Zombie's Hunters escrita por Nanda Farias


Capítulo 10
Hands in the table!


Notas iniciais do capítulo

1000 perdões pela demora, sério.



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            Narrador P.O.V.

            -Seus covardes de merda! - John esbravejava enquanto os zumbis avançavam lentamente para cima dele.

            A velocidade de um zumbi é questionável: depende muito da nutrição e da etapa da decomposição em que se encontram.

            Levando em conta a velocidade com que os zumbis avançam para John, estes não devem comer há dias, o que da a John um momento para pensar antes de morrer.

            John rasteja, procurando algo com que pudesse se salvar. Qualquer coisa serviria para aquelas coisas que um dia foram seres humanos.

            A velocidade com que os zumbis se movem, daria a seres humanos sem limitações tempo para correr, mas Cléo cortou os tornozelos de John, o que o impede de andar. John conforma-se em morrer. Uma morte digna, é bem melhor que uma morte estúpida. Ele se escora na parede e fecha os olhos. E é então que algo inesperado acontece.

            -Quem é você? - John pergunta para o homem de mais ou menos 1,80 parado na porta, com um revólver na mão, origem dos disparos que acabam de salvar a vida miserável de John.

            -Alguém com um inimigo em comum. Bem, no caso, inimiga. - sorri sarcástico e se dirige a John - Cléo tem uma maneira peculiar de matar as pessoas, não é? Ela prefere mil vezes arrumar alguém - chuta um zumbi - ou algo para fazer o serviço para ela - O homem ajuda John com os ferimentos.

            Cléo P.O.V.

            2 dias depois...

            -Respira e relaxa, Lucas - eu disse a ele em uma das nossas aulas de tiro. Eu e Ryan estávamos tentando ensinar a todo mundo.

            -Desculpa, mas é difícil com uma arma mortífera na minha mão - revirei os olhos.

            -Então faz de conta que é um daqueles brinquedos toscos de parque de diversões, vale um unicórnio fofo para Ísis - ele me fuzilou com os olhos.

            -Cale a boca, Cléo - sorri.

            -Faz logo, relaxa e mira. Respira - ele o fez, deu um passo para trás - atira - ele atirou e acertou na garrafa. Sorri - eu disse que não era difícil

            Lucas abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido por Ryan.

            -Cléo - ele chamou - Estamos com um probleminha com Carrie.

            -Como assim? - perguntei

            -Ela se recusa em pegar uma arma letal na mão, porque pode ferir um ser vivo e isso inclui as árvores e blá blá blá - revirei os olhos.

            -Deixa, quando acabar a comida en... - bocejei - ...latada ou aparecer um bando daquelas coisas, ela vai achar essas aulas lin...- bocejei de novo.

            -O que tem de errado com você? - Ryan perguntou - Você não dorme desde que aquele cara pegou você e Foster, e não adianta dizer que não porque eu te vi acordada.

            -Isso não é da sua conta, Bell.

            Olhei para o povo do outro lado, a tempo de ver Liz desmaiar. Corri para o lado deles, assim como Ryan e Lucas.

            -O que aconteceu? - perguntei, mas fui maravilhosamente ignorada.

            Josh chegou perto de Liz e checou a temperatura. Liz abriu os olhos devagar, fraca.

           

            Sentei na sala da casa de Ísis e coloquei Nirvana no último volume. Algo alcoólico iria bem, mas Ísis não bebe. Então peguei Toddynho mesmo. Que decadência, ficar bêbada de Toddynho é só para os fortes.

            Ouvi a campainha tocando. Pensei que fosse Lucas e abri a porta. Só que não era.

            -Que caralho você ta fazendo aqui?

            -Não foi difícil descobrir onde você mora - Scott disse sorrindo.

            -Não foi isso que eu te perguntei.

            -Quero falar com você.

            -Não tenho nada para falar com você.

            -Por favor, Cléo, me da cinco minutos, só cinco, e aí eu te dou o completo direito de não olhar nunca mais pra minha cara - bufei e abri a porta, o deixando passar.

            -Vou cronometrar.

            -Não posso ter completa certeza, mas meu palpite é anemia, se não for tratado logo, pode evoluir pra leucemia, e aí sim a gente se ferra - Josh disse a Logan.

            -Como você sabe disso? - perguntei

            -Eu tava no último ano de medicina.

            -Você tava estudando pra ser médico? Você? - Cachinhos perguntou, Josh sorriu.

            -Não era minha primeira escolha, mas meu pai me obrigou.

            -Mas você não tem 20? - Lucas perguntou.

            -E quatro - respondeu.

            -Ta, o que precisamos? - Ryan e seu corte rápido Tramontina.

            -Sulfato ferroso. E se acharem vitaminas, seria bom - Josh respondeu

            -A gente passou por uma cidade, lá atrás, a gente podia voltar lá e... - Logan foi interrompido por Ryan.

            -Você fica aqui - não disse? Corte rápido, Tramontina - Eu e Foster vamos.

            -O que? - quase gritei - Eu vou.

            -Eu também - Logan disse - ela é minha irmã.

            -Vocês ficam aqui. Foster ta melhor que muita gente atirando, além disso você precisa dormir - Ryan apontou pra mim - e você precisa cuidar da sua irmã - apontou para Logan.

            -Eu quero ir... - disse.

            -Não interessa, você fica e ponto - me cortou. A raiva subiu e eu dei um tapa em Ryan - TA LOUCA, GAROTA?

            -Quem você pensa que é pra me dizer o que fazer? - eu disse olhando pra cara dele.

            -Devia ter te matado quando tive a chance - ele disse.

            -Ótimo.

            -Ótimo - repetiu.

            Entrei no motor home com raiva.

            -Pera aí, meu pai te obrigou? Não haja como se tivesse cinco anos, Scott. Três minutos.

            -Por favor, Cléo, me perdoa.

            -Não sou padre pra perdoar. Dois e quarenta.

            -Eu precisava da grana, sério.

            -Que desse a bunda na esquina, então. Seria de maior dignidade. Dois e vinte.

            -Por favor, só uma chance.

            -Por que precisa tanto que eu te perdoe? Dois minutos e quinze.

            -Porque você é a garota mais linda e forte que eu já conheci.

            -Ding, ding, ding, mais 400 libras por essa frase manjada de Facebook de auto-ajuda .Dois minutos.

            -Esquece as 400 libras, eu to falando a verdade. Quando teu pai me ofereceu o dinheiro, eu não imaginei que fosse me apaixonar por você.

            Levantei uma sobrancelha.

            -Um minuto em cinquenta.

            -Ok, tempos de crise exigem medidas extremas - ele se aproximou de mim e me beijou. Lutei contra no começo, mas acabei me envolvendo no beijo doce dele.

            Cachinhos e Ryan tinham acabado de sair. Eu ainda estava irritada com Ryan, sério, a qualquer momento eu vou castrar aquele cara e não vai demorar muito. Liz estava na cama deitada e Logan cuidava dela. O resto estava por aí, e, na boa, não to muito interessada em saber.

            Bufei e olhei pra minha bésta na mesa. Quer saber? O cu deles que eu vou ficar sentada aqui.

            Eu sabia que eles iam até a casa do tio de Cachinhos, porque a maioria das farmácias foram saqueadas, e eles não querem arriscar entrar nas cidades e enfrentar zumbis a toa. Aí você vira pra mim e pergunta: por que a casa do tio de Cachinhos? (mentira, você não vai chamar ele de Cachinhos, porque né, com essa coisa do apocalipse eu tenho acesso a armas. Se não quiser uma bala na sua cara, melhor não chegar perto dele, só avisando) Porque o velho era hipocondríaco, o que significa que ele tem tipo, todos os remédios possíveis no quarto dele.

            Peguei a minha parca, vesti e coloquei armas e munição nela. Peguei minha bésta e coloquei nas costas. Desci as escadas do motor home e subi na minha moto.

            -Cléo Smith, onde você pensa que vai - Lucas perguntou, ignorei dando partida e indo para o norte

            -Se manda daqui, Scott - eu disse depois do beijo.

            -Qual é seu problema? - ele perguntou calmo ajeitando o meu cabelo, virei minha cabeça para o lado e levantei para abrir a porta.

            -Confiança é como um espelho, Scott. Depois de quebrado, não adianta consertar.

            -Mas você pode colocar a peça quebrada de volta e ele vai continuar refletindo a imagem.

            -Ainda não passará de um espelho quebrado - abri a porta, ele me olhou e saiu. O olhar dele quase me fez ter pena dele.

           

            Com a estrada limpa levei três horas para chegar. Me guiei pelo mapa que os dois marcaram e deixaram no motor home.

            Quando cheguei no prostíbulo vi a Ranger sem ninguém dentro parada na porta. O-ou, isso não é um bom sinal. E eu me senti uma idiota falando "o-ou". Peguei a semiautomática na mão e abri a porta.

            Um cara estava atrás de um balcão, junto com dois garotos de aparência igual, gêmeos. Ainda bem que eu não pareço com o Lucas, credo, me mataria se fosse igual a ele.

            Mas espera aí: um cara e gêmeos. Ou isso é uma puta coincidência ou esse é o tio e os primos do Cachinhos. Levando em conta que os dois idiotas tão amarrados no palco, é, acho que é o tio de Cachinhos.

            O lugar não era muito diferente de um prostíbulo de quinta qualquer. Luzes coloridas, bar de bebidas, mesas redondas, um palco com poste de polidance. Eu podia ver a imagem repugnante das prostitutas dançando para os pedófilos que frequentavam aquele lugar escroto.

            - Mãos na mesa, os três, ou eu vou descarregar a minha semiautomática na cara de vocês. E, caras, vocês não tem noção na vontade que eu to de fazer isso.


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