“O que fazer para ele se interessar por mim? Eu sou patética mesmo.”

Essa era minha consciência como sempre me “animando” para continuar.

Minha história se passa ainda no momento de escola, é... Foi um pouco difícil no inicio. Eu comecei a me apaixonar por um cara e nem ao menos sabia o nome dele. Sempre o vigiava de longe e pra minha infelicidade ele tinha namorada. Era horrível sabe você gostar de uma pessoa e vê-la nos braços de outra e nem ao menos poder confessar os seus sentimentos, dá carinho, amor, atenção... Ter a chance de mostrar que gosta. Mesmo eu de longe sempre o olhava, vigiava cada passo dele.

Não sou uma maníaca maluca, ok? Era como amar uma pessoa que mora do outro lado do mundo, porque eu não podia toca-lo, nem beija-lo, nem ficar perto... Era assim que eu sentia. E sabe qual era mais ainda a minha raiva? Era ver sua namorada ter uma linda pessoa nas mãos e tratar como se fosse um lixo. Porque as pessoas às vezes gostam de aguentar coisas absurdas pela pessoa amada? Não entendo... Não entendo mesmo.

Minhas bochechas esquentavam quando ele me olhava de volta, ficava e muito sem jeito. Ficava mais ainda com as bochechas queimando quando o via com a blusa meio levantada no jogo de vôlei, imaginando como era vê-lo totalmente se camisa. Claro que eu tinha sempre que espantar esses pensamentos, me pegava varias vezes olhando para ele por tanto tempo indisfarçadamente que ele acabava olhando de volta e me flagrando e sempre era constrangedor. Queria conhecê-lo, saber mais sobre ele, saber sobre seus gostos, sobre seus defeitos, sobre sua vida, sobre seus segredos...

No dia anterior eu o havia visto numa festa, ele estava mais lindo que o normal. Senti uma enorme vontade de ir lá falar com ele, mas e a coragem? Cadê ela quando eu preciso? Tão traidora, fugia mais do que eu.

Achava que o dia de conhecê-lo mesmo nunca chegaria que eu teria que continuar sempre o olhando de longe escondido por trás de meus amigos, olhando-o quando estava distraído enfim esse dia chegou... E eu nem estava com o cabelo “Apresentável.”.

- Sério, a festa foi ótima e eu ainda consegui ficar com um cara lá... – Falei empolgada, o cara até que era bonito. – Foi bom, mais ele beijava tão mal... – Ri alto. – Precisei de uma toalhinha depois pra limpar a minha boca.

- Isso que dá ir pra festa e não chamar as amigas. – Yui implicou, eu sempre a chamava pras festas, mais cadê que ela ia?

- Ixxiii, nem bebeu né? Mais do jeito que você tá com as pernas cansadas, deve ter ido até o chão ontem. – Dake riu, era um dos meus melhores amigos.

- Nem tanto, nem tanto viu. – Tentei fugir da conversa.

De repente olhei para o lado distraída e lá estava ele vindo... Minhas bochechas automaticamente ficaram quentes. Queria enfiar minha cabeça embaixo da terra. Yui sorriu pra mim, já sabia de toda a história e de como eu poderia estar naquele momento. Era ele, sorridente e alegre como sempre.

- Iai cara, como tá? – Apertou a mão de Dake. – E as aulas de violão? Vai ter?

- Vai sim cara, bom pelo o que eu to sabendo eles devem tá procurando novos professores.

- É, deve ser. – Olhou em minha direção, fui um pouco para trás de Yui. – E eu nem sei o nome de vocês ainda, prazer meu nome é Zoey.

- O meu é Yui.

- E o meu é May.

- E o seu? – Zoey sorriu pra mim e eu não pude deixar de sorrir também.

- Yuuki. Meu nome é Yuuki.

- Nunca vou esquecer o seu nome. – Riu e apertou minha mão me cumprimentando.

Minhas bochechas ficaram quentes novamente, ficamos lá conversando sobre a festa de ontem... A cada minuto ia vendo como ele era engraçado e divertido e como a namorada dele tinha muita sorte em tê-lo em sua vida e ia invejando-a mais ainda.

- Mas eu achava mesmo que você era gay. – Disse inocentemente e ri realmente o Zoey era uma ótima pessoa, mas ele tinha às vezes um jeito de gay.

Senti meu corpo ser imprensado contra a parede e então segundo depois seu rosto estava bem perto do meu, foi ai que devo ter ficado mais vermelho que um pimentão.

- Quer mesmo que eu te mostre se sou gay? – “Quero! Quero!” Meu pensamento gritava. Não tive nem palavra pra responder queria e muito beija-lo. Apenas ri e sai dali.

Meu pensamento era imaginando como seria se eu tivesse deixado ele me mostrar, acho que seria mágico, mas... NÃO! Não podia, ele devia estar namorando aquela garota e não queria arranjar confusão com ninguém.

Mas passei o dia todo feliz por ter falado com ter conversado com ele um pouco. Não tinha pessoa com o sorriso mais bobo que o meu.