Renegados [interativa] escrita por Evil Plushie


Capítulo 6
[Cinco] Acontecimentos Inesperados


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo termina as 'apresentações' do humanos o/ No próximo, vou continuar as situações ~delicadas~ pela visão dos magos, okay?

Boa leitura, até as notas finais o/



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Roma, também conhecida como A Cidade Eterna, guarda consigo muitas histórias. Segundo a lenda, foi fundada por Rômulo e Remo, irmãos gêmeos filhos de Marte, que ao serem abandonados pelo tio, são encontrados por uma loba que os amamenta. Muito ocorre depois, sendo que no fim, por uma briga entre os irmãos para decidir quem reinará, Rômulo assassina Remo e funda Roma. Depois de tudo isso, nenhuma atenção extra é dada para a loba que amamentou os irmãos, salvando-lhes a vida. Talvez não fosse apenas uma loba normal...

Era noite, e havia pouca iluminação para o antigo prédio abandonado, em uma área pobre de Roma. Sua pintura, que um dia fora azul, estava agora desgastada. Várias rachaduras eram notadas, e provavelmente estava condenado. As janelas eram todas quebradas, ou simplesmente foram levadas dali. Dentro do prédio, que possuía apenas três andares, estava um grupo com cerca de quatro pessoas. Alguns discutiam entre si, enquanto outros simplesmente dormiam ou afiavam suas armas. Armas medievais.

– Eles já saíram faz várias horas... – Comentou um, enquanto brincava jogando um punhal muito afiado para cima, e aparando-o pelo cabo.

– Mack e Tennon sabem se cuidar, não se preocupe com eles. Na verdade, apenas acho que se distraíram com alguma coisa. Esse mundo parece bem mais interessante que o nosso. – Respondeu um grandalhão que jogava uma espécie de cartas, sozinho. Todos ali pareciam sentir a mesma coisa: Tédio.

– E se nós mesmos fossemos procurar o tal mago? – O menor deles, e mais jovem, perguntou.

Todos se entreolharam, sem dizer nada, embora pelas suas expressões gostassem da ideia. Afinal, sair um pouquinho não faria mal...














_____













Em uma cafeteria próxima ao St. Stephen’s School, em Roma, alguns jovens estavam reunidos. Falando alto, brincando, fazendo bagunça... Estas coisas que jovens normais costumam fazer. O lugar possuía tamanho médio, embora estivesse quase lotado por servir o melhor capuccino de Roma – ou era o que diziam -. Mas o que mais atraía no local era o ambiente calmo e descontraído, com cheiro de café e bolos no ar.

Spancer Todd, um garoto alto, bronzeado com o corpo trabalhado por ser capitão do time de basquete, com olhos azuis claros e cabelos negros espalhados em todas as direções, adentrava o local. Trajava o uniforme do time, pois acabara de sair do treino, e tinha os cabelos molhados. Dirigiu-se diretamente ao balcão, fazendo seu pedido para a viagem.

Os jovens barulhentos da mesa próxima, logo que o viram, chamaram sua atenção.

– Ei Span, junte-se a nós – Disse um deles, ainda rindo de alguma piada pronunciada por outro. Todos concordaram com ele, tentando convencer o garoto.

Spancer pegou seus pedidos, colocando-os embaixo do braço. Fez um gesto sutil para a mesa, negando o pedido.

– Sinto muito, caras, estou de saída – Disse, saindo do estabelecimento, escutando os protestos atrás de si.

Ele não tinha realmente um compromisso, mas estava exausto para dar atenção aos colegas. De uns dias para cá, se afastava cada vez mais dos vários amigos. Nem ele mesmo sabia o motivo, talvez intuição?

Dirigiu-se andando até o parque “Colina do Ópio”, de onde era possível avistar o Coliseu. De uma certa distância, era já possível avistar o local que servira para luta de gladiadores e caçadas, tudo para a diversão do público. Mas antes que Span alcançasse o parque, sentiu uma mão em seu ombro, virando-se rapidamente. Se surpreendeu mais ao ver uma mulher que trajava roupas de couro, e carregava nas costas um machado pequeno, além de uma besta e flechas. Seus cabelos castanhos claros estavam presos em uma trança, e ela sorria de uma forma um tanto assustadora, porém, decepcionada.

– Humpf, é apenas um humano. – Murmurou, enquanto sacudia um objeto freneticamente em suas mãos. Uma espécie de aro resplandecente, que poderia ser confundido com uma pulseira. – Isto está com defeitos? Há rastro de... Ah, é isso...

Ela murmurava coisas para si mesma, e em sua mão surgiu um punhal, provavelmente das mangas da blusa da mulher. Span afastou-se um passo, ainda confuso com tudo aquilo, embora não pudesse deixar de pensar que fosse algo da máfia. Sua família era envolvida com a máfia local, e ele não se surpreenderia se tivessem enviado alguém para matá-lo ou chantagear... Só não sabia que seria uma pessoa maluca.

– Nem mais um passo, mocinho. Leve-me até o mago, e pouparei sua vida. – Ela disse, o punhal indo direto para o pescoço de Spancer.

– Espera, não faço ideia do que está falando. Quem é você? – Ele perguntou, a voz meio rouca, enquanto tentava não se mover por causa do punhal em sua jugular.

A mulher suspirou.

– Humanos inúteis... Leve-me até sua casa, então. Cuidarei do resto. – Seu tom dizia que ela não admitiria um ‘não’ como resposta. Spancer engoliu em seco, em dúvida sobre o que fazer a seguir.

Precisava de algum modo de enrolá-la.














_____













Dois rapazes estavam presos, inconscientes, em um prédio sujo e abandonado de Roma. Próximo a eles, haviam duas gaiolas com animais. Em uma delas havia uma doninha branca, que mordia as grades, mesmo que assim não fosse escapar. Em outra, um gato ashera, cuja pelagem lembrava a de uma onça. Ele estava deitado, como se não se importasse. Perto dali, os mesmos quatro homens conversavam animadamente até demais. Estavam todos bêbados.

– Quem diria? Conseguimos nos transportar para longe e trazer os magos, e chegamos antes do Mack e da Tennon. – Um deles disse, uma garrafa de uísque em mãos.

– Vamos deixá-los, podemos voltar para Vardfall e sermos dados como heróis. O príncipe vai nos agradecer em dobro! – Outro sugeriu, deitado, o braço atrás da cabeça.

– Parem com isso! – Rugiu um deles, talvez o único que não estava bêbado – Foi fácil demais pegá-los, mas ainda podemos esperar mais um. Se os deixarmos aqui, será pior. Irão nos dedurar depois. Vocês são tão patéticos... Eu poderia matá-los aqui mesmo e ir sozinho, estão todos bêbados. – Comentou.

Não foi uma coisa boa a dizer, pois subitamente a sala adquiriu um ar de tensão. Tudo a seguir aconteceu muito rápido, tão rápido que olhos destreinados não poderiam ver. Grande parte deles partiu para cima do grandalhão que os ‘ameaçara’, com suas armas. Este, não cairia facilmente, e uma grande confusão começou na sala pequena e escura. As velas que iluminavam o local caíram, começando um incêndio, que acordou os prisioneiros. Os quatro homens estavam tão ocupados – e bêbados – que não perceberam nada disso.

Enquanto homens e armas voavam para todos os lados, um deles esbarrou na gaiola de um dos animais, a doninha. Os garotos estavam acordados, mas não podiam falar ou se mover, pois estavam presos e amordaçados. Ao bater no chão, a gaiola se abriu, e o pequeno animal branco correu até os rapazes que estavam presos para roer-lhes as cordas com seus dentes afiados. Não demorou muito para as mãos de um deles estar solta, e ele tirou o tecido que lhe tampava olhos e boca, se surpreendendo com o que acontecia. Não conseguiu se mover, até uma flecha aleatória passar zunindo perto de sua cabeça. Instintivamente, soltou o companheiro de prisão, e soltaram o gato, que era importante para um deles.

– O que vamos fazer? Estão bloqueando as saídas. – Um dos rapazes, com cabelos louros curtos, olhos azuis e rosto sujo de sangue das pancadas que recebera, falou, tossindo pela fumaça. Com os olhos, procurava seu animal de estimação, a doninha.

O outro rapaz já começara a se mover. Este, possuía cabelos castanhos lisos e olhos castanhos que moviam-se rápido. Com a cadeira onde estiveram presos, quebrou a janela – ou terminou de quebrar, já que estava meio destruída -, e viu o seu gato pular por ela.

– Vamos pela escada de incêndio – Disse, virando-se para o outro rapaz, e dizendo aquilo como se fosse algo óbvio. Passou pela janela, arranhando os braços com as pontas de vidros que restaram, e sentiu sangue escorrer por eles.

O outro rapaz hesitou por um instante, procurando pela doninha. Até encontra-la, perto de uma mochila que devia ser de um dos homens. Pegou-a, sentindo o pequeno animal lhe arranhar, como se ainda não estivesse pronto para ir. Acostumado com isso, apenas ignorou, passando com cuidado pela janela quebrada, embora não pudesse evitar alguns ferimentos.

Desceram a escada de incêndio rapidamente, e quando chegaram ao chão, viram-se em um beco, na parte de trás do prédio. Ambos estavam ofegantes, e a adrenalina ainda não deixava-os sentirem dor.

– Onde estamos? – O louro perguntou, olhando em volta e vendo um lugar desconhecido. Definitivamente, não era os EUA.

Mas antes que pudessem pensar sobre isso, ouviram passos que se dirigiam ao beco.

Dos homens que estavam brigando, haviam dois que não estavam tão feridos, e um que chegara depois.

– Onde está a Tennon? – Perguntou um deles ao que chegara.

– Quis fazer as coisas ao seu modo, como sempre. Não pude impedir.

– Eles devem estar naquele beco, vamos, antes que fujam.

Os três homens correram, chegando até o beco ofegantes, sendo que dois deles muito feridos. O beco estava escuro, pois o poste próximo a ele não funcionava. Se entreolharam, caminhando lentamente até o local.








_____










Era noite. Depois de dar uma volta enorme e desnecessária – de propósito – pela cidade, Spancer e a mulher que o mantinha como refém já se aproximavam da casa dele. Ela já desconfiava, mas sempre mantia o punhal no flanco do garoto, disfarçadamente, de modo que ninguém mais notasse. Sempre que o garoto fazia algo suspeito, como tentar falar com alguém, o punhal era apertado como um aviso. Qualquer ação suspeita, e morre. Qualquer um que visse de longe, era apenas um casal, já que a mulher estava meio que abraçando ele pela cintura, o punhal em sua mão. Spancer ainda não sabia o que estava acontecendo, e todos os seus palpites pareciam não estar corretos, pois era estranho que ela lhe tivesse apontando um punhal e não uma arma de fogo.

Quando estava próximo de sua casa, sendo que ele tentava evitar ao máximo isso dando voltas e mais voltas, esperando encontrar algum conhecido, a mulher parou ao seu lado bruscamente.

– Finalmente me trouxe ao lugar certo – A mulher disse sorrindo, sem olhar para ele. Seus olhos estavam no aro que tinha no pulso, que brilhava mais que antes. – Pode ir agora – Se afastou dele, dando-lhe passagem. Quando o garoto continuou parado, tentando compreender a situação, ela repetiu – Vá!

Ela observou o garoto dar alguns passos, mas não parou para vê-lo ir. Estava empolgada demais com a descoberta, e apenas via em sua cabeça as recompensas que teria. O príncipe a recompensaria bem, principalmente se houvesse feito tudo sozinha. Sendo uma mulher, não lhe davam muito crédito, e sempre a impediam de fazer as coisas, dizendo-a frágil. Provaria o contrário.

Caminhou, seguindo o brilho da pulseira, até parar. Não era uma casa, na verdade. Estava próximo a rua, quando um gato pequeno simplesmente pulou em sua cara. Foi algo inesperado, de modo que a mulher recebeu vários arranhões antes de conseguir tirar o animal. Sentia sangue escorrer por seu rosto, mas ignorou. Ao menos não havia deixado-a cega. O gato, de tamanho pequeno com pelos espalhados para todos os lados, branco com manchas acinzentadas espalhadas por ele, não parava de se debater e rosnar. A mulher sorriu.

– Foi fácil – Disse, enquanto com a mão livre abria a mochila, procurando por algo. Depois de desenhar no chão com uma tinta estranha, pronunciou algumas palavras, fazendo o feitiço de transporte interdimensional que treinara por tanto tempo. Para sem-magia, era preciso instrumentos se quisessem realizar alguma magia, instrumentos mágicos. E a tinta estranha, de cor vermelha, provavelmente era sangue de um mago.

Um grande buraco no chão começou a se abrir, engolindo alguns objetos que estavam em volta. Por um momento, a mulher lembrou-se das recomendações que recebera. “Não faça o feitiço em locais abertos, pois irá arrastar qualquer coisa em um raio de dois metros para dentro dele”. Deu de ombros, ao menos a rua estava vazia. Colocou a gata em uma pequena gaiola que tirara – de algum modo – da mochila, e preparou-se para pular.

– Ei, essa gata é minha! – Ouviu gritarem atrás de si. Respirou fundo, impaciente, e virou-se, para avistar o garoto que havia pego mais cedo.

– Eu avisei para ir embora – Disse calmamente, enquanto posicionava uma flecha na besta, mirando nele.

Porém, o garoto correu em sua direção, não dando-lhe tempo para mirar. Pulou sobre ela, e a mulher atirou a flecha em sua perna esquerda. E os dois foram sugados pelo enorme buraco, que se fechou logo depois.


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Notas finais do capítulo

Okay, alguns de vocês deve saber que uma garota meio que plagiou essa fanfic.
(para quem não sabe, é essa: http://fanfiction.com.br/historia/370987/A_Resistencia_-_Fic_Interativa/ )

Eu andei incomodando-a muito nos últimos dias, para tirar a fanfic do ar. Mas estou tão cansada de tudo isso que resolvi simplesmente deixar como está. Tenho certeza que ela não conseguirá continuar, de qualquer modo, a não ser que copie outras ideias da minha fanfic. Mas eu não consegui continuar lendo, porque ela não escreve muito bem, na verdade e.e
A única coisa que eu queria era que "Renegados" fosse uma fanfic diferente, original, criativa. E me aparece isso. E não tem como denunciar, também, pois plágio é apenas cópia literal do texto ou parte dele. Se mudar palavras e nomes não é plágio, interessante, não?

Então, eu ia incomodar mais ainda a garota, mas meio que desisti disso =/ Ainda estou revoltada, claro, mas estive tendo muitas dores de cabeça por causa disso... E como não existem finais felizes (lembram?), esse é o desfecho. Ela venceu...

De qualquer modo, só queria avisá-los mesmo. Não posso chegar a um acordo com o "ser", pois ela me bloqueou, então tudo vai continuar como está.

Até o próximo capítulo...