Zombie's Hunters escrita por Nanda Farias
Notas iniciais do capítulo
1000 perdões pela demora, sério.
Narrador P.O.V.
-Seus covardes de merda! - John esbravejava enquanto os zumbis avançavam lentamente para cima dele.
A velocidade de um zumbi é questionável: depende muito da nutrição e da etapa da decomposição em que se encontram.
Levando em conta a velocidade com que os zumbis avançam para John, estes não devem comer há dias, o que da a John um momento para pensar antes de morrer.
John rasteja, procurando algo com que pudesse se salvar. Qualquer coisa serviria para aquelas coisas que um dia foram seres humanos.
A velocidade com que os zumbis se movem, daria a seres humanos sem limitações tempo para correr, mas Cléo cortou os tornozelos de John, o que o impede de andar. John conforma-se em morrer. Uma morte digna, é bem melhor que uma morte estúpida. Ele se escora na parede e fecha os olhos. E é então que algo inesperado acontece.
-Quem é você? - John pergunta para o homem de mais ou menos 1,80 parado na porta, com um revólver na mão, origem dos disparos que acabam de salvar a vida miserável de John.
-Alguém com um inimigo em comum. Bem, no caso, inimiga. - sorri sarcástico e se dirige a John - Cléo tem uma maneira peculiar de matar as pessoas, não é? Ela prefere mil vezes arrumar alguém - chuta um zumbi - ou algo para fazer o serviço para ela - O homem ajuda John com os ferimentos.
Cléo P.O.V.
2 dias depois...
-Respira e relaxa, Lucas - eu disse a ele em uma das nossas aulas de tiro. Eu e Ryan estávamos tentando ensinar a todo mundo.
-Desculpa, mas é difícil com uma arma mortífera na minha mão - revirei os olhos.
-Então faz de conta que é um daqueles brinquedos toscos de parque de diversões, vale um unicórnio fofo para Ísis - ele me fuzilou com os olhos.
-Cale a boca, Cléo - sorri.
-Faz logo, relaxa e mira. Respira - ele o fez, deu um passo para trás - atira - ele atirou e acertou na garrafa. Sorri - eu disse que não era difícil
Lucas abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido por Ryan.
-Cléo - ele chamou - Estamos com um probleminha com Carrie.
-Como assim? - perguntei
-Ela se recusa em pegar uma arma letal na mão, porque pode ferir um ser vivo e isso inclui as árvores e blá blá blá - revirei os olhos.
-Deixa, quando acabar a comida en... - bocejei - ...latada ou aparecer um bando daquelas coisas, ela vai achar essas aulas lin...- bocejei de novo.
-O que tem de errado com você? - Ryan perguntou - Você não dorme desde que aquele cara pegou você e Foster, e não adianta dizer que não porque eu te vi acordada.
-Isso não é da sua conta, Bell.
Olhei para o povo do outro lado, a tempo de ver Liz desmaiar. Corri para o lado deles, assim como Ryan e Lucas.
-O que aconteceu? - perguntei, mas fui maravilhosamente ignorada.
Josh chegou perto de Liz e checou a temperatura. Liz abriu os olhos devagar, fraca.
Sentei na sala da casa de Ísis e coloquei Nirvana no último volume. Algo alcoólico iria bem, mas Ísis não bebe. Então peguei Toddynho mesmo. Que decadência, ficar bêbada de Toddynho é só para os fortes.
Ouvi a campainha tocando. Pensei que fosse Lucas e abri a porta. Só que não era.
-Que caralho você ta fazendo aqui?
-Não foi difícil descobrir onde você mora - Scott disse sorrindo.
-Não foi isso que eu te perguntei.
-Quero falar com você.
-Não tenho nada para falar com você.
-Por favor, Cléo, me da cinco minutos, só cinco, e aí eu te dou o completo direito de não olhar nunca mais pra minha cara - bufei e abri a porta, o deixando passar.
-Vou cronometrar.
-Não posso ter completa certeza, mas meu palpite é anemia, se não for tratado logo, pode evoluir pra leucemia, e aí sim a gente se ferra - Josh disse a Logan.
-Como você sabe disso? - perguntei
-Eu tava no último ano de medicina.
-Você tava estudando pra ser médico? Você? - Cachinhos perguntou, Josh sorriu.
-Não era minha primeira escolha, mas meu pai me obrigou.
-Mas você não tem 20? - Lucas perguntou.
-E quatro - respondeu.
-Ta, o que precisamos? - Ryan e seu corte rápido Tramontina.
-Sulfato ferroso. E se acharem vitaminas, seria bom - Josh respondeu
-A gente passou por uma cidade, lá atrás, a gente podia voltar lá e... - Logan foi interrompido por Ryan.
-Você fica aqui - não disse? Corte rápido, Tramontina - Eu e Foster vamos.
-O que? - quase gritei - Eu vou.
-Eu também - Logan disse - ela é minha irmã.
-Vocês ficam aqui. Foster ta melhor que muita gente atirando, além disso você precisa dormir - Ryan apontou pra mim - e você precisa cuidar da sua irmã - apontou para Logan.
-Eu quero ir... - disse.
-Não interessa, você fica e ponto - me cortou. A raiva subiu e eu dei um tapa em Ryan - TA LOUCA, GAROTA?
-Quem você pensa que é pra me dizer o que fazer? - eu disse olhando pra cara dele.
-Devia ter te matado quando tive a chance - ele disse.
-Ótimo.
-Ótimo - repetiu.
Entrei no motor home com raiva.
-Pera aí, meu pai te obrigou? Não haja como se tivesse cinco anos, Scott. Três minutos.
-Por favor, Cléo, me perdoa.
-Não sou padre pra perdoar. Dois e quarenta.
-Eu precisava da grana, sério.
-Que desse a bunda na esquina, então. Seria de maior dignidade. Dois e vinte.
-Por favor, só uma chance.
-Por que precisa tanto que eu te perdoe? Dois minutos e quinze.
-Porque você é a garota mais linda e forte que eu já conheci.
-Ding, ding, ding, mais 400 libras por essa frase manjada de Facebook de auto-ajuda .Dois minutos.
-Esquece as 400 libras, eu to falando a verdade. Quando teu pai me ofereceu o dinheiro, eu não imaginei que fosse me apaixonar por você.
Levantei uma sobrancelha.
-Um minuto em cinquenta.
-Ok, tempos de crise exigem medidas extremas - ele se aproximou de mim e me beijou. Lutei contra no começo, mas acabei me envolvendo no beijo doce dele.
Cachinhos e Ryan tinham acabado de sair. Eu ainda estava irritada com Ryan, sério, a qualquer momento eu vou castrar aquele cara e não vai demorar muito. Liz estava na cama deitada e Logan cuidava dela. O resto estava por aí, e, na boa, não to muito interessada em saber.
Bufei e olhei pra minha bésta na mesa. Quer saber? O cu deles que eu vou ficar sentada aqui.
Eu sabia que eles iam até a casa do tio de Cachinhos, porque a maioria das farmácias foram saqueadas, e eles não querem arriscar entrar nas cidades e enfrentar zumbis a toa. Aí você vira pra mim e pergunta: por que a casa do tio de Cachinhos? (mentira, você não vai chamar ele de Cachinhos, porque né, com essa coisa do apocalipse eu tenho acesso a armas. Se não quiser uma bala na sua cara, melhor não chegar perto dele, só avisando) Porque o velho era hipocondríaco, o que significa que ele tem tipo, todos os remédios possíveis no quarto dele.
Peguei a minha parca, vesti e coloquei armas e munição nela. Peguei minha bésta e coloquei nas costas. Desci as escadas do motor home e subi na minha moto.
-Cléo Smith, onde você pensa que vai - Lucas perguntou, ignorei dando partida e indo para o norte
-Se manda daqui, Scott - eu disse depois do beijo.
-Qual é seu problema? - ele perguntou calmo ajeitando o meu cabelo, virei minha cabeça para o lado e levantei para abrir a porta.
-Confiança é como um espelho, Scott. Depois de quebrado, não adianta consertar.
-Mas você pode colocar a peça quebrada de volta e ele vai continuar refletindo a imagem.
-Ainda não passará de um espelho quebrado - abri a porta, ele me olhou e saiu. O olhar dele quase me fez ter pena dele.
Com a estrada limpa levei três horas para chegar. Me guiei pelo mapa que os dois marcaram e deixaram no motor home.
Quando cheguei no prostíbulo vi a Ranger sem ninguém dentro parada na porta. O-ou, isso não é um bom sinal. E eu me senti uma idiota falando "o-ou". Peguei a semiautomática na mão e abri a porta.
Um cara estava atrás de um balcão, junto com dois garotos de aparência igual, gêmeos. Ainda bem que eu não pareço com o Lucas, credo, me mataria se fosse igual a ele.
Mas espera aí: um cara e gêmeos. Ou isso é uma puta coincidência ou esse é o tio e os primos do Cachinhos. Levando em conta que os dois idiotas tão amarrados no palco, é, acho que é o tio de Cachinhos.
O lugar não era muito diferente de um prostíbulo de quinta qualquer. Luzes coloridas, bar de bebidas, mesas redondas, um palco com poste de polidance. Eu podia ver a imagem repugnante das prostitutas dançando para os pedófilos que frequentavam aquele lugar escroto.
- Mãos na mesa, os três, ou eu vou descarregar a minha semiautomática na cara de vocês. E, caras, vocês não tem noção na vontade que eu to de fazer isso.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!