Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora, mas época de prova é realmente um saco!
E devo avisar para os que estão interessados na continuação de As Bruxas Vincent, que provavelmente só vai ser postado o próximo capitulo após o dia 15, que será quando eu vou voltar do acampamento!
Bjs e aproveitem o capítulo.



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Eu caminhava entre as estantes lotadas de livros da biblioteca. Mas sinceramente não sabia o que fazia ali. Eu não era exatamente um superfã de literatura e menos ainda de ficar procurando livros naquelas estantes lotadas em corredores vazios. Mas por algum motivo eu sabia que deveria estar ali, eu não sabia por que, era apenas minha mente gritando: vá, vá agora! E eu fui. Foi quando vi Granger em um sofá perdido entre as estantes, colada a uma parede, bem abaixo de uma janela. E tudo parou, meus instintos e até minha respiração, e foi como se eu nunca a tivesse visto antes.

Eu a observei, ainda era a mesma Granger. Os cabelos castanhos claros e olhos cor de avelã. Mas por alguma razão o cabelo dela parecia um pouco mais perfeito, a pesar de estar com os mesmos cachos grandes e castanhos soltos e longos, que iam até a metade das costas, e os olhos que sempre foram avelã para mim pareciam emitir um brilho diferente agora, como se tivessem pequenas estrelas. E meu corpo estava me impulsionando a ficar mais próxima dela, como se ela fosse um imã que me atraía com seu poder magnético. Era algo completamente diferente.

Meu corpo parecia implorar para que eu me aproximasse dela, como se fosse questão de vida ou morte. E aquilo era um tipo de magia. Eu só não sabia qual. Olhando para ela eu vi de repente um tipo de luz branca saindo dela e fechei os olhos, aquilo já era de mais. As pessoas não emitiam luzes. Voltei novamente a olhar para ela e a luz já tinha ido. Me preocupei, talvez eu estivesse ficando cego que nem Potter.

Lancei uma última olhadela a ela e então fui. E novamente a voz na minha mente apareceu, me gritando para voltar para lá, para ficar a observando. Eu ignorei a voz ao máximo que pude, mas sabia que uma hora ela voltaria, me obrigando a olhar para Granger novamente.

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Terminei de ler aquele livro. E ele não me serviu de nada. Ele não falava sobre os sonhos que eu tinha, ele falava que se eu estivesse sonhado com dementadores, era porque minha morte estava próxima, se havia flores era porque eu encontraria o amor e minha vida seria mais extensa. Nada realmente útil. Deixei o livro no sofá onde estava sentada. E suspirei. Teria que procurar por outro livro, mas seria em outra hora, pois agora eu teria aula de Esportes, junto a Sonserina. Me encaminhei até a sala de Esportes, onde aprendíamos a teoria e lá estava o professor, esperando os alunos. Me sentei entre Harry e Rony e ficamos conversando com Neville que estava atrás de nós.

Logo o professor chamou nossa atenção. Não que isso fosse difícil, afinal, ele era um homem com cerca de 1.80cm de altura, um corpo que faria muito atleta profissional ter inveja, pele ligeiramente bronzeada, olhos claros muito chamativos e cabelos castanhos claros maravilhosos. É Jason Loster (Scott Porter) não era do tipo que tinha dificuldade em chamar atenção, não mesmo!

– Boa tarde, Sonserina e Grifinória! A próxima aula será no salão de esportes, pois vamos ter a aula prática de Esgrima! E eu gostaria que se organizassem em grupos de QUATRO e fizessem uma pesquisa sobre a história da esgrima! Como eu ouvi muito sobre a rivalidade das casas e eu acho muito irritante essa história eu resolvi que cada grupo deve conter dois alunos da Grifinória e dois alunos da Sonserina. E se não se decidirem até a próxima aula eu vou decidir os grupos. Mas antecipadamente já declaro que o Sr. Malfoy e a Srt. Granger devem estar no mesmo grupo.

– Merda! – Sussurrei e olhei para trás, onde estava Malfoy. Malfoy olhou para mim e sorriu de forma presunçosa. Suspirei frustrada e voltei a olhar para frente.

– Eu posso ser do seu grupo se quiser! – Sussurrou Harry para mim, segurando minha mão e eu sorri para ele.

– Por favor! – Disse com um sorriso forçado.

– Detalhes da pesquisa: Quero ela impressa, pode ser de maquina de escrever ou de computadores, não me importo, mas eu não quero me preocupar com o garrancho que muitos chamam de letra antes das provas. – Eu e algumas pessoas rimos, minha letra não era exatamente um garrancho. – E antes que comecem falando que maquina de escrever e computadores são coisas trouxas eu não me importo, pelo menos a letra é legível. Fonte Arial 10 ou Times New Roman 12. Espaçamento de 1,5 no máximo. E aos palhaços de plantão, eu conversei com Burdage e ela disponibilizou ambos os materiais. Se precisarem de ajuda procurem um livro ou manual, sei lá se virem, mas a única coisa que eu aceito a mão é a porcaria da assinatura de cada integrante do grupo que deverá estar na última página. O trabalho deve ter capa e no mínimo 5 folhas, então muito oba sorte para vocês.

Quando Loster terminou a explicação sobre o trabalho foi quase impossível não rir da cara dos sonserinos e grifinórios que olhavam para ele com cara de merda. A grande maioria aqui nem deve saber ligar um computador. E ele não parecia se importar tanto com isso. Nessa hora é realmente ótimo ser nascida trouxa. Ele passou mais algumas pequenas informações e eu tive que me segurar para não rir da cara de alguns estudantes. Em principal dos sonserinos elitistas. No fim da aula foi estranho ver Malfoy se aproximando junto a Zabini e Nott, quando ele chegou perto, Harry e Rony ficaram entre nós.

– O que quer aqui, doninha? – Perguntou Rony, irritado.

– Nada que seja da sua conta, cenoura. – Respondeu em um tom anti-pático, mas dava pra ver que ele estava irritado e, por algum motivo, nervoso. – Eu tenho que resolver os assuntos do trabalho com a minha "parceira". – Cínico.

– Então pode resolver comigo também Malfoy! – Disse Harry, que desde que Malfoy aparecera estava muito irritado. Malfoy pareceu surpreso e ia falar alguma coisa, mas Harry não demorou para explicar. – Hermione me chamou para fazer o trabalho com vocês Malfoy, então eu também sou o seu "parceiro" no trabalho.

A irritação de Malfoy estava visível e eu sabia que ele ia começar a protestar, era bem a cara dele. Eu terminei de juntar o material e então disse a ele antes que começasse a encher minha paciência.

– Escolha alguém da sua casa, para inteirar o grupo – Quando eu comecei a falar todos se voltaram para mim, pareciam estar surpresos com minha intervenção. E com meu tom de voz, o mesmo que eu usava para falar com os mais novos. – E nos encontre na biblioteca amanhã, após o almoço, mais exatamente às 13h30min, vamos resolver o trabalho por lá. Não se atrase! – Terminei pegando meu material e entregando o de Harry e Rony. Virei as costas e fui andando, deixando eles ali. Acho que eles perceberam que eu não tinha a menor intensão de discutir ou brigar.

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Sentei em minha mesa observando as turmas: Sonserina e Grifinória. Foi quando ela entrou. Granger era diferente dos outros alunos. Não em esquisitices, não! Ela era bonita, e em questão de aparência era mesmo normal, mas não era sua aparência que a tornava diferente, era sua magia. A magia de Granger era única. Entre tantas escolas que eu lecionei eu jamais encontrei uma magia como a dela, era pura e, ao contrário da magia dos outros bruxos, a magia dela parecia em harmonia com a natureza, mas de alguma forma havia algo tentando disfarçar essa magia, talvez um bruxo não percebesse este algo, mas eu era uma druída, eu podia perceber, e distinguir qual vinha de Granger e qual se movia em torno dela.

A magia em torno de Granger me atraia, fazia com que meu corpo implorasse para chegar mais perto, para sentir mais daquela magia, como se ela fosse uma chama em meio a nevasca. Era estranho e preocupante, pois eu nunca havia encontrado uma magia assim antes, que era capaz de me enlouquecer. Quando questionei minha mãe sobre isso ela me disse que seria impossível uma magia alimentar um druída sem que essa magia viesse de outro druída, mas Granger não era uma druída, ao contrário de Zabini que parecia tão atraído por Granger quanto eu, minha mãe prometera pesquisar para mim, afinal eu não teria muito tempo para tal agora.

– Bom dia, classe! – Disse quando os cinco minutos de tolerância acabaram e eu fechei a porta. Todos pararam de conversar e olharam para mim, respondendo. – Espero que estejam muito bem hoje! Por que semana que vem vamos ter aulas práticas. E eu e Termopolis decidimos que vamos trabalhar juntos na próxima semana, ou seja o que aprenderam aqui e treinarão na próxima semana será, são os feitiços que estarão permitidos nos duelos. – Sorri quando vi alguns alunos começarem a cochichar e reclamar, Leonidas entrara comigo este ano e já era tão amado quanto Snape. – Atenção: eu não tenho muita certeza, até porque eu e ele ainda temos que decidir isso, mas, muito provavelmente, vamos separar grupos, e antes que se animem de mais, os grupos serão divididos por nós.

– Mas, prof. Fontaine, se for ter os grupos qual seria o critério de organização? – Perguntou-me Granger, sorri para ela.

– Se fosse apenas eu a decidir os grupos, decidiria por casas – Todos sorriram e parecia que Weasley iria dizer algo, mas eu continuei – Tendo uma pessoa de cada casa em um grupo, tendo assim cerca de 20 grupos. Mas Termopolis prefere separar por afinidade, ou seja deixar com que vocês formem grupos de cinco, ou ele formar, também por afinidade, deixando, por exemplo, Potter e Malfoy no mesmo grupo.

Vi quando eles gelaram e sorri. Já havia ficado sabendo do trabalho de Jordan, enque ele deixou Granger e Malfoy no mesmo grupo e Potter entrou nele para ficar com a amiga. Mas céus, em uma semana com Malfoy eu já tinha vontade de matá-lo, imagino os coitados que tiveram que aturá-lo desde o primeiro ano.

– Bem, agora que já falei sobre as aulas práticas vamos voltar a nossa aula. E a começar pelo feitiço Vigiladrum, alguém sabe para que se usa esse feitiço? – Novamente a senhorita Granger levantou a mão, e cedi a vez a ela.

– Vigiladrum se usa para da "vida" à Quadros e Estatuas, para que eles possam servir de vigias para casas, praças, locais públicos, entre outros.

– Exatamente, srt. Granger, mas Vigiladrum também pode dar vida a outros objetos, como bichinhos de pelúcias e bonecas. – Muitos começaram a cochichar. – E como a senhorita Granger bem lembrou, a finalidade do feitiço é que o objeto animado se torne um vigilante e se vocês perceberam os quadros e estátuas de Hogwarts são vigilantes tais como os monitores, mas ao contrário dos monitores os quadros ficam de vigia o dia inteiro...

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Já estava no fim do dia. Em uma hora e meia sairia o jantar e eu aproveitaria esse tempo para descansar um pouco. Lilá e Parvati deveriam estar junto a Padma no salão de estudantes – o Salão dos estudantes era um tipo de salão comunal para todas as casas, e fora um presente do Ministério, por não terem acreditado em Harry e consequentemente colocado a vida de muitas pessoas em perigo – que se tornara o novo ponto de encontro dos alunos. Tomei um banho quente e troquei de roupa, ficando mais confortável para o jantar.

Quando saí do banheiro vi que havia uma coruja na minha cama e me encaminhei até ela. Provavelmente entrara pela janela entre a cama de Parvati e Lilá que estava aberta. Não era uma coruja de Hogwarts, pois senão ela teria um simbolo da escola presa em uma das patas. A coruja tinha penas negras e lustrosas, os olhos eram amarelados e ela parecia ser muito bem cuidada. Ela havia deixado uma carta com um sinete de cera azul com um tipo de pégaso lacrando o envelope levemente amassado e amarelado, meu nome estava no envelope.

Eu peguei o envelope e o analisei. Não me lembrava de ninguém que possuísse aquela caligrafia elegante, charmosa e artística, e muito menos alguém que me mandava cartas com um sinete de pégaso. Na hora em que eu peguei o envelope a coruja alçou voo e saiu pela janela aberta. Hesitei um pouco, mas abri a carta. Mostrando que havia apenas uma folha cheia de floreados que bordavam ao entorno de uma pouca parte escrita.

"Quem és tu, menina de olhos claros, que entra em meus sonhos a noite e perturba-me de dia? Quem és tu, que caminha com graça e leveza por aí e aqui? Que invade meus pensamentos mesmo sem querer e exige-me que lhe preste atenção, mesmo sem nada a dizer? Quem és tu, minha pequena fada, que voa por aí e nunca me responde nada?"

Ao terminar de ler a carta, percebi que uma lágrima escapara de meus olhos e a limpei. Procurei na carta uma algo que dizia ser uma pegadinha e até mesmo lancei um feitiço que faria tinta invisível aparecer, mas não havia nada. Apenas aquelas palavras. Passei meus olhos pela carta a procura de um nome, mas tudo o que encontrei fora um "D".


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