Eu acabei de sair de escola, e posso dizer que não foi um dos melhores dias que já tive, eram muitas pessoas e todas elas tinha problemas especiais, mas nem todas eram ruins em tudo como eu, alguns se destacavam em matemática, outros em inglês, outros em literatura ou até mesmo educação física, mas ao contrario deles eu era ruim em tudo, matemática era um desafio, inglês, uma língua diferente e educação física pra mim pode ser a única que me dou bem mas, ter de estuda-la já é abuso.
Além de tudo isso, haviam as pessoas, e em como todas as escolas as panelinhas, tinham as patricinhas, os atletas, os normais, os mais deslocados que a maioria e aqueles que eram inteligentes demais para estar em escolar especiais.
Isso tudo era um problema, não as panelinhas ou minha falta de aptidão mas, as pessoas que faziam parte das panelinhas principais, que eram a dos atletas e das patricinhas, e a zombaria que eles faziam em relação a mim e meus problemas,
Na aula de português eu me sentei no fundo da sala, justamente para não ser perturbada, até que o bendito do professor repara em mim e pede para que eu de continuidade no texto , e isso não deveria ser problema mas, tendo dislexia e déficit de atenção se torna um problema, não conseguia ler, as letras saltavam do caderno, até hoje não sei como consegui aprender inglês, isso foi uma dádiva só pode ser.
Logo no primeiro dia de aula isso acontece comigo, pessoas que nem me conhecem me julgam e me dão apelidos, falam mal de mim e eu só fico quieta na minha.
Agora a única coisa que eu queria era esquecer esse dia que já estava horrível e nem tinha começado direito, e chegar em casa sem machucados, afinal eu ainda teria que tocar no casamento e tentar descobrir que coisa era essa no meu pulso.
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Chegando em casa depois de desviar de uma multidão de pessoas que ocupava as ruas de NY ,coloquei minha mochila no balcão da cozinha e fui fazer algo para comer, até que minha mãe aparece na sala e parece estar preocupada, e quando minha mãe estava preocupada não é nada bom, ela só fica assim quando algo está indo errado.
–O que houve mãe? - eu disse já ficando com medo da resposta.
–Não filha, não é nada é só esse casamento que está me perturbando, mas e ai como foi seu primeiro dia de aula na escola nova?- ela disse se sentando no banco em frente ao balcão e me encarando com aqueles lindos olhos azuis que ela tinha.
–Foi normal - disse indiferente, já que ele realmente foi algo que eu estava acostumada, tirando a falta dos meus amigos.
–Me desculpe filha, eu sei que você não queria isso, mas logo logo você entenderá- eu já estava de saco cheio dessa fala, já não sei quantas vezes ouvi isso e nunca nada mudou em minha vida, ela sempre estava ou do mesmo jeito ou pior.
–Mãe você já me disse isso incontáveis vezes, e eu já estou cansada de ouvir a mesma coisa sempre, não tem como você prever o futuro. -bufei e virei para o lado novamente, e senti que ela suspirou.
–Filha, só confie em mim tudo bem ?- disse com uma voz um tanto triste.
Estava prestes a falar novamente com ela novamente, quando ouso a campainha tocar, olho para minha mãe e vou até a porta e a abro, quando faço isso me deparo com um carteiro que me parece familiar, ele tem olhos azuis um pouco mais escuros do que os de minha mãe e seus cabelos são de um loiro indefinido, muito bonito, ele está com um pacote em mãos e o estende em minha direção.
–Uma entrega para Carmen Acisum.- Ele diz sorrindo.
–Ah.. obrigada-disse pegando o pacote.
–Assine aqui- ele disse estendendo um papel para que eu assinasse-Foi um prazer vê-la novamente- disse me olhando com ternura e depois desviando o olhar para minha mãe - E você continua linda como sempre-disse por final se afastando.
Eu só fiquei na porta parada sem saber o que fazer, como aquele estranho já tinha me visto ou até mesmo visto minha própria mãe? Sério porque meus dias tem que sempre ser confusos desse jeito, são tantas perguntas sem resposta.
Acabei por fechar a porta e olhar minha mãe que parecia ter visto um fantasma de tão branca que estava.
– Mãe o que foi isso??-Minha mãe apenas olho para baixo parecendo organiza os pensamentos e logo se vira para mim.
–Nada, só um velho conhecido-disse já recuperando sua cor normal - mas deixe isso para lá e abra a caixa vou ficar curiosa desse jeito.
Com tudo isso já havia me esquecido de que tinha recebido essa caixa, logo vencida pela curiosidade sentei ao lado de minha mãe e abri a caixa, dentro se encontrava um vestido ele era branco com ausa e bem larguinho, tinha uma estampa floral com cores diferentes em cada flor.
E além disso uma pequena pulseira se encontrava no fundo da caixa ela era dourada e possuía uma placa escrita sol e do outro lado dessa placa música, era linda a pulseira e brilhava parecendo recém fabricada.
–Mãe quem é que me enviou isso?
–Creio que foi a firma, e falando nisso vamos nos arrumar que demos de chegar lá em, pelo menos, uma hora de antecedência para arrumar as coisas. - Disse ela já se levantando e indo pelo corredor ao seu quarto.- NÃO DEMORA, VIU ?!
–Okay!- respondi gritando e indo ao banheiro tomar um banho bem rápido.
Quando saí do banho, já estava pronta, meu cabelo loiro-escuro estava preso em um coque de lado, meus olhos estavam pintados com uma sombra clara, o que fazia com que a atenção não fosse apenas para meu olho azul claro, e meus lábios estavam com um gloss, eu sinceramente preferia ir com o cabelo souto e sem maquiagem mas minha mãe insiste em que eu coloque pelo menos isso para um casamento(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=85266955&.locale=pt-br ).
Agora só faltava uma coisa, que era pegar a partitura da música para treinar, então fui ao meu quarto a procura da mesma, e foi bem fácil achar pois ela estava perto de meu celular e eu não podia esquece-lo também, então peguei os dois e me dirigi a janela para fecha-la, quando cheguei lá vi James observando a rua com a expressão fechada como se algo de ruim estivesse acontecendo.
Percebi que deveria parar de ficar o encarando e fechar logo a janela, eu já estava atrasada e minha mãe estava apenas me esperando, então fechei a porta e me dirigi até ela.
–Mãe, você está linda, queria ter puxado definitivamente seu cabelo castanho escuro!
–Minha filha, você esta igualmente linda, e seu cabelo combina perfeitamente com você- ela disse sorrindo.
–Obrigada mãe agora vamos, se não mais uma vez vamos nos atrasar-disse já me dirigindo a porta.
–Só uma coisa filha, - ela se dirige em minha direção e me abrasa apertado - em todas as circunstancias eu te amo, sempre lembre disso.
–Eu também mãe mas, o que foi isso ??
–Nada, só quero que saiba, agora vamos, já estamos mais que atrasadas.
Com isso fomos eu e minha mãe para o casamento, pegamos um táxi e chegamos lá em meia hora, o lugar era lindo, onde um gramado verde se estendia por toda a parte e cadeiras de madeira eram montadas para os convidados se sentarem, o altar era todo em madeira também e possuía diversas flores em toda a sua extensão, ao lado do altar haviam dois palcos um de cada lado onde em um haveria uma dança ao final da cerimonia e no outro os instrumentos foram postos.
Era tudo realmente lindo, e além disso tudo, haviam outros locais com comidas e bebidas, tudo muito bem planejado.
Fui direto para o palco onde haviam os instrumentos, peguei o violão e comecei a toca-lo, só para praticar, e automaticamente me desligava do mundo a minha volta.