Cecília escrita por Claire Capelotti


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Preciso MUITO da opinião de vocês, por favor!!
Quero saber se vocês gostariam que a história continue como está ou algo sobrenatural acontecesse tipo ~anjos e/ou super-poderes~? Me ajudem, por favor! Espero que gostem, beijos.



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 Eu tinha bebido mais do que aguentaria e o resultado veio em forma de dor de cabeça e vômitos assim que acordei já Mark parecia nem ter ficado bêbado passou o dia inteiro jogando vídeo game enquanto tudo que era possível sair do meu estomago procurava saída pela minha goela de cinco em cinco minutos.

 Anne dormiu bastante, mas quando acordou me deu um analgésico e bastante água para repor o liquido que perdi. À noite eu já estava um pouco melhor e ela foi embora. Acho que seria a coisa mais próxima de amiga que faria por enquanto.

 O que tinha acontecido na noite/madrugada parecia ter sido pura brincadeira, como se fosse algo frequente entre eles, mas para mim era muito estranho. Sentia uma culpa em mim, estava me transformando em tudo que criticava e estava passando a me odiar, mas ao mesmo tempo não queria ser a chata, a careta. Eu tinha a oportunidade de começar do zero, ser uma nova garota, sem rótulos, sem preocupações de escutar as pessoas dizendo “nossa, o que aconteceu com a antiga Cecília?” ou algo assim.

 Quando as aulas começarem vou mudar.

 Quando as aulas começarem vou mudar.

 Repito para mim mesma tentando me convencer. Se bem que não sabia exatamente para quê iria mudar. Para o que eu era ou para o que estou me tornando?

 Estava deitada na cama assistindo The Project Runway quando Mark encostou-se à parede e ficou me encarando com o sorriso malicioso e arrebatador de corações que ele tem.

- Curtiu a noite de ontem?

- Tirando a parte que eu não estava com todos os parafusos no lugar e comecei a rebolar no seu pênis, sim. – Respondi, ele riu e revirando os olhos.

- Mas essa foi a melhor parte! – Ele disse sentando-se na borda da cama – Esta com hálito de vômito?

- Não... Eu já parei de vomitar faz duas horas e obviamente escovei os... – Mark deitou em mim e me beijou. Senti certo desespero, em seguida falta de ar, nos afastamos poucos centímetros por milésimos de segundos, ele segurou meus braços impossibilitando-me fazer algum movimento.

- Por que você é assim? – perguntei entre o beijo e recebi uma mordida.

- Seus pais chegam em três dias, mas acho que não quero deixa-la ir.

- Não sou um brinquedo novo.

- Você é tudo que procuro.

- A-ham... Não me venha com frases prontas e ridículas assim, não vou cair nisso.

 Meu celular apita três vezes seguidas avisando novas mensagens. Mark senta-se sem falar nada e espera enquanto olho e respondo as mensagens. A primeira de Manu.

Já faz três dias! Como estão às coisas por aí?

Logo irei te contar tudo!

 A outra era da minha mãe.

Mande noticias!

Está tudo bem, mãe... Já disse! Estou com saudades.

 E a última era uma vídeo chamada perdida... De Chay. Não queria vê-lo, quer dizer, pelo menos não com Mark a menos de um metro de distancia de mim, entediado.

- Você pode...? – Balancei a cabeça em direção à porta, ele entendeu o recado e deu de ombros. Estava sozinha.

 O celular vibrou. Chay estava ligando novamente. Hesitei em aceitar, mas no fundo queria vê-lo e ouvir sua voz, por que... Porque eu sou uma vadia. Só por isso. Ou estava me tornando.

 Quando sua imagem apareceu estava entediado, esperando que eu não aceitasse. Reconheci o ambiente, sentado na cama da casinha de costas para a janela, com os braços esticados para gravar de seu peito para cima, vestia uma camisa preta do pacman. Os pássaros ainda cantavam, conseguia escutar antes de ele falar.

- Ann, é... Oi Cissy, não sei se você ainda está com ódio de mim...

 Reparo em um machucado embaixo de seu olho direito. Quero perguntar se a culpa foi minha, mas primeiro escuto o que ele tem a dizer me esforçando para manter uma expressão neutra.

- Mas hun, preciso te explicar o que aconteceu, porque isso está me matando. Eu não sei o que entendeu da história, mas mereço ser ouvido. Marcela conhece minha mãe de algum SPA, sei lá, ela foi até minha casa e me convidou para beber alguma coisa, minha mãe ficou me enchendo a paciência e nós fomos. – Chay não conseguia encarar a tela, estava olhando para baixo, seus braços cansaram e ele mudou a posição e continuou - Ela queria me pagar para fazer você de idiota, disse que era melhor que você e me daria uma recompensa a mais, eu hesitei, mas aceitei. Não com a intenção de fazer isso, só queria arrancar um dinheiro dela, fazê-la de trouxa. Sabe, ela foi uma das garotas que eu tive uma queda por um tempo e John ficou... É bem escroto. Eu sou um idiota, foi egoísmo. É tão fácil te amar, mas eu preferi ser um babaca. Mas você sabe que eu sou um idiota, sempre me lembrava disso. Todo mundo merece uma segunda chance.

 Todo mundo merece uma segunda chance. Era a história mais ridícula que já tinha escutado. Uma vingança idiota e infantil, mas eu o perdoava porque de um jeito estranho gosto dele e não gostaria de estar nessa mesma situação. Eu tinha espancado o garoto e ele continuava tentando falar comigo. Quantos caras no mundo fariam isso? E de qualquer modo, eu estava em outro país. Bem longe dele.

- Não se preocupe. Eu te perdoo. Se você me perdoar por ter espancado você. – respondi. Minha parte sensível e que admitia quando estava errada ainda existia.

- Sim – ele riu – Inclusive, essa cicatriz que vai ficar embaixo do meu olho... Foi culpa sua, mas tudo bem vou parecer mais machão assim.

 Mordi o lábio inferior reprimindo um sorriso baixando o rosto. Sentia falta dele. Não conseguia encarar seu rosto. Conheci-o por pouco tempo, mas foi tudo intenso e adorável, como se o conhecesse há anos.

- Preciso desligar – Digo após um tempo em silêncio, ele estava me encarando quando eu levantei os olhos.

- Tudo bem...

- Tchau...

- Tchau... – Ele sorri. Desligo.


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Notas finais do capítulo

Deixem a review sobre o capítulo e sobre como a história deve prosseguir. Vida normal ou sobrenatural? Beijos!



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