Quebrando As Regras - Scorose escrita por Anne Almeida


Capítulo 7
Rotina?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, mais um capitulo! :)
Queria deixar uns avisos:
1 - Tentei dar uma respondida a quem havia comentado e acredito que consegui fazer com todos, mas se você ficou 'no vácuo' não se acanhe, pode comentar de novo, mandar mensagem, enfim puxar a orelha desta autora pois depois de meu sumiço é meio difícil pôr as coisas em dia. Sejam pacientes. :3
2 - O nome do Scorpius permanecerá Scorpio. Motivo? Quando escrevi a fic eu o chamava assim - sabe-se lá o porquê - e só pretendo mudar isso se futuramente eu der 'uma geral' nesta fic, com novas revisões.
3 - Deem uma checada em minha fic A Bela e A Fera (Drastoria) que estou postando paralelamente a essa (http://fanfiction.com.br/historia/484027/A_Bela_e_a_Fera_-_Drastoria/)
4 - Muito obrigada por lerem! E não deixem de opinar! Bjos!



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Regra 7: Uma Weasley não acredita que um “isso ainda não acabou” vindo de um Malfoy é algo positivo.

Rose e Ana serviam os clientes, o bar estava movimentado e Scorpio ficara no escritório resolvendo alguns problemas. Era dia de jogo, a grande maioria dos frequentadores eram homens vestidos com camisas vermelhas e brancas, Rose não fazia a menor ideia de qual era o time que elas representavam.

Já fazia três dias que ela havia ido ao hospital com Scorpio, Ana havia voltado ao trabalho no dia anterior e elas se entendiam muito bem, Ana era comunicativa e engraçada, o oposto de Scorpio que agora se mantinha sério e evitava conversas que pudessem se aprofundar.

Ela vestia seus jeans justos e surrados com uma camisa do Trio As Estranhas, uma nova versão das Esquisitonas, porem bem mais atual, seu grupo musical favorito, não se preocupava que os trouxas vissem, afinal pensariam se tratar de uma outra banda qualquer que não fosse muito conhecida, já que a imagem do trio não se movia como a maioria das fotos bruxas.

Ela e Scorpio haviam pego sua mala logo após saírem do hospital. Ela se sentia mais a vontade com suas próprias vestes e assim que voltou a usa-las sentiu a antiga Rose querendo surgir, lhe dizendo que ela deveria sair dali e voltar para casa, ela conseguiu ignora-la firmemente.

Mas ela não conseguia evitar sentir saudades de casa. Como na noite anterior quando uma antiga musica que fazia parte da trilha sonora de um filme também antigo, tocara na mais antiga ainda junque box.

Lembrou-se de que sua mãe gostava daquela musica e de como ela puxava seu pai para dançar mesmo que ambos fossem totalmente descompassados, eles findavam pisando no pé um do outro ou caindo, e ela e seu irmão desatavam a rir.

Eram tantas as lembranças dos pais, do irmão, de toda a enorme família, lembranças de casa. Ela até começara a se entristecer quando uma nova lembrança se sobrepôs a todas, fazendo suas pernas bambearem um pouco, era Scorpio murmurando para ela: “Isso ainda não acabou”.

E essa única lembrança a fez mandar a antiga Rose para bem longe junto com as lembranças que a entristeciam, e então tudo que ela sentiu foi expectativa.

Ela se recordava disso quando uma voz falou as suas costas.

– Noivinha!?

Rose se virou e se deparou com um homem que parecia ter duas vezes o seu tamanho.

– Tom! – e percebendo que havia outro homenzarrão um pouco atrás completou – E Bob!

– Como vai ruivinha?

Antes que ela pudesse responder Bob disse:

– Morena!

– Ruiva!

– Morena!

Ana se aproximou deles, interrompendo a discursão e disse sorrindo:

– Já estão me traindo? É só eu me ausentar alguns dias e vocês já me trocam por outra?

– Claro que não Ana...

– Nossos corações são tão grandes quanto nós. Cabem vocês duas.

Todos riram.

– Vão querer oque? – perguntou Rose.

A noite passou num borrão, Rose corria de um lado para o outro, principalmente depois que o jogo acabou, sendo o time pelo qual os frequentadores torciam campeão, oque fez todos quererem comemorar bebendo algo.

Sempre que tinha um pouquinho de tempo ela parava para conversar um pouco com os irmãos. Eles eram engraçados e Rose a cada momento gostava mais deles, assim como de Ana e do bar em si, ela já se sentia a vontade mesmo sem saber até quando Scorpio a manteria ali.

Scorpio que havia retornado do escritório, a olhava admirado por como uma garota poderia ser tão naturalmente...tentadora, essa era uma outra palavra que poderia descreve-la, ela era uma tentação, especialmente para ele, por isso mesmo ele sabia que devia afasta-la, só precisava arranjar um jeito de faze-la entender isso, que aquele lugar não combinava com ela e que ela devia voltar para casa, e esquecer tudo aquilo, para que ele também pudesse esquecê-la, o que era impossível com ela assim tão perto.

Era estranha a forma como ele se sentia perto dela, sentia vontade de ficar só a olhando, ou então de conversar, como fizeram antes, contar seus pensamentos, seus planos e ideias, ouvi-la fazer o mesmo, ou ainda de tê-la bem perto, sentir a pele dela contra a sua.

Como se percebesse seus pensamentos Rose se virou e lhe sorriu. Ele correspondeu inconsciente e não gostou. Há anos todas suas atitudes eram pensadas. Desistir de ser Auror fora uma de suas ultimas atitudes impensadas e ele se arrependera exageradamente.

Nestes últimos dias pensamentos como esse o atingiam constantemente. A presença de Rose o fizera perceber, que assim como ela fugira da pressão de ser uma Weasley, ele havia fugido da pressão de ser um Malfoy. As atitudes que antes ele considerava acertadas agora pareciam escolhas erradas.

Enquanto Rose pelo que ele notava parecia cada dia mais “interessante”, os poucos dias que ela havia passado ali já haviam permitido que ela se desse bem com todos. Ana tinha além da gratidão por Rose uma aparente afinidade, e elas trabalhavam bem juntas.

Scorpio sentiu suas feições se tornaram mais sérias e seu rosto se fechar em uma carranca ao perceber que num momento em que não havia quem atender ela se sentou numa mesa ao lado de dois caras grandes, eram Tom e Bob, eles riam de algo que Rose havia dito. A conversa entre eles fluía natural e às vezes Bob tocava o braço de Rose para lhe chamar a atenção ao que dizia.

Ele sentiu como se um pequeno bichinho invadisse seu estômago lhe causando um mal estar, pensou em se aproximar da mesa a qual Ana agora também se sentara e descobrir oque conversavam, mas ao invés de se moverem para frente, seus pés se encaminharam de volta ao escritório.

Scorpio só voltou ao bar horas depois quando o bichinho em seu estomago se aquietou, não havia mais um cliente sequer, na verdade a única pessoa no bar era Rose entretida com a faxina. Assim que ela sentiu a presença dele, se virou sorrindo.

– Que tal uma ajuda?

– Onde está Ana?

– Ela já foi, pediu para avisar que sairia mais cedo pra ficar com Adam.

– Porque ela não me falou pessoalmente?

– Bom... ela disse que foi até o seu escritório e bateu, mas você não respondeu. Ela supôs que você estivesse muito ocupado e me pediu para avisar. Você não vai chamar a atenção dela, não é?

– Talvez – ele sabia que não iria, mas ver Rose lhe cobrando aquilo o fez responder de forma grosseira.

– Sabe Scorpio, você é um cara legal, mas consegue ser bem idiota quando quer – ela fixou o olhar no dele, como se esperasse que ele respondesse.

Scorpio não respondeu, apenas ficou olhando de volta com a mesma intensidade. Eles se mediam. Rose pensou que a disputa sobre ‘quem podia mais’ havia recomeçado, então Scorpio fez algo inesperado.

– Desculpa – ele desviou o olhar – É claro que não farei isso. Ana não merece.

Rose o olhou, primeiro admirada e depois feliz, aproximou mais seus rostos e deu beijo estalado na bochecha de Scorpio. Se virou e continuou a limpar o bar, ele que inicialmente parecia aturdido, se juntou a ela na limpeza com um riso bobo estampado na cara.


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