Nightmare escrita por Celly, Ibelleun


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa ideia veio com uma música que se chama Nightmare - Avenged Sevenfold. Eu e Neko simplesmente... Escrevemos =w= cada uma fez uma metade da fic. Bom, espero que gostem~



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Naquela noite, só havia o caçador e certa asmodiana no quartel general; o resto estava em missão.

A princesinha lixava as unhas em seu quarto, flutuando no ar com as pernas cruzadas, graças às magias de seu endless. O caçador sorriu maldoso, com uma das mãos na maçaneta daquele cômodo.

Tal alma valia ouro, não só por ter duas em uma só. Ela era rica, dona de uma grande fortuna. O dinheiro que lhe renderia levando-a para o submundo seria inimaginável. Adentrou sorrateiramente ali, vendo a vítima de costas. Claro que a mesma estava ocupada demais se preocupando com a aparência quando havia um verdadeiro assassino presente em seu quarto.

Então ele encostou a porta, fazendo questão que o ruído da tranca fosse escutado por ela. Rey, por sua vez, olhou para trás surpresa, porém, vendo tal sujeito ali, sorriu de canto, menosprezando sua presença enquanto assoprava suas unhas recém-pintadas.

Lupus esboçou o sorriso mais galanteador, e então se aproximou da rosada, rodeando seu corpo flutuante em silêncio. Guiou suas mãos até os longos cabelos sedosos da moça, levando-o a altura das narinas para sentir a doce essência que ela emanava. E que em breve, ganharia o mais delicioso aroma de sangue.

Aliás... Tudo nela seria tingido pelo mais belo líquido carmesim. E a alma de ouro, seria sua.

Seu sorriso ao mesmo tempo em que podia ser repleto de maldade, também podia conquistar a atenção de maneira sedutora. Passou então a encará-la, soltando os cabelos cor-de-rosa, pensando o quão belo aquela pele ficaria se estivesse respingada de sangue.



O quão belo e prazeroso seria tal momento.



Admirou profundamente seus olhos, refletindo em como aqueles esplêndidos olhos esmeralda ficariam lindos ao anunciar todo seu desespero ao tentar evadir-se de si e ver todo seu esforço indo pelo ralo.

Fez questão de tomar delicadamente os pulsos da moça, deixando-os na lateral do corpo desta enquanto se aproximava para um beijo repleto de luxúria. Sabia o quão inútil sua vítima era sem aquela tal luva mágica; e também que, pelo jeito, ela mal saberia fugir de si. Seria perfeito.



Precisava apenas conquistar a confiança desta, e em seguida deliciar-se de seu plano dando certo. O que viesse em seguida seria lucro.

Tomou seus lábios num beijo cálido sem cerimônias, levando-o a uma dança harmoniosa e selvagem logo de início. Ela parecia retribuir aquilo tão inocentemente e sedenta por uma mínima sensação de prazer... Lupus forçou seu quadril contra as pernas da rosada, forçando-a a descruzar suas pernas delineadas e colocar seus pés no chão. Usava seus lábios para sugar o doce sabor de ingenuidade de Rey, apenas usando seu corpo como um objeto prévio de prazer antes de se saciar com seu sangue. Aos poucos a empurrava contra a parede, entre tantos suspiros calados por quatro paredes.

E então... Apenas num simples acariciar de seus braços erguidos, retirou suas luvas, e por consequência, aquilo que lhe dava o poder também fora retirado e escondido na parte traseira de seu cinto dourado. Soltou um riso cínico abafado pelos lábios macios da rosada, vendo que ela não havia se proferido. Garantia-se com sua lábia, tanto que já havia imaginado que ela cairia em sua armadilha... Agora ele apenas seria o predador indo ao encontro de sua presa encurralada e inofensiva.



Sorriu, e por fim, separou os lábios após dar uma leve mordiscada naquela pele tão tenra. Ela soltou um muxoxo. Por certo, os lábios carregados de selvageria do outro haviam agradado seu paladar.



Lupus fez alguns de seus dedos encobertos pela luva deslizarem pelo rosto da rosada, e então se afastou, dirigindo-se ao interruptor da luz. Logo o quarto era apenas iluminado pela luz prateada da lua cheia, que estava perfeitamente alinhada com a janela aberta do cômodo. Seus orbes rubros reluziam na pouca luz do lugar, e em seu rosto surgiu um sorriso assassino. - Está pronta? – Pausou, encontrando os orbes esverdeados da moça. - Eu serei seu pior pesadelo... E também o último.



Os olhos de Rey esboçaram o terror presente em seu corpo repentinamente, após ouvir a frase do rapaz. Balbuciou algo, recuando na medida do possível conforme o outro se aproximava.



Os olhos do caçador fulguravam sedentos por sangue. Riu brevemente, irônico, e então tirou uma das armas douradas do compartimento da lateral de sua perna apontando para a rosada. Onde estaria seu endless? Rey perguntou-se mentalmente. Para si, achava um nojo tocar seus pés delicados no chão; porém, naquele momento era a única coisa a se fazer, se quisesse se salvar.



Ao ouvir o clique da Scarlet do rapaz, jogou-se para o lado, caindo no chão em consequência. O tiro ultrapassou a parede atrás de si, fazendo seu terror aumentar cada vez mais. Sua voz a abandonara, igualmente de sua coragem, distribuída pela alma petulante dividindo lugar com a sua própria.



Por outro lado, o moreno estava apenas começando. Aquilo não passava de uma brincadeira para si, visto que a vítima era tão inútil quanto seu meio-irmão. Inconscientemente, seu sorriso sádico alargou-se. Desferiu outro tiro, desta vez mirando próximo aos pés da princesinha.



De seus lábios rosados pôde ser escutado um breve som de surpresa, e então ela se levantou desajeitada. Ele, por outro lado, se aproximava cada vez mais.

Num impulso, a moça se levantou, e com um dos braços curvados, empurrou o caçador, dirigindo-se desesperada para a porta. Lupus a deixou escapar. Era indescritível o prazer que sentia quando via as pessoas que eram designadas a serem mortas, correrem de si, como se fosse um monstro. E ele não se importava.

Rey abriu a porta angustiada, e então se colocou a correr pelo longo corredor dos quartos do quartel. Não fazia ideia o quão incômodo era andar de salto, visto que sempre flutuava e estava aprendendo a correr da pior forma. Suas pupilas dilatadas ansiavam encontrar algo que a salvasse do rapaz.



O moreno andou calmamente para fora do cômodo, observando sua presa implorar pela vida, sumindo no final do corredor. Lambeu os lábios, e então aumentou a velocidade de seus passos, pondo-se a perseguir a rosada, ciente de que ela não aguentaria muito correndo e pararia em algum lugar. Sabia melhor que qualquer um as fraquezas dela, levando em conta todo o tempo que andara observando-a e ansiando por esse dia.



O dia que finalmente a mataria e receberia fortunas por sua alma dupla.



Ela já beirava a cozinha. Agachou-se entre a mesa e o balcão de mármore do local, visando acalmar a respiração acelerada. Pela primeira vez estava desejando que alguns daqueles pirralhos aparecessem e acabassem logo com aquilo. Ele, ao alcançar a porta do recinto onde ela se escondia, atirou em direção a um copo, desejando apenas assustá-la mais. Rey mal parecia àquela metida encrenqueira de antes, com todas as suas invocações inúteis. Menos mau.



Vendo-se em perigo, levantou-se por impulso e olhou o moreno encostado no batente da porta com seu típico sorriso irônico. Mal levantou-se e pode ouvir o som de vidro quebrando - os cacos do que um dia foram um copo caíram ao chão, inocentes. Tão inocentes como ela estava agora.



A face do moreno era diabólica, os orbes incrivelmente vermelhos brilhavam com a luz da Lua, que invadia as janelas de quase todo o QG escuro. O caçador fez questão de apagar as luzes onde quer que passasse pois isso garantiria ainda mais o terror da patricinha e, consequentemente, sua diversão. Deu início a uma calma caminhada até a garota; os passos pesados de seus sapatos ecoavam no cômodo. O brilho das scarlets também não podia ser ignorado.



A rosada sentiu seu corpo gelar, não sabia mais o que pensar. O pânico que sentia naquele momento não podia ser explicado em palavras, seu coração estava quase saindo pela boca quando percebeu a arma dourada do caçador apontada para si. Levantou-se rapidamente, largando seu salto alto ali mesmo, escapando do tiro que quase acertou-lhe a cabeça.

O moreno nada fez em resposta, limitando-se a assistir a garota correr desesperada para longe de si. Depois de vê-la sair da cozinha, soltou uma gargalhada sádica e diabólica. Virou e pôs-se a caminhar para a direção dela, apressando minimamente seu andar; seus olhos não escondiam mais o instinto predador, eram tão vermelhos quanto o sangue que derramaria a qualquer momento. Só dependia de sua vontade.



Rey correu até a enorme sala de estar, que encontrar-se-ia também completamente escura se não fosse pela fraca luz prateada do astro que brilhava forte no céu, por ser Lua Cheia. Sem muito tempo para acender as luzes ou simplesmente pensar direito, tentou esconder-se atrás das brancas cortinas que enfeitavam as janelas.

Novamente os passos do caçador assombravam-lhe. Caminhou até a porta da sala, onde dali mesmo pôde ver o contorno deliciosamente delicado da rosada tentando esconder-se em meio às cortinas.



– Você já foi mais inteligente do que isso, garotinha – Disse isso com o tom mais irônico que conseguia, deixando notar propositalmente o enorme prazer que sentia naquilo. Mal terminou a fala e já disparara contra a rosada. O tiro acertou-lhe uma das mãos, manchando a natureza delicada e branca da cortina de vermelho.



Ela gritou desesperadamente. Aquele grito só deixara-o mais louco.



Novamente a risada do assassino tomara conta do lugar, ela abaixou-se completamente desprevenida e vulnerável. Ele não conseguia, não queria mais evitar: disparou insanamente contra a garota sem o mínimo de pena e culpa. Estava tão próximo que o vermelho manchou até mesmo a pele do seu rosto.



Os gritos eram tão prazerosos de se escutar... Gritos desesperados de alguém que nunca imaginaria morrer daquela forma. De uma garota que um dia já achou que mandava no mundo, que todos deviam respeitar a sua superioridade notável. Gritos que explicitavam o tamanho do desespero de estar a beira da morte; o caçador sempre se divertia com isso.



Os olhos esmeralda dela brilharam por uma última vez à pouca luz, apagando-se por completo. Sua mão ensanguentada padeceu diante a uma enorme poça avermelhada.



Lupus inconscientemente alargou seu sorriso, o sadismo dera lugar à insanidade. Gargalhou como nunca gargalhara antes, vendo aquela imagem tão doentia e prazerosa. Seu trabalho estava feito: agora precisava retirar-lhe a alma e levar para o submundo. Ganharia muitas fortunas, pensou; esse fora de fato um dos melhores assassinatos. Por que? Ele não sabia ao certo. E não tinha o mínimo interesse de saber.




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Notas finais do capítulo

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