All These Years escrita por Valentina Salvatore


Capítulo 7
The Amazing Dinner


Notas iniciais do capítulo

Oieee Lindas *-*
Consegui voltar antes do esperado!!! Viva!
Gostaria de agradecer os lindos e motivadores reviews!!!
Capítulo passado recebi diversos comentários maravilhoso e tenho que dizer que eu amo demais quando os leio *-*
Leitoras fantasmas, eu não mordo. Então comentem!
Desculpem mais não consegui revisar!
Chega de enrolar!
Boa Leitura!



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POV Klaus

A luxuosa cobertura localizada no Upper East Side era, mais uma vez tomada pelo silêncio. No seu tão famoso ateliê, Klaus tentava, inutilmente, pintar algo que não fosse ela; sendo assim, ele se encontrava irritadiço e perturbado; afinal, dez anos desde que vira esse rosto pela última vez. O Híbrido praguejava mentalmente coisas contra si mesmo; “deveria era ter aceitado que ela viesse consigo naquele dia e deixado qualquer tipo de senso para depois”, gritava seu interior. Atirando furiosamente o pincel que segurava, os olhos verdes dele encararam a tela, que costumeiramente, já exibia os finos e requintados traços de Caroline; tinha sido assim há tanto tempo que ele sequer se lembrava, na verdade, cinco anos, para ser exato, esse era o número de anos em que o Original se via em miséria artística.

Klaus duvidava que ela viesse; tinha dias de calmaria e senso, aonde ele se fazia acreditar que faltaria pouco agora para que Caroline o procurasse; e tinha dias, obviamente como esse, onde o Híbrido se encontrava perturbado e receoso de que a loira jamais chegasse. Todos esses anos vinham o matando; cheio de ansiedade e loucura, ele a procurava nas ruas, qualquer mulher de cabelo loiro o fazia virar a cabeça, e perder, nem que fosse por um minuto, a compostura. O Original ainda corria desenfreado para atender a porta quando a campainha se anunciava; recebia vez ou outra, piadas infames de Kol, o silêncio de Elijah, e olhares consoladores de Rebekah; era tamanho frenesi, que até no meio da noite ele esperava por ela.

O loiro caminhou para fora da sala tão bem decorada e cheia de telas, caminhou a passos largos e abafados até a sala de estar, esta se encontrava vazia; muito provavelmente, o mais velho dos Mikaelsons estava cuidando dos negócios, a mais nova gastando desenfreadamente o dinheiro que o outro ganhava, e Kol, bom, Kol deveria estar fazendo o que lhe foi mandado, ou teria sérios problemas com o Híbrido, que agora, servia-se de um whisky escocês bem forte e amargo, que praticamente lhe rasgou a garganta ao ser tomado, o ardor incomodo não era nada se comparado com o que ele sentia ali, jogado sobre o confortável sofá preto de couro.

- Nik! Nik! – a voz da vampira original ecoava estridentemente pela casa.

- Ah! Ainda bem que está em casa. Teremos convidados para o jantar de hoje à noite. – informou Rebekah, que chegava ao local aonde Klaus se encontrava, com os braços repletos de sacolas, e sendo seguida pelos outros dois irmãos.

- Trouxe o que eu pedi? – o loiro encarou ameaçadoramente a Kol, que sorriu debochado e atirou-se na poltrona em frente ao irmão.

- Bom Nik, eu presumo que teremos alguns problemas quanto a esse assunto. – o moreno disse divertido.

- Que tipo de problemas? – Klaus usou seu habitual tom raivoso.

- O quadro foi vendido. – declarou o Mikaelson mais novo, claramente divertia-se com a situação toda.

- O que? Você ficou louco irmão? – Elijah entrou no meio da conversa, sorrateiramente ele se aproximava do loiro, que possuía uma expressão assustadora e os punhos cerrados.

- Não estou louco. Muito pelo contrário, estou é muito bom da cabeça. Como espera que ela nos encontre sem ter qualquer tipo de pista? Continuarei a roubar os quadros e a coloca-los a venda, quer queira quer não. Já estou farto dessa espera. – Kol declarou determinado e sorrindo aos irmãos mais velhos que lhe encararam um receoso e o outro irado como há tempos não se sentia.

- Vou apunhalar você! Pode esperar! Vou encontrar essa malditas adagas! – o Híbrido levantou-se rapidamente caminhando na direção da irmã.

- Não vai as achar Niklaus. – o mais velho alertou estudando a postura do loiro.

- Eu as destruí. – o moreno continuou, fazendo agora, Klaus o encarar mais furioso do que nunca. Definitivamente, aquele não era um bom dia para importuná-lo com tal tipo de piada.

- Impossível! – a loira cuspiu as palavras que rondavam a cabeça do Híbrido.

- Não só é possível, como já está feito. – Elijah rebateu.

- Eu quero o meu quadro! – o loiro exigiu pausadamente, começava a subir os degraus da bela escada de mármore branco que levava aos quartos.

- Você o terá Nik, eu prometo. – Rebekah interferiu docemente pelo bem de todos, seguindo o irmão até o andar de cima.

- Você comparecerá ao jantar? – ela inquiriu quando chegaram à porta do quarto de Klaus.

- Eu não acho que irei. – ele respondeu gélido, sem se virar para encará-la. Estava furioso, e se a olhasse, com certeza, faria o que ela lhe pedia.

- Por favor! Trarei o meu namorado. Gostaria que todos os meus irmãos estivessem presentes. Principalmente você Nik. – a loira insistiu em voz branda e algumas oitavas mais baixa, segurava com gentileza o pulso esquerdo do Híbrido.

- Tudo bem! – o loiro disse depois de um suspiro derrotado. Com o passar dos anos, aprendera a lidar melhor com a irmã, afinal, era a única que tinha, e a que mais lhe amava.

- Só espero que ele não seja mais um dos cafajestes com os quais você já namorou. Estou farto deles se você quer saber little sister. – ele completou em tom divertido, encarando a com um meio sorriso.

- Obrigado Nik! – a vampira agradeceu com um largo sorriso, logo depois sumindo pelo extenso corredor em direção ao seu próprio quarto.

Klaus observou a loira adentrar o local, e seguindo seus gestos, girou a bela maçaneta de ouro, entrando no charmoso quarto em que residia agora. As altas paredes de concreto eram cobertas por uma expeça camada de tinta azul marinho; tendo em contraste com o tom forte, todos os móveis, feitos de madeira italiana, eram brancos; tanto as cortinas quanto os lençóis era de um azul claro que davam a peça um ar monocromático e clássico; havia um grade closet, e um banheiro todo feito de mármore branco e preto. Cada detalhe planejado por Rebekah o fazia crer que tudo não fora apenas feito para ele, haviam abajures e alguns porta retratos, eram fotos da Família Original, e uma única dele com Caroline.  O Híbrido, em segredo, julgava que a irmã tinha até escolhido a cor das paredes pensando na loira; olhos azuis ela tinha.

Depois do que lhe pareceram horas, Klaus levantou-se da cama, aonde tivera uma pequena cesta, e dirigiu-se ao luxuoso banheiro. Despiu-se na mais pura calma, e tomou um banho tão demorado quanto possível. Seus pensamentos já pareciam mais quietos e controlados, deveria era se concentrar no que quer que a irmã estivesse aprontando para esse jantar, e querendo ou não, uma certa curiosidade se formava no interior do Original; como seria, afinal, o homem pelo qual Rebekah estava tão apaixonada? Ele apenas esperava que ela fosse feliz; já que ele não era, poderia, pelo menos, desejar tal coisa para alguém tão amado como ela.

Saindo apenas com a felpuda toalha preta enrolada na cintura, o loiro escolheu um belo terno preto com uma camisa social branca, era uma combinação simples, porém, elegante; que fazia do Híbrido mais lindo do que já era naturalmente. Sapatos pretos e o caro perfume francês, comprado na viagem de um mês atrás, completavam o visual do homem tão poderoso. Dando uma última olhada no espelho, Klaus confirmou que deveria ser o bastante para impressionar a pessoa que se juntaria a eles aquela noite. O Original, abandonando o conforto do quarto espaçoso e aconchegante, se dirigiu as escadas, descendo as a passos ritmados e barulhentos.

Encontrou todos os irmãos já reunidos na sala de estar; Elijah vestia um terno preto como ele, com exceção da camisa, que ao invés de branca era preta, estavam iguais; Kol usava um terno azul marinho, que possuía um corte mais justo e moderno; e Rebekah se encontrava deslumbrante, usava um vestido, justo de uma manga apenas, verde oliva, saltos altos pretos, e o cabelo estava solto, e mais ondulado do que o normal. O Híbrido sorriu ao perceber que a irmã o fitava com um brilho indecifrável no olhar; com certeza ela aprontaria aquela noite, ele pensou intrigado. Mal sabia o Original, que a loira aprontaria não apenas para ele, como também para os outros irmãos. Ela guardava uma surpresa e tanto para aquela noite, e desejava internamente, que tudo desse certo.

- Senhora Mikaelson! Eles já estão aqui. – a empregada avisou educadamente, adentrando o cômodo, e partindo logo em seguida na direção da cozinha.

- Bom, chegou a hora. Primeiro: nada de brigas! Segundo: somos uma família, não se esqueçam disso! E terceiro, mas não menos importante: eu preciso da sua colaboração Nik! – Rebekah disse-lhes como se fossem crianças, e apesar dos outros querem responder coisas a altura, apenas acenaram minimamente. Leves batidas fizeram a loira se dirigir até a porta. Ela estava nervosa.

- O passado pertence ao passado, ok? – a original os lembrou suplicante antes de abrir a porta.

- Boa noite! – saudou o belo homem loiro, vestido em um terno claro. Todos os presentes na sala congelaram; estáticos. O novo namorado de Rebekah era ninguém mais ninguém menos que Matt Donovan? De todos os Mikaelsons, apenas Klaus via isso como algo bom; afinal, esse humano poderia lhe levar a Caroline.

- Boa noite! – respondeu Elijah pelos irmãos.

- Esse é o meu namorado. Matt, entre! – declarou a vampira que suavemente segurou a mão do amado.

- Não acredito Bekah! Você namorando esse humano desprezível? Sério, você não podia arrumar alguém pior? – questionou Kol, ele usava seu tom irritadiço, mais sorria em deboche.

- Só para começo; eu não sou mais humano. E depois, fale o que quiser, eu continuarei a ser o namorado da sua irmã. – rebateu Matt em um tom elegante, ajeitando minimamente o caro terno que vestia.

- É um de nós agora. Quem fez essa boa ação para o mundo? – Klaus perguntou irônico, estava curioso para ter detalhes, nem que fossem mínimos da amada.

- Eu creio que tenha sido eu. – anunciou-se uma voz feminina bastante conhecida, Katherine adentrava elegantemente pela porta, usava um vestido vermelho, e tinha os cabelos cacheados soltos.

- Katerina! – exclamaram os dois Mikaelsons mais velhos.

- Boa noite! – ela saldou parando ao lado de Matt. Em um piscar de olhos todos os Originais se moveram; Rebekah, Elijah e Kol se colocaram protetoramente em frente aos convidados, enquanto Klaus impedido pelos outros de chegar a sua tão caçada vítima, expressa a mais pura e cristalina raiva nos olhos.

- Niklaus! Por favor! – implorou em um fio de voz o irmão mais velho.

- Não! – o loiro vociferou, dando as costas e dirigindo-se as bebidas.

- Ora Nik, não seja tão ranzinza. Já se passaram quinhentos anos, perdoe a. E deixe que Elijah seja feliz! – pediu Kol, fazendo os mesmos passos do irmão mais velhos. As mãos dos casais próximos à porta se entrelaçavam docemente.

- Por quê? – questionou o Híbrido.

- Somos seus irmãos, sua família. – respondeu o moreno em um tom sério, ele depositava um das mãos no ombro do irmão.

- Não é o bastante.

- Queremos ser felizes; precisamos ser felizes, Nik! – rebateu Rebekah aflita, ganhando um olhar torturado do original do outro lado da sala.

- Porque eu a abandonei por lealdade a você. Há dez anos eu abri mão de uma vida feliz com ela por você; para fazer de você um rei e da nossa família a realeza do mundo sobrenatural. Pelo sangue que partilhamos, por tudo. Eu a amo Niklaus! – insistiu Elijah. Ele procurava uma brecha, algo que fizesse o irmão reconsiderar, pensar.

- Não! – o híbrido foi seco, os olhos verdes duros e frios como pedra. Aceitar Matt na família era uma coisa, apesar de tudo, ele poderia ser útil para Klaus; já Katherine, essa ele nunca perdoaria. Ela só continuava a respirar no momento, porque todos os seus irmãos a defenderiam de um ataque.

- Então por Caroline! – decretou Matt, surpreendendo a todos.

- Como? – o loiro questionou incrédulo, largava a bebida e voltava toda a sua atenção para o rapaz.

 - Perdoe Katherine em nome de Caroline. Se não fosse ela, Caroline estaria envelhecendo agora; provavelmente jamais teria conhecido você. Ou não se lembra, foi Katherine quem te levou a Mystic Falls. – defendeu o vampiro. Agora tanto a loira quanto a morena a seu lado sabiam o porquê de ele ser um advogado tão bem pago e renomado.

- Nik nós só queremos ser felizes. – Rebekah insistiu em um sussurro.

O silêncio como mais cedo, havia tomado conta da residência dos Mikaelsons; apenas as lentas e descompassadas respirações era ouvidas, o coração da doppelganger era o que mais bombeava sangue, e Klaus perguntou-se por apenas um minuto se seria verdade o que Matt falava; ele sabia em seu íntimo que sim. O Híbrido desejava tão fervorosamente a felicidade da irmã, poderia conceder ao irmão mais velho tal dádiva, poderia ele perdoar a mulher que o enganou e fugiu das suas vontades? Sim, poderia. Ele o faria? Não sabia. Só pensava em Caroline; no tipo de decisão que ela gostaria que ele tomasse; no que ela faria em seu lugar, se seus brilhantes olhos azuis demonstrariam orgulho do homem que ele era.  Ele estava estático, tinha o olhar perdido em um ponto atrás da porta, assustando os demais, que esperavam pela decisão dele.

Mais minutos transcorriam, e nenhuma palavra fora ouvida. O loiro desejava estar em outro lugar, ser outra pessoa; antes de Caroline, ele simplesmente negaria perdão, qualquer tipo de perdão, a qualquer pessoa, mas não agora, quando ele a aguardava tão fervorosamente, quando seu coração ansiava enlouquecido por ela, quando ele a amava como amava, e queria apenas, que ela o amasse de volta. Então ele soube, ela jamais amaria um homem que nega a paz a sua família, ela jamais o amaria tão intransigente como estava sendo. E o temido Híbrido Original tomou a sua decisão. Ele seria o homem certo para Caroline; ele seria o homem que ela teria orgulho de amar quando chegasse a ele.

- Eu a perdoo Katerina Petrova! Você e Matt Donovan são muito bem vindos a essa família! – declarou o loiro, que logo fora sufocado pelos braços de seus irmãos. Eles lhe agradeciam e diziam coisas ininteligíveis, mas algumas das frases ele foi capaz de distinguir; um sonoro “Eu Te Amo!” de Rebekah; um “Estou  muito orgulhoso!” de Elijah; e um “Agora sim, seremos todos felizes!” de Kol. E isso foi o bastante para que Klaus enchesse seus olhos de lágrimas, e retribuísse com fervor e felicidade o abraço da sua família.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Esse é o último ponto de vista do Klaus, ok?
Deixem reviews!
A opinião de vocês é muito importante pra mim *-*
Vocês poderiam deixar alguma recomendação? Eu adoraria! E talvez, só talvez, se a fic receber a sua segunda recomendação, eu poste o capítulo oito terça. O que acham?
(Eu muito chantagista aqui! kkkk, Sorry!)
Nos vemos logo!
xoxo