Nosso Pequeno Castelo escrita por Lisbela
Eu inutilmente, tentava passar despercebido pela medonha sala amarela. Precisava apenas buscar Sophie, e tudo estaria resolvido. Sem gritos, sem sermões. Precisava agir de forma rápida e eficiente, sem fazer barulho algum. Qualquer coisa despertava a fera medonha. Tentava ridiculamente não sentir medo. Ou ao menos não demonstrar. Ela sabia. Ela sempre sabia quando alguém estava em pânico, e cruelmente usava isso para seu próprio beneficio. Era a bruxa mais perversa na qual se atrevera a conhecer...
– Cullen, é você? – Merda! Maldita seja! Eu estava perdido. Completamente perdido.
– Sim senhorita, sou eu. Vim buscar Sophie. – Respondi ainda atrás da porta.
– Entre Cullen.
– Desculpa, eu estou atrasad...
– O senhor se atrasou mais de uma hora e meia para buscar a sua filha, e nem por isso eu o fiz perder seu tempo declarando o quão ocupada eu estou. – Eu tinha certeza que a desgraçada estava sorrindo. E ela não me decepcionou. Ou abrir a porta encontrei o meu inferno pessoal sorrindo abertamente encostada em sua mesa. A única coisa naquele ambiente que, tornava Isabella Swan um pouco mais humana, era a pequena figura que se encontrava encolhida em seu colo. Minha menininha. Era a vigésima vez no mês que eu me atrasava para ir busca-la. Eu sabia que receberia um sermão enorme. Não só das mulheres da minha família, como também da minha secretaria, de Sophie, do diabo...
– Afinal Cullen, qual é o seu problema? Serei obrigada a ligar mas uma vez para Esme? Você sabe como a sua mãe é, quer que ela vá no hospital lhe buscar como da última vez? – Não! Por favor, não! A ultima vez na qual tinha esquecido o meu raio de sol, Esme fez uma cena digna da Broadway. Tenho a marca de sua mão ate hoje em minha nuca.
– Desculpa senhorita Swan, nã..
– Por favor, poupe-me de desculpa sem fundamento. Você já me fez perder tempo demais essa semana. Quando vai por a sua filha acima do trabalho? Quando vai se lembrar de que ela é uma criança e que, precisa de um pai presente? Sabe muito bem de que eu não me importo de ficar com Sophie, aliás, ninguém é contra isso. O que somos contra é a sua falta de compromisso com ela. Eu sei, no fundo eu reconheço o quanto ela importa pra você, só que você não demonstrar. Ela sente que não é desejada, que não é importante. Você acha isso justo? – Eu sabia disso tudo, mas porra..
– Eu reconheço o meu erro, ok? Eu só preciso de um tempo. – E realmente precisava. Criar sozinho, uma criança não era a coisa mais fácil do mundo, permita-me dizer..
– Nós te demos cinco anos. Cinco malditos anos pra que você tomasse ciência da situação. Aceite logo o fato de que, você tem uma filha ainda criança e ela precisa de você. Eu te juro Cullen, que se eu encontrar a minha pequena chorando escondida por ter sido esquecida mais uma vez, eu arranco as suas bolas. Escreve o que eu te digo. Isso é um aviso, só pra que fique bem claro. Agora, se você puder me fazer esse favor, pegue a sua filha e a leve pra casa. À alimente e a ponha pra dormir, como todo pai faria. Ao menos isso por favor. – Lentamente me aproximei e a tirei de seus braços. Swan me lançou um olhar tão gélido nessa hora, que fez doer. Mais do que suas palavras. O pior, é que ela tinha total razão.
Sai da escola arrasado. Porra, eu sabia que eu era um maldito fodido que só fazia besteira, mas eu me importava com o meu raio de sol. Eu sempre me importei. Ela era o meu mundo. Era o que eu tinha de mais valioso.
Tentei colocar Sophie em sua cadeirinha, o mais delicadamente possível. Ela era tão bonita! Minha menininha. Sempre tão doce e gentil.
– Você atrasou de novo, não foi? – Me assustei assim que entrei no carro. Ela havia acordado. Droga! Ela não havia aberto os olhos, mas eu sabia que a pequena havia percebido que tinha a minha atenção.
– Desculpe meu anjo, não foi por mal. E, eu não me esqueci de você. Sabia que você estava em boas mãos. – Resmunguei arrependido.
– Tudo bem papai, eu só quero ir pra casa. Eu sei que o senhor é um super herói, a cidade precisa de você e a tia Bella já brigou bastante com o senhor.
– Ela brigou, não foi? – Retruquei sorrindo.
– Brigou sim. Agora vamos embora papai, eu quero assistir a pequena sereia. – A danada sorriu ainda com os olhinhos fechados, tive que rir com isso. Voltei a minha posição inicial e dei partida no carro, afinal, eu tinha a missão de levar uma princesa em segurança para casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tem erros de português ai, eu sei. Mas eu prometo melhorar. Juro, juradinho. De coração.