Bodas De Ouro escrita por Nyo


Capítulo 1
Bodas de ouro


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente! Olha eu aqui com mais uma one-shot original! Espero que vocês gostem, então aqui vai bomba.



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- Pare com isso Arthur! – Sussurrei puto da cara.

- Não.

Pois é eu e meu namorado estamos em uma comemoração de bodas de ouro, pra quem não sabe o que é isso seria um aniversário de cinquenta anos de casados, se você já sabia, parabéns Wikipédia, você é o gênio da cultura inútil. Voltando ao assunto, a parte estranha da coisa é que eu estou sendo assediado sexualmente em um aniversário de casamento e o pior é que isso é dentro de uma igreja.

- Já disse pra parar Arthur!

- Se eu parar essa missa vai ficar muito chata. – Ele disse com cara de cachorro que caiu da mudança.

- Pare logo, depois você pode fazer o que quiser. – tenho certeza que vou me arrepender por ter dito isso.

- Então tudo bem. Mas admita que foi bom Gil.

- Seu idiota.

Eu ainda vou matar ele. Se vocês quiserem saber meu nome é Gilbert, mas algumas pessoas me chamam de Gil. Arthur, o cara que estava me assediando é meu namorado pervertido, sim eu sou gay, nós namoramos desde os quatorze anos, e agora já somos formados na faculdade e moramos juntos cada um com 28, sei o que você está pensando, pois é, é muito tempo pra ficar com uma pessoa só, mas sempre cuidamos muito um do outro, então nossa relação não mudou tanto assim. De novo voltando ao aniversário de casamento, finalmente Arthur parou de me assediar, e começou a prestar atenção. Mesmo que tenha mandado ele parar eu entendo o lado dele, isso é realmente muito chato, quem nuca participou não tem noção, ficar uma hora lá dentro é suicídio, mas nós (lê-se eu) tivemos que ir, já que o casal é primo da minha família. No meio da missa quando o casal foi abençoado Arthur pegou minha mão. Olhei pra ele sem entender  por que.

- Gil, imagine só, daqui cinquenta anos pode ser nós.

Ele desviou os olhos do que acontecia lá na frente pra mim. Deu um sorriso que me fazia derreter. Era tão doce e puro, que eu chegava a duvidar que ele era realmente um pervertido. Era inevitável que eu sorrisse também.

- Hã? Como assim? – Perguntei. Isso não poderia acontecer, nós somos homens.

- Nada. – Ele voltou os olhos para o casal.

Como assim? O que ele quis dizer com aquilo? Nós não poderíamos fazer bodas, afinal não podemos nos casar por sermos dois homens. Essa nunca foi uma coisa que me preocupou afinal desde que pudesse estar ao lado do Arthur eu seria feliz. Depois daquilo tudo ocorreu normalmente, de vez em quando ele olhava pra mim com aquele sorriso e eu ficava acho que com cara de idiota sem entender por que.

Finalmente! Depois de uma hora inteira já podíamos ir embora! Claro por educação fomos cumprimentar os meus primos que como sempre ficaram felizes em me ver e fizeram o mesmo papo de sempre:

- Gilbert como você cresceu já faz muitos anos não?

- É com certeza. Parabéns pelo seu aniversário de cinquenta anos Mary.

- Gilbert! Você veio não acredito.

- Parabéns também Galileu.

- Obrigado.

Eu estava pouco a vontade no meio de tanta gente, mas me senti pior quando percebi que Arthur não estava ao meu lado, onde ele se socou? Virei à cabeça para procura-lo, mas Mary foi mais rápida.

- Ei, Gilbert aquele não é o Arthur?

- É sim.

- Meu deus chame-o aqui, faz muito tempo que não o vemos também.

- Ei Arthur! – Chamei.

Ele se virou na nossa direção com uma cara séria e se aproximou, ao olhar pra mim um sorriso apareceu, ele se virou e cumprimentou os primos.

- Parabéns pelas bodas de ouro.

- Obrigado querido. Você cresceu muito. E está muito lindo também.

- Obrigado. – Ele disse educadamente.

- Bom, nós temos que ir, nos encontramos na festa. – Me apressei em dizer, estava louco para ir embora.

- Tudo bem meninos, nos vemos depois.

Eles continuaram recebendo muitos cumprimentos enquanto nos afastávamos. Na saída da igreja Arthur olhou pra traz com aquele sorriso calmo.

- Espero vir de novo aqui. – Eu não queria vir com certeza, mas deixei passar.

Entramos no carro que estava a uma quadra de distância, me sentei no banco do carona e Arthur no do motorista. O caminho foi cheio de conversa, nenhum de nos calava a boca.

- Imagine daqui cinquenta anos podemos ser nós comemorando nosso aniversário.

- Hã?

- Esquece. Bom o que você comprou de presente?

- Comprei um jogo de chá. – Ele era bom em se desviar do assunto.

- Acho que é um bom presente.

Chegamos rapidamente ao salão, tinha muita gente lá, principalmente meus parentes, eu juro que se todos comentarem como eu cresci vou botar fogo lá com todo mundo dentro. Se você acha isso meio psicótico, nunca viu minha mão com raiva, aquilo sim é coisa de louco.

Cumprimentamos todos, sorte que muita gente sequer me conhecia. Depois fomos sentar em uma mesa vazia, mas que logo ficaria cheia, e eu acertei na mosca não levou um minuto para muita gente começar a se abancar ali.

- Oi Gil! - Minha irmã se atirou em cima de mim.

- Oi. – Respondi seco.

- Arthur! – Ela gritou. – Você também veio!

- Oi Carmem.

Ela adorava o Arthur então o abraçou com mais força que deveria.

- Com licença. – Puxei-a de cima dele.

Arthur deu um sorriso malandro na minha direção.

- Ai seu ciumento. – Ela falou. – Não se preocupa que eu não vou roubar se namorado.

Sim meus pais e minha irmã sabiam que eu era gay e não tinham preconceito nem comigo nem com o Arthur, se bem que eu acho que eles gostam mais do Arthur do que de mim...

- É Gil, ela não vai me roubar de você, então não fica nervoso. – Ele disse com aquele sorriso malicioso na cara.

Eu o fuzilei o melhor que consegui, mas ele sempre foi mais forte que eu.

- Bom, então se precisarem de mim estarei ali sentada meninos.

Ela se afastou até uma cadeira mais longe de nós.

- Não fique com ciúmes da sua irmã.

- Você sabe que eu sempre tive ciúmes dela. – Ele sabia muito bem disso.

- É, mas agora você já não deveria mais ter.

- Isso é algo que nem todo tempo do mundo vai curar.

Por esse papo já de pra entender que eu sou ciumento né? Nunca gostei de ver outras pessoas junto com o Arthur e nada vai mudar isso. Vendo que eu ainda estava meio bolado com a minha irmã ele me deu um beijo leve e disse:

- Esquece isso, vamos aproveitar.

Eu tentei realmente seguir o conselho dele, mas foi meio difícil. A festa é muito chata, só tem gente velha e algumas pessoas que não vale apena conversar.

- Gente, eles estão vindo! – Alguém gritou.

Quando os aniversariantes entraram todos gritaram:

- Parabéns!

Dava pra ver a felicidade gravada no rosto de todos, principalmente no da Mary e no do Galileu. A filha deles fez um discurso lindo, e depois foi posta uma música linda, o casal se beijou e começou a dançar. A meu ver parecia que a cada momento o Arthur ganhava um sorriso suave que me fez observa-lo durante todo o tempo, ele parecia estar gostando daquilo tudo.

- Ei, Gil quer dançar?

O que? Por um segundo fiquei estupefato dançar assim na frente de todos? Eu fiquei nervoso, mas ao ver aquele sorriso simplesmente não pude recusar.

- Claro, vamos.

Como não sabia dançar deixei ele me conduzir. Todos deveriam estar achando estranho, mas eu não ligava afinal ele era meu namorado.

- Daqui cinquenta anos. – Ele repetiu.

- Arthur, eu não entendo do que você está falando.

Ele sorriu pra mim mostrando aqueles belos dentes brancos.

- Se você me deixar leva-lo pra jantar depois da festa eu posso explicar tudo.

Balancei a cabeça afirmativamente, depois a deitei no seu ombro. Não fazia ideia do que ele estava falando, mas se ele queria sair pra jantar comigo depois eu não teria nenhuma objeção.

                                                                                                 

Assim que acabamos de dançar ele voltou ao normal, meus pais haviam chagado nesse meio tempo então nós conversamos bastante com eles e com outras pessoas. Não sei se já tinham sacado que Arthur era meu namorado, mas se já, não ligaram o que me deixou agradecido, não aguentava esse preconceito. Houve um momento em que fui ao banheiro e enquanto lavava as mãos Arthur apareceu atrás de mim e me abraçou.

- O que você quer? – Perguntei desconfiado.

- É bom que você não tenha esquecido nosso acordo.

- Não esqueci, mas aqui não é o momento e você sabe.

Ele ignorou o que eu disse e começou a me assediar. Pois é o pervertido está de volta.

- Para. – Tentei dizer.

Isso não foi uma boa ideia, já que depois acabei deixando um gemido escapar, o desgraçado me conhece bem.

- Vamos pare de resistir.

Claro que não fiz o que ele disse, depois de muito lutar, consegui fazer com que ele parasse.

- O que houve, com aquele seu lado fofo se que me convida pra dançar?

- Bem, ele ainda existe, mas eu tenho que fazer você se lembrar que está me devendo uma.

Filho da mãe. Ele pode ser um pouco bipolar aparentemente.

Passamos muito tempo lá ainda, era impressionante como as garotas mais ou menos da nossa idade estavam rodeando o Arthur. Eu estava fervendo de ciúmes, claro.

- Hei, Arthur vamos embora, eu já estou cansado.

- Tudo bem. –Claro que ele percebeu que o motivo disso eram as garotas.

Ele esperou eu levantar e me beijou na frente de todos.

- Desculpe, tinha me esquecido que seu dia de hoje foi muito corrido. Deve estar cansado.

Não posso dizer que a festa parou por causa disso, mas muita gente nos olhou enquanto saiamos do salão e as meninas estavam muito putas da cara.

- Você mentiu. – Eu disse.

Hoje passamos o dia todo de pernas para o ar vendo filme e conversando, no meu caso também me recuperando da noite anterior.

- Sim é que também queria ir embora, se não ia perder a reserva no restaurante.

- Restaurante?

- É lembra que nós vamos sair pra jantar.

- Sim, mas como você já tem reserva?

- Eu já tinha planejado te levar lá hoje.

- Tudo bem.

O caminho até lá foi silencioso, eu não reconheci muito bem o lugar onde estávamos indo, mas desde que ele soubesse tudo bem.

Quando desci do carro vi um restaurante chique e muito bonito.

- Reserva do senhor Arthur Carter.

- Por aqui senhores.

Esse lugar tinha um garçom para acompanhar os clientes? Puxa vida, quanto tempo ele levou pra conseguir uma reserva?

- Sentem-se, já vou lhes trazer o cardápio. Os senhores tem alguma bebida em mente?

- Sim – ele disse – quero o melhor champagne que você tiver, por favor.

- Certo.

O garçom se retirou e Arthur ficou olhando pra mim.

- Então? O que achou?

- Incrível. Deve ter sido difícil conseguir uma reserva aqui.

- Nem tanto.

Depois de um tempo curto o garçom trouxe o cardápio e nós escolhemos os pedidos, eu sinceramente não conhecia quase nada do cardápio então acompanhei o Arthur.

- O que você pediu? –Perguntei.

- Olha, eu não tenho a menor ideia.

Rimos disso e bebemos um pouco do chanpagne, que por sinal estava maravilhoso. Quando trouxeram nossos pratos descobri que aquilo era bom, mesmo não tendo ideia do que fosse.  Conversamos um pouco até que ele entrou no assunto que eu queria.

- Daqui cinquenta anos seremos nós comemorando.

- Por quê?

- Espere um pouco, primeiro quero que você aprecie esse jantar de comemoração.

- O que estamos comemorando?

- Uma surpresa.

Ele não disse mais nada até que terminamos de comer e eu disse:

- Vamos Arthur, me conte do que você está falando.

- Certo – ele disse- venha.

Eu o segui, ele pagou a conta e nós subimos em um elevador até a cobertura, posso não ter mencionado, mas o restaurante fazia parte de um hotel. Ele pegou uma chave e abriu a última porta. O meu choque foi imenso, nós estávamos em um luxuoso quarto de hotel, com uma sacada e uma vista linda.

- Vem, - ele me levou até um armário – estas são suas roupas.

Aquelas roupas eram de dormir, parece que vamos passar a noite aqui. Tomamos um banho e nos vestimos. Fui até a sacada sem aguentar mais. A vista era magnifica, podia ver toda a cidade lá de cima fiquei olhando a vista até sentir um abraço forte na minha cintura.

- O que achou?  - Ele perguntou sem malicia, do mesmo jeito que me convidou pra dançar.

- Adorei, é muito lindo.

Ele estava com a o queixo encostado no meu ombro e as mãos na minha cintura.

- Só não entendo por quê?  - Disse pondo minhas mãos sobre as dele.

- Você é muito apressado. Vem.

 Ele me puxou pra cama enorme de casal me pondo em seu colo e olhando fixamente nos meus olhos, mesmo depois de 14 anos eu ainda ficava muito afetado por aqueles olhos verdes. Ele me tirou daquele transe com um beijo leve que foi se tornando muito profundo, ao nos separarmos senti vários beijinhos sendo distribuídos pelo meu pescoço até que ele parou e me olhou novamente mexendo no meu cabelo disse:

- Até hoje só ficar assim com você já o suficiente pra me deixar.

Dei um sorriso.

- Eu também estou feliz só por estar aqui com você.

- Você quer saber por que estamos aqui hoje Gil?

Balancei a cabeça afirmativamente. Ele encostou a testa na minha como fazíamos quando éramos pequenos e eu chorava. Quando quebramos o contato ele me mostrou uma caixinha preta.

- Depois de muito tempo, finalmente posso dizer isso.

Eu o olhei meio confuso o que fez ele dar “aquele” sorriso.

- Gil, você quer casar comigo?

Ele abriu a caixa mostrando um anel. Eu fiquei sem falas aquilo era verdade? Ele estava mesmo dizendo isso? Depois da confusão dei o sorriso mais calmo que se pode dar

- Eu aceito.

Ele pôs o anel no meu dedo e me deu um beijo.

- Eu te amo Gil.

- Eu também te amo Arthur.

Depois daquilo eu simplesmente me deitei no colo dele e nós conversamos, nos beijamos e fizemos tudo aquilo que o mundo acha fofo, nada poderia estragar minha felicidade.

- Sabe achei que nunca ia casar. – Eu disse.

- Pois é, mas a pouco tempo atrás eu descobri que aqui na cidade tem um lugar onde fazem casamento gay, já que aqui ele é permitido por lei.

- Sério? Quando foi permitido que eu não vi?

- Você estava ocupado trabalhando.

- Provavelmente.

De repente ele disse:

- 13 de Maio.

- O que?

- Lembre-se dessa data.

- Por quê?

- Porque essa é a data onde nós finalmente tivemos uma noite especial como noivos.

Dia 13 de maio, era hoje.

- E essa será a data que daqui um mês estaremos nos casando. E então faltam apenas 50 anos e um mês para nossas bodas de ouro.

Isso me deixou feliz, nem precisei responder. Era por isso todo aquele mistério e a história que poderíamos ter a nossa vez fazendo aniversário. Me agarrei ao peito dele com toda força, mesmo que agora nada nem ninguém pudesse tira-lo de mim. Enfiei minha cabeça na dobra de seu pescoço sentindo se cabelo loiro. Sussurrando de uma maneira que nada nem ninguém além dele pudessem ouvir disse:

- Eu te amo, e você é todo meu.

- Também te amo, e sim eu sou seu. – Ele respondeu.

Um mês depois.

Dia 13 de junho, 4:30 p.m. eu estava parado em frente a porta de uma igreja com um terno branco meus cabelos prateados ajeitados como nunca, meus olhos vermelhos transparecendo toda minha felicidade. Não parecia fazer um mês desde aquela noite, que estávamos no hotel e o Athur me pediu em casamento, eu disse que aceitava claro, passamos a melhor noite de nossa vida juntos e agora um mês depois estamos na igreja com todos nossos amigos e família para ver nossa união definitiva. Pra quem se perguntou sim eu seria a noiva, e não eu não me importo.

Quando abri aquelas portas todos estavam em pé aguardando minha chegada, pode ser meio estranho, mas eu não me importei, estava feliz demais para isso. Caminhei vagarosamente pelo altar chegando cada vez mais perto dele, que estava tão calmo e feliz quanto eu, aquele sorriso tranquilo nunca deixava minha mente e agora ele era oficialmente meu, como sempre foi e sempre será.

Parei ao seu lado ouvindo atentamente as palavras do padre que aceitou nos casar, no meio do discurso não sei como, mas acabamos de mãos dadas. É muito longo então demorou até chegar na melhor parte, assinamos os papéis (casamos no civil e no religioso) e finalmente o padre falou palavras tão esperadas:

- Arthur Carter, você aceita Gilbert Anderson como seu esposo, para ama-lo e protege-lo na saúde e na doença até que a morte os separe?

- Aceito. – Ele respondeu olhando pra mim. E pondo a aliança e meu dedo.

- Gilbert Anderson, você aceita Arthur Carter como seu esposo, para ama-lo e protege-lo na saúde e na doença até que a morte os separe?

- Aceito. – Retribui o sorriso para ele. E pus a aliança em seu dado.

- Então, eu declaro que agora vocês estão unidos diante de Deus. E que aquilo que o senhor uniu o homem não separe.

Ao terminar de ouvir essas palavras senti aqueles lábios pressionados contra minha boca, retribui o beijo com tudo que podia, enquanto todos aplaudiam de pé nossa união. Quando nos separamos ele disse:

- Juntos...

- Para sempre. – Completei.

Sorrimos indo em direção a saída, o por do sol estava lindo, ficamos um tempo curto observando aquela cena, parecia que o globo havia parado de girar por nós, foi muito lindo, e melhor ainda foi ver aquilo com ele. Fomos em seguida para a festa, organizada principalmente pela minha irmã. Lá nós dançamos, cortamos o bolo, comemoramos, recebemos muitos presentes e cumprimentos, tudo passou muito rápido, mas um coisa não saiu da minha mente.

- Você sabe que eu te amo né?

- Sei, e eu também te amo.

Ele sorriu pra mim, enquanto caminhávamos na sacada do hotel, o mesmo hotel e o mesmo quarto onde ocorreu o pedido de casamento.

- Não acredito que um mês atrás estávamos aqui. E finalmente nos tornamos noivos.

- Eu acredito – ele disse. – afinal eu te amo.

Dei um sorriso que ele sabia que significava que eu o amo.

- Finalmente, agora faltam apenas 50 anos menos um dia.

- Pra que? – Perguntei.

- Para fazermos nossas bodas de ouro.

 Dei uma risadinha e juntei calmamente nossos lábios, essa era a única maneira de tirar o sorriso dos meus lábios. Ele era fascinado por aniversários de casamento, principalmente o nosso.

- Sabe – ele disse quando nos soltamos – você ainda tem que me pagar a promessa daquele dia.

- Qual? Perguntei.

- Aquela de um mês atrás, que se eu parasse de “assediar” você, faria o que eu quisesse.

Eu não acredito que ele ainda se lembra disso.

- E o que é que tem? – Perguntei.

- Hora de pagar a promessa. – Ele disse com um sussurro na minha orelha, me pegando no colo e levando para dentro.

É essa noite seria agitada, igual como o resto da nossa vida juntos.


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Notas finais do capítulo

Bom e foi isso.
Como sempre, o lugar da onde eu tiro inspiração é mais estranho impossível. Acreditem se quiser, mas eu estava em uma missa de 50 anos de uns parentes velhos lá, e acabei tendo ideia de fazer essa fic, pois é mereço morrer por imaginar esse tipo de coisa durante um aniversário de casamento, mas foi muito chato, então só me restou essa opção.
Acho que ficou legal, mas como sou meio melosa não sei, conto com vocês para saber, e quem não for sincero vai levar uma reguada na cabeça.
Comentem.
Bjs até a próxima.