Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 3
Capítulo 3 - Weasleys


Notas iniciais do capítulo

Gente, por favor me digam qual casal vocês preferem: Harry/Hermione ou Ron/Hermione. É crucial para como a fic vai continuar. Esse capítulo ficou beeeem maior, mas ficou bem legal. Espero que gostem.

Bjs.

Sarah M. Adams



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“Quem visse a cena não acreditaria. Sarah Adams, voando para fugir de Voldemort, num bairro em chamas, em meio a um céu de fumaça numa noite de natal.”


 


A Fletcher de Sarah disparou no céu a uma velocidade inacreditável tamanha era a sua pressa. Provavelmente nem mesmo uma Firebolt conseguiria ultrapassá-la. Sarah viu com alívio que Voldemort estava ficando para trás. Assim que conseguiu se distanciar uns dez metros dele, deu meia volta e lançou uma bola de fogo na direção do jato de fumaça. O jato foi atingido e Voldemort caiu. No mesmo instante de sua queda Sarah deu um mergulho para o chão. Porém, antes de Voldemort atingir o chão, a fumaça sumiu com um estalo.


 


Deve ter aparatado. Covarde! – Pensava Sarah, enquanto se desviava do chão e voltava para o alto, indo em direção ao seu irmão, que batalhava com um comensal ainda encapuzado. Porém outros três comensais a distraíram no caminho.


 


Os comensais pareceram notar a falta de Voldemort e estavam todos aparatando. Jonh estava em frente à casa dos Ween, pairando em sua Stronger 2007 (N/A: mais uma vassoura: a Stronger é a vassoura mais resistente que já existiu. É preciso bem mais do que um simples feitiço para tirar uma lasquinha de madeira que fosse. Por ser a prova de fogo, é ideal para quem treina dragões. A sua única desvantagem é que ela não chega a alcançar mais que 100 km por hora.) a poucos metros do chão.


 


-Estupefaça! – Gritou Jonh. O comensal mascarado se defendeu com um feitiço mudo. – Ebráima! (N/A: feitiço usado para fazer o atingido escorregar e ao cair no chão sentir seu corpo muito pesado para se levantar.)


 


-Protego!


 


Eu conheço essa voz. Pensou Jonh. Hora de saber se estou certo. Com um aceno de mão, Jonh tirou a máscara de metal do comensal.


 


-Olá, Malfoy.


 


-Bom te ver, Jonh.


 


-Pena não poder dizer o mesmo. Enlá...!


 


-Estupefaça! – Jonh caiu da vassoura com o choque e bateu com a nuca na calçada, ficando inconsciente.


 


Helen, que estava por perto resgatando os vizinhos, ao ver a cena saiu correndo na direção do marido, passando o bebê que carregava no colo para Julia.


 


-NÃO! – Ela gritou, montando em sua Nimbus 2005 e indo na direção de Lúcio Malfoy.


Lúcio se aproximou de Jonh e chutou seu rosto.


 


-Crucio! Isso vai doer mais tarde quando você acordar Jonh. Isso é, se você acordar. – Ele sussurrou se abaixando na direção de Jonh. Quando se levantou e se virou foi atingido com um soco que provavelmente quebrou seu nariz. (N/A: aproveitei a idéia do soco que o Draco tomou da Hermione no terceiro ano e a reutilizei. Tal pai tal filho.)


 


-TIRA AS PATAS DO MEU MARIDO SEU DESGRAÇADO! – disse Helen, que depois de o atingir deu-lhe uma bela joelhada vocês sabem onde. – Enlácio! – O feitiço acertou em cheio Malfoy, que caiu inconsciente e amarrado ao lado de Jonh.


 


Sarah, que com muito custo e depois de ter tomado dois Crucios no peito tinha conseguido Enlaciar os três comensais, se aproximou de Helen, que estava ajoelhada ao lado de Jonh, sua vassoura jogada de qualquer jeito no chão.


 


-O que aconteceu? – Helen apontou para Malfoy. - O que ele fez?


 


-Estuporou ele, eu acho. Ele deve ter batido a cabeça com a queda. – Disse Helen examinando o marido e tentando levantá-lo. – Temos que levá-lo para casa.


 


Sarah olhou bem para o nº 13 da Rua Áurea, agora em chamas e destroços.


 


-Não podemos... – Disse por fim.


 


-O que vamos fazer? – Perguntou Helen.


 


-Eles estão indo embora, disse Sarah se referindo aos comensais, ainda pairando no ar. Vou checar quais são as ordens. Me espere aqui. (N/A: só pra constar, esqueci de mencionar que a Ordem de Merlin tem um líder e um sub-líder, mais conhecidos como alfa e beta, que nesse caso são alfa: Paul e beta: Jack.)


 


Sarah voou na direção da casa dos Pit e viu que sua mãe ainda estava inconsciente no chão. Esse é um bom motivo para pousar. Pousou suavemente e se aproximou da mãe. Se ajoelhando ao seu lado, checou seu pulso e com alívio viu que ela ainda estava viva, porém seu batimento estava muito fraco.


 


-Sarah. – Raymond a chamou. – Está tudo bem, acabou. Eles se foram. Está na hora de limpar a bagunça. – Sarah se levantou e viu que atrás de Raymond estavam: Julia, ainda carregando o bebê loiro e de olhinhos verdes assustados que Helen tinha entregado a ela, Jack, Joey e Eleonora. Sarah se sentia cansada e com dores no corpo, afinal depois de uns quatro crucios no peito não tem quem não se sinta assim, mas se forçou a acompanhar os Adams ainda de pé para “limpar a bagunça”. (N/A: “limpar a bagunça” para os Adams quer dizer apagar o fogo, procurar sobreviventes, entrar em contato com o Ministério e entregar os comensais capturados para os agentes de Azkaban. Só o básico, né?)


 


Os Adams foram para o meio da praça e se afastaram de Jack e Joey, que deram as mãos e fecharam os olhos, se concentrando. Em poucos segundos, começou a nevar. Mesmo sendo inverno, nessa noite de natal não tinha nevado, até agora.


 


Isso é lindo. – Pensou Sarah, olhando pro céu. Mesmo o seu poder sendo o fogo, ela amava a neve e o frio. Irônico, não? – Se o céu não estivesse negro e a vizinhança não estivesse em chamas, seria perfeito.


 


-Sarah? – Jack chamou, abrindo os olhos mas ainda olhando para o céu. – Você consegue derreter a neve a uns cinco metros antes de atingir o chão?


 


-Acho que sim. – Disse ela, se aproximando dos dois. Ela abriu os braços e inspirou fundo, seus olhos em chamas novamente. De repente a neve que caía passou a se transformar em chuva, a alguns metros do chão. E pouco a pouco, neve e chuva apagaram o fogo da cidade. Dentro de uns cinco minutos, só sobraram cinzas. Nesse exato momento, um grande grupo de pessoas aparatou bem ao lado dos Adams, que instintivamente apontaram suas varinhas para eles.


 


Ótimo. Agentes do Ministério da Magia. Desculpa galera, mas o show já acabou. Por que será que eles só chegam quando nós já acabamos o serviço? – Pensou Sarah, abaixando sua varinha ao reconhecer Cornélio Fudge, Emílio Bask (N/A: criei esse personagem, digamos que ele é o futuro sucessor de Fudge e braço direito dele.) e Marta Elizabeth Markson, sua tia e a mais nova diretora geral do Ministério da Magia. Junto deles estavam dois ruivos que ela nunca tinha visto e um rosto que só vira nos jornais: Sirius Black. A penúltima edição do Profeta Diário tinha uma foto dele e a manchete: Ministério decreta a inocência de Sirius Black.


 


-Vejo que fizeram um excelente trabalho por aqui. – Disse Fudge, sorrindo e olhando em volta. – Pena que não conseguiram impedir o incêndio.


 


-Me perdoe por ter que dizer isso Cornélio, mas não é exatamente fácil impedir dezenas de comensais da morte de incendiarem o bairro. E olhe que nós somos rápidos. – Disse Eleonora, claramente reclamando da demora do Ministério.


 


-Pensamos que a Christine fosse prever algo essa noite. Ela pode ver o futuro, não pode? – Emílio disse, com sua voz grave.


 


-As visões da Christine são focadas naquilo que ela tenta ver. Como ela ia imaginar que sofreríamos um ataque hoje? – Jack disse, claramente irritado.


 


-Não é hora de discutir sobre isso. – Julia disse. – Então, elas chegaram bem ao Ministério?


 


-Sim, estão todas bem e em segurança. – Disse Cornélio. – E quanto aos outros Adams?


 


-Jonh foi estuporado, caiu da vassoura e bateu a cabeça, a Helen está cuidando dele em frente à casa dos Ween. Minha mãe está inconsciente na frente da casa dos Pitt e eu não vi meu pai até agora. – Disse Sarah.


 


Cornélio pareceu surpreso em vê-la.


 


-Então, você é Sarah, estou certo?


 


-Sim.


 


-E você entrou mesmo para a Ordem de Merlin?


 


-Entrei, e se não se importar, minha mãe e meu irmão estão morrendo enquanto conversamos então se puder ajudar eu agradeceria.


 


-Nós vamos ajudar. – Disse o ruivo mais velho. – Sirius vai aparatar com os comensais que vocês capturaram para Azkaban e eu com os feridos para o St. Mungus.


 


-E você é...? – Perguntou Joey.


 


-Arthur Weasley. – disse ele cumprimentando a todos com um aperto de mão. – Eu era do Departamento de Assuntos Trouxas, mas fui transferido para o Departamento de Ordens essa semana. (N/A: mais uma criação minha. O Departamento de Ordens se responsabiliza por todas as Ordens, como a Ordem da fênix e a Ordem de Merlin.)


 


-E eu sou Sirius Black, mas vocês já devem saber. – Disse Sirius, também cumprimentando todos. – Sou o mais novo membro do Ministério da Magia, estou trabalhando como auror.


 


-Ótimo, ótimo! – Disse Marta, apressando a conversa. – E esse é Percy Weasley, filho de Arthur e secretário de Fudge. (N/A: não sei bem o que Percy é no Ministério, então vou colocá-lo como secretário) Quanto a mim, vocês já conhecem.


 


-Fico impressionado de ver o quão simpática você é, minha irmã. – Disse Joey, sarcástico.


 


-Há-há. Estou morrendo de rir. – Disse Marta sem expressão. – Vamos, movam-se!


 


-Ela é quem está precisando se mover. Deve ter engordado mais uns cinco quilos desde a última vez que a vimos. – Sussurrou Eleonora no ouvido de Sarah, fazendo-a rir.


 


Joey e Jack foram ajudar Sirius a aparatar com os comensais capturados, enquanto Eleonora e Julia relatavam a história para Fudge.


 


-Vou procurar seu pai. Tinha visto ele na rua de trás. – Disse Raymond para Sarah, antes de sumir em meio à fumaça.


 


-Então... quer ajuda com os feridos? – Perguntou Sarah à Arthur. Ela se sentia cansada, com dores no corpo todo e estava toda molhada, mas ainda assim queria ajudar.


 


-Você não acha melhor ir direto para o St. Mungus, não?


 


Sarah riu com o olhar preocupado que o Sr. Weasley lhe lançou. Ela devia estar mesmo um lixo.


 


-Acho que eu consigo ajudar um pouco.


 


Eles caminharam na direção de Helen e Jonh.


-Curate! Clean! Curate! – Helen desinfetava e curava os machucados de Jonh com feitiços.


 


-Pelas meias furadas de Merlin! Você conseguiu pegar Lúcio Malfoy! – Se espantou o Sr. Weasley. – O Ministério tenta pegá-lo há anos!


 


-Ele mexeu com o meu marido. – Explicou Helen.


 


-Como ele está? – Perguntou Sarah.


 


-Me parece melhor. Mas ainda não acordou.


 


-Vou levá-lo ao St. Mungus e já volto. Procurem por mais feridos na minha ausência. – disse o Sr. Weasley.


 


Helen e Sarah confirmaram com a cabeça. O Sr. Weasley segurou a mão de Jonh e sumiu num segundo.


 


-Helen... – Sarah chamou, quase sem voz pelo cansaço. – Minha mãe... os Ween... ela está fraca... vá... lá... – Disse poucos antes de desmaiar de cansaço, largando sua vassoura e varinha no chão.


 


-É... parece que não vou ter que ir muito longe para encontrar feridos. – Disse Helen, pegando no ombro de Sarah e sua vassoura e varinha com a outra mão. – Você conseguiu Sarah. Bom trabalho.


 


E dizendo isso aparatou com ela para o St. Mungus.


 


 


25 de dezembro. Hospital St. Mungus, quarto 202. 09:32


 


Sarah abriu os olhos devagar. Estava se sentindo muito melhor que na noite passada. Ou retrasada? Ou da semana passada? Não fazia idéia. Não sabia onde estava nem por quanto tempo ficou lá. Ao olhar para o teto claro do quarto e aspirar o cheiro de desinfetante e água sanitária se deu conta de que estava numa cama de hospital. Se sentou devagar, ainda sentindo muita dor no peito. Ela estava num dos quartos particulares do St. Mungus, que tinha uma cama, uma TV (N/A: sim, meus bruxos vêem TV, porém a televisão deles é bem mais moderna que a nossa. É mais fina que uma TV de plasma, mais leve que um livro, a moldura muda de cor de acordo com o ambiente em que se encontra, ela não precisa de suporte, pois fica flutuando onde você a larga e liga, desliga, muda de canal, aumenta ou abaixa o volume e etc. com o controle da mente. Obs: ai como eu queria ter uma dessas. Suspiro.) uma mesinha de canto com um telefone e um sofá de dois lugares para visitantes. Ela levantou e entrou no banheiro do quarto. Tomou um demorado banho, escovou os dentes, penteou o cabelo e se vestiu com sua roupa que alguém deixou no banco do banheiro: calça jeans escura, camiseta pólo preta e tênis. Assim que voltou para o quarto o telefone que estava na mesa de cabeceira tocou.


 


-Alô? – Ela atendeu.


 


-Oi Sarah, bom dia. – A voz da vovó Adams era inconfundível. – O chuveiro desse lugar é mesmo o máximo, não é?


 


-Como sabe que eu já tomei banho?


 


-Estou lendo sua mente desde ontem antes da batalha.


 


-Mas vó...! – Sarah ia protestar.


 


-Seu pai me pediu. Ah! E aliás, valeu por mandar brasa no Voldemort. Foi melhor do que se você o tivesse estuporado.


 


-Hahaha, valeu vó. Mas, como estão todos? Onde estão? Tem mais alguém aqui no St. Mungus? E o meu irmão? Acharam meu pai?


 


-Calma, Sarah! Eu, a Christine, a Ana e a Mary estamos bem, conseguimos sair por pó de flu em dois minutos. Sei irmão ainda está inconsciente porque bateu a nuca muito forte na calçada da rua. Mas não se preocupe, ela está sonhando com dragões brancos nesse momento.


 


-Vó, você precisa parar de ler a mente das pessoas, está se tornando um hábito.


 


-Bom, continuando... A Helen, (N/A: por falar em Helen, esqueci de mencionar que o nome completo dela é Helen Turner Adams, já que ela é casada com o Jonh. E mudando de assunto, o Paul, o Jack e o Joey não são exatamente Adams, mas são como da família, e o Jack e o Joey têm poderes porque nasceram assim, mas o sobrenome deles é Markson. Obs: desculpem-me pelas falhas técnicas.) o Raymond, a Eleonora, a Julia, o Jack e o Joey estão bem e estão acampados na Rua Áurea tentando reconstruir o bairro.


 


-Pergunta: como me mandaram roupas se minha casa estava em chamas?


 


-O fogo só ationgiu o primeiro andar, o segundo está praticamente inteiro. E não se preocupa, a biblioteca está bem.


 


-Ufa! – Sarah suspirou de alívio. – Mas e meus pais?


 


-Bom, seu pai foi encontrado na Rua Eféria, desmaiado. Fora o braço quebrado ele está bem. Provavelmente amanhã ele estará junto com os outros no acampamento. E quanto a sua mãe, bom ela está internada no quarto ao lado do seu com o seu pai, que está em observação pó hoje. Eles estão no quarto 201. Pode ir.


 


-Valeu vó. Tchau. E por favor, pare de ler a minha mente!


 


-Tá bom, parei. Tchau.


 


Ao desligar o telefone, Sarah correu para o quarto 201. Bateu na porta e entrou. Esse quarto era bem maior que o dela, e tinha duas camas e dois sofás. Ela viu sua mãe dormindo e seu pai acordado vendo TV. Assim que ela entrou, a TV desligou.


 


-Oi.


 


-Oi filha.


 


-Como se sente? – Perguntou ela, se sentando na beira da cama.


 


-Bem melhor. Mas meu braço ainda dói. E você?


 


-Pelo visto melhor que a mamãe. O que ela tem?


 


-Ela está em sono mágico desde ontem. (N/A: eu criei o sono mágico: é um estágio em que a pessoa que foi atingida por um feitiço que até hoje só é conhecido pelos comensais adormece profundamente por dias. A pessoa em sono mágico não envelhece, não se suja nem pode ser tocada com as mãos nuas. Ela acorda alguns dias ou horas depois, nunca se sabe, não se lembrando de quem a atacou, apenas de ter caído. O problema é que se a pessoa estiver fraca demais e não acordar em dez dias, ela morre.) Os curandeiros acham que ela vai ficar bem.


 


O telefone que estava na mesa de cabeceira no meio das camas tocou.


 


-Alô? – Paul atendeu. – Aham. Claro. Você tem certeza de que pode cuidar dela? Então está bem. Ela está a caminho.


 


-Quem era?


 


-Arthur Weasley. Filha, você vai para a casa dos Weasley hoje.


 


-Por quê? E os outros?


 


-Sua irmã e suas primas estão na casa da Marta. Vão passar o resto das férias por lá e depois veremos o que fazer. Já você... Bom, Cornélio conversou comigo depois da batalha e me convenceu de que é melhor pra você ficar na casa dos Weasley antes das aulas, já que é bem mais protegida do que a casa da sua tia.


 


-E por que eu preciso de proteção extra?


 


-Bom filha, depois de torrar a cara do Voldemort, ele pode querer te fazer uma visita. – Disse Paul, sério. – Mas se você quiser ficar com a sua tia, eu aviso a Ordem e...


 


-NÃO! – Sarah não pode não gritar com a hipótese de passar as férias encarando a cara de bunda da tia Marta. Marta Elizabeth Markson era uma mulher com um metro e meio de altura, uns 75 quilos e uma expressão de superioridade no rosto. Era suuuuper pessimista. Aquele tipo de pessoa que quando alguém fala “Que dia lindo!” ela responde “Melhor entrar, acho que vai chover.” Ou então: “Marta, você foi promovida!” e ela “Ótimo, mais impostos para pagar.” Ou “Olha, meu regime está funcionando, já perdi três quilos!” e ela “Que ótimo! Agora só faltam duas toneladas!” – Eu vou pra casa dos Weasley! Não tem problema nenhum! Até achei o Sr. Weasley muito simpático ontem. – Disse Sarah, deixando bem claro que não iria pra casa da tia.


 


-Que ótimo. Você tem que ir pra diretoria do hospital agora. Só não me disseram onde fica


 


-Eu me viro. – Disse Sarah, saindo do quarto. – Se minha mãe acordar, mande um “Oi mãe, adivinha só: eu torrei o Voldemort!” por mim ok?


 


-Hahaha, pode deixar. Tchau filha.


 


-Tchau pai.


 


Os corredores do St. Mungus estavam uma completa zona. Pessoas flutuando em macas, desmaiadas nos braços de outras e com ferimentos graves eram levadas por curandeiros para todas as direções do hospital, indicadas por uma velhinha notavelmente irritada.


 


-Mande esse para a Ala de Acidentes Graves! Vocês dois naquele corredor à direita! Você aí, pro terceiro andar!


 


-Com, licença... – Começou Sarah.


 


-O que é? E você, o que tem? – Disse a enfermeira a examinando com os olhos.


 


-Bom, nada que eu saiba. Só quero saber onde fica a diretoria do Hospital.


 


-E quem é você pra querer falar com a diretora?


 


-Sarah Adams.


 


A mulher arregalou os olhos diante do nome, arrancou a edição matinal do Profeta Diário das mãos de um homem que estava sentado numa das cadeiras do corredor e o esfregou na cara de Sarah.


 


-Esta Sarah Adams?


 


Sarah leu a manchete do jornal.


 


“Sarah Adams, a primeira pessoa a fazer Voldemort recuar” e logo abaixo uma foto dela lançando a bola de fogo no jato de fumaça negra.


 


-Quem tirou a foto? – Perguntou Sarah.


 


-Ninguém sabe. Mas você pode me dar um autógrafo?


 


-Mais tarde. Eu preciso ir à diretoria agora.


 


-Está bem, vá ao sétimo andar, no fim do corredor, em frente ao quadro de avisos aos funcionários e diga: Eu fui autorizada a entrar.


 


-Obrigada. – Sarah passou correndo pelo corredor e subiu pela escada de emergência, para evitar os olhares de quem lia o jornal. Chegou no sétimo andar e parou em frente ao quadro de avisos, que não tinha mais que trinta centímetros.


-Eu fui autorizada a entrar.


 


O quadro se transformou em uma porta, que se abriu revelando uma sala pequena em que estavam três pessoas.


 


-Sarah!- Disse Joey. – Como vai a mais nova manchete do Profeta Diário?


 


-Foi você!


 


-Claro que fui eu. Tirei uma foto com a máquina que você me deu de natal. Foi bem útil, não?


 


Nota mental: nunca mais dar máquinas fotográficas de presente para o Joey no natal. – Pensou Sarah.


 


-Muito prazer, meu nome é Marlene Mungus, sou a dona do hospital. – Disse uma mulher alta, magra e ruiva, com uma expressão cansada no rosto.


 


-O prazer é todo meu. – Respondeu Sarah. – Então, o que eu preciso saber?


 


-Sarah, você vai para a casa dos Weasley e de lá para a escola. Não pode sair de lá até que te avisemos. Nem mesmo mandar cartas. Voldemort pode estar interceptando o correio. Suas coisas já estão todas lá e eles estão aguardando por você. – Disse Eleonora.


 


-Minhas roupas?


 


-Estão lá.


 


-O dinheiro para os livros, meus uniformes, minha coruja, meu malão?


 


-Tudo lá... Exceto os uniformes.


 


-Por quê?


 


-Você não vai pra Darktos esse ano. – Disse Joey.


 


-O QUÊ?!


 


-Darktos não é mais segura. Você vai para Hogwarts essa semana. – Sarah não acreditava na própria sorte.


 


-Mas se Darktos, com todos os dragões não é mais segura, como Hogwarts vai ser? O que Hogwarts tem de tão protetor?


 


-Eu. – Disse uma voz rouca e gentil, entrando na sala. Quando Sarah olhou para trás, mal podia acreditar que a voz que ela ouviu pertencia ao maior bruxo de todos os tempos, Alvo Dumbledore.


 


-Muito prazer, sou o Professor...


-Dumbledore!... Por Merlin! Eu vou mesmo pra Hogwarts? – Sarah perguntou, cumprimentando-o.


 


-Uma aluna como você será muito bem vinda em Hogwarts. Já está matriculada.


 


-Eu... eu... – Sarah não sabia o que dizer.


 


-Deixemos as conversas para mais tarde. Os Weasley estão te esperando. Segure o meu braço. – Comcluiu Dumbledore.


 


Sarah aparatou para a casa dos Weasley onde foi muito bem recebida. Em questão de minutos se tornou amiga da família e as férias não podiam estar melhores. Harry e Hermione também estavam lá, e também se tornaram amigos dela, em especial Hermione que se tornou sua nova melhor amiga. Uma semana tinha se passado em meio a brincadeiras, jogos de quadribol, partidas de xadrez com Ron (que ela sempre perdia, é claro, ninguém supera o Ron no xadrez) e cantadas que ela levou de Fred, que se mostrou muito a fim dela desde que chegou. Na virada do ano, ela conheceu melhor Sirius Black, Remo Lupin e Tonks, sua namorada metamorfómaga. Ela sentia muita falta dos Adams e estava se corroendo de preocupação pela mãe e pela irmã. Pelo menos até hoje.


 


02 de janeiro de 2009, Toca, quarto do Ron, 12:15.


 


-Sua vez Harry. – Disse Ron. Ele, Harry, Hermione, Sarah, Fred, Jorge e Gina estavam sentados no chão de quarto de Ron, jogando o Jogo do Anel. [N/A: O Jogo do Anel é um jogo que eu criei,de cartas. Tem um monte de cartas que se embaralham sozinhas antes do jogo e um anel para cada jogador. A pessoa que começa o jogo gira uma flecha flutuante (eu substitui a garrafa do verdade ou consequencia por uma flecha flutuante) e a pessoa que a ponta da flecha apontar deve tirar uma carta do monte e fazer a pergunta escrita nele. (Obs: as perguntas variam de pessoa para pessoa, o jogo sempre muda as perguntas das cartas de acordo com a pessoa que deve respondê-las. Essas perguntas podem ser sobre romance, vida pessoal, amigos, família, etc.) Se a pessoa que responder mentir, o anel fica vermelho e solta faíscas e essa pessoa está fora do jogo. Se ela falar a verdade o anel fica verde e solta mini-fogos mágicos (ver capítulo 1 para saber o que são) e a pessoa continua no jogo. Ganha quem ficar por último. Ufa! A maior N/A que eu já escrevi!]


 


Harry girou a flecha e essa parou apontando para Jorge.


 


-Uuuuhhhh! – Todos gritaram na espectativa.


 


-Harry... - Disse Jorge lendo a carta que tirou. – Você chupa o dedo enquanto dorme?


 


-Não! É claro!


 


O anel de Harry ficou verde e o jogo prosseguiu. Jorge girou a flecha, que apontou para Fred.


 


-E aê, irmão? – Disse Fred, pegando uma das cartas do monte. – Hahaha! Você baba no travesseiro enquanto dorme? – Todos riram com a pergunta do jogo.


 


-Não vale mentir hein? – Disse Sarah.


 


-Tá bom, eu babo. – Todos desataram a rir quando o anel ficou verde e a cara de Jorge mais vermelha que os cabelos.


 


-Sua vez, Fred. – Disse Hermione.


 


A flecha apontou para Sarah.


 


-Oi amor! – Disse Fred sorrindo com o canto do lábio e piscando para Sarah.


 


-Tá bom, Fred! Presta atenção no jogo! – Disse Sarah, ruborizando. – Ai, eu não vou perguntar isso pra ele! – Completou.


 


-Deixa eu ver... – disse Ron, lendo o bilhete por cima do ombro da Sarah, que estava sentada ao seu lado. – Hahahahha! Você tem que perguntar essa!


 


-Tá bom. Fred...


 


-Sim, eu aceito me casar com você.


 


-Não, seu bobo!... Você tem sonhado comigo ultimamente? – Sarah estava quase tão vermelha quanto o cabelo de Fred.


 


-Bom... eu...


 


-É claro que ele sonha! – Disse Jorge. – Eu o escuto dizendo seu nome no meio da noite.


 


-Oooohhh! – Todos disseram, menos Sarah e Fred, muito vermelhos para falar.


 


-Desculpe interromper a brincadeira, mas tenho um recado importante para a Sarah. – Disse o Sr. Weasley. – E Molly mandou avisar que o almoço está pronto.


 


Ao ouvir as palavras mágicas “almoço” e “pronto” os Weasley despararam escada abaixo, seguidos por Harry. Apenas Gina e Hermione se levantaram do chão com calma.


 


-Homens! – Disseram Sarah, Hermione e Gina juntas, descendo logo em seguida, Sarah mais atrás sendo acompanhada pelo Sr. Weasley.


 


-As notícias são boas? – Ela perguntou com impaciência. – Como está minha mãe? E meu irmão? E o bairro? Já conseguiram reconstruí-lo?


 


-Calma Sarah! Sua mãe está bem. Ela acordou hoje de manhã, mas ainda vai ficar por uns dias no St. Mungus para se recuperar.


 


-Graças a Merlin! – Sarah suspirou de alívio. – E meu irmão?


 


-Acordou bem na virada do ano. Ele disse alguma coisa sobre dragões serem lindos e dormiu de novo.


 


-Hahaha, bem a cara do Jonh.


 


-Os médicos dizem que ele só está dormindo tanto pelo cansaço. Assim que ele acordar, seus tios me avisarão no Ministério. O seu pai está no acampamento, já recuperado do braço e mais de metade do bairro já foi reconstruída com magia. (N/A: no mundo dos bruxos existem feitiços de reconstrução bem rápidos. Pelo menos no “meu” mundo bruxo.) – Sua mãe mandou um “Oi filha! É, eu vi no jornal. Dá-lhe Sarah!” mas eu não entendi bem o que significa.


 


-Hahaha, não se preocupe, coisa dos Adams.


 


-Ah, é! Sua avó te mandou isso. – Disse ele lhe entregando um pergaminho.


 


Sarah abriu o pergaminho e leu. O Sr. Weasley desceu para a sala de jantar.


 


Sarah,


 


Depois da manchete do Profeta Diário do dia 25 (que ninguém nunca vai esquecer) você ficou bem famosa aqui na Transilvânia. Seu pai me mandou te vigiar até que você esteja dentro dos portões de Hogwarts. Seus livros de escola estão todos a caminho junto com seu horário de aulas que a McGonagal mandou via coruja. Todos os Adams te desejam um bom começo em Hogwarts. Sua coruja vai chegar hoje. Fique de olho no horizonte.


 


Quanto ao seu uniforme, a Christine deu uma checada no seu futuro e já sabe pra qual das Casas você vai, mas como eu sou caduca, esqueci (risada irônica). A Eleonora foi compra todos os uniformes que você vai precisar e mandou pra você. Quando você ler essa carta a Sra. Weasley vai ter os colocado no seu malão. NÃO o abra! Queremos fazer uma surpresa. E a propósito, eu mandei uma edição do Arauto que você precisa ver. (N/A: Arauto, que quer dizer mensageiro é um jornal que foi criado em outra fic por outro autor. Só estou reutilizando a idéia. Rita Skeeter, que foi demitida do Profeta Diário, passou a ser dona do Arauto, que publica fofocas e intrigas do mundo mágico que nem sempre são verdade. Obs: da Rita Skeeter pra frente eu inventei.)


 


Beijos,


 


Helga Adams.


 


Sarah olhando dentro do envelope, fui um jornal dobrado em quatro. O abriu e viu a manchete.


 


Arauto, 25 de Dezembro de 2008. Edição nº 325.


 


Sarah Adams, uma surpresa para o mundo mágico. – Dizia a manchete do jornal, seguida por uma foto de Sarah enlaciando um dos três comensais que a atacaram à caminho do seu irmão. A matéria dizia:


 


Nessa noite do dia 24 de dezembro, centenas de comensais da morte invadiram o luxuoso bairro da Vinci, na Transilvânia, exatamente na hora dos fogos mágicos. A sorte para os moradores foi que um bem organizado grupo de moradores (estamos investigando a respeito) aparentemente prontos para lutar, batalharam com astúcia e demonstraram uma excelente formação de vôo.


 


Em meio à luta, Você-Sabe-Quem em pessoa apareceu e logo demonstrou interesse em nocautear Sarah Adams, a mais jovem do grupo de batalha. Em meio aos gritos e pessoas correndo desesperadas, cinco comensais foram capturados e todos os moradores saíram sãos e salvos. O que nos deixa a pergunta: não seria esse ataque planejado? A jovem e poderosa Sarah Adams não seria uma nova jogada de Você-Sabe-Quem para desviar a atenção de si próprio? Qual é, meus queridos leitores, para mim está mais que na cara que os Adams querem mudar a fama de mais azarados do mundo para os novos heróis do mundo bruxo. Cabe a vocês escolherem em quem acreditar.


 


Até amanhã, Rita Skeeter.


 


Sarah queimou o jornal com as próprias mãos e transformou as cinzas em um pardal que voou pela janela afora. Rita Skeeter, me aguarde. – Pensou ela.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


“-Eu então lhes apresento a mais nova estudante, Sarah Mary Adams.


 


Todo o Salão Principal explodiu em “Ooohs!” e o barulho de pessoas sussurrando preencheu o local.


 


Ninguém está te olhando, ninguém está te olhando! – Pensou Sarah, andando até a cadeira de seleção para as Casas. – Tá bem! Todos estão te olhando.


 


Ela sentou na cadeira e Dumbledore colocou o chapéu seletor em sua cabeça. O chapéu permaneceu calado por um instante, como se estivesse pensando.


 


-Huuum, essa é uma escolha muito difícil de se fazer. – Disse ele. – Você é de uma família de sangue puríssimo, e possui a astúcia ideal de uma sonserina. Porém é corajosa como uma autêntica grifinória. – Os Weasley, Harry e Hermione sorriam pra ela da mesa da Grifinória. – Mas é muito inteligente, é claro, se daria muito na Corvinal, e possui a bondade necessária para entrar na Lufa-Lufa... Então eu acho que você deve ir para...”


 


 


 


 


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