Ektras X Novas escrita por JVAlmeida


Capítulo 6
Capítulo 6 - O obelisco


Notas iniciais do capítulo

o modo de escrever vai parecer diferente talvez, mas eu tentei ao máximo manter, boa leitura pra quem ainda acompanha :P



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Eu me sentia culpado por tudo o que havia acontecido com Chris desde que fugimos do colégio, eu havia a colocado em perigo por nada, logo ela que sempre foi minha amiga, antes mesmo de ela descobrir ser um Ektra...

A cidade havia parado, o que antes era um festival de luzes simplesmente se fechou num grande breu, viam-se apenas algumas luzes de casas ainda acesas e que logo se apagavam. Decidi que ficaria por ali, queria ficar sozinho um pouco.

Deitei em um banco qualquer e fiquei olhando para o céu, realmente não haviam estrelas.

Acordei pouco tempo depois ouvindo o barulho de veículos, mas não veículos normais, esses eram mais pesados e maiores, talvez do exército. Me escondi no beco mais próximo, o carro do exército passou, algumas lanternas apontaram para o bueiro, mas não me encontraram.

– O que diabos tá acontecendo aqui? – sussurrei como se esperasse a resposta de alguém.

Outros dois carros passaram, esses eram menores, olhei para o fim do beco, não tinha saída, mas parecia ter uma porta por ali, mas com a segurança que implantavam nos prédios da capital era capaz de eu ser preso só de encostar na maçaneta da porta. Decidi seguir os carros, o mais escondido possível, não era tão difícil, era pouca luz e os carros andavam devagar, o problema eram os militares que pareciam estar em todo canto da cidade, de repente.

Os carros pararam, de frente para um obelisco, era o único monumento histórico inteiro da cidade, o carro que estava no meio se dirigiu diretamente à frente do obelisco, os outros dois ficaram ao lado, alguns soldados desceram armados e se puseram a observar, outro soldado, esse sem armamento e algumas estrelas na farda, saiu do carro e abriu rapidamente o que estava de frente ao obelisco.

Um homem de terno saiu do carro, os dois trocaram algumas palavras, foram até a frente do obelisco, abriram um pequeno compartimento que havia um scanner de retina. Uma imensa porta de metal se abriu e os dois homens entraram, havia escadas que levavam para baixo, logo a porta se fechou.

Pensei em correr na direção dos dois homens, mas eu seria morto se tentasse, se ao menos tivesse uma roupa do exército...

Ouvi uma conversa logo atrás de mim e me escondi novamente.

– Eu já disse, cara. Não sei o que tem lá dentro, nunca me deixaram entrar, só fico na segurança aqui. – falou um soldado

–Ah é? Pois eles me chamaram pra entrar hoje... e adivinha só? Não tenho a menor vontade, deve ser os tais Ektras contra quem estamos guerreando. – respondeu o outro soldado.

– Realmente, deve ser – falei, logo atrás dos homens.

Eles se assustaram, pegaram suas armas e apontaram contra mim. Com um choque leve na arma fiz o primeiro largar a arma, nenhum dos dois notou que havia sido eu. A arma caiu próxima a mim, abaixei rapidamente e a peguei, apontei contra o homem armado.

– Abaixa a arma ou eu atiro – disse o homem.

Abaixei a arma, ele se aproximou sem me tirar da mira, um passo, dois passos. Pulei para o lado o mais rápido que pude e com auxílio dos poderes bati no homem com a percursor da arma, o outro estava prestes a gritar, mas logo silenciei o homem eletrocutando-o.

Arrastei os dois para o beco, tirei a farda de um deles e a vesti, peguei todo o armamento que encontrei: um fuzil, granadas, uma arma que eu nunca havia visto na vida, parecia uma granada também, uma faca elétrica (descarregada, mas não tinha importância) e dois pares de algemas.

Com uma das algemas prendi os homens um ao outro, passando a algema por trás de um fio de alta tensão, caso tentassem sair eles seriam mortos, também eletrocutei as algemas, caso fizessem muito barulho ela liberaria uma descarga elétrica que ativaria seus nervos e os faria ir direto para o fio.

Aproximei-me do obelisco o mais contido que pude, o que eu realmente queria era correr lá para dentro e explodir tudo. Parei em frente à porta, bati continência para os soldados, eles devolveram e logo abriram a porta para mim. Entrei um pouco mais rápido e logo a porta se fechou.

– Um... Dois... Três – contei.

Ouviu-se uma explosão no lado de fora e o caos havia se instalado por lá, eu poderia ficar mais tranquilo para agir mais... Arriscadamente dentro de onde quer que eu estivesse.

Desci correndo as escadas, elas pareciam não ter fim. Parei ao ouvir vozes, havia uma pessoa subindo, continuei descendo devagar, ao passar pelo homem apenas bati continência de novo, desça vez não consegui enganar, o homem tirou a arma apontada pra mim rapidamente e, como num reflexo eu chutei o homem para trás. O homem atirou uma vez, errando por pouco meu rosto, tentei segurar o braço com a arma, mas o homem me jogou por sobre seu corpo e apontou novamente a arma contra mim, desça vez eu não tinha como fugir, mas por pior que parecesse eu tinha que tentar.

Levantei rapidamente, outro tiro, pulei escada abaixo, rolei por dois ou três degraus. Olhei para cima e o homem voltava com a arma em mãos, eu esperava que ninguém lá embaixo ouvisse nada do que acontecia lá em cima.

Puxei a arma que estava comigo, apontei contra o homem e disparei três vezes, um dos tiros o atingiu no braço, mas ele continuava a vir, pulou de um dos degraus e quase caiu sobre minha cabeça, se viropu rapidamente e disparou contra mim.

Pulei para o degrau de cima dessa vez, corri em direção à parede das escadarias, impulsionei meu corpo contra a parede e pulei em cima do homem, ele ainda mirava em mim, agora com faca em mãos. Tentei atingi-lo mas ele desviou rapidamente e disparou uma última vez contra mim, acertando o tiro na lateral das costas, a bala havia me perfurado e agora saía muito sangue. Pulei novamente contra o homem, segurei-o pelo pescoço e pelo braço com a arma, ele não conseguia disparar contra mim e começava a perder o ar.

Ele me bateu contra a parede, retirando meu fôlego, depois se virou, eu ainda estava segurando-o, e então novamente ele me bateu contra a parede do outro lado, tentou uma terceira vez, mas dessa vez, com um jogo rápido de pés, consegui girar ambos rapidamente e quem atingiu a parede foi o homem. Ele parecia ter ficado ligeiramente tonto, aproveitei a deixa para eletrocutá-lo, o suficiente para paralisá-lo por alguns segundos. Tirei a arma de sua mão e disparei contra seu peito.

O homem caiu pra frente, descendo ainda mais 5 degraus, ele lutava para respirar e olhava para mim e ao redor em desespero, sangue começava a escorrer da sua boca.

Atirei mais duas vezes contra o homem, uma vez no peito e outra na cabeça. Olhei para meu ferimento, estava saindo bastante sangue, mas eu poderia continuar um pouco mais. Após descer cerca de dez degraus eu parei e pensei: “eu havia ouvido outra voz junto com o homem”. E então fui atingido e tudo escureceu.


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