com seu pai moçinha.

     - Tá bom mamãe, obrigado! - Eu disse e a abracei forte.

     Meu pai havia deixado e alguns dias depois eu começara a treinar. No começo eu não gostava, pois raramente acertava os alvos...eu ficava com tanta raiva quando errava.Mas, depois eu aprendi e me tornei uma ótima arqueira. Só que 2 anos depois acabei parando, me desinteressei por aquilo, passei a gostar mais de comprar roupas, conversar com as amigas...

     O arco havia perdido a graça pra mim. Até eu encontrá-lo de novo á alguns dias...

    

       FLASHBACK OFF.

      Eu estava completamente distraída pensando no passado, na minha infância e como tudo fora perfeito. E, por um tempo,todo aquele mundo havia desaparecido. Não havia zumbis, não havia morte por todos os lados, não havia ruas e carros abandonados, não havia nada...apenas lembranças. Ótimas lembranças. Meu aniversário, minha formatura...apenas boas lembranças....Eu estava tão presa em meus devaneios que não vi que havia uma pedra no chão e acabei tropeçando. Minha mão automaticamente soltou a flecha que estava segurando. Eu cai no chão. Levantei a tempo de ver a flecha atravessar a lateral da barriga de Joe fazendo-o cair no chão.

     - Merda!- Ele disse urrando de dor.- Jennie você ficou maluca!? 

     - Meu Deus! Me desculpa, eu estava distraída.- Corri até ele.

     - Distraída!? - Ele arrancou a flecha do corpo e soltou um palavrão.

     - Vem! A gente tem que voltar!- Eu o ajudei a se levantar. 

       Meu Deus, o que eu fiz!? Eu atirei no meu próprio irmão! Me sentia tão culpada. Droga, eu não devia mais pegar esse arco e flecha. Demoramos um pouco pra chegar no carro. Ainda bem que meu irmão era forte pra andar até lá. Ele se sentou no banco do carona, estava perdendo muito sangue, estava até mais pálido. Se meu irmão morresse eu nunca ia me perdoar. Me sentei no banco do motorista. A quanto tempo eu não dirigia? Eu já havia tirado a carteira, na verdade eu havia tirado dois dias antes do extermínio e não tinha muita prática, mas eu não deixaria meu irmão morrer. Nunca. Droga, ele sempre me protegeu e cuidou de mim e era assim que eu retribuía? Que bela irmã eu era...Resolvi conversar com ele:

     - Está doendo muito?

     - Não Jennie, sabe que eu estou adorando? - Ele disse, ironico. É claro que ele estava com raiva de mim. Se eu estivesse no lugar dele eu também estaria.

       Liguei o carro. Suspirei. No início eu tive um pouco de dificuldade pela falta de prática mas depois consegui dirigir normalmente. Joe pressionava o ferimento e estava de olhos fechados. Seu rosto tinha uma expressão de dor.

        Sorri ao ver que a casa familiar se aproximava. Finalmente desliguei e sai do carro.

      - Hayley!!!- Gritei.Fui até o carro e ajudei Joe a sair de lá. Hayley saiu de casa rapidamente e arregalou os olhos quando me viu tirar Joe do carro.

      - Meu Deus! O que aconteceu!?- Ela disse,enquanto me ajudava a levar Joe pra dentro.

      - É Jennie, fala pra ela o que você fez! - Joe disse olhando pra mim, fazendo eu me sentir mais culpada do que antes.

      - Eu estava distraída, acabei tropeçando e atirando minha flecha nele.

      - Temos que levar ele pro quarto, vamos.- Hayley disse

      Entramos em casa, estávamos subindo a escada quando Joe desmaiou, me deixando desesperada. Finalmente chegamos ao quarto,deitamos ele na cama. Hayley pressionava o ferimento, tentando conter o sangramento, por sorte Joe havia deixado a ferida bem limpa, eu só precisava conter o sangramento e costurá-lo. Minha visão ficou embaçada, eu ia chorar. A ultima coisa que eu queria agora era uma crise de choro, mas eu não aguentei.

      - Meu Deus, o que foi que eu fiz?- Disse, sem conseguir conter as lágrimas.

      - Jennie me escuta. Sei que deve estar se sentindo culpada, mas ficar aí chorando vai acabar matando ele. Seu irmão precisa de você agora. Você tem que ser forte Jennie- Hayley disse, me olhando seriamente.

       Ela estava certa, meu irmão precisava de mim e eu não o deixaria morrer. Peguei todas as ataduras que eu tinha e enrolei em volta dele, pressionando seu ferimento e rezando para que funcionasse.

       

      -Me desculpa Joe, eu sinto muito mesmo,mas, por favor...não morra agora.- sussurrei em lágrimas, mesmo sabendo que ele não iria me ouvir.


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Notas finais do capítulo

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