The Auror escrita por Heitor
– Kailene. – Oris estava sentado sobre a enorme cama no grande quarto. A esposa estava em frente à penteadeira, arrumando os cabelos delicadamente.
– Sim? – Perguntou ela, olhando o homem através do espelho.
– Você não tem nada para me contar?
Ela parou de mexer nos cabelos. Assumiu uma expressão séria.
– A respeito de que? – Sua voz estava fria.
Oris se levantou, e se dirigiu a ela.
– Não sei. – Disse ele. – Uma novidade, revelação, ou uma profecia.
A mulher se espantou.
– O que quer dizer com isso? – Ela se virou e o encarou.
O homem segurou firme seu queixo e estreitou os olhos.
– Você ouviu aquela profecia e nunca me disse nada.
Ela respondeu com dificuldade:
– Me solta! – E tentou tirar os dedos curtos dele sobre a sua pele. Ele recuou.
– Conte-me sobre a profecia.
– Foi há algum tempo atrás. – Disse ela, olhando para baixo. – Uma camponesa disse que via algo em meus olhos. Chamou-me para sua casa, e então eu fui. Logo, ela me contou a profecia.
Ele desviou o olhar dela. Começou a andar de um lado para o outro.
– Vamos analisar os fatos. – Começou Oris. – Na profecia, estava o seu nome, o meu nome e o de Adam Werkhaizer. – Kailene respirou fundo. – Ela se referia ao bem ganhar triunfo sobre o mal. Mas, digamos que você não pertença ao mal.
– Ainda não entendi. – Respondeu ela.
– Não entendeu? – Disse ele, se aproximando dela. – Não sei se é impressão minha, mas me veio a entender que você ficará do lado do bem. Se não, o seu nome não estaria na profecia.
Kailene respirou fundo novamente.
– Mas, digamos que eu seja do mal. – Ela olhou-o nos olhos. – Não levou isso em consideração?
– Bom, - Respondeu ele. – vou considerar essa hipótese. – E se retirou do quarto.
+ + +
Era um novo dia. O sol nascia ao fundo da paisagem, com as nuvens escuras abaixo dele.
Zoey e Adam estavam sentados em uma das rochas que havia além do bosque. Era possível ouvir o barulho da água se chocar contra as pedras no fim do penhasco.
– O que você acha que tem além das nuvens? – Perguntou Zoey.
– Algo que não nos trará paz. – Respondeu Adam. – Algo terrível.
Adam segurou na mão de Zoey. Olhou-a nos olhos.
– Deve estar na hora do almoço. – Disse ele. – Antony ia ajudar Eleanor com a comida. Já devem ter terminado.
– Sim. – Respondeu ela, se levantando. Ajudou-o a ficar de pé. – Vamos? – Ele assentiu.
Ao chegarem na rua das casas amarelas, entraram na casa ao lado, que pertencia a Eleanor.
– Olá? – Disse Adam, ao lado de Zoey, na sala de estar. – Chegamos.
– Estamos aqui. – Chamou Antony, da cozinha. Os dois foram pra lá.
Na mesa, havia um enorme recipiente cheio de macarrão. Também havia pudim, e uma jarra enorme com suco de abóbora.
– Pelas barbas de Merlin! – Exclamou Adam. – Vocês estão de parabéns.
Eleanor e Antony riram.
– Obrigada! – Disse a loura, soltando a fita que prendia seus cabelos em um rabo-de-cavalo.
Adam, Zoey e Antony se sentaram à mesa. De repente, ouviram alguém bater na porta.
– Pessoal, - Disse Eleanor – eu convidei outra pessoa para almoçar conosco.
– Tudo bem. – Concordou Adam.
Eleanor se encaminhou à sala para atender a porta. Logo, voltou à cozinha com Klaus ao seu lado.
– Ah, olá. – Cumprimentou Klaus, sentando-se do outro lado da mesa, de frente para Zoey. Eleanor sentou-se ao seu lado.
– Klaus, esses são Adam e Zoey. Graças a eles que estou aqui. Como já lhe disse, foram eles que me salvaram em Plummore.
– Sim, já os conheço. – Respondeu ele, secamente.
Eleanor balançou a varinha e cinco pratos e alguns talheres aparecerão sobre a mesa.
– Podem se servir.
Durante a refeição, nenhum deles conversou. A não ser Antony, que vez ou outra dizia o quão legal era sua amiga Astrid. Zoey dava-lhe um sorriso como resposta.
Ao terminarem, Klaus se levantou, silenciosamente.
– Obrigado pelo convite, Elle. – Disse ele. – Tenho que ir.
– Tudo bem. – Respondeu ela, levantando-se. – Eu te levo até a porta.
Antes que os dois se dirigissem à sala, ouvirem alguém bater na porta.
– Você chamou mais alguém? – Perguntou Adam, se levantando. Zoey o acompanhou.
– Não. – Respondeu Eleanor.
Antony permaneceu na mesa, terminando sua refeição. Os quatro foram até a sala.
Eleanor abriu a porta, calmamente. Kailene estava parada lá.
– Senhora Braeden? – Perguntou Eleanor, assustada. – O que faz a senhora vir até aqui?
– Primeiro, - Disse ela. – me chame de Kailene. E segundo, não vai me convidar para entrar?
– Ah, perdoe-me. – Eleanor se afastou da porta. – Entre.
Kailene entrou. Eleanor voltou para seu lugar. A mulher ficou olhando os quatro parados ali.
– É bom vê-los reunido. – Disse ela. – Tenho um aviso. Muito importante.
Eles se sentaram no sofá. Depois de um longo tempo calados, Kailene rompeu o silêncio.
– Existe uma profecia. – Disse ela. – Envolvendo o seu nome, Sr. Werkhaizer.
– O meu nome? – Ele ficou boquiaberto. – Fale-me sobre ela.
Então, sem hesitar, ela contou-lhe a maior parte da profecia, a qual se lembrava.
Ao terminar, eles voltaram a permanecer no silêncio.
– E tem mais. – Kailene voltou a falar. – Acho que já está na hora de conter-lhes o verdadeiro objetivo dessa cidade. Acreditem, não é para o bem.
Todos, muito curiosos, assentiram.
– Oris e seu pai já vinham planejando tudo isso aqui há muito tempo. – Dizia ela. – O objetivo era reunir o máximo de bruxos que conseguissem, não grandes bruxos, mas também não tão ruins.
– Por quê? – Perguntou Zoey.
– Para fazerem um convite. – Disse ela. – Para o partido. Um partido onde reúnem os maiores bruxos das trevas existentes, que, até antes do Ministério cair, haviam sido julgados e presos em Azkaban.
– E onde está esse partido? – Perguntou Adam. O choque dessa revelação era imenso.
– Além daquelas nuvens no bosque. – Disse ela. – E o líder deles é.. – Ela respirou fundo. – Meu marido, Oris.
Adam e Klaus se levantaram no mesmo instante.
– Vamos lá acabar com ele, ora! – Disse Adam.
– Eu sabia! – Exclamou Klaus.
– Acalmem-se, garotos. Não terminei. – Voltou a dizer. – O número de bruxos no partido é muito grande, acabar com o líder deles só causaria uma grande revolta. – Ele olhou nos olhos deles. – O dia previsto para o convite seria amanhã. O partido todo viria até aqui e visitariam a casa de cada família para chamá-los para o partido. Os que não aceitassem, seriam mortos. Os que não fossem julgados úteis por eles, também morreriam. O que eles querem é reunir grande número de bruxos para tomar conta da Inglaterra, e criar uma nova sociedade. E depois, de todos os outros lugares bruxos, e quem sabe, até reinar sobre os trouxas.
– Eles não podem fazer isso! – Exclamou Eleanor.
– Mas vão. – Respondeu Kailene. – E é bem capaz que vocês não possam impedir.
– O que você quer dizer com isso? – Perguntou Adam, ainda de pé ao lado de Klaus.
– Devido à profecia, a vinda do partido para cá não será mais pacífica. – Ela abaixou a cabeça. – Eles irão convidar os que quiserem para o partido, e depois destruir toda a cidade – Ela olhou para Adam. – E o que eles mais querem no momento, é matá-lo Werkhaizer. Você é considerado uma ameaça.
Adam se sentou. Respirou fundo.
– O ataque é amanhã. – Kailene se levantou, e deu-lhe as costas. – Boa sorte. – E se retirou da casa.
Adam, Zoey, Eleanor e Klaus permaneceram imóveis.
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