Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 20
Capítulo 18 - Férias - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Para os que gostam, aí vai um cap. bem Sarah/Draco para vocês! O próximo também vai ser.

Desculpem o atraso, mas surgiram imprevistos. Dividi esse cap. em partes porque senão ficaria muito extenso. Espero que gostem!

Bjs.



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“Draco segurou a mão de Sarah e entrelaçou seus dedos, como se isso fosse natural. Sarah o olhou espantada.


 


-O quê? Se vamos fingir ser namorados, temos que fingir direito. – Ele disse, sorrindo e abrindo a porta.”


 


Entraram na sala, se deparando com uma cena quase impossível: Paul, Angeline e Narcisa estavam sentados à mesa já jantando, conversando e rindo como se tivessem recebido a melhor notícia de todos os tempos.


 


-Olha só, o casal vinte deu as caras... – Angeline zoou, sorrindo como os outros dois à mesa.


 


-Casal vinte? – Sarah perguntou, olhando de Draco para sua mãe, que se levantou e abraçou Draco, que retribuiu assutado. Sarah ficou o olhando como se fosse rir quando Narcisa também a abraçou, fazendo-a a abraçar de volta com os olhos arregalados.


 


-Ei, vocês duas! Deixem eles respirarem! – Paul disse, rindo. Angeline e Narcisa voltaram a se sentar, conversando entre si sobre como “eles ficam lindos juntos”.


 


-Malfoy. – Paul disse, se levantando e indicando a varanda para Draco, que o seguiu. Sarah se viu cercada de perguntas.


 


Ai meu Merlin. – Pensou ela, vendo a empolgação das duas.


 


>Modo Draco Online<


 


É isso. Chegou minha hora. Paul Adams vai me jogar da varanda! É o fim de Draco Malfoy! – Pensava ele , enquanto se aproximava da varanda em que Paul apoiava os braços, olhando para as montanhas ao longe.


 


-Malfoy, eu sei que seria mais adequado que eu te chamasse de Draco nas circunstâncias atuais, mas posso continuar te chamando pelo sobrenome, não é? – Paul perguntou sincero.


 


-Claro. – Draco disse.


 


-Então, Malfoy, deve ter estranhado eu já saber o motivo do jantar, não é? Todos já saberem, aliás. – Disse Paul, indicando Narcisa e Angeline martelando Sarah de perguntas pelas vidraças da varanda.


 


-Dumbledore? – Draco arriscou.


 


-Exato. – Disse Paul. Ambos voltaram a se debruçar na varanda. – Você gosta dela?


 


-Da Sarah?


 


Paul apenas o olhou levantando a sobrancelha, como se dissesse “Não besta, da Lula Gigante.”


 


-Gosto. Muito. – Disse Draco, olhando nos olhos de Paul para parecer sincero.


 


-Há quanto tempo você gosta dela?


 


-Desde o começo do ano, eu acho. Ela foi a única pessoa em toda Hogwarts que me tratou como se eu fosse uma pessoa normal, não como um Malfoy. – Disse ele, se lembrando de quando tinham se falado pela primeira vez, no corujal.


 


-É, a Sarah é profissional em quebrar tradições. – Disse Paul rindo. – Sabe que ela é a primeira Adams da história que não foi pra Sonserina, não é?


 


-Sei. – Disse Draco sorrindo. Mal sabia Paul que Sarah, além de corvinal, era a herdeira de Ravenclaw.


 


...


 


>Modo Sarah Online<


 


-Ah, também acho que formam um belo casal. – Narcisa e Angeline comentavam entre si. – São perfeitos um pro outro.


 


-Como foi que se apainoxaram? – Narcisa perguntou à Sarah, que se encolhia cada vez mais na cadeira, assustada.


 


-N-nós... – Sarah começou, sem ter ideia de uma história que soasse convincente sobre ela e Draco se apaixonando.


 


-Nos apaixonamos aos poucos. – Draco disse, voltando da varanda com Paul. – Começamos nos odiando, como era pra ser, mas com as aulas que passamos juntos e os treinos da Ordem da Fênix percebemos que não conseguíamos nos odiar. – Ele dise, se sentando ao lado de Sarah. – Acho que me apaixonei primeiro, não sei bem dizer quando, mas foi num breve momento em que ela olhou e sorriu pra mim. – Disse ele, sorrindo para Sarah. – “Um simples olhar pode conquistar o mais impiedoso dos homens.” – Disse ele, citando um bruxo famoso que Sarah saberia dizer o nome, se conseguisse pensar direito na hora. Seu coração tinha acelerado e seu pensamento ficado turvo ao ouvir a profundidade do que Draco estava dizendo. E pensar que isso era apenas encenação...


 


-Vocês sabiam que eu e Angeline já sabíamos que vocês ficariam juntos? – Narcisa disse, fazendo Sarah e Draco engasgarem com suco de abóbora.


 


-Sabiam? – Sarah perguntou batendo nas costas de Draco, ainda engasgado.


 


-Desde quando os treinos começaram. – Angeline disse. – São perfeitos um pro outro!


 


-Perfeitos um pro outro? – Draco perguntou, quase jurando que era brincadeira.


 


-Claro! Vocês têm tudo a ver. – Narcisa explicou, sorrindo. – Excelentes em feitiços, apanhadores dos times de quadribol, monitores, gostam de tempo frio, detestam dançar qualquer coisa que não seja valsa, a bebida preferida de vocês é Coca-Cola, a cor preferida é preto, o mês preferido é dezembro, a comida preferida é morango com chocolate...


 


-Como sabem de tudo isso? – Draco perguntou, as olhando espantado. – As duas caíram na gargalhada.


 


-Somos mães de vocês. – Disse Angeline. – Se querem saber, fizemos até um bolão apostando quando ficariam juntos.


 


-Angeline, era pra ser segredo! – Paul disse, rindo.


 


-Bolão? Quem entrou no bolão? – Draco perguntou incrédulo.


 


-Nós três, Jack e Joey, Arthur, Molly, Lupin, Sirius, Dumbledore, Snape... – Paul listou.


 


-Snape?! – Sarah e Draco perguntaram ao mesmo tempo.


 


-Sim, Snape. Foi um dos primeiros a entrar no bolão. – Narcisa disse.


 


-Minha vó não entrou? – Sarah perguntou.


 


-Tá brincando?! Foi ela que sugeriu o bolão! – Paul disse, rindo.


 


-Como vocês apostaram? – Sarah perguntou, começando a se divertir com isso.


 


-Helga, Dumbledore e eu apostamos em dezembro. – Narcisa disse.


 


-Jack e Joey apostaram em agosto. – Angeline disse. – Arthur em abril, Molly em maio, Lupin e Sirius em novembro, eu e seu pai em outubro...


 


-Ainda não acredito nisso! – Sarah disse incrédula.


 


-Eu ainda não acredito que não me chamaram pra entrar no bolão! – Draco disse, zoando. No fim das contas a noite estava boa. Draco não tinha sido estuporado e Narcisa não tinha arrancado a cabeça de Sarah. Durante o jantar, Draco fez uma pausa para pronunciar o pedido:


 


-Senhor Adams, o senhor me concede a mão da sua filha em namoro? – Ele perguntou cortês. Sarah se sentiu num daqueles filmes antigos.


 


-Claro, eu já previa isso mesmo. – Ele disse, sorrindo para o “genro”.


 


Draco sorriu de volta e pegou alguma coisa no bolso interno do paletó. Tirou uma caixinha de tecido aveludado preto e a abriu, revelando dois anéis de prata. Sarah sorriu e pegou um anel, ele fez o mesmo. Trocaram os anéis. Draco beijou a mão de Sarah, como se selasse o acordo. Sarah olhou para seu anel, onde estava gravado “D. Malfoy”. Draco olhou para o seu: “S. Adams”. Sorriram e continuaram a jantar.


 


Algumas horas mais tarde, quarto do corredor secreto.


 


-Então, como foi que arrumou os anéis tão rápido? – Sarah perguntou, ajeitando sua cama. Draco já estava deitado sem se cobrir mesmo, só com a calça de moletom.


 


-Eu já os tinha. Quando fingiríamos ser namorados no meu aniversário pra viajarmos pra Austrália. – Ele disse.


 


-Por que os guardou?


 


-Não sei, por que os jogaria fora? – Ele respondeu.


 


-Draco... Meu pai não te ameaçou quando foram conversar na varanda, ameaçou?


 


-Hahaha, não. Apenas conversamos. Ele não veio com o papo “quais são suas intenções com a minha filha?”.


 


-Ainda bem. – Disse Sarah rindo.


 


-Dá pra crer que fizeram um bolão? – Draco perguntou rindo.


 


-Como é que essa ideia surgiu na cabeça da minha vó? – Sarah pensou alto, rindo também.


 


-Não faço ideia. – Draco disse sincero.


 


-Bom, vamos dormir. Amanhã vamos ter... Um dia cheio. – Sarah disse, pensando em como toda Hogwarts reagiria ao ver ela e Draco entrando no Salão Comunal de mãos dadas.


 


-É. – Draco suspirou. – Me lembre de encomendar uma armadura.


 


-Armadura?


 


-Sim. Seu pai não foi difícil de encarar, mas seu irmão treina dragões brancos.


 


-Hahahaha, tem razão. Ele vai querer te matar quando souber. – Sarah disse, imaginando Draco correndo de Jonh Paul montado em um dragão.


 


-Acha que ele vai me perguntar: “Quais são as intenções com a minha irmã?”


 


-Provavelmente não. Acho que ele vai te fazer perguntas mais do tipo: “Você quer morrer à vista ou à prestação?” – Sarah disse, zoando.


 


-Sarah, fingir ser seu namorado dá trabalho. – Ele disse, se enfiando debaixo das cobertas. – Boa noite, querida. – Disse ele zoando.


 


-Boa noite, amor. – Respondeu Sarah, rindo.


 


Manhã seguite, segunda feira, porta do Salão Comunal, 06:30 hs.


 


Sarah estava esperando Draco na porta do Salão Comunal, como tinham combinado. Ele chegaria cinco minutos dela vindo da direção das masmorras, como se estivesse vindo do dormitório. Eles tinham um plano para convencer toda Hogwarts sobre o namoro. Entrariam no Salão Comunal durante o café da manhã às seis e meia, horário mais lotado. Sarah tremia só de pensar na reação de todos. Então ela o viu. Draco vinha caminhando em sua direção calmamente, com a mochila pendurada displicentemente sobre um ombro, o uniforme impecável, os cabelos caindo sobre os olhos e o típico sorriso arrogante nos lábios. Típico para Sarah, já que para todo o resto do mundo ele era sempre amargo. Sarah sentiu seu coração quase pular pela boca quando viu Harry e Ron entrando no Salão meio desarrumados.


 


Ah, pronto! Até os atrasados chegaram pra tomar café da manhã. Toda Hogwarts deve estar aí dentro! – Sarah pensou. Draco apenas riu.


 


-A ideia foi sua. – Ele disse se aproximando. O corredor estava vazio. – Pronta? – Ele perguntou sorrindo ainda mais.


 


-Por que está sorrindo? – Ela perguntou, segurando a mão que ele oferecia.


 


-Nunca te vi nervosa. É engraçado. – Ele disse. Sarah riu também e deu um tapa no seu ombro.


 


-Hey! Não pode bater no seu namorado! – Ele disse brincando.


 


-Posso sim. – Sarah disse, abrindo as portas do Salão Comunal.


 


-Que comece o show. – Ele disse, olhando para os anéis nos seus dedos entrelaçados. Entraram no Salão. O que aconteceu a seguir foi surpreendente. Todo o Salão Comunal se calou e virou-se para olhá-los. Todas as conversinhas cessaram. Draco caminhava com Sarah até a ponta da mesa, onde Sean e Steve estavam sentados, olhando-a de olhos arregalados. Hermione olhava a cena confusa, enquanto Harry e Ron olhavam Draco como se fossem matá-lo. Lunna sorria bobamente olhando os dois. Até os professores tinham parado de comer para assistir. Dumbledore sorria por cima dos oclinhos de meia lua. Snape os olhava com o mesmo sorriso que Draco tinha visto na floresta.


 


-Por que ele ainda está com esse sorriso? – Sarah perguntou indicando Snape com a cabeça, apenas para Draco ouvir.


 


-Ele ganhou o bolão. – Draco disse. Riram, se lembrando da noite passada, em que souberam do bolão criado por Helga.


 


-Ele devia parar com isso. É assutador. – Comentou Sarah, fazendo Draco rir. O salão já tinha voltado a se movimentar. As pessoas já tinham superado o choque inicial e voltado a comer, comentando entre si sobre o casal. Draco deixou Sarah em frente a Sean e Steve com um beijo na mão e se dirigiu à sua mesa.


 


-O que foi isso?! – Steve perguntou, assim que considerou que Draco estava distante o bastante para não ouvir. Draco e Sarah trocaram um breve olhar, Sarah sabendo que ele estava ouvindo cada detalhe da conversa, se bobiar, até mesmo a respiração de cada um do Salão.


 


-Você endoidou?! – Sean perguntou com os olhos arregalados.


 


-Eu sei, é meio surpreendente. – Sarah disse, tentando explicar.


 


-Surpreendente?! – Steve exclamou. – É doentio! Vocês estão saindo juntos ou o quê?


 


-Estamos namorando. – Disse Sarah, mostrando o anel.


 


-Desde quando?! – Sean perguntou, olhando de Sarah para Draco, que comia seu cereal impassível, como se estivesse alheio à conversa.


 


-Estamos saindo juntos faz um tempo. Algumas semanas e-


 


-Semanas?! E como é que só ficamos sabendo hoje? – Sean a interrompeu.


 


-Draco e eu combinamos que não contaríamos a ninguém até ver no que ia dar. Se não fosse nada sério ficaria só entre a gente. – Sarah explicou. – Se a notícia vazasse e meu pai ficasse sabendo por boatos não ia dar certo.


 


-Você sabe que a gente não contaria. – Sean disse.


 


-Eu sei.  Mas se eu contasse pra vocês ele poderia contar pra alguém e a chance da notícia vazar seria maior. Me desculpem.


 


-Tá desculpada. – Steve disse, voltando a concentrar sua atenção na tigela de cereias à sua frente. – Só não sei como você consegue namorar o Malfoy! Ele é tão insuportável, idiota, sem escrúpulos, retardado-


 


-Ok! Chega de elogios! – Sarah disse rindo.


 


-Mudando de assunto, já soube da nossa banda? – Sean disse.


 


-Banda? Que banda?


 


-A ideia foi minha. – Steve disse. – O Sean compõe algumas músicas e eu toco guitarra então tive a ideia de montar uma banda.


 


-Legal! Quem mais está na banda?


 


-Meus irmãos tocam bateria, mas eu não chamaria um deles nem se o mundo acabasse! – Sean disse, indicando os gêmeos na mesa da Lufa-Lufa, que estavam usando uma torrada de frisbe.


 


-Então quem vão chamar? – Sarah perguntou.


 


-Precisamos de um vocalista, um baterista e um baxista. – Steve listou. – Só conheço um baterista. Damon Campbell, sétimo ano, Corvinal. Quanto aos outros, não conheço nenhum. - Seu namorado-dementador não toca nada não?


 


-Não que eu saiba.


 


-Ainda não acredito que vocês estão namorando! – Sean disse. – Como é que foi que vocês começaram a sair?


 


-Nós... Er... – Sarah disse, tentando pensar em algo convincente.


 


-Sarah, eu já vou? Você vem? – Draco perguntou surgindo atrás de Sarah, a salvando.


 


-Vou, claro. – Disse Sarah, aliviada. – Tchau gente, vou indo.


 


-Tchau. – Sean e Steve se despediram olhando com cara de poucos amigos para Draco.


 


-Sarah... – Draco disse quando saíram do Salão.


 


-O quê?


 


-Agora estamos quites. – Ele disse sorrindo.


 


-É. Estamos quites.


 


Sábado, 18 de julho de 2009, Ministério da Magia, Departamento de Portais, 08:27 hs.


 


-Acha que vai demorar muito? – Sarah perguntou a Draco. Ambos estavam sentados nas fileiras e fileiras de bancos de espera com o bilhete da chave de portal nas mãos, aguardando sua vez.


 


-Faltam cinco minutos para a nossa chave. – Draco disse, consultando a torre do relógio que ficava no centro do Departamento de Portais.


 


-Ainda não acredito que finalmente vamos viajar! – Sarah disse empolgada.


 


-Ainda não acredito que finalmente entramos de férias! Agora eu só quero sombra e Coca-Cola fresca. – Ele disse, colocando os braços atrás do pescoço.


 


-Hahaha, não devia ser água fresca?


 


-Não para um Malfoy. – Ele disse com seu típico ar arrogante.


 


Chave número 230. Destino: Blue Island. Caribe. – O telão apitou e emitiu os escritos.


 


-É a nossa. – Draco disse, pegando o bilhete do bolso. Ele e Sarah entraram na cabine de viagem.


 


-Passagens. – Um homem com uma expressão carrancuda os barrou na entrada. Entregaram as passagens. – Boa viagem. – Disse ele, indicando uma bota velha no meio da saleta minúscula. – O que estão esperando? – Sarah e Draco seguraram na bota e em meio segundo sentiram como se estivessem rodando em espiral para cima, e logo em seguida, caindo em queda livre.


 


-AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! – Draco gritou, caindo de cara na areia.


 


-aaaaaaAAAAAAAAAAAAA! – Sarah gritou, caindo em cima de Draco. – Desculpa. – Ela disse, se levantando e o ajudando a levantar. – Você ta bem?


 


-Acho que sim. – Ele disse, sacudindo os cabelos como um cachorro.


 


-Hahaha, que chave de portal louca foi essa? – Sarah perguntou, vendo que tinham parado no meio da praia, de frente pro mar.


 


-Vindo de Dumbledore, acho que tivemos sorte de não cair no mar. – Draco disse, olhando em volta.


 


-“Blue Island: A melhor ilha bruxa do Caribe”. – Sarah leu a placa de madeira fincada a alguns metros atrás deles. - Estamos na ilha certa. Qual é o endereço da casa onde vamos ficar?


 


Draco tirou um pedaço de pergaminho do bolso.


 


-“Rua Principal, nº 13.” – Ele leu. – Está com a chave?


 


-Aqui. – Sarah disse, tirando uma pesada chave do bolso.


 


-Pra que lado acha que vamos? – Ele perguntou, olhando para o mar.


 


-Hahaha, com certeza não pra esse lado. – Sarah disse, o virando para o lado das ruas. Vamos procurar.


 


Duas horas antes, Departamento de Portais.


 


-Cooorre! – Helga disse, empurrando Raymond pelo Ministério. Todos os Adams e Dumbledore estavam correndo pelos corredores do Ministério com roupas de verão e passagens na mão.


 


-Anda povo! A chave de portal sai daqui a dois minutos! – Eleonora disse, puxando Joey pela mão.


 


-Mãe, o dragão do Jonh ta me empurrando! – Lilo reclamou, indicando o filhote de dragão branco que Jonh carregava pela corrente.


 


-Jonh, controle essa coisa! – Angeline disse, enquanto todos viravam um corredor.


 


-To tentando! To tentando! – Jonh disse, tentando puxar o dragão pela corrente, mas sendo arrastado pelo mesmo.


 


Chave número 188. Destino: Blue Island. Caribe. – O telão apitou no exato momento em que os Adams entraram na sala. Todos correram até a saleta minúscula de viagem e foram, um a um, tocando no livro que estava no meio da mesa e indo parar em cima de um coqueiro.


 


...


(Voltando à Sarah e ao Draco...)


 


-Uau! – Sarah disse ao ver a imensa casa de dois andares à sua frente, toda de madeira com janelas enormes.


 


-Agora sim estamos conversando! – Draco disse, admirando a casa. Sarah abriu a porta. Entraram na casa se deparando com uma espaçosa sala de estar toda decorada em branco e tons claros. Andaram pela casa vendo que esta tinha uma sala de TV, duas cozinhas, quatro banheiros, uma sala de jantar, uma sala com vídeo-games de todos os tipos, um salão de festas e... Um quarto.


 


-É. Parece que vamos ter que continuar dividindo o quarto. – Sarah disse, parada em frente à última porta da casa, que só poderia ser o quarto.


 


-Eu sei que pode soar estranho mas... Faz tanto tempo que eu divido um quarto com você que seria estranho se tivéssemos que dormir em quartos separados.


 


-É estranho mesmo. – Sarah disse rindo. – Mas eu concordo.


 


-Quer ter a honra? – Ele perguntou divertido, indicando a porta.


 


-Claro. – Sarah disse abrindo a porta.


 


-O QUÊ?! – Ambos exclamaram ao ver a cama de casal enorme e luxuosa no meio do quarto.


 


-Só uma cama?! – Draco perguntou, olhando para a cama.


 


-Dumbledore enlouqueceu?! – Srah perguntou retoricamente.


 


-Ele deixou um bilhete. – Draco disse, pegando o rolo de pergaminho deixado em cima da cama. – “Não, Sarah, eu não enlouqueci. Não encontrei nenhuma casa com dois quartos que estivesse disposta para aluguel nessa ilha. Boas férias! Dumbledore.”


 


-Ok. Vamos ter que revezar a cama e o sofá. – Sarah disse, analisando as opções.


 


-Revezar a cama? Nem a pau! Eu sou um Malfoy, Sarah. Não durmo em sofás. – Draco disse, tirando os sapatos e deitando na cama.


 


-Eu não vou dormir no sofá todo dia! – Sarah protestou.


 


-Eu não disse que deveria. Por que não dividimos a cama? – Ele sugeriu. – Quanto mais perto ficarmos mais rápido a conexão se fecha. – Completou.


 


-Se é pro bem da conexão... – Sarah disse, tirando os tênis e deitando do seu lado da cama.


 


-Sarah, já que vamos passar muito tempo juntos e dividir não só um quarto como uma cama acho que deveríamos nos entender por essa semana.


 


-O que você sugere? – Sarah perguntou se sentando na cama. Draco a imitou.


 


-Trégua? Até o fim das férias? – Ele perguntou estendendo a mão para Sarah.


 


-Trégua. – Sarah disse apertando a mão de Draco, selando o acordo.


 


-Então, vamos pra praia? – Draco perguntou, já abrindo os armários em busca de roupas. – Já arrumaram nossas coisas. – Ele disse, indicando o armário que tinha aberto, já com as coisas de Sarah.


 


-Bom saber, disse Sarah, escolhendo um biquíni e as roupas que usaria.


 


-Você quer usar a suíte ou o banheiro do corredor? – Ele perguntou, pegando as roupas que usaria.


 


-A suíte, se não se importar.


 


-Não me importo. – Draco disse, indo para o corredor.


 


...


 


(Quarenta minutos depois...)


 


-Onde quer ficar? – Draco perguntou, olhando para a praia deserta. – Temos espaço de sobra.


 


-Que tal ali, perto das pedras? – Sarah sugeriu.


 


-Ok. – Draco disse, caminhando até o local onde tinham decidido e fincando a sombrinha na areia com um feitiço e montando as cadeiras de praia, cada uma de um lado da sombrinha.


 


-Vou dar um mergulho, você vem? – Ele perguntou, tirando a camisa. Sarah ficou paralisada por alguns segundos com a visão. Draco ao perceber fez poses mostrando os músculos.


 


-Hahaha, ta bom Draco. Pode parar. – Disse Sarah, tirando o vestido. Foi a vez de Draco babar. – Nós vamos cantar? – Sarah perguntou, olhando para si e para Draco. Ela de biquíni e eles de calção preto.


 


-Hahaha, é, nem tinha notado. Vamos? – Ele perguntou, indicando o mar. Assim que deu o primeiro passo um caranguejo saiu do meio das pedras, e começou a andar em sua direção.


 


-AAAHHH! – Ele saiu gritando e correndo do bicho. Sarah se dobrou de rir com a cena.


 


Até que não é tão mal. – Sarah pensou, olhando o mar do Caribe. – Sombra, água de coco, ver o Draco correndo de um caranguejo, o mar azul...


 


-UUUUUHHHHHUUUUUUUULLLL!


 


... Minha vó e o Dumbledore surfando... COMO É QUE É?! – Sarah exclamou mentalmente ao ver sua vó e Dumbledore numa prancha de surfe para dois.


 


-Eu hein! Que caranguejo doido! – Draco disse, voltando para perto de Sarah. – Sarah? Sarah? – Ele perguntou balançando a mão na frente de Sarah, que olhava boquiaberta para o mar. – O que é que você está... – A frase morreu enquanto Draco via Dumbledore e Helga saltando da prancha e correndo até onde eles estavam.


 


-E aí, Sarah? – Helga disse, abraçando a neta.


 


-Vó? – Sarah perguntou, ainda sem crer que à sua frente estavam Helga Adams de maiô vermelho e Dumbledore com um calção laranja florescente e uma camiseta branca com uma tartaruga desenhada.


 


-Não dá pra crer. – Draco disse, olhando de Helga para Dumbledore.


 


-O que vocês estão fazendo aqui?! – Sarah perguntou se recuperando do choque.


 


-Um milagre aconteceu: os Adams tiraram férias. – Helga disse, colocando os óculos de strass. – Viemos todos. O resto da Ordem tem outros planos de viagem.


 


-Eles vão para um parque de diversões trouxa: Disneyland. – Dumbledore disse. – Helga me convenceu a vir com os Adams. E quanto à roupa... Ela escolheu. – Explicou, sorrindo.


 


-Você não pretendia surfar com suas vestes bruxas, não é? – Ela perguntou retoricamente.


 


-Onde vocês estão ficando? – Draco perguntou.


 


-Alugamos quatro quartos num hotel do lado de lá da praia. – Helga disse, apontando para o lado oposto da casa em que Draco e Sarah estavam. – Vocês podem passar o dia com a gente e dormir na casa que estão. – Ela sugeriu.


 


-Claro! Seria ótimo! – Sarah disse animada. Draco sorriu, concordando.


 


-Então... Onde estão os outros? – Ele perguntou.


 


-Pra lá. Vamos. – Dumbledore disse, caminhando pela praia de mãos dadas com Helga. Sarah e Draco perceberam e se entreolharam cúmplices, mas não fizeram comentários. Assim que viraram a curva da praia, viram que todos os Adams já estavam instalados na praia. Angeline e Julia estavam sentadas nas cadeiras de praia na sombra de uma das três tendas, tomando água de coco e papeando. Eleonora tomava sol e Helen ao seu lado tomava sombra, deitadas em toalhas estendidas na areia. Helen, que detesta sol e é mais branca que giz estava deitada sob a sombra de um coqueiro. Christine dormia na sua cadeira de praia, numa das tendas. Jack e Joey nadavam, ou melhor, tomavam caldo e Raymond e Paul organizavam as coisas para um churrasco na terceira tenda.


 


-Hey, Sarah! – Anna e Mary Anna chegaram de uma caminhada e vieram abraçar a prima.


 


-Gente, esse é meu namorado, Draco Malfoy. – Sarah apresentou Draco, que gentilmente as cumprimentou, logo depois indo conhecer o resto dos Adams.


 


-Oi, filha! – Paul disse, largando a lata de cerveja amanteigada e indo abraçar Sarah. – Malfoy. – Ele disse, apertando a mão de Draco, que puxou Sarah para que se sentassem juntos numa toalha estendida na areia, na sombra. – Vão passar o dia com a gente?


 


-Claro. – Draco disse, convocando duas latas de Coca-Cola com a varinha.


 


-Onde estão meus irmãos? – Sarah perguntou, olhando em volta.


 


-Foram dar uma volta. Daqui a pouco voltam. – Raymond disse.


 


-Que milagre foi esse? Adams de férias? Sem Comensais ou treinos? – Sarah perguntou, sorrindo.


 


-Sabe Sarah, nós podemos ser uma família de aurores e loucos que lutam o ano todo, mas de vez em quando, é bom tirar umas férias. – Paul disse, brindando com Raymond. Sarah e Draco sorriam, admirando o mar.


 


-Dragãozinho bonzinho! Dragãozinho bonzinho! – Jonh Paul surgiu correndo do dragão branco que tinha trago à beira do mar. O dragão o seguia voando, tentando torrar sua cabeça. – Sarah e Drco racharam os bicos com a visão.


 


-STICH! – Lilo surgiu logo depois, correndo atrás do cachorro dos Adams, que disparava na frente. – STIIICH! – Sarah e Draco riram ainda mais.


 


Continua...


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