Carpe Diem ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 1
Carpe Diem !


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fiz com muito amor essa one.
Desculpem os erros ortográficos *-*
Boa leitura.



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Olhos azuis cintilantes. Boca pequena e carnuda na medida certa. Longos cabelos pretos. Pela branca como a neve... Minha bonequinha de porcelana.

Tento espanta esses pensamentos olhando para aqueles documentos com discordância. Nada esta de acordo com meu gosto, nada. Muita paz e amor, nenhum envolvimento mais bruto. Aquilo dali parecia mais um tratado de paz, não uma estratégia de batalha.

Só me falta isso ter sido obra de Afrodite, penso, me lembrando da ultima vez que ela tanto me ajuda com meus problemas em batalha. Não preciso dizer que tudo deu em merda, não é ?

Suspiro, indignado.

– Meredith ! – Chamo-a.

Logo a porta de meu escritório e aberta. Uma bela mulher adentra aquele cômodo, morena, olhos amendoados, boca media e convidativa. Linda.

Pena que não e minha purpurinada.

– Sim ? – Pergunta, sexymente.

Faço cara de desgosto para aqueles papeis que residem em minhas mãos.

– Quem foi o estúpido que fez essa estratégia de batalha ? – Pergunto raivoso.

Ela vem em minha direção sexymente, pega delicadamente os papeis de minhas mãos.

Pra que tanta delicadeza ? São só papeis, penso, mas nada digo.

– A senhora Atena – Fala depois de examinar.

– Tinha que ser a puritana – Resmungo, pegando os papeis de volta.

– Mas alguma coisa senhor ? – Me pergunta.

Ela se inclina tanto sobre minha mesa, que temo que ela caia em cima de mim.

– Um café – Falo, fingindo nem ligar, para esse jeito oferecido dela.

Ela suspira indignada e sai em busca de meu café.

Mulher doida ! Penso.

Me volto para aquela afronta de estratégia.

Suspiro encorajadoramente.

Eu vou ter muito trabalho para reformula isso aqui, penso desanimando, ao ver alguns errinhos de coordenação. Desde quando Atena e tão desligada assim ? Esse mundo tá perdido.

{...}

Olho para aquela folha de papel sem acreditar no que estava escrito ali.

– Coração !?

– Oi, flor ! – Vejo Apolo adentrar meu escritório sorrindo como se estivesse ganhado algum premio ao algo assim – Vou logo avisando que meu negocio e mulher tá Ares, se você esta se revelando, por favor, não comprometa minha imagem.

Arqueio minha sobrancelha esquerda.

– Como é ?

– Eu mal chego e você já vai me chamando de coração. Nada contra sua nova opção sexual, só não me chame dessas coisas em publico, só te respondi nesse instante por educação – Fala se jogando em uma das poltrona de frente para minha mesa.

– Eu tava te chamando de coração porra nenhuma, inseto maldito – Falo irritado.

– Mas quando eu entrei você disse “coração” – Tenta imitar minha voz nessa ultima parte.

– Eu tava assombrado – Tento explicar.

– Com o que ? Não me diga que você se olho no espelho, e finalmente se deu conta que e feio que dói na alma – Tira sarro.

– Vai a merda, loiro de banheiro – Rebato com ignorância.

Ele ri em resposta.

– Mas com o que você se impressionou ? – Pergunta se endireitando na poltrona.

– Isso – Falo entregando-lhe os papeis que a pouco eu revisava – Leia o 5 parágrafo.

– O que é um parágrafo mesmo ? – Me pergunta.

Olho assassinamente para o mesmo.

Ele ri.

– Calma, já achei. Aqui diz... “Ataque frontal, seguido de um chute lateral, para depois coração ardendo por ti... Soco vertical” Que merda e essa ? – Pergunta abismado.

Dou de ombros.

– Esse foi o relatoria que Atena me enviou – Falo indignado.

Ele começa a examinar as outras folhas.

– Olha aqui tem um coração – Fala apontando para o verso de uma das folhas, onde um coração estava desenhado.

Suspiro mais indignado ainda.

– Me diz, o que se tem na cabeça dessa mulher ? – Pergunta já quase em desespero.

– Ela, com certeza tá apaixonada – Fala, sorrindo sonhadoramente.

Quase me esqueço que esse outro lesado estava namorando com Ártemis, o que não foi uma grande surpresa já que ele quase a comia com os olhos.

– Afrodite tá com tudo, ultimamente – Resmungo mais para mim do que para ele.

– Como vai seu relacionamento com ela ? – Pergunta interessado.

Bisbilhoteiro !

– Bom, faz tempo que não brigamos, sempre tomamos café, almoçamos e jantamos juntos. A companhia dela e muito agradável. Tenho que confessa que adorei ela ter se divorciado de Hefesto, ele não a merece – Falo, sem consegui esconder a felicidade por trás dessas palavras.

– Você tá se apaixonando, meu caro deus da guerra – Fala sorrindo.

Olho atordoado para o mesmo.

– Não... Isso se chama costume, eu estou me acostumando com a presença dela, só isso – Falo me voltando para outros papeis.

– Chame como quiser, pra mim isso e amor – Fala, não querendo entra em discussão.

– Como esta seu relacionamento ? – Pergunto casualmente, para não deixa um silencio fúnebre se instala entre nós.

Ele sorri sonhadoramente.

Pra que eu fui pergunta ?

{...}

– Ela tem o sorriso mais lindo do mundo, o cabelo mais perfeito. Os olhos dela me lembram duas luas...

Ela e a deusa da lua, seu retardado, penso.

Quando ela fica com raiva...

– Parece uma linda rosa, fica vermelhinha e acida. Adora me xingar e mesmo assim e fofa e compreensiva – Falo tentando imitar sua voz.

Ele me olha confuso.

– Como você sabe disso ?

– Você já me falou isso um milhão de vezes, ameba.

– Há !

Olho para o relógio em cima de minha mesa, 11:39.

Afrodite !

A hora e como um bipe, me lembra de meu encontro com Afrodite.

– Tenho que ir – Falo já me levantando.

– Hora do almoço – Fala rindo.

Concordo.

– Vamos logo, Afrodite odeia atrasos – Comento.

Ele ri.

– Depois diz que isso não e paixão.

Faço cara feia para o mesmo.

Saiu de minha sala indo rumo ao restaurante, com qual eu tinha marcado com a deusa do amor.

Eu não á amo... Mas será que essa necessidade incontrolável de ver e esta com ela 24 horas por dia e amor ? Não... Eu com certeza devo esta ficando louco.

{...}

– Me atrasei ? – Pergunto sorrindo para a linda morena a minha frente.

Me sento ao lado da mesma, mas antes dou-lhe um selinho costumeiro.

Ela demora um pouco para falar, parecia meio perdida.

– Hum... Não, você não se atrasou – Seu sorriso e forçado.

Tem algo errado aqui, penso.

– O que aconteceu ? – Pergunto preocupada.

– Eu já fiz nossos pedidos, espero que não se importe – Fala, mudando de assunto, cabisbaixa.

Olho atordoado para a mesma.

– O que foi ? – Volto a perguntar.

– Nada – Fala evitando contado visual comigo.

Seguro sua mão carinhosamente, até mais carinhosamente do que eu gostaria.

– E algum problema com Hefesto ? Se você quiser eu dou um sumiço nele, ninguém vai saber.

Ela ri por uns instante. Fico bobo só em ouvi sua risada.

Isso não é amor ?

– Não tem nada haver com ele. E besteira da minha parte – Fala enquanto o garçom serve nossa comida.

– Vindo de você, nada e besteira – Falo, carinhosamente.

Nossa, que gay !

Vejo os olhos da mesma adquiri um brilho lindo, majestoso.

Ela suspira levemente.

– Atena não que aceitar que esta apaixonada por Poseidon, até Ártemis aceitou o amor, por que ela não quer aceitar ? Isso não e justo comigo – Dispara.

Riu de seu biquinho exagerado.

– Não, realmente não e justo – Riu mais um pouco.

Vejo a mesma contrai os lábios em um sorriso relutante.

– Você tá se divertindo com a minha cara, não é ? – Pergunta.

Riu.

– Mas e claro, que não – Replico, com falsa indignação – E não se preocupe, Atena logo cedera.

– Porque diz isso ?

Assim que conto para a mesma sobre o coração no verso da folha e sobre a bagunça que ela fez na estratégia de batalha, ela começa a rir.

Linda e com uma risada melodiosa, tem como essa mulher ser mais perfeita ?

E assim nosso almoço transcorre, com muitas risadas, conversas e... Felicidade. Só com ela eu posso ser quem eu realmente sou. Preguiçoso, despreocupado, feliz até.

– Ares, eu tava pensando em fazer um programinha diferente hoje – Fala, quando pergunto onde jantaremos hoje a noite.

– O que por exemplo ? – Pergunto sem dá muito importância.

Com ela tudo ficava perfeito, então eu nem me dava ao luxo de me preocupa com os programa que ela marcava para nós dois.

– Poderíamos jantar em nosso quarto hoje – Fala, despreocupadamente.

Eu e ela estamos dormindo tanto juntos, que eu já até me mudei para o quarto dela, resumindo o quarto agora também e meu.

Isso e algo normal entre casais, certo ? Não tem nada have com amor, ou tem ?

– Tudo bem. Vai ser até divertido – Comento, maliciosamente.

Ela sorri leviana.

– Pode aposta que vai ser – Fala em meu ouvido.

Ela exalava sensualidade. Vejo que a nossa volta alguns casais já se levantavam, com a maior cara de quem iam transar.

Sorriu abertamente com isso.

{...}

Me sento confortavelmente em minha poltrona, em meu escritório. Meu bom humor era percebido a distancia.

– Senhor, posso sai para almoçar ? – Me pergunta Meredith.

– Sim – Falo, sem dá muita importância para a mesma.

Me volto para alguns papeis pendentes em cima de minha mesa, nem aqueles papeis abalaram meu humor. Reviso, reescrevo, acrescento e... Pronto, tudo perfeitinho.

Sorriu.

Perfeitinha, minha perfeitinha, penso no sorriso deslumbrante que Afrodite me deu hoje no almoço, assim que nós despedimos. Linda.

– Senhor ? – Ouso Meredith me chamar.

Nossa, ela já chegou ? Nem demorou 15 minutos. Essa gosta de trabalhar, penso de bom humor.

– Sim.

– A senhora Atena e o senhor Poseidon desejam vê-lo – Fala, casualmente.

Suspiro.

Logo Tico e Teco ?

– Mande-os entrarem – Falo.

Por aqui ouso-a conduzi-los.

Vejo os dois empacarem na porta.

– Pode passa primeiro Atena – Poseidon fala.

Ela avalia as possibilidade, indecisa.

– Não vai cai um balde d’água em mim, não é ? – Pergunta desconfiada.

Ele ri.

– Não, não vai. Apesar dessa ser uma ótima ideia – Fala, malvado.

– Agora e que não passo primeiro bonito – Fala empacando.

– Tá, então fique ai empacada como uma mula ruim – Fala titio, entrando em meu escritório, seguido de uma Atena vermelha de ódio.

– Você não e nada cavalheiro, sabia ? – Fala a loira, se sentando em uma poltrona a frente de minha mesa, Poseidon senta na outra, ao lado da mesma.

Os dois me ignoram veemente.

– Eu tentei ser, mas você e uma mula ruim – Provoca.

– Mula ruim... – Ela parece não entender direito a provocação. Um brilho assassino passa por seus olhos – SEU CACHORRO, NOJENTO, DESCARADO, CRETINO.

Dispara contra o Deus.

– Acabou ? Não tem mais nenhum xingamento, não ? – Pergunta o moreno.

– Vai a merda, seu peixe podre, nojento – Fala por fim, se afunda na poltrona ultra, mega irritada.

– O que trás a ilustre presença dos dois aqui ? – Pergunto, me fazendo presente.

– Eu quero saber como anda o relatório que eu te enviei – Pergunta loira, emburrada.

Vejo Poseidon se contorcendo para não ri.

– Sua estratégia de batalha e um diário muito interessante – Provoco-a.

– Como assim ? – Me pergunta curiosa.

Vejo Poseidon se endireita, para ouvi melhor a conversa.

Decido dá uma de cúpido, para ver se consigo pelo menos me diverti com a cara dos dois.

Viva o carpe diem ! Penso rindo interiormente.

Pego cuidadosamente os papeis.

Ou provas do crime. Esse pensamento me faz ri.

– Você deveria ter mais cuidado, com o que escreve, imagina só se algum admirador secreto seu vê isso, ele com certeza perderia completamente as esperanças de te conquista – Falo, maldosamente.

Entrego-lhe os papeis. Ela começa a analisá-los cuidadosamente, fazendo caras e bocas. Poseidon se desdobra para poder ver o que esta escrito, mas pela cara do mesmo ele não tava conseguindo ler nada.

– O QUE ! – Grita descrente.

Riu de seu susto.

– Quem mais viu isso ? – Pergunta, preocupada.

– Só eu e Apolo – Respondo.

– O que ? Apolo viu ? E se ele contar para alguém ? Por que você mostrou isso para ele, sua anta – Fala raivosa.

– Ei, o burro aqui não sou eu, já que não sou eu quem ando colocando meus sentimentos em uma estratégia de batalha – Rebato, ofendido.

Ela recolhe todos os papeis, apresada, Poseidon tenta pega algum, mas a mesma não deixa, completamente envergonhada.

– Depois eu te mando outra estratégia, não se preocupe – Fala, já com todo os papeis em mãos.

– Deixa eu lê um – Pede Poseidon.

– Nem um nem meio – Rebate a loira saindo de meu escritório, pisando duro.

Poseidon se achega, curioso.

– O que tinha naqueles papeis ? – Pergunta como quem não quer nada.

Decido atiça-lo.

– Nossa, você tinha que ter visto, ela escreveu cada coisa romântica. Fiquei muito impressionado – Minto.

Ele se erigisse, tento não ri.

– Tinha o nome da pessoa que ela gosta – Pergunta, despreocupadamente, mas eu podia ver o fogo queimando eu seu olhos, era... Ciúmes.

– P.

– P o que ? – Pergunta, esperançoso.

– Só tinha a letra P e a letra A em um coração, presume-se que o A e do nome dela e o P eu não sei – Falo, plantando a duvida na mente dele.

Porra, se ele descobri que eu to mentindo assim, ele me mata, penso, rindo interiormente.

– ATENA, VOLTA AQUI – Grita, saindo de meu escritório feito um louco desvairado.

Riu.

Pelos deuses ! Esses dois são inacreditáveis, penso rindo mais. Pego um retrado com a foto de uma linda morena sorridente nele, ela tentava deixa o cabelo quieto pois o vento estava soprando forte, riu ao me lembrar da cena.

“- Ares me ajuda, o vendo tá muito forte – Fala irritada com o vento.

– Calma, deixa eu tira a foto logo – Falo vendo-a através da lente da câmera, rindo um pouco de sua irritação.

– Não, só tire depois que meu cabelo estive bom – Fala tentando segura-lhe, com as mãos.

– Pra mim ele esta mais que perfeito – Falo batendo a foto, eternizando em minha memória aquele momento, aqueles sorrisos, tudo dela.”

O amor e um bicho estranho, eles se odeiam, mas mesmo assim não deixam de sentirem ciúmes uns dos outros. Só Afrodite pata entender o amor, mesmo, penso me lembrando de Poseidon e Atena. Guardo a foto.

{...}

– Você tranca tudo quando sair ? – Pergunto a Meredith.

– Mas e claro que sim, senhor – Fala oferecidamente.

Desencana menina, já tenho dona. E com esses pensamentos saiu rindo, indo de encontro ao nosso quarto, de encontro a minha deusa.

Assim que respiro ar puro, fico impressionado com a cena que presencio.

– É ISSO AI, VIVAM O PRESENTE... MAS PROCUREM UM QUARTO – Grito para o casal que se agarrava reencostados a uma árvore.

Ele se separam ofegantes, despenteados e felizes. Riu da cara de desgosto que Poseidon fez.

– Seu idiota, porque você me agarrou ? – A loira nem da chance para ele falar, começa a espancado com as mãos.

Riu da cena, logo me deparo com os dois se beijando de novo.

São como cão e gato, penso divertido.

Rumo ao nosso quarto. Meu e de minha deusa.

Nossa, hoje eu tó muito possessivo, penso.

Vejo algumas musas de Apolo rindo e conversando. Umas são mais atrevidas e acenam para mim, aceno de volta, por pura educação, já que se Hera soube-se que eu não andava usando da educação que ela me deu, provavelmente, ela me mandava para o tártaro. Um sentimento ruim vai se apoderando de meu corpo, a medida que chego perto de nosso quarto.

Assim que adentro o quarto, me deparo com Apolo examinando minha bonequinha de porcelana. Ela estava pálida e parecia fraca. Mas linda como sempre.

– O que tá acontecendo ? – Pergunto, preocupado.

Me ponho ao lado da mesma.

Apolo nada fala, apenas se concentra em examina-la, não tento atrapalha-lo. Ele estava muito concentrado.

Ele me olha por um instante, fico aflito.

– Tá tudo bem ? – Afrodite, soa fraca e indisposta.

Fico ainda mais aflito.

Puxo Apolo para um canto.

– O que ela tem ? Eu acho bom você me contar direitinho, pois se não...

– Ela tá grávida – Fala de uma vez, com ar serio e profissional.

– Hã ? – E só o que consigo perguntar.

Ele me olha por um instante, acho que esperando que eu desse um chilique ou coisa parecida.

– Grávida – Sussurro.

Não que ela nunca tenha tido um filho meu, e só que... Nós tínhamos combinado, nada de filhos. Meu estado de choque era patético, eu sei, mas o que posso fazer. Não e todo dia que se nasce um novo deus.

– Eu posso contar e ela, mas...

– Não, eu conto – O corto friamente.

Ele suspira, aliviado.

– Ela já esta melhor, não foi nada grave esse pequeno desmaio que ela teve. Isso e norma no começo da gestação, eu acho que você sabe disso, não é ? – Pergunta, levemente malicioso.

Sorriu em resposta.

– Vou indo. As poções para você dá a ela, estão no criado mudo. Se precisa de algo e só me chama, maninho – Fala desaparecendo, mas pelo menos antes ele mando um “tchauzinho” para Afrodite, que olha tudo atordoada.

Suspiro confuso e com... Medo. Isso mesmo, não e todo dia que você e pai.

Como eu vou contar isso para você, amor ?

Me sento na beirada da cama, preocupado e um pouco tremulo.

– Tá tudo bem ? – Pergunta inocentemente.

Suspiro.

– Sim, está – Não sou muito convincente.

– Eu vou morrer ? – Pergunta, dolorosamente.

Só em pensa de perde-la, me sinto mal.

– Não, mas e claro que não, o que você tem não e mal...

– O que eu tenho então ?

– Hum... Como eu vou dizer isso ? – Me pergunto baixinho.

– Que tal com a boca – Rebate.

Riu, mas ao ver seu olhar assassino, volta ao meu estado tremulo.

– Vocêtágrávida – Falo de uma vez.

– Eu não sou Atena para entender esse palavreado bissaro, não tá – Fala, se ofendendo.

Suspiro mais uma vez.

Temperamento de grávida e um saco. Será que vai ser menino ou menina ?, penso.

– Olimpo chamando Ares. Ei... Me fala logo – Manda já irritada.

– Amor...

– Amor o caralho, conta logo – Manda com o dedo na minha cara.

Eu vou ter que aguentar esse humor por nove meses ?

– Você tá grávida – Falo de uma vez, só dessa vez para que ela entenda.

– Hã ?

– Eu fiz essa mesma cara – Falo tentando descontrai.

Ela nada fala, estava em estado de choque.

– Grávida ? – Pergunta, mas para ela do que para mim.

Um sorriso espontâneo vai nascendo aos poucos em seus lábios.

– Nós vamos ser pais ? – Pergunta, feliz.

Sorriu em resposta.

– Sim, mais uma vez vamos ser pais – Falo.

A mesma se joga em meus braços, completamente feliz.

– Desculpa – Sussurra em meu ouvido.

– Por que ? – Pergunto atordoado.

– Lembra... Nada de filhos – Fala, vejo pequenas lagrimas se formando no canto dos olhos da mesma.

– Você lembra que da ultima vez que você engravidou não era para acontecer – Lembro-a.

– Mas...

– Nada de mais, essa criança veio em uma ótima hora.

Ela sorri, deslumbrantemente.

Só mesmo essa mulher, para me levar ao paraíso e ao tártaro ao mesmo tempo, penso a embalando em meus braços.

– Afrodite ? – Chamo-a decididamente.

– Hum ? – Resmunga.

– Que se casar comigo ? – Pergunto a afastando de meus braços, para poder ver seu rosto.

Ela tinha os olhinhos brilhantes e felizes.

– Casar ? – Pergunta.

– Sim, casar. Quando duas pessoas se amam, elas se casam, não sabia ?

– Você me ama ? – Pergunta boba.

– Mas e claro – Respondo convicto.

Depois de ver como Apolo e louco por Ártemis e presenciar a briga de Poseidon e Atena, que acabou em pegação, nada é mais justo que eu admitir para mim e para ela, que a amo.

– Eu também te amo – Fala se debulhando em lagrimas.

– Ei, não e para chorar – Falo a embalando mais uma vez em meus braços.

– Eu aceito, mas e claro que eu quero me casar com você – Fala se jogando em meus braços.

Riu, como um menino feliz. Felicidade essa que eu só tenho quando estou com ela, minha donzela, minha deusa, meu amor.

E assim ficamos, abrasados só nós curtindo. Até que me recordo de um fato que a deixara ainda mais feliz.

– Sabe quem eu vi aos agarros ? – Pergunto afogando meus dedos em seus cabelos, maravilhosos.

– Quem ? – Pergunto, me olhando sorridente.

– Atena e Poseidon – Falo, só para ver seu sorriso se ampliar.

Ouso um gritinho de felicidade da mesma. Riu junto a ela.

Ficamos mais um tempo deitadinhos, só nós curtido.

– Vamos, você precisa jantar – Falo.

– Não quero – Diz manhosa.

Riu de sua manha.

Começo a distribuí leves beijos por seu pescoço, ela se arrepiar e resmunga em aprovação.

– Eu gosto disso – Fala me beijando.

– Pois só vai ter mais beijinhos se for comer comigo – Intimo-a.

Ela revira os olhos e suspira, derrotada.

– Vamos, hoje eu mandei caprichar no jantar, tem ate café e...

– Vaca desgraçada – Resmungo alto demais.

– O que – Pergunta assuntada.

Á abraço, tranquilizando-a.

– A vaca da Meredith, eu pedi para ela me levar um café, mas aquela vaca não levou – Falo emburrado.

Porque ela não levou meu café ?

Vejo Afrodite se contorcer em risos.

– Ela te deu um perdido – Fala ainda rindo.

– Ela tá e no olho da rua, isso sim – Falei de mal humor.

Ela ri mais ainda.

– Adorei, porque eu não vou com a cara da vaca afrescalhada – Fala, malvada.

– Você esta se tornando uma mulher má, Afrodite – Falo, com falso moralismo.

– Sempre fui – Fala me beijando.

Riu contra sua boca.

Tem como eu ser mais feliz ? Até que eu posso pensar em algumas hipóteses, mas e que sabe... Ela e meu tudo. E dela eu não largo nunca mais.

Acordei hoje com a felicidade dormindo ao lado de minha cama, não percebi. Foi no trabalho, onde todos julgam nunca acontecer nada de mais que vi dois casais diferentes, de um lado um casal predestinado, sol e lua, razão e emoção, já de outro um casal que todos julgam impossível, certo e errado, formal e informal. E no meio desses casais esta eu e ela, doce e amargo, escuridão e luz. Sim, somos opostos, simetricamente opostos. Mas não estamos nem ai, e tudo bom demais, para ligamos para o que outros pensam.

Pensamentos de Ares, o grande deus da guerra.


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Notas finais do capítulo

Cometem !!
Amo vossos comentários *-*
BjsS.



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