O trabalho estava estressante, tinha algumas papeladas sobre os pagamentos de seus funcionários para checar e estava já bem tarde em sua opinião. Fazia um bom tempo que não exercia verdadeiramente sua amada profissão, estava mais tempo cuidando da parte administrativa do que da gastronômica.

Agradeceu aos céus quando terminou o serviço, mas logo o amaldiçoo, pois se lembrou de sua briga com seu noivo, queria evitar ao Maximo brigas por isso decidiu chegar um pouco mais tarde- mesmo isso não parecendo à solução lógica-

Saiu de sua sala e observou os cozinheiros cortando, limpando e etc. Se deliciou com o delicioso cheiro dos pratos, foi até uma panela, pegou a concha que estava dentro dela e levou até a boca.

_delicioso como sempre!_ela disse maravilhada, aquele caldo estava incrível. A receita dele era passada de geração em geração em sua família, mas jamais alguém de fora tinha conseguido um sabor tão exótico quanto aquele que era usado para completar pratos com frutos do mar.

_Ma, tu queres o que sendo que aprendi com a migliore!?_Um homem gordinho disse atrás dela _ Se não fosse você, está receita meravigliosa não existiria_ ele completou com seu típico sotaque italiano.

_Sabe Choji, eu ainda não acredito que você é Japonês_ela disse divertida.

_Mas eu já disse Hinatinha, minha mama é japonesa e meu papa é italiano, ho una mistura inédita.

_Claro, agora me diga onde estão os outros?_ Choji era o chefe de seu restaurante, apesar dele se considerar como sub. Ele sempre deixou claro que Hinata seria sempre a Chefe numero um e que mesmo estando afastada das cozinhas seria sempre a melhor.

_Estão na dispensa mia bela, è andato a vedere os ingredientes. Parece que mancare alguns!_Choji tentou disfarçar a preocupação, o restaurante aparentava estar um pouco lotado.

_Fique tranquilo, irei imediatamente ao mercado, me mande o que tenho que comprar pelo celular._ Hinata agradeceu mentalmente por isso, seria uma boa desculpa para demorar á chegar em casa.

_Hinatinha  ricordate Che que Shino sará um papà, comprare  qualcosa  questo!

_Como posso me esquecer, se você me lembra disso o tempo todo?_ele riu e se abraçaram, Choji já trabalhava com ela a 4 anos, eram muito amigos, e passando tanto tempo junto a ele, aprendeu um pouco italiano. Também era muito amiga de Shino, costumavam ser o trio incríveis, Shino, ela e Kiba, naquela época tudo se resolvia rapidamente quando faziam as coisas juntos. Infelizmente Kiba e Shino brigaram e nunca mais se falaram.

_chiaro chiaro, ora va Il mi fiore se não nos atrasamos, preciso terminar os pratos._dito isso Choji se pos a cortar umas cenouras que se encontravam em um dos balcões , logo mais o resto da equipe veio para ajuda-lo.

Hinata saiu pelos fundos e deu a volta pelo beco, passou em frente à fachada de seu restaurante e sorriu ao ver ele quase lotado. O grande letreiro que iluminava com suas cores chamativas, seu restaurante Luna di cristallo era bastante conhecido na cidade.  Quanto a sair com ele cheio não se preucupava, Choji sempre cuidava das coisas quando ela saia, era seu braço direito, então não tinha com que se preocupar.

Foi até o outro lado da rua e tirou do bolso as chaves de sua moto. Subiu em cima dela e colocou seu capacete branco com labaredas lilases, bem exóticos pra falar a verdade. Ajeitou seu casaco de couro perto e a calça Jens, deu uma olhada em seu salto. Sim, Hinata usava saltos quando andava de moto, ela dizia sempre conseguir conciliar as duas, mesmo parecendo difícil e não aconselhável.

Colocou a chave na ignição e segurou o freio, apertou levemente o acelerador e ouviu o ronco do motor juntamente com o cheiro de pneu queimando. Ela adora motos, sentia uma sensação maravilhosa quando ouvia os pneus queimando nos asfalto.

Hinata Hyuuga era uma mistura de inocência e loucura. Insegurança e coragem. Sempre se superava, e se orgulhava disso. Seu estilo bastante contestado pela alta sociedade era elegante, mais também despojado, selvagem e comportado. Hinata era dona de uma beleza inigualável na opinião de alguns homens, e um caráter nojento na opinião de mulheres invejosas que nunca chegaram a falar com ela. Ela não se descreve assim, nunca se discreveu na verdade. Achava isso tudo muito superficial.

Em uma velocidade moderada foi até a faixa de pedestres, parou e ficou esperando o sinal ficar verde.

[...]

Estacionou na primeira vaga que achou, retirou o capacete arrumou a bolsa de lado. Pegou um carrinho que se encontrava ao lado de sua moto estacionada e depositou sua jaqueta preta juntamente com seu capacete e sua bolsa. Foi guiando até dentro do mercado, o carrinho.

_hm... ah a mensagem_ seu celular começou a vibrar, ela o tirou do bolso e checou a caixa de mensagens_Hm... Tudo isso? Tenho que arranjar o mais rápido possível gente pra fazer compras!_ela falou sozinha.

Saiu a procura de todos os ingredientes, e felizmente acabou encontrando todos. Ela encheu um carrinho inteiro com muitos tipos de temperos além peixes, frangos e varios tipos de carne. Se recordou que teria que comprar um presentinho pra sua futura afilhada. Shino a tinha escolhido, já que eram quase como irmãos.

Ela ainda teria que passar em seu restaurante para levar as compras de ultima hora. Anotou mentalmente para desfazer o acordo que tinha com uma distribuidora e fazer com outra com garantias, era a quinta vez que eles faltavam com o dever,que era levar os alimentos pedidos pelo seu restaurante. Por isso não podia ir a uma loja de bebês, teria que compra ali mesmo.

Ela foi andando devagar empurrando carrinho já pesado, ela chegou ao corredor cheio de roupas, sapatos, shamposs e diversas coisas de bebês. Ela de longe enxergou uma roupinha linda de bebê. Deixou seu carrinho encostado e a pegou, a inspecionou direito e a depositou no carrinho.

_Hm… Será que há um sapatinho que combine?

Ela se perguntou observando as pratilheiras, bateu o olho em um sapatinho branquinho com um laçinho de lado, foi até ele e o pegou._pronto agora já posso ir!_Ela girou o corpo e viu um homem alto passar por ela com seu carrinho, observou o bebê que estava com ele e sorriu levemente. Ser mãe era seu sonho mais Kiba não partilhava do mesmo.

Observou mais um pouco e concluiu que ele era pai de primeira viagem, andou até ele e lhe tocou o ombro.

_prescisa de ajuda?_Hinata perguntou amigavel

_Está parecendo que preciso?_Naruto ergueu a sombrancelha, e a morrena logo percebeu que ele realmente não sabia o que estava fazendo.

_Muito!_ela disse brincalhona.

_E poderia me dizer porque?_Naruto se virou completamente e pode contemplar a beleza da mulher, assim como Hinata fez.

_E só olhar o pacote que tem em mãos! Esse tamanho é dez vezes maior que o do seu filho._ela pegou o pacote das mãos do loiro e com o dedo indicou a idade correta daquelas fraldas que estava amostra na embalagem_Essas fraldas são para crianças de 4 á 5 anos!

_Eu sou um disastre com isso!_ele sorriu sem graça.

_É o que estou vendo! Quantos meses seu filho têm?_Naruto se encantou com a moça, ela parecia bastante simpatica.

_O Ichigo só tem um mês!_ele se virou para o filho e fez cafune nele. A morena ficou imprecionada com o carinho de Naruto ao falar sobre o filho.

_Hm… então deve ser está aqui._ela foi até as pratilheira pegando a fralda apropriada para Ichigo_Assim você não vai ter que se preucupar com vazamentos_os dois rirão e depois disso ficaram se encarando, Naruto que já estava ficando sem graça, podia a até se imaginar corado, como não fazia a anos.

_errr muito obrigado, eu acho que sem você eu teria um grande problema em mãos!_ ele esticou o braço e deu sua mão para comprimentar a morena.

_Não tem de que!_ Hinata o cumprimentou e sentiu uma corrente eletrica passar por seu corpo, sensação compartilhada pelo loiro que apresentou uma coloração avermelhada na face. Essa corrente elétrica não foi como aquelas apaixonadas, foi como de irmãos, de aconchego. Hinata mesmo sem conhece-lo por mais de meia hora viu uma pessoa alegre que contagia qualquer um sendo estranho ou não. E Naruto viu uma pessoa boa e carinhosa que não demora a ajudar quem quer que seja.

Hinata se apressou em desfazer o cumprimento e dar um tchau rapido, muito rapido e nervoso na opnião dela. Em sua cabeça podia imaginar que Naruto, no caso o homem que ela nem sabia o nome, a achava louca por sair meio que correndo assim, e queria se enfiar em um buraco gigante.

Ela ainda se chamou de burra varias vezes ao ver que estava correndo na direção errada, ela teria que voltar pelo mesmo caminho para poder chegar aos caixas.

Naruto ficou encarando o nada, não tinha entendido o porque da moça sair correndo, e confesou a si mesmo que ficou intrigado tanto pela atitude dela quanto por ela. Mas provavelmente não a veria mais. Quando chegou ao final do corredor viu a mesma mulher sair correndo em direção aos caixas. Afinal o que aquela mulher tinha?

_Ei Ichigo me lembre de comprar um livro que faça um homem entender as mulheres, okay? Eu não entendo nada.

Ichigo nada disse, afinal era um bebê, só começou a chorar.

_Ei ei o que foi? Você não pode me ajudar é por isso? Tem problema não, eu mesmo lembro._Naruto se achou idiota naquele momento, estava fazendo perguntas ao seu filho que nem falar silabas sabia.

_Quem mandou eu fazer uma piada ruim? Perai foi uma piada?_Naruto resmungou desprendendo o sintinho da cadeirinha. Ele segurou seu filho com cuidado começando a balança-lo_não chora não, vc é um meninão, um meninão com cabelo e olhos bonitos, meu morango cor de rosa com olhionhos verdão… É deus eu não sirvo para isso!_Naruto bateu na propria testa_ Isso que dá tentar inventar uma música. Serio eu sou pessimo nisso! Sua vó já me fez passar um mico desse sabia? Ela mandou eu cantar de improviso no aniversário dela. Não deu muito certo. Fui zoado o ano inteiro na escola depois que o idiota do teme gravou e postou no site de lá._Devagar Ichigo foi caindo no sono_ Já dormiu? Não quer nem escutar a parte em que jogaram bolo na minha cara quando cantei?

Ichigo dormiu, O loiro colocou o filho devagar no carrinho e sorriu indo para o caixa._Eu devo ser muito chato conversando, dormiu enquanto eu falava.

[…]

Hinata acabara de chegar em casa, estava exausta já passava 23h46 ela ainda tinha problemas a resolver. Tinha que achar algum mercado que topasse uma parceria com seu restaurante, seria facil, porém demorado, teria claro que ter uma exausta negociação para diminuição de preços, isso e aquilo, ossos do ofício.

Jogou longe sua bolsa, por sorte a mesma caiu no sofá. Já foi tirando os saltos e jogando por ali mesmo. Não que ela fosse bagunceira, ela só estava cansada, assim que desce ela iria arrumar tudo aquilo.

Deu falta do noivo quando não escultou nenhum barulho.

_Melhor assim, não quero mais discultir._mumurrou pra si mesma. Foi até seu banheiro e jogou suas roupas no cesto de roupas sujas, já foi entrando no Box, rapidamente abriu a torneira e a água quente caiu semeando uma sensação de alivio em seu corpo.

Depois de uns 5 minutos, saiu do banho enrolada em sua toalha, foi direto para o quarto e vestiu um conjunto de  Lange ri preto com detalhes em turquesa, e se deitou. Sua mente estava perturbada, boa parte da culpa pelos problemas que envolviam seu trabalho e seu noivado, mas também pelo homem que ajudara mais cedo, ela tinha a leve impressão que já o tinha visto antes, mas não se lembrava. Estava curiosa para saber o porquê da sensação de já conhecê-lo a anos.