Meu Primeiro Amor. escrita por stéfanni5


Capítulo 3
A conversa.




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Naquela manhã tudo estava normal, professores dando broncas na turma do fundo, eu e Bill conversando sem parar, e Matemática ferrando com a minha vida como sempre, sabe, eu acho que nunca me senti tão feliz em toda minha vida como me sentia agora, como me sentia depois que havia conhecido Bill Jones, meu melhor amigo. 

As coisas aconteceram muito rápido, um sentimento que tomou parte de mim muito cedo, realmente aconteceu, sem data, prazo, horário ou algo do tipo. 

Não havia uma noite que não sonhava com Bill, ou uma manhã em que não acordava pensando nele, não havia um dia que ele faltava da escola em que eu não manda uma mensagem a ele dizendo coisas do tipo: "Senti sua falta." "Porque não foi na escola?". Chorava sem parar de saudades, de alegria, sinceramente, ele conseguia formar vários sentimentos dentro de mim de uma vez só, até chegava a me dar enjôo.

Mais quando acordei naquele dia, não sabia que minha vida estava prestes a mudar. Talvez se soubesse, nem tinha levantado da cama, ou talvez sim. 

Quando bateu o sinal da escola, chamei Bill para sentar- se comigo no banco em baixo da grande árvore como disse no capítulo anterior, aquele era o nosso lugar. Nunca tinha tido um lugar só meu e de outra pessoa, um cantinho da gente, mais como eu disse, Bill havia me mudado, me tornado em uma pessoa totalmente diferente e fora do contexto de coisas que gostaria de me tornar. Uma pessoa sensível, chorona, romântica, carinhosa, atenciosa e o pior de tudo: apaixonada. Naquela manhã do dia vinte e seis, o vento soprava devagar, o Sol irradiava em todos os lugares, menos em baixo da árvore em que estávamos, sombra, frio, medo. Tudo tomava conta daquele lugar, mais eu não poderia deixar passar, eu não poderia deixar que aqueles sentimentos e palavras me sufocassem, eu precisava falar.

- Bill, preciso te contar umas coisas que estão acontecendo comigo...

Ele ergueu uma sobrancelha parecendo preocupado e me disse para continuar.

- Então, desde quando te vi pela primeira vez, senti algo estranho, como se você fosse a pessoa que eu estava procurando a anos, ou talvez a vidas, quem sabe? E quando ouvi tua risada pela primeira vez, eu senti que aquela seria a risada que eu queria ouvir todos os dias da minha vida. Sabe, eu não me imagino sem você, sem o seu olhar, sem o seu sorriso, sem as suas conversas, sem a sua risada, sem o seu abraço...eu não aguento passar um dia longe de você, eu nunca senti isso por ninguém, e é o que me da mais medo. Medo de estar me metendo em algo perigoso, algo chamado amor, igual a gente vê nos filmes. Amor para mim é o que sinto pelos meus pais e o que eles sentem por mim, nunca pensei em nada a mais do que isso, mais agora já não tenho mais certeza de nada, agora só sinto medo. Você não tem noção do quanto está sendo difícil para mim, principalmente te dizer todas essas coisas, mais eu não aguentava mais esconder, você precisava saber.

Bill ficou em silencio por alguns minutos, o que me deixou arrependida por ter dito tudo aquilo, com medo, insegura, nervosa, triste e com vontade de perguntar o que ele havia achado de tudo aquilo. Mais apenas esperei, até que vi ele dar um sorriso, e começou a falar: 

- Desde quando te vi entrar pela porta daquela sala de aula, minha pequena Julliane Sulivan, eu senti que você era a garota da minha vida. Sei que é ridículo dizer isso quando se tem 12 anos, mais estou sendo sincero, estou sendo sincero quando digo agora que amo você, que você é a minha melhor amiga e que eu nunca quero te perder, eu suportaria qualquer coisas, menos te perder. Eu faria de tudo por você, absolutamente de tudo. Você é o meu anjo. Um anjo que Deus me mando para me salvar e me proteger, eu só tenho a agradecer á você, por sempre ter me escutado, me apoiado, me ajudado, me feito rir, nunca ter me deixado chorar ou ficar triste quando estava com você, por ter sempre se preocupado comigo, e me fazer sentir melhor não importa o que houvesse acontecido. Eu, Bill Jones, te prometo uma coisa, aqui embaixo da nossa árvore, no nosso lugar, que sempre vou te amar e te respeitar, na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, e nem a morte vai nos separar. Eu te amo julli, minha Julli. 

E me beijou. 

Eu não soube o que dizer, nem o que fazer, eu estava tão feliz e surpresa ao mesmo tempo, só pensavam em ficar ali, com ele, para sempre. Mais sabia que não seria possível, então disse a ele que o amava também, muito, mais do que qualquer um. E rapidamente tirei uma tesoura da bolsa, e escrevemos na nossa árvore: BJ, amigos para sempre, e em volta um coração. E por mais que estivesse meio torto, foi o desenho mais bonito que já fiz na minha vida.


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