Zombie's Hunters escrita por Nanda Farias


Capítulo 1
She was bitten.


Notas iniciais do capítulo

Olá, primeiríssimo capítulo yey
Espero que gostem, quero dizer que os próximos serão melhores. A minha intenção é ambientar a fic em dois tempos diferentes, mas isso só irá acontecer lá pelo capítulo 3, também quero dizer que eu posso demorar um pouco para postar em razão da minha segunda fic que ta acabando, mas quando acabar irei postar com mais frequência.
ENfim é isso, vejo vocês nas finais xx



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            -Lucas, ela foi mordida, MORDIDA. Não faz sentido andarmos com ela por aí. Daqui a pouco ela apaga, ela vai morrer de qualquer jeito.

            -Eu sei Cléo, mas é a irmã de 5 anos da Ísis, ela vai entender quando chegar a hora. Se eu fosse mordido, a sua reação não seria diferente, bom, é o que eu espero, pelo menos.

            Bufei e caminhei até o motor home, jogando a minha mochila em qualquer canto. Fui até o motor, tentando ressuscitar a máquina. Aquele motor home, com as chaves dentro, era o melhor que tínhamos há dias, mesmo com os odores de decomposição humana no interior do veículo. Fazia uns 3 dias que a televisão desistiu de passar algo descente. Agora nem reprises do "Pica Pau" ou do "Bob Esponja" eles passam mais. Nenhum sinal de uma alma que não queira devorar nossos cérebros. Não sabemos mais o que é banho há tempos.

            O motor home serviria para Ísis e para Lucas, já que eu tenho a minha Harley, que, infelizmente, é incapaz de acomodar 3 pessoas de 20 anos e um projeto de zumbi de 5.

            -Hey, fica ligada que esse troço pode ter alarme - Lucas disse. O Lucas sempre foi o filho que todo mundo quer ter. As notas dele variavam de 9,5 a 10. Ele é o responsável, o sociável, o fofinho e blá, blá, blá. Tem 1,78 de altura, cabelos castanhos claros, bem curtinhos. Olhos castanhos, músculos definidos, seria bonito, se não fosse meu irmão. Ele era do time de basebol da faculdade. Ele era do tipo que as garotinhas se matavam para ficar com ele. Talvez ele fosse o único daquele time idiota que tinha ao menos um projeto de cérebro.  Ele estava na faculdade antes, acho que era engenharia, ou sei lá, coisa de nerd. Passou em primeiro lugar na faculdade federal.

            -Ta, eu sei o que eu to fazendo irmãozinho, vai vasculhar o interior pra ver se não acha nada .  - Já eu, o oposto.

            Meu cabelo é comprido, bate mais ou menos na metade das minhas costas. Castanho escuro, liso.Olhos verdes (herança da minha mãe), 1,70 de altura. Não sou uma aluna exemplar, nem fodendo. Odiava educação física com todas as minhas forças. Quando eu estava na escola, pagava alguém para fazer meus trabalhos. Eu era atriz. Meus pais me deserdaram assim que entrei pra academia de artes dramáticas. Meu pai disse que preferia ter uma filha morta que uma filha atriz, e, que se eu aparecesse grávida no mês seguinte, nem era pra eu bater na porta procurando ajuda. Mas Lucas nunca me deixou. Mentia (pela primeira vez na vida) que tinha algum trabalho na faculdade para ir me ver no flat que eu dividia com a Ísis. Talvez, só talvez, ele fosse mais pra ver a Ísis do que pra me ver.

            A Ísis é mais parecida com o meu irmão, psicologicamente falando. Loira, cabelos ondulados, 1,75 de altura. Ela é a garota mais romântica e otimista que eu conheço. A gente não é nada parecida. Nada mesmo. Enquanto eu escuto rock clássico e assistia, vejam que ironia, filmes de zumbis, ela ouvia pop e assistia filmes de drama. Ela fazia faculdade de publicidade. Ama desenhar. Nos conhecemos desde a pré-escola. Mas somos amigas desde a 1ª série. Isso porque no pré a gente se odiava. A Ísis é meio louquinha, apesar de ser romântica.  E ciumenta. Na pré-escola ela me viu conversando com o garoto que ela tinha uma paixonite. Enquanto elas brincavam com as Barbies fadas delas, e eu com minha figura de ação do "Capitão América", ela me derrubou do muro. E foi aí que eu pensei que ela era foda e que merecia a minha amizade. Hoje ela é mais minha irmã do que minha amiga.

            Parei ao ouvir o choro alto da Ísis.  Minha vontade era mandá-la chorar mais baixo, se não ia acabar atraindo mais daqueles bichos. Mas esse não é o tipo de coisa que ela faria se fosse comigo. Provavelmente se a situação acontecesse comigo, ela choraria também e me abraçaria cantando uma musiquinha e me enchendo de palavras bonitas para me acalmar.

            -Cléo, vem ver isso aqui, a gente acaba de tirar a sorte grande com esse motor home. Acho que esse cara se preparava para um apocalipse zumbi há anos - Lucas disse dentro do motor home.

            -É comida? To indo - Minha barriga roncava. Minha última "refeição" foi feijão enlatado, que dividi com Lucas, Ísis e a pequena Johanna. -Puta. Que. Pariu -foi só o que eu consegui dizer mediante o armário de armas. Dentro havia algumas semi automáticas, duas 38. Uma bésta, bem melhor que a minha, com flechas e uma Katana. Me deu vontade de rir quando eu vi a Katana. Porque, desde que comecei a ler os quadrinhos de The Walking Dead, meu sonho é ser a Michonne. Além de um kit completo de machadinhas.

            -Já pode ir caçar com flechas limpas - ele disse, me dando um tapinha no ombro - Os armários estão cheios de enlatados, que podem tranquilamente, abastecer nós três por um mês. Sorri. Ele olhou para Ísis, chorando com Johanna, que acabou de apagar, nos braços - É melhor ir falar com Ísis, ela é sua melhor amiga, e é o que ela faria se quem estivesse sofrendo fosse você.

            Ele estava certo. Assenti e peguei uma das 38 no armário. E desci até o outro lado da rodovia.

            -Is, olha, eu sei que isso é difícil...É...Bem, tu me conhece há quinze anos, deve saber que eu sou uma bosta com palavras, e que eu não sei dar conselhos e... - Suspirei - Eu sinto muito. Desculpe, é o meu melhor, se fosse eu nessa situação, garanto que você saberia o que dizer. Eu sei que "sinto muito" não adianta em nada - ela estendeu a mão pra 38, na minha mão.

            -E-eu quero fazer.

            -Is...Você não precisa...

            -Não, Cléo, ela é minha irmã. Se ela ta assim é porque eu deixei, é porque eu sou frouxa demais.

            -Mas Is...

            -Sem mais Cléo, eu quero e fim - suspirei e a entreguei a 38.

            -Não é pra fazer  besteira, ok Julieta? - ela sorriu. Sempre a chamei de Julieta, porque ela me parece tão romântica quanto a personagem da tragédia do Willian Sheakespiere - Você precisa destravar aqui antes de apertar o gatilho ok? - eu disse a ela, ela assentiu.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? O que vocês acham que vai acontecer nos próximos capítulos? Bom, quero reviews ok?
XOXO



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