A Filha Dos Deuses. escrita por FehSato


Capítulo 2
Cap.2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, está meio difícil de escrever porque tenho provas então alguns capítulos podem demorar para eu postas.



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Victória – II

Não me lembro de ter adormecido, só lembro-me de meu sonho. Eu estava num lugar sem nada – um deserto – estava escuro e não via nada. Quando uma voz falou em minha cabeça “Se você não cooperar com a gente, ele desaparece.” Um homem com as mãos amarradas e ajoelhado, parecia fraco. Devia ter 40 anos, teus cabelos escuros estavam bagunçados e seus olhos verdes me pediam socorro. Entendi o que estava acontecendo. O homem amarrado era Poseidon, deus dos mares, por isso estava em um deserto. Um rosto veio em minha direção e acordei com um sobressalto. Estava suando. Thalia já estava se arrumando para a escola.

    – Ah, você acordou! – Falou quase como um sussurro. – Não quis te acordar, você estava dormindo tão profundo que senti pena de te acordar.

 Fiquei olhando-a assustada. Ela viu que eu estava apavorada e parou de se arrumar e veio até mim, tentando me acalmar.

 – O que aconteceu Vic? – perguntou preocupada. – Você está suando e sua pele está mais pálida que o normal.

 Continuei olhando-a assustada antes de responder.

 – Tive um sonho, não, um pesadelo. – respondi com voz desesperada.

 Contei-lhe sobre meu sonho com o deus dos mares. Thalia prestou atenção, mas se assustou ao saber que ele estava preso. Ela me mandou me arrumar para a escola. Peguei uma roupa que ela tinha separado para mim e entrei no banheiro. Enquanto estava lá entro, pude ouvi-la discutir com alguém.  Quando estava pronta saí do banheiro e Thalia desligou o celular na cara a pessoa.

 – Bom, está pronta, então vamos – falou saindo apressadamente do quarto.

 A segui e fomos para a cozinha, tomamos o café em silêncio. Fomos ao carro e em pouco tempo estávamos na escola. Annabeth estava parada em frente à escola. Quando nos viu veio em nossa direção. Cumprimentou-me com um sorriso na frente e olhou para Thalia. Seu sorriso desapareceu. Pediu-me para ficar esperando e foi falar com Thalia num canto.  Estava prestando atenção nelas que nem vi Percy e Nico chegando. Nico cumprimentou-me com um beijo na bochecha e Percy me abraçou. Ficamos nos olhando ainda abraçados. Seus olhos verdes estavam tão bonitos. Só paramos de nos olhar quando Thalia os chamou para a conversa.

 Fiquei os olhando até que o sinal tocou, fui chama-los e ouvi sobre o que conversavam: o meu sonho. Os chamei só que me falaram para eu entrar primeiro.  Os olhos de Percy estavam com lagrimas. Fiquei imaginando porque meu sonho era tão importante, tudo bem que era sobre o deus dos mares estar preso, mas ele não existe.

 Fui para a sala de aula. Jason, irmão de Thalia e Piper, sua namorada estavam sentados no fundo da sala. Perguntei o que faziam ali, e Jason me respondeu que era hora de voltar a estudar. O professor Burns entrou na sala com Annabeth, Thalia, Percy e Nico. Seus olhos olharam para todos na sala e pararam em mim. Os olhos de Percy estavam vermelhos de chorar. Senti pena de Percy. Não sabia o porquê de ele estar chorando, mas não gostava de vê-lo assim. Eles se sentaram e começamos a aula.

 Na hora do lanche, Percy e Annabeth foram conversar. Eu já sabia do que se tratava. Senti pena de Annabeth. Quando terminaram de conversar, Percy foi falar com Nico e Annabeth veio até Thalia e eu.

 – O que aconteceu Annabeth? – perguntou Thalia inocentemente.

 Annabeth começou a chorar, não conseguia vê-la assim. Pedi desculpas a Thalia e saí. Estava andando pelo jardim distraído quando alguma coisa me agarrou e me levou para o alto. Comecei a gritar de dor. Aquela coisa havia arranhado minhas costas. Percy viu o que estava acontecendo e chamou a todos, inclusive Jason e Piper que estavam sentados num banco. Thalia sacou um arco e flecha que apareceu magicamente em suas costas. Disparou a flecha em nossa direção. A flecha passou por mim e acertou a coisa. Ela me largou e comecei a cair. Não foi o plano mais inteligente. Mas eles sabiam o que fazer, porque Jason literalmente voou e me pegou em seu colo. Pude ver o que havia me agarrado. Ela tinha corpo de humano, mas era escura. Seu corpo era estranho e com asas. Sua cabeça era careca e seus dentes afiados. A criatura levava uma chuva de flechas de Thalia e quando finalmente caiu, Percy sacou uma espada e enfiou em seu coração, fazendo-a virar pó. A dor nas minhas costas era tanta, que desmaiei nos braços de Jason.

 Quando acordei estava em uma vã, indo para algum lugar. Estava deitada no fundo da vã com a cabeça no colo de Percy. Ele viu que eu havia acordado e sorriu, depois gritou que eu havia acordado.

 Levantei e todos me olhavam, menos Thalia que estava dirigindo.

 – Finalmente você acordou – Annabeth que estava no banco da gente me abraçou. – Estava preocupada. Você dormiu por dois dias. Iriamos te acordar para você viajar, mas você não abria os olhos. Graças a deus você está bem.

 Eu dormi por dois dias? Isso é impossível. Olhei pela janela e vi que estávamos em um bosque.

 – Onde estamos indo? – perguntei com a voz sonolenta

 – Vamos ao Acampamento Meio-Sangue. – respondeu Piper.

 Acampamento Meio-Sangue, esse nome não me é estranho. Concentrei-me para me lembrar de onde ouvi esse nome. Lembrei nas aulas de mitologia grega.

 – Meio-Sangue? – formulava a resposta em minha cabeça. – Não são as pessoas metade humanas metade deuses?

 – Sim, isso que é meio-sangue – Annabeth parecia saber muito disso. – Ou podemos chama-los também de semideuses.

 Percy viu minha cara de confusa e riu baixinho e me explicou:

 – Sabe nas aulas de mitologia grega, sobre os deuses olimpianos e essas coisas? – fiz sim com a cabeça – bem eles existem, e somos seus filhos com mortais.

 Olhei um por um, imaginando que eles são metade deuses. Fiquei mais assustada do que já estava. Comecei a me afastar de Percy.  Ele viu meu olhar assustado e logo explicou.

 – Não precisa ter medo – ele disse abrindo um sorriso. – Não vamos te machucar. Sou filho de Poseidon, deus dos mares.

 Lembrei-me do meu sonho e de Percy chorando ao saber que ele estava preso. Agora fazia sentido, era seu pai.

 – Sou filha de Atena, deusa da sabedoria – disse Annabeth com um sorriso. – Piper é filha de Afrodite, deusa do amor, Nico é filho de Hades, deus dos mortos.

 Ela olhou para Jason e pediu para se apresentar. Ele o fez, mas não entendi porque ela pediu isso.

 – Bem, Thalia e eu somos filhos de Zeus, deus dos céus. Mas não da mesma forma.

 – Mesma forma?  - perguntei curiosa. Agora não sentia mais medo deles. – Como assim?

 Thalia parou em um sinal e me explicou

 – Jason é filho da forma romana de Zeus e eu da grega.

 – Mas não tem diferença?

 – Tem uma, você sabe da historia do Império Romano, não é? – fiz sim com a cabeça. Bom, durante o Império Romano os deuses tiveram que mudar sua aparência e sua personalidade. Então quando os gregos dominavam eles mudaram de novo, para  a sua forma grega atual.

 – Mas então os semideuses romanos e gregos não deveriam se odiar?

 – Até algum tempo atrás, um não sabia da existência do outro. – Nico me explicou calmamente. – Durante a profecia dos sete, Percy e Jason trocaram de acampamento. Percy foi para o Acampamento romano, chamado de Acampamento Júpiter e Jason veio para o acampamento grego, o Acampamento Meio-Sangue. Unimos os dois acampamentos para derrotar Gaia e aprendemos a conviver entre nós.

 Iria perguntar onde era esse acampamento romano, mas Thalia parou a vã e avisou que havíamos chegado. Subimos o morro e uma coisa bloqueou minha vista. Percy o chamou e pude ver o que era. O dragão de quase 12 metros de altura estava pulando enquanto nos via. Sua pele cobre brilhava a luz do dia. Ele estava em frente a um pinheiro com o Velocímetro de Ouro. Lá embaixo, o Acampamento Meio-Sangue era incrível – campos verdes, uma floresta, construções gregas, brancas e brilhantes. Havia uma casa de quatro andares que se erguia com imponência no meio de campos de morangos. Ao norte além da praia, o Estreito de Long Island cintilava à luz do sol.

 Descemos para o vale e encontramos uma sessão de verão em plena atividade. Homens metade bode, que reconheci das aulas de mitologia que são chamados de sátiros, tocavam suas flautas nos campos de morango, fazendo com que as plantas crescessem com a magia silvestre. Os campistas estavam sobrevoando os bosques com cavalos de asas, pégasos. Imaginei se teria um. Uma fumaça se erguia de forjas e os martelos retiniam enquanto alguns garotos faziam suas próprias armas. Equipes disputavam o que parecia ser uma corrida, só que de carruagens numa pista, e mais além, num lago de canoagem, alguns garotos em uma trirreme grega lutavam contra uma grande serpente do mar laranja. Um acampamento nada normal.

 Fomos em direção à casa azul de quatro andares.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Reviews por favor *-*