Meu Primeiro Amor. escrita por stéfanni5


Capítulo 5
Nem tudo são flores.




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Dizem que a felicidade dura pouco, eu discordo. A felicidade ou qualquer outra coisa boa, dura o tempo suficiente para ser inesquecível. Não tem dessa de 'durou muito pouco' 'durou muito', durou apenas o tempo que deveria durar, ai vai de você ter aproveitado esse tempo ou não. Mais no meu caso, eu tenho certeza que aproveitei.

Era exatamente 26 de outubro, mais ou menos um  mês depois das aulas começarem, era uma tarde calma de sábado, um daqueles dias que eu não deveria ter levantado da cama.

Estava feliz, havia dormido ao som de You and me, do Lifehouse, minha música e do Bill, e acordado com memórias lindas nossas. Fui até o banheiro, me arrumei e fui tomar café da manhã, minha mãe havia feito panquecas com mel e suco de laranja. Depois da refeição mandei uma mensagem para Bill dizendo para nos encontrarmos no parque, ele respondeu rapidamente dizendo que iria. Sai pelas portas cantando, imaginava que aquele seria mais um dia como todos os outros, com a companhia perfeita de Bill, iriamos conversar, brincar, rir, se beijar, dar comida aos peixes, tirar fotos e comer hambúrgueres com muita batata-frita e refrigerante, tirando essa parte, algo de errado estava prestes a acontecer.

Quando cheguei no parque, ele já me esperava, e como sempre com um sorriso de orelha á orelha ao me ver, aquilo me encantava e fazia minha barriga criar borboletas e um sorriso automático aparecia no meu rosto. 

Ficamos juntos por horas e fizemos tudo aquilo que disse acima, estava tudo tão perfeito, até que eu resolvi tocar em um assunto que por incrível que pareça nunca aviamos conversado antes, não que eu não tenha pensado, mais sabia de certa forma que não acabaria dando certo. Mais quando eu coloco uma coisa na cabeça eu vou até o final, então vocês já sabem. Perguntei:

- Você já se apaixonou por alguém da Califórnia? 

- Ah, achava a Lindsay Lohan muito gata, mais nunca teria chances... - E deu aquela risada encantadora.

Não pude controlar o riso, rimos por uns 2 minutos encantadores, mais percebi que não podia me deixar render e logo disse: 

- Estou falando sério, Bill. Você já se apaixonou? 

- Estou apaixonado agora, eu amo você. Isso já não é o suficiente? 

Meu coração se fechou naquele momento, eu tinha mesmo de fazer aquilo? Perguntar aquelas coisas a Bill? Estava tudo tão perfeito entre nós. Mais como já disse, sou muito teimosa.

- Ei, eu também te amo, muito, de verdade. Mais eu preciso saber, se você já se apaixonou por alguém antes.

- Ei, Mary, como você é insistente. Mais vou te contar.

Peraí, Mary???????????

Bill havia me chamado pelo nome de outra garota bem na cara de pau, não, aquilo não podia estar acontecendo.

- Quem é Mary? E por que você me chamou pelo nome dessa garota?

- Eu ia te explicar isso agora, mais não foi por querer. Me desculpa, amor.

Estava furiosa, mais ao mesmo tempo curiosa demais para ir embora dali naquele momento.

- Mary era uma garota da minha rua, era extremamente linda, loira dos olhos azuis cor do céu, sorriso perfeito e extremamente simpática e gentil. Desde a primeira vez que a vi meu coração bateu mais forte, mais nunca disse isso pra ela, eu tinha apenas 5 anos quando a vi pela primeira vez, desde aquele dia nunca mais nos desgrudamos, mais não éramos melhores amigos, quer dizer, eu nem sabia direito o que era uma amizade. Mais ela foi embora quando tínhamos 11 anos, eu sofri demais, mais então meu pai resolveu se mudar para Nova York, e eu "adorei" a ideia, porque assim pensei que poderia esquecê-la, mais é sempre difícil se esquecer o primeiro amor.

Eu não acreditei no que havia acabado de ouvir, aquilo não poderia estar acontecendo. Tudo que aviamos vivido não podia ser apenas uma ilusão, algo imaginário, não podia ser verdade que ele estava comigo querendo estar com outra, não podia ser verdade que ele era meu primeiro amor e eu era apenas a "substituta" pra ele. Não podia ser verdade, não podia ser verdade também que meus olhos estavam se enchendo d' água e eu estava chorando pela primeira vez na frente de um garoto. 

Bill me olhou com uma cara assustada, triste, pálida, e antes que me dissesse alguma coisa eu apenas disse: 

- Pensei que você me amasse...

- Mais eu amo!

- Ama? Você ama a Mary, o nome que você acabou de me chamar, a garota perfeita da sua rua, sua melhor amiguinha, seu primeiro amor, a maior perda da sua vida, a sua maior saudade, a garota que te abandonou e você veio pra mim, essa garota estúpida, bruta, feia, pobre e idiota o bastante para acreditar em todas as suas palavras. Em tudo que vivemos, em todos os nossos planos, nossas fotos, nossos beijos, nossos abraços, nossas risadas, nossas brincadeiras, nossos segredos, no nosso lugar. Em ter confiado em você esse tempo todo, te amado acima de tudo e ter me deixado render a esse amor. Eu me odeio por isso, eu odeio você. 

Será que havia terminado essa frase bem? Cá entre nós, eu não odiava Bill, alias, eu nunca conseguiria odiá-lo. Eu o amava cada segundo mais, com todas as minhas forças. 

- Você o que? 

- Isso mesmo, eu te odeio. Adeus, para sempre.

Sempre me disseram que para sempre era uma palavra muito forte, mais eu nunca tinha ligado para isso. Mais com Bill era diferente, o meu para sempre sempre foi verdadeiro e nunca foi dito da boca para fora. Só que dessa vez, ele quase nem saiu da minha boca. Foram as palavras mais tristes e pesadas que já disse em minha vida. 


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Notas finais do capítulo

Bom, essa história não esta nada feliz para esses dois, hein? O que será que vai acontecer, será que Julli vai querer ouvir as explicações de Bill ou está tudo acabado para eles? Maldita hora que essa Mary foi entrar na história...



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