Incompatíveis escrita por Puella


Capítulo 7
O duelo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi sou eu por aqui de novo! Achei melhor quebrar o capítulo em dois para deixá-las curiosas...



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Em poucos dias Asgard parecia se encontrar fora do eixo, era o que sempre acontecia quando o reino dourado se encontrava em perigo de guerra iminente. Ninguém, ninguém havia gostado muito do plano do príncipe Loki. Alguns murmuravam desgostosos o quanto Thor fazia falta ali, mas o trovejante não aparecera mais em Asgard desde que brigara com Odin. Muitos desejavam que Loki perdesse o embate. Odin embora tivesse ciência do perigo que o plano tinha acreditava que o filho caçula conseguiria tal proeza. Ele sabia que Loki não teria sugerido esse plano se ele não tivesse a certeza de que era possível executá-lo. Frigga é claro, ficou preocupada.

– E você o deixou seguir com isso adiante!

– Tenha calma Frigga – disse Odin – Loki sabe o que está fazendo.

– E se ele perder! E se ela mata-lo!

– Não haverá morte – disse Odin calmo – foi feito um acordo com Karmilla. E, para ser franco, prefiro acreditar que nosso filho irá ganhar essa aposta.

Sif ao saber o plano pensou o memso que Odin, porem sua preocupação era visível. A jovem ficou boa parte do dia treinando, pensando na ultima conversa que teve com Loki.


– É perigoso! – ela disse.

– Eu sei – Loki respondeu brincalhão enquanto mexia uma mecha do cabelo dela – Eu me cuidarei, prometo.

– Não estou brincando Loki! – ela se afastou e o fitou com um olhar serio, porém suave – Ela é muito poderosa! Não se esqueça do que aconteceu com você da ultima vez em que ela atacou Asgard.

Loki franziu o cenho. E algumas memorias desagradáveis lhe vieram à mente sobre a ultima aparição de Karmilla em Asgard. Loki na época tinha apenas dezesseis anos e já era um mago talentoso para a idade. Foi numa noite de comemorações no Valhala que foi interrompida por um ataque surpresa dos norns. Karmilla assim como Loki sabia de vários caminhos atalho para além da Bifrost, e naquela noite a rainha de Nornheim havia invocado um poderoso feitiço que reluziu no meio do salão causando um forte terremoto, deixando todos em pânico. A luz era emitida de uma pedra que continha um feitiço selado, uma joia amaldiçoada.

– Duvido muito que vocês consigam pará-la sem destruí-la – disse a rainha sombria – do contrário, todos aqui morrerão – e ela e seus homens sumiram dali.

– Bruxa maldita! – esbravejou Thor furioso. O filho de Odin empunhou seu martelo para tentar destruir a pedra, porem foi impedido pelo pai.

– Pare! Não faça isso, senão matará a todos aqui!

Thor olhou para o pai depois para as pessoas assoladas, sentiu-se frustrado. Loki que estava logo atrás protegendo a mãe e Sif com uma barreira ouviu o que pai disse ao outro e pensou em como deter aquilo. Foi quando mais um tremor foi sentido, deixando as pessoas mais apavoradas ainda. O jovem Loki sabia o que deveria ser feito: anulando o feitiço da pedra com uma grande quantidade de poder.

O adolescente correu em direção a forte luz surpreendendo a todos, avançando sobre o brilho intenso Loki segurou a pedra com as duas mãos e tombou no chão de joelhos segurando a pedra com toda a força que podia. O menino ignorou os gritos do pai e do irmão dizendo que era perigoso e concentrou toda a mana magica que tinha dentro de si para enfraquecer a pedra.

– Pare... – ele dizia ao mesmo tempo em que sentia a pedra queimar suas mãos. As gotas de sangue escorriam por elas, mas ele ignorava a dor – pare, pare, pare, pare...

A luz que saia da pedra cobriu todo o seu corpo esguio, mas aos poucos foi diminuindo, sendo tomada pela luz esverdeada emanada dele que a dominou por completo até que o brilho da pedra desaparecesse completamente.

E então os tremores sumiram.

O jovem respirava com dificuldade, completamente suado. A pedra em suas mãos se transformou em uma rocha cinzenta e virou pó. Loki se levantou com dificuldade tropeçando sobre os próprios pés e sentiu o corpo tombar para trás.

– LOKI!!! – Thor correu desesperado segurando o irmão antes que o mesmo atingisse o chão – Aguente firme irmão!! Droga, porque você fez isso?!

Loki abriu os olhos com dificuldade e encontrou os de Thor rasos d’agua.

– Eu faço qualquer coisa pela minha família – ele respondeu com a voz fraca – desculpe... estou com muito sono irmão... – o caçula então desmaiou tombando a cabeça para o lado. Loki tinha as mãos cobertas de sangue. O trapaceiro ficou inconsciente por mais de um mês, por pouco não morreu após o seu feito arriscado. Quando acordou foi recebido por um abraço de urso do irmão, pelo afago da mãe e pelo olhar caloroso e paternal de Odin.

“Nosso pequeno Loki quase nos matou de susto”.


– Você dormiu por vários dias lembra? – disse a jovem tocando em seu rosto.

– Eu já não sou mais aquele garoto Sif, eu mudei, eu sou mais forte agora.

– Eu sei – ela disse – mas ainda sim eu fico com um pouco de medo – ela falou sentindo os olhos marejarem.

– Shhhh – Loki a abraçou, pegando a jovem de surpresa – vai ficar tudo bem.

Embora tentasse convencê-la disso, Loki não podia negar que sentia um leve medo no fundo de sua alma, mas não se deixaria levar por isso.


Então finalmente chegou o dia do combate, Loki se encontrava em seu quarto, ajeitando a sua armadura quando ouviu uma batida na porta. Ele sabia bem quem era.

– Entre.

Sif entrou e fechou a porta em seguida, parecia encabulada, a jovem olhou para o elmo de Loki, achava engraçado que ele sempre usava “aquilo”.

– Vai usar isso? – ela perguntou com certo humor.

– Preciso parecer intimidador não acha?- ele falou sorrindo de forma leve.

Um silêncio se fez, a jovem olhou para chão. Loki notou que ela estava pálida e nervosa.

– O que há Sif? – ele perguntou de forma suave, fazendo com que ela olhasse diretamente em seus olhos.

– E queria te dizer algo, antes que você fosse... – ela disse com a voz falha.

– É algo grave? – ele lhe fitou preocupado.

– Não... não – ela chegou mais perto dele – é que eu... eu.

– Você? – Loki riu daquilo.

– Não fique rindo! – ela lhe ralhou – assim eu fico mais nervosa!

Loki chegou mais perto dela, a jovem não sabia por onde começar então o puxou pela gola da blusa e o beijou, e depois afundou o rosto no tórax dele.

– Eu não queria que saísse daqui sem que soubesse que eu te amo – ela disse sem pausa, pegando Loki de surpresa.

O jovem a abraçou forte, afagando as belas mechas negras da garota. E depois tornou a olhá-la de forma apaixonada.

– Você me fez o homem mais feliz dos nove reinos.

Sif apenas riu tímida.

– Eu também a amo, Sif.

Os dois então se beijaram até perder o fôlego.

– Tenha cuidado - ela pediu colando a testa na dele.

– Pode deixar – ele disse – eu voltarei por você.

– Acredito em você - Sif disse – vá lá e ganhe.

Jovem então se despediu deixando o jovem mago no quarto.


Algumas horas depois....


Arena das pedras negras – próximo a Asgard


Loki havia seguido as recomendações de Odin e agora se encontrava a postos no local de batalha. A ilha das perdas negras ficava próxima a Asgard, era cheia de rochas pontiagudas, e agua para todo lado, ficava próxima a ilha do silencio, onde o próprio deus da trapaça havia ficado recluso quando cumpria pena.

Logo Kamilla se fez presente, era uma mulher atraente de cabelos negros e olhos azuis faiscantes.

– Fiquei surpresa por aceitar esse desafio - ela disse – ainda sabendo que ganharei fácil, fácil. E então Asgard se ajoelhará diante de mim.

Loki pensou que ele era assim antes, e agora via como essa postura era ridícula.

– Não cante a vitória antes da hora Karnila – disse Loki agora se virando para ela – vamos apostar o temos em jogo. Você quer uma guerra e eu quero apenas pará-la.

– Hum, vou fazer você comer poeira, embusteiro.

– Não se preocupe com isso minha cara, antes disso você estará no chão antes mesmo de saber que a atingiu.

Os dois se olharam de forma feroz, e então deram inicio a batalha.



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Notas finais do capítulo

No próximo... a luta...