A Garota Do Muro escrita por Morangão


Capítulo 4
Capítulo 3




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O MORTO VIVO

Graças ao homem - que parece estar morto - a minha dor de cabeça esta pior.  Eu, uma doce e pobre garota nunca mataria alguém de proposito. Apesar de ter pensado varias vezes em matar algumas pessoas que conheci. Mas mesmo assim.  

-Ai. 

Eu ouvi um gemido? Foi muito baixo, mas com certeza vinha do corpo a minha frente.  

O morto gemeu, caramba eu não sei o que fazer, o morto está vivo. Serio, não sei mais se fico feliz por não ter matado um homem ou se fico irritada por ser enganada. Além de ter aquela dor de cabeça graças a ele.

- Ai. Disse ele novamente. 

- Oi, você esta bem? – serio, um dia eu paro de ouvir o meu lado estupido e direi coisas inteligentes. Mas certamente não é hoje.

- Eu pareço bem? Respondeu ele arfando, com uma raiva contida.

- Esta melhor do quando parecia morto. - Uma pequena mentira minha. Seu rosto estava sujo e as roupas maltrapilhas não ajudavam em nada. Havia um inchado onde eu possivelmente teria acertado o sapato nele, um circulo escuro em volta dos olhos negros, e em sua nuca parecia esta formando uma pequena poça de sangue. Ele levou as suas mãos (grandes mãos por sinal) onde estava o corrimento, pressionando o local. Aos poucos ele se sentou. Quando viu sua mão molhada de sangue o homem suspirou e me olhou.

Acho que ele não gostou muito do que viu. Não podia culpa-lo. Depois de uma queda e uma sapatada qualquer um estaria ruim. E eu me refiro a ele. 

- Preferia estar morto. 

Isso doeu no meu ego amigo. Mas não falei nada. Talvez ele soubesse como sair daqui. 

- Você precisa de ajuda? 

- Não obrigado. – mesmo com a voz fraca sua resposta foi seca e definitiva. Como se o “não obrigado” fosse um “ vai embora logo”.  

- Você pode me responder umas perguntas?

- Não obrigado.

Hum, será que eu quebrei a cabeça dele?

- Onde nos estamos? – ai como eu sou uma matraca, mesmo sabendo que o homem precisava de um tempo para se recompor eu continuei perguntando.

-Eu não quero conversar com você.

- Mas esta conversando.

Silencio. Depois de um sapato na nuca sou ignorada. Ótimo, também sei brincar. Sentei-me no chão a sua frente, não sei se ele percebeu ou apenas ignorou isso também. Mesmo assim eu fiquei encarando o seu rosto. Ele tinha um rosto anguloso, com o nariz um pouco predominante, espessas sobrancelhas e olhos negros, assim como os cabelos que caiam emaranhados nos ombros. Poderia ser até um pouco bonito se não fosse a sujeira que o cobria. 

Mas que diferença fazia?  Eu só quero sair daqui, não entrar em uma historia de romance. Um momento, quem falou de romance aqui? 

Lado estupido, mais dez pontos por pensamentos inúteis. 

- Desculpa pelo sapato –falei para ele – mais eu apenas devolvi o que me mandaram


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem *-*



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