All These Years escrita por Valentina Salvatore


Capítulo 12
The Ring


Notas iniciais do capítulo

Oie Lindas!
Tudo bem? Como andam os seus corações com TVD e TO?
Eu sei que demorei, mas como prometido, não abandonei a fic!
E pelos comentários lindos você também não me abandonaram.
*-* Capítulo dedicado à Letícia Uchiha, que comentou todos os capítulos hoje, em seis horas!

Gostaria de fazer uma enquete com vocês: Qual música vocês acham mais Klaroline?
1 - Demons/Imagine Dragons
2 - Stay/Rihanna
3 - Mirrors/Justin Timberlake

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Boa Leitura!



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POV Klaus

A porta da luxuosa cobertura localizada no Upper East Side foi batida com uma força descomunal; causando não só o barulho audível do impacto e o tilintar do lustre da sala, como também uma maior irritação na pessoa que acabara de atravessar por ela. Os passos seguintes do Híbrido o levaram diretamente ao precioso bar, que tanto agradava a família Mikaelson com suas bebidas, aonde ele se serviu de uma boa dose de whisky, que tomou de uma vez só. Klaus sentiu, não só a costumeira ardência do álcool lhe rasgando a garganta, sentiu todos os seus demônios se agitarem, enquanto relembrava as palavras de Caroline; em um ato completamente impensável, o Original jogou todas as bebidas no chão, estilhaçando os caros copos de vidro, que cortaram superficialmente os seus braços, e derramando os diversos líquidos que aliviavam tantos sentimentos no mármore branco. Irônico, que provavelmente, nem toda a bebida do mundo, pudesse aliviar o turbilhão de emoções que o assolavam agora.

Raiva, ódio, fúria; era exatamente isso que Klaus sentia. Seu corpo era tomado pelas coisas ruins que ele tanto conhecia, e que tanto o faziam ser quem ele era. A conversa na cafeteria com Caroline o atormentava; suas palavras, seus gestos displicentes em relação a um dos sonhos que ele gostaria de proporcionar a ela; tudo isso fazia o Híbrido respirar profundamente suas frustrações, e começar a despejar em cima dos móveis italianos da sala toda a ira pela qual era tão famosamente conhecido. Os estrondos seguintes, obviamente, chamaram a atenção dos outros ocupantes da casa; em menos de um segundo após o início da destruição da mobília, Elijah, Katherine e Rebekah, apareceram à frente do Original; possuíam uma pose defensiva, que logo se desfez, ao perceberem que era ele quem provocava tamanha bagunça.

- Que infernos você está fazendo? – a loira o questionou exasperada, sendo completamente ignorada.

- Niklaus! O que houve? Por que tudo isso? – Elijah usou de seu tom calmo e autoritário, falando pausadamente, e enfim, atraindo o olhar do irmão.

- O que houve?! Caroline não quer se casar comigo! – Klaus rugiu ferozmente encarando a todos, em seguida atirando a mesa de centro contra a parede.

- O que? Você a pediu em casamento? – Rebekah perguntou perplexa pela possibilidade.

- Não, ainda não. – o Híbrido respondeu atordoado, repousando o olhar sobre o irmão mais velho que junto com Katherine começaram a rir.

- Isso não tem graça Elijah! Pare de rir Kath! – a vampira original os repreendeu, ao perceber a indiscreta agitação de Klaus.

- Eu sei, eu sei. Mas, contudo, se você não a pediu em casamento, como pode saber que ela não quer se casar com você? – a morena questionou com seu típico sorriso arrogante.

- Eu sei! – o Original retrucou com convicção.

- Simples assim? – a doppelganger pressionou.

- Bom é, mas isso não vem ao caso agora. – Klaus respondeu já mais constrangido do que colérico.

- Irmão, você poderia nos dizer exatamente as palavras usadas pela Caroline? – Elijah ordenou disfarçadamente, se aproximando do loiro.

- Ela disse que havia abandonado esse sonho quando se tornou uma vampira. – o Híbrido esclareceu um tanto envergonhado pelas próprias suposições.

- Que eu saiba isso é bem diferente de um “Eu não quero me casar!”, e mais distante ainda de um “Eu não quero me casar com você!”. – a vampira Original ironizou calmamente, caindo em uma risada estridente logo em seguida.

- Pare de rir Rebekah! Eu não permitirei isso! – bradou furioso o loiro, que se sentia cada vez mais humilhado em função da insegurança que o tinha feito parecer tão bobo.

- Niklaus! Acalme-se! Está tudo bem se importar! Tudo bem querer algo! – Elijah confortou o irmão mais novo, tinha um tom emocionado, braços abertos; e sem que ninguém esperasse, eles se abraçaram.

- Ela nunca irá aceitar. – Klaus lamentou.

- Vai sim. Caroline ama você, Nik. – a loira afirmou sorridente, se aproximando dos irmãos já separados, beijando carinhosamente a face de ambos.

- Então? Vai pedi-la em casamento? – Katherine inquiriu divertidamente, rodeando o pescoço do amado com os delicados braços.

- Talvez. Eu não sei. Como vou fazer isso? – o Híbrido questionou mais para si mesmo do que para os presentes na sala.

- Primeiro, nós precisamos encontrar o anel perfeito. E depois você fará um pedido de casamento épico! – Rebekah anunciou em seu tom de voz mais animado, e batendo palmas freneticamente como uma criança.

- Nós? – Elijah zombou sorrindo para a irmã.

- Você não! Nós... – a loira esclareceu indicando com o indicador, ela, Katherine e Klaus.

- O que? Você só pode ter enlouquecido de vez. Eu não vou a lugar nenhum com vocês duas. – Klaus rebateu já se dirigindo as escadas.

- É claro que vai. E nós vamos comprar um anel de noivado que vai fazer à senhorita sabe tudo perder o fôlego. – a vampira ordenou ironicamente, sorrindo de lado.

-Como desejar Katerina. – o Original concordou com um leve aceno de cabeça, seguindo em direção ao quarto.

O escaldante Sol do verão nova-iorquino já havia nascido a um bom tempo, quando Klaus chegou à mesa do café da manhã encontrando toda a sua família presente. Após uma insignificante saudação, ele se sentou para aproveitar as deliciosas panquecas que a nova cozinheira fazia; bebeu seu café, leu o jornal que Elijah o alcançara, e conversara tranquilamente com todos. O Híbrido desejava fervorosamente que Rebekah e Katherine já houvessem se esquecido do tal anel de noivado para Caroline; e após a saída de Matt para o trabalho, e com a total normalidade dos atos de seus irmãos, ele relaxou; afinal, se ninguém o havia importunado até agora, era porque certamente não o faria.

O Original se sentiu bem à vontade para rumar na direção do ateliê àquela manhã, fazia dias que tentava terminar uma pintura para a sala de estar, que agora seria realmente necessária após a destruição de ontem, e usaria as horas que ainda lhe restavam antes do almoço para fazê-lo. Pegou seu precioso pincel, e escolheu cores vibrantes mais vibrantes para fazer de seu traçado floral mais moderno e abstrato; posicionou-se em frente a imensa tela riscada de carvão preto e já pintada nas extremidades, como Caroline o mudara, até no campo da arte moderna Klaus se aventurava agora.

- Nik! Vamos! Kol já se foi para o escritório com Elijah. Está na hora! – Rebekah anunciou estridentemente ao entrar no local sagrado do irmão.

- Não, não Rebekah! Eu não vou com vocês. Pode esquecer! – o Híbrido bradou irritado, largando seus apetrechos sobre uma das bancadas.

- Sim você vai Klaus. – Katherine ralhou charmosamente, já pegando o loiro por um braço e começando a guia-lo em direção à porta de saída.

- Katerina!

- Não Senhor! Você sabe, eu sempre consigo o que eu quero! – a doppelganger rebateu divertida.

Sem mais protestos, até porque para Klaus ambas estavam completamente loucas, ele as acompanhou. Desceram até o estacionamento do prédio, se dirigindo ao chamativo conversível vermelho da morena, onde ela ocupou o lugar do motorista, ele o do carona e Rebekah, o banco traseiro. Dada à partida, o carro tomou a direção do centro da cidade, e o homem mais temido do mundo, chegou a suspirar pesadamente de exasperação; afinal, como passar um dia inteiro na companhia de duas mulheres tão mimadas como aquelas sem perder a última gota de sanidade que lhe restava?

Ao chagarem na primeira joalheria, que o Original reconheceu como uma das mais famosas e sofisticadas do país, a loira rumou diretamente na direção dos diamantes, ficara encantada por um anel de ouro branco e brilhantes, que ele teve certeza, assim como Katherine, de que Caroline não gostaria; era realmente extravagante, e não era algo que o Híbrido gostaria de dar a ela. Após muita implicância da parte da irmã mais nova eles deixaram a loja, rumando para a próxima, mas sem qualquer sombra de dúvida, com a joia finamente embalada em uma sacola pertencente a Rebekah.

A segunda loja fora de longe a que o grupo mais detestou; apesar da qualidade de todas as peças expostas, nenhum deles encontrou nada que pudesse fazer a amada de Klaus se maravilhar. E sendo assim, obviamente, dirigira-se a saída, tinham muitas joalherias para visitar, e nenhum anel interessante no momento.

O terceiro e o quarto estabelecimentos, visitados após o almoço, foram mais animadores do que os anteriores; possuíam peças divinas e de alto padrão. O Híbrido teve que concordar com a irmã sobre uma gargantilha magnífica de esmeraldas, que secretamente ele adquiriu para o aniversário da morena que os acompanhava, admirando a atentamente. Katherine insistiu por alguns minutos em uma aliança de prata, ouro branco e lápis lazúli, que o loiro recusou com educação, pois Caroline já possuía seu anel da luz do dia com a mesma pedra preciosa.

- Eu não aguento mais essa história Rebekah! Quero ir para casa! – esbravejou o Original.

- Vamos! Só mais a essa joalheria Nik; se você não gostar de nada nós voltaremos, ok? – a loira pediu suplicante, tendo seu desejo atendido logo em seguida, quando eles adentraram a última loja da extensa rua em que se encontravam.

Com o fracasso da missão do dia, o trio de perigosos e frustrados vampiros voltou para o maravilhoso prédio em que moravam. Como previsto não havia mais ninguém em casa; sendo assim, cada um deles rumou para um canto da casa. Klaus se dirigiu como um furacão para seu quarto, se debruçando perigosamente na ampla sacada; estava realmente aborrecido, queria com todas as suas forças ter encontrado um anel de noivado digno da sua Caroline, mas havia fracassado.

Mais uma vez em menos de vinte quatro horas, o Híbrido sentia-se ser tomado pelos seus mais sombrios pensamentos. Queria muito se casar com a vampira; mas como fazer isso, se nem a aliança perfeita ele possuía? Como propor a ela que vivessem juntos? Que o aceitasse diante de Deus? Tantas perguntas sem respostas. Esse tipo de situação o deixava acuado, preocupado. Desejava tanto poder realizar esse sonho dela; fazê-la dele de todas as formas possíveis. Quão patético ele não deveria estar parecendo naquele momento? E de que importava esse fato, uma vez que Caroline já era tudo?

- Posso entrar? – Katherine inquiriu, após uma leve batida, com a cabeça para dentro do quarto, o corpo completamente escondido pela porta.

- Claro. Por que não? Somos da mesma família agora. – o Híbrido desdenhou sutilmente, causando um sorriso tanto em si mesmo como na vampira, que andava na sua direção.

- Eu queria mostrar uma coisa pra você. – a morena disse já ao lado de Klaus. Ela escondia algo entre as mãos, e sentia-se hesitar pela primeira vez em muitos anos.

- Bom, quando você atacou a minha família, você não os roubou; creio que a sua intensão era apenas extermina-los. Eu fiquei com algumas das coisas que pertenceram a eles, e uma delas foi isso. – a doppelganger continuou disfarçadamente controlada, após um incentivador aceno de cabeça do loiro, mostrando uma pequena caixa branca.

- Eu não sei se você irá aceitar Klaus, mas esse é o anel de noivado da minha mãe, ele era da minha avó, e antes da mãe dela. Está na família Petrova há anos, e como ele teria sido do meu irmão, eu não tenho muitos direitos sobre ele. – Katherine prosseguiu reflexivamente, estendendo seu presente, que o Original educadamente aceitou.

Ao abrir a delicada tampa feita de cetim, a surpresa nos traços do Híbrido foram inegáveis; não poderia haver no mundo um anel mais perfeito para Caroline. A peça em si era magnífica, e simbolizava impecavelmente todas as características do amor entre eles; possuía um gigantesco diamante em formato retangular, com pedras idênticas, porém menores, em sua lateral, a armação em ouro amarelo antigo, e o que o fazia tão esplêndido, era sem sombra de dúvida, a coloração rara e predominantemente rosa das pedras preciosas. Fazia séculos que os olhos verdes de Klaus não repousavam em um anel tão lindo, e com total certeza, ele nunca vira um diamante rosa como aquele.

- Por que Katerina? – o loiro indagou em um sussurro, encarando a vampira.

- Você a ama, o anel é perfeito. Eu poderia lhe dizer essas meias verdades, mas digamos apenas, que eu estou fazendo algo que Caroline fez comigo anos atrás. Eu estou agradecendo! Eu jamais seria quem eu sou hoje se não fosse você. Apesar de tudo, eu gosto de ser quem eu sou. – a vampira explicou calmamente, fazendo Klaus se arrepender pela primeira vez em toda a sua vida de fazer o que fizera com a família dela.

- Me perdoe! Eu como sempre, fiz a coisa errada. Eu errei com você Katerina. Desculpe-me! – ele pediu segurando de leve na mão dela, os olhos de ambos fixos uns nos outros.

- Você está perdoado. O meu amor por Elijah perdoou você há muito tempo. – Katherine concluiu, e dando um beijo na face direita de Klaus, seguiu até a porta.

- Obrigado! – o loiro agradeceu, fazendo a virar para ele novamente.

- Peça a em Mystic Falls, ok? – a morena aconselhou antes de passar pela porta de volta a seu quarto.

Sentindo-se mais leve, e com um enorme sorriso no rosto, o Híbrido foi para exatamente no bar da sala de estar. Serviu-se do seu costumeiro whisky, e jogou-se sobre uma das poltronas de couro. Não havia nada que o pudesse para agora, tinha o anel perfeito, a benção de todos os seus amigos e familiares, ou seja, Caroline teria a maior surpresa de sua vida em poucos dias. Como a vida era bela para Klaus agora; como sua felicidade explodia em risos e sorrisos.

- Encontrou? – Elijah questionou curioso no minuto seguinte em que chegou ao cômodo, seu irmão tinha os olhos brilhando.

- Sim. É magnífico. – o loiro respondeu, alargando o sorriso.

- Que bom Niklaus. – o moreno parabenizou retribuindo o gesto de alegria, já subia calmamente as escadas.

- Irmão? – Klaus chamou fazendo o Original estacar.

- Você deveria pedi-la em casamento também.

- Eu irei. Em breve.

Com essa afirmação, Elijah desapareceu de vista, deixando o Híbrido sozinho novamente. Era uma sensação completamente nova para ele, estar sozinho, mas de forma alguma solitário. Esperara mil anos por isso, pelo momento que vivia agora. E apesar dos arrependimentos, faria exatamente tudo de novo, cada momento teria sido o mesmo, sem a história que Klaus havia escrito para si; jamais haveria os belíssimos traços, os cabelos loiros e cacheados de Caroline para ele, nunca conheceria o amor como ela o fez conhecer. Tudo valeu a pena; porque no final, o Original, poderia sempre repetir o gesto que fazia; ligar para a mulher que tanto o amava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Deixem reviews e recomendações!
Não esqueçam de votar na música!
Como ando chantagista hoje... duas recomendações, e o capítulo 13 será postado amanhã.
Não consegui revisar. Sorry!

Link do anel:
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xoxo