Acordo espontaneamente, olho logo para a pessoa que era a que estava me fazendo mais feliz na vida, e que eu queria perto de mim, agora... Se for possível... Para sempre agora. Eu quero o Renan. Não resisti e dei um selinho em seus lábios, assim que ia levantar a porta abri e junto com ela Sandra entra no quarto, agora ferrou tudo.

- Leslie eu trouxe o caf- Ela olha para a minha cama, eu arregalo os olhos e a bandeja que ela estava segurando cai no chão- AAAAAAAAAAAH- Ela grita e Renan acorda assustado.

- Sandra? Ai meu Deus!

- Sandra... Por favor, eu posso... – Renan começa a tentar explicar

- O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA SEU DESCARADO- Ela o fuzila

- Nada que ela não queria- Olhei para ele e franzi o cenho e olhei para Sandra que estava vermelha

- Você... Eu não acredito... Renan... Você transou com a minha filha?- Ela grita, eu levanto puxando o lençol

- EI!- Renan pega o travesseiro e coloca nas suas partes, pelo menos ele estava de cueca.

- Olha aqui... Sai da minha casa agora!- Ela aponta para a porta

- Mas Sandra, você que mandou ele vim para cá!

- Mas não foi para vocês transarem! SAIA!

- Sandra calma- Eu disse

- CALMA? COMO CALMA? ELE TE USOU, ELE TRANSOU COM VOCÊ LESLIE E VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMA?- Eu acho que falta segundos para ela pegar fogo

- Sandra, ele não me usou nem nada, eu quis que...- Ela não deixou ele terminar andou até ele e o puxou pela orelha

- Saia da minha casa agora

- AI, AI, AI, AI, AI SOLTA- Ele continuava puxando ele para fora- Minhas roupas, Leslie socorro- Peguei as roupas dele, e eu continuava enrolada no lençol, e Renan apenas com o travesseiro

- Eu não quero você nunca mais aqui no quarto da Leslie, tá me ouvindo? Nunca mais- Ela desceu as escadas e ele estava quase chorando de dor, eu tentava impedir, mas ela não deixava abriu a porta e empurrou ele para fora- Se for para usar minha filha, nunca mais entre aqui

- Renan eu... – Eu fui entregar as roupas, mas Sandra me puxou para fora e jogou as roupas dele no chão, ele estava ainda com o travesseiro na mão tentando tampar o que não devia ser mostrado.

- Cachorro, aproveitador de crianças- Ela bateu a porta na cara dele e virou-se para mim

- Tá maluca? Eu? Criança?- Ele estava me fuzilando

- Olha aqui Leslie, você só tem 17 anos e isso não é idade de ficar por ai fazendo sexo com o vizinho...

- Mas ele não me forçou, eu quis.

- Por isso mesmo, você é uma criança ainda!

- Ah Sandra, poupe-me! Eu vou fazer 18 e estou muito feliz com o que eu fiz e não me arrependo e se quiser... Ainda faço de novo!

- O que?- Ela arregala os olhos - Não pense em chegar mais perto de Renan, nunca mais tá ouvindo Leslie? NUNCA MAIS!

- Ele fez, e fez bem feito, só porque está velha não precisa estragar a minha adolescência, foi muito bom, foi gostoso e quando eu quiser vou fazer de novo!

- O que você disse? Quer ficar grávida aos 17 anos? É isso? Quer ter um filho com 17 anos? É isso Leslie?

- Pelo o menos se eu tivesse um filho com 17 anos, eu não faria igual a você, nunca o abandonaria em um parque de diversões- Ela não diz nada eu subo e me jogo na cama...

- AH QUE ÓDIO- Fecho os olhos tentando fazer a raiva passar.

Eu queria dar um tapa, um soco, não sei, mas eu precisava fazer uma dessas coisas na Sandra, a raiva que tinha sumido quanto a ela, voltou, e pior ainda. Tudo bem, mas ela estragou tudo. Estava tudo perfeito.

Um sorriso se formou em meus lábios quando eu me lembrei da noite anterior, ele estava mesmo mexendo comigo, de uma forma que nem o Taylor conseguiu mexer.

O Renan era tipo... Quem mais eu precisava em minha vida, comecei a pensar quando éramos pequenos, e eu ri de algumas coisas idiotas, e só de pensar que ele seria a pessoa que eu mais queria em minha vida agora, que era ele quem iria ser o menino... Que roubou minha atenção... E também... Bom, isso eu não tenho tanta certeza, mas... Tudo indica que sim

- Abra a porta – Sandra começa a bater nela desesperadamente – Vamos conversar.

Não digo nada.

- Leslie não adianta, hoje não é dia para seus shows, abra isso aqui logo – Ela bate de novo – Você vai me ouvir querendo ou não.

Ainda não digo nada, apenas fico encarando o teto

- Leslie Fontana, abra essa porta AGORA! – Ela bate mais forte

- Quem vai me obrigar?

- Eu tenho a chave de todos os quartos dessa casa, eu ainda não usei porque não quero te obrigar a nada, mas abra essa porta Leslie.

- Não tem a chave? Então use!

- Leslie, você sabe que a gente tem que conversar, abra essa porta.

- Derrube-a!

- Você sabe que eu faço isso, então abra!

- Me dê um motivo!

- Leslie eu nunca pensei que você pudesse ser tão difícil, abre logo isso. – Pensei muito, muito mesmo, e levantei, abri a porta e voltei para a cama, ela se aproximou.

- Tome isso aqui – Ela segurava em minha direção um copo de água e o que parecia um remédio.

- Eu não estou doente!

- Não me interessa, tome isso aqui!

- Eu não quero!

- Mas você vai tomar.

- Por quê? O que tem nesse remédio? Quer me matar também?

- Leslie isso é uma pílula, tome isso aqui, eu não quero você grávida.

- Ah! Entendi!

- Toma logo garota, ou você quer ficar grávida?

- E se eu quiser?

- Leslie... – Ela aproximou mais o copo de mim, eu peguei revirei os olhos e tomei o tal do remédio

- Se eu morrer que fique claro que você que me matou.

- A única coisa que eu estou tentando fazer é não deixar uma criança crescer dentro de outra criança.

- Eu não sou criança, mas que merda!

- Leslie, você sabe que isso é errado, então por que fez?

- Eu não sei tá! Eu senti vontade só isso... E eu não vou mesmo falar sobre isso com você.

- Eu sou sua mãe, você tem que me falar.

- Quer saber o que também? Quer saber detalhes? O que eu fiz e o que ele fez?

- Se você contar!

- É uma pena que eu não vou.

- Você nem é maior de idade ainda Leslie, por que hein?

- Isso não tem idade Sandra, tipo... Eu estava conversando com ele, mas ele me beijou, e pronto, acabou!

- E você ficar grávida?

- Eu ganho um filho, será que não é tão obvio assim?

- Tudo bem, já está feito mesmo, não tem como voltar atrás, mas... Doeu?

- Fala sério, quer saber o tamanho do...

- Tá! – Ela gritou – Não precisa falar.

- Obrigada!

- Mas agora é sério... Precisamos conversar sobre o passado. – Apenas olhei para ela – Eu sei que como você descobriu tudo... Foi errado, não era para ser daquele jeito!

- Ah sério?

- Deixe a sua ironia para depois, eu sei que você ainda sente raiva de mim Leslie.

- Ah sério?

- Colabora garota!

- Desculpa!

- Eu sei que você já perdoou, de uma forma bem perversa o Renan – Revirei os olhos e sorri ao mesmo tempo – Mas e eu?

- O que?

- Eu Leslie? Eu nunca quis fazer aquilo com você, mas eu preciso mesmo do seu perdão, eu sei que sua raiva por mim cresceu mais ainda hoje de manhã, mas você não é mais virgem, e só tem dezessete anos.

- Que eu lembre foi a mesma idade que você ma abandonou!

- Eu não tinha dezoito, eu tinha vinte.

- Não importa.

- Mas Leslie, esquecendo o fato de hoje de manhã, por agora, claro! Me perdoa?

- Um motivo para eu te perdoar?

- Eu sou sua mãe!

- Isso não é motivo, você já me fez muitas coisas, mentiu, e fez com que outras pessoas mentissem também, você estragou eu meu “dia mágico” com o Renan, e agora quer um perdão.

- Mas é claro... Me perdoa?

- Com uma condição...

- Qual?

- Me conta tudo.

- Tudo? – Assenti – Como assim tudo?

- Desde o momento que eu nasci, até hoje.

- É uma historia muito grande.

- Eu to sem fazer nada, você também...

- Tudo bem!

- Começa – Me sentei certa, de frente para ela e ela começou.

- Bom, eu conheci seu pai em uma festa, entre amigos, eu tinha dezoito, quase vinte já, eu ainda era idiota, eu era o tipo de adolescente que deixava se levar por qualquer um, mesmo já sendo quase adulta – Ela deu uma pausa – Seu pai me chamou para dançar, aquela típica dança lenta, como eu me apaixonava tão fácil ou por um simples olhar de um garoto, eu aceitei, ele começou a me falar várias coisas, lembrando que ele já tinha vinte e cinco. A gente começou a dançar, ele me falava coisas e eu ria a todo momento, ele me chamou para sentarmos e conversamos melhor. – Ela parou e abaixou a cabeça.

- Tá tudo bem Sandra? – Ela respirou fundo

- Sim – Ela me olhou – Continuando, a gente sentou e começamos a conversar, normal, sobre muitas coisas, no fim da festa ele me chamou para ir para casa dele, eu não queria, porque eu fui com amigos e eu queria voltar com eles, mas ele insistiu, e eu deixei, eu fui... E chegando lá, a gente começou a conversar de novo, então ele disse que queria me beijar, na hora eu fiquei meia confusa, porque eu não conhecia ele tanto tempo assim, mas eu deixei, e ele me beijou, ele começou a passar a mão pelo meu corpo – Uma lagrima caiu de seus olhos.

- Sandra? Você tá bem? Se não quiser...

- Não, eu vou continuar – Ela limpou a lágrima e começou novamente – Eu estava com medo, porque várias amigas minhas já sofreram com o mesmo tipo de homem, eu comecei a tentar afastar ele de mim, mas ele não deixava, ele começou a tirar minha roupa, eu não queria, mas ele continuava, eu empurrei ele várias vezes, mas ele era mais forte e me puxou para o quarto, ele me obrigou a tirar a roupa, eu falei que não, mas ele continuou a insistir e se eu não tirasse ele ia fazer algo muito ruim comigo, eu tirei... E ele me forçou... A... Bom, a gente fez o que você e o Renan fizeram ontem, mas com ele foi diferente, foi forçado, e... Eu me culpei de todas as formas, e por eu ter sido tão fraca.

- Sandra se não estiver te fazendo bem para!

- Não Leslie, você tem que saber.

- Tá...

- Depois, eu pensei que ele ainda ia querer algo comigo, mas ele brigou comigo, falando que eu era idiota, falando que eu não sabia o que estava fazendo, falando que eu não o satisfaze, que eu não passava de uma idiota, e ele me mandou embora, eu fui, chorando, porque eu me achei uma idiota por ter feito aquilo, então... Alguns dias depois, eu descobri que estava grávida. E que como ele foi o único que eu tinha feito até aquele dia, era ele, eu fui atrás dele, mas ele me ignorou, disse que não era dele. Toda a sua gestação foi complicada, eu sofri muito, eu sentia dores, ele já tentou me empurrar de escadas e tudo mais, só para perder você, ele insistia e fazia de tudo, até me ofereceu dinheiro, para que eu abortasse, mas eu não queria, mesmo você sendo fruto de uma relação sem amor, eu queria ter você, eu não tinha coragem de te matar, eu continuei, meus pais e eu mudamos de várias cidades por causa dele, ele estava atrás de mim, queria me matar, a policia vivia atrás dele, e disse que ele era um criminoso e que sua ficha era enorme. Meu medo cresceu, eu não queria te perder. Você nasceu, e eu não sei como, ele descobriu – Ela limpou as lágrimas.

- Sandra... Eu... Ele queria... Quem é ele? – Eu estava com os olhos também com lágrimas.

- Esquece, me deixa continuar – Ela repirou fundo – Ele veio atrás de você, eu tive que me mudar mais uma vez, e foi ai que eu me mudei para uma casa perto da Cintia, eu conheci ela, e você o Renan, ele já tinha um ano, quando você tinha alguns meses, mas não demorou muito para vocês crescerem e virarem pequenos pedaços de gente que não paravam de brincar, eu recebia cartas todos os meses, ligações, a Cintia me ajudava a te esconder, ela já ficou várias vezes com você, enquanto eu tentava me livrar dele, mas nada dele desistir, sua tia... A Patrícia, era minha irmã mais velha, ela não morava aqui, ela morava em outra cidade, eu não me lembro o nome, mas então, ela também estava com medo de que ele te matasse, e como meu pai tinha colocado ele na justiça ele tinha que pagar a pensão, e foi isso que piorou tudo, ele continuou com as ameaças, você ainda continuava com o Renan, a gente viajava todo mês, vocês ficavam brincando, fomos para várias fazendas... Tentando fugir dele, foram exatamente, quatro anos fugindo dele, quatro anos, ele me deu duas semanas para dar um fim em você, porque era esse o tempo que ele tinha para pagar toda a pensão ou era preso, duas semanas, eu fiquei desesperada, sua tia me ligava todos os dias, você não a conhecia, nunca ouviu a voz dela, nem fotos, ela era a única que podia te livrar disso, as duas semanas acabaram e eu... – Ela levantou a cabeça e respirou fundo – Eu fiquei desesperada, eu liguei para a Patrícia e combinei tudo com ela, naquele dia eu te tratei com ignorância porque o tempo tinha acabado, eu estava ficando louca e foi ai que eu te levei para o parque, a Patrícia te pegou, e o resto eu não sei.

- Como assim... Não sabe?

- Eu não liguei mais para a patrícia, ele veio atrás de mim, e disse que queria dar o fim em mim agora, e eu fiquei com medo, eu queria ver você crescendo, eu queria ver você... Comigo, eu consegui fugir dele, mas se você acha que depois que você foi embora... Ele parou. Você se engana. Esse assunto tinha morrido. Mas chegou uma intimação da justiça para ele, depois de muito tempo mesmo, ele descobriu que você estava viva e mais uma vez, veio atrás de mim, ele me pediu me obrigou, me bateu... Para dizer onde você estava, eu não disse, mas ele começou a pesquisar, ele tinha como saber de tudo – Ela chorou mais ainda – Leslie, ele queria te matar... Por sorte não conseguiu, mas o motorista do caminhão... Era ele! – Me assustei.

- Como? – Algumas lágrimas caíram – Então foi ele?

- Ele morreu também, ele foi preso, ele tentou fugir, mas logo quando fugiu morreu, eu não sei como, mas morreu, eu fiquei procurando você, porque depois que a Patrícia e o Luciano morreram eu soube que você estava em algum orfanato, mas eu nunca te achei, e quando eu achei, foi o dia mais feliz de minha vida – Ela sorriu – Sabe? Quando eu te vi ali... na minha frente, com aquela cara fechada – Ela riu e eu sorri – Me deu uma louca vontade de te abraçar e dizer que era eu, que era eu sua mãe, de te contar tudo Leslie, de dizer a verdade, e tudo mais, eu estava doida para te abraçar, e conversar sobre tudo com você. – Ela sorriu – Porque depois de quase sete anos te procurando eu te achei, eu esperava tanto por você... E te vi ali na minha frente... Foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. – Eu sorri – Porque aquele pedacinho de gente que eu tanto amava... Se tornou essa linda moça... Que é hoje. Leslie você é a melhor coisa que pode ter me acontecido... Você é a pessoa que eu mais amo, minha filha... – Não consegui me conter, eu levantei e abracei a Sandra, ela me abraçou também, eu não sabia se chorava se sorria, mas eu estava abraçada com a minha mãe... Minha mãe!

- Me desculpa por esse tempo todo eu ter me feito de difícil, me perdoa por não ter te perdoado...

- Tudo bem... Te amo filha! – A abracei mais forte

- Te amo mãe... – Sorri e continuei abraçada com ela. É isso... Depois de muito tempo. Encontrei a minha mãe...

_-_-_

- Leslie! – Sandra me gritou do andar de baixo, passou um dia depois do que a Sandra... Digo, depois do que minha mãe me contou, ainda tenho que me acostumar com isso, depois que ela me contou, a gente se deu bem, começamos a conversar sobre tudo, e hoje ela queria conversar com o Renan e comigo, eu estava descendo e assim que cheguei no final da escada eu sorri ao vê-lo e ele olhou para Sandra... ARGH! Olhou para ela e depois sorriu para mim – Sente-se aqui – Ela pediu e eu fui, me sentei ao lado de Renan.

- Sandra... Por que me chamou aqui? – Renan perguntou

- Calma! – Sandra falou... A desisto, é Sandra mesmo. – Eu chamei vocês dois aqui, para conversamos sobre o ocorrido há um dia. – Eu olhei para Renan que estava com uma expressão de medo no rosto.

- Sandra – Eu comecei – Mãe, ah sei lá, eu... O que vai falar?

- Eu quero conversar com os dois, olhe para mim Renan! – Ele levantou a cabeça e olhou para ela – Você sabe muito bem o que fez, e sabe as consequências de seus atos...

- Sim, eu sei – Ele disse.

- E se a Leslie ficasse grávida?

- Eu assumiria.

- Claro que sim, mas se você pensar bem, você lembra como foi com a Jane, você sabe a complicação que foi quando ela ficou grávida, você iria se casar com ela.

- Sim.

- Renan, você sabe o que é ter um filho aos dezessete anos?

- Mas a Leslie não está grávida não é? Está? – Ele me encarou, eu encolhi os ombros como um “não sei”.

- Isso que eu te pergunto, está?

- Mas eu não sei...

- Não?

- Sandra aonde quer chegar?- Eu pergunto

- Renan... Responda-me com toda a sinceridade... – Ele assente – Você pelo menos usou proteção? – Ele fica quase vermelho igual a mim e abaixa a cabeça – Eu fiz uma pergunta!

- Sandra, eu juro que não era a minha intenção, eu nem queria fazer isso com a Leslie, eu vim na intenção de conversar com ela, e não... Bom, cê sabe, mas...

- Não! – Ela completou

- É! – Ele disse

- Legal, sabe o que seria mais legal... Se a Leslie ter um filho – Ela grita

- Calma mãe, calma Sandra, eu não sei, já matou sua curiosidade ok? O Renan não tinha a intenção de fazer isso comigo, ele queria apenas conversar, foi que rolou naturalmente entende? Então... Calma! – Eu disse

- Tudo bem, me desculpe pelo show de ontem, mas... É isso... Eu sei, mas... Dá próxima vez que eu pegar os dois daquele jeito na cama... Renan você perde o seu bem, e Leslie... Você também! – Ela sorri e sai da sala, eu rio e vou em direção a Renan.

- Toma cuidado, ela pode fazer a gente perder aquilo – Ele diz e eu sorrio

- Fica tranquilo – Vou até ele e o abraço assim como ele – Você está bem?

- Melhor que nunca! – Ele diz com uma pitadinha de malicia, sorrio.

- Então... Você, é... O que você achou?

- Do que?

- De tudo,tipo... Tudo que rolou.

- Foi ótimo Leslie... E você?

- O que?

- O que achou?

- Perfeito – Dou um beijo em sua bochecha, no canto da boca – E para completar a perfeição, tinha o Renan no meio! – Ele sorri – Literalmente o meio – Disse em seu ouvido rindo.

- Você ficou muito safada viu.

- É ruim? – Pergunto levantando

- Nem um pouco!

- Eu sei – Meu celular vibra, eu pego – Uma mensagem – Abro

- De quem é?

- Do Taylor! – Começo a ler

“Leslie, eu sei que você tem muitos mais problemas para resolver, mas se for para acabar, eu não quero que acabe assim, por favor, vá até a pracinha para a gente conversar, você sabe que estamos precisando, te esperando”.

- O que ele quer?

- Quer que que vá a pracinha conversar com ele.

- E você... Vai? Assim sozinha?

- Ui! Ele tá com ciúmes! – Digo e depois começo a rir.

- HAHA! Não sua engraçadinha. Eu só não quero que você seja atacado por ele.

- Então vem comigo.

- Eu não quero ataca-lo – Sorrio

- Para seu bobo – Vou até ele e o abraço encosto meu nariz no dele ponta com ponta, e encaro aqueles olhos lindos. Ele rouba um selinho meu – Mas que safado!

- É ruim? – Dou um tapa em seu ombro!

- Vamos logo seu safado – O puxo pela mão – Sandra eu vou falar com o Taylor, tchau!

- Você não a chama de mãe?

- É a falta de costume, logo eu começo a chamar.

- Espero...  – Fomos andando e rindo a todo momento, Renan e suas idiotices que me fazem quase me jogar no chão de tanto rir. Chegamos ao hotel e meu sorriso some.

- Tá tudo bem?

- Tudo, eu preciso só... Pensar! – Continuamos andando, hoje quem estava na recepção era outra mulher, com aparência um pouco mais velha que a da Katharine. Falamos com ela e subimos. Toquei a campainha e logo depois a porta se abriu, Taylor...

- Porque o trouxe? – Ele perguntou se referindo ao Renan

- Tem algo que ia fazer com ela que eu não poderia ver? – Renan pergunta

- Não comecem, vim falar com você...

- Eu sei, entrem – Ele da passagem e entramos.

Entramos e ficamos frente a frente.

- Leslie eu não quero jogar tudo para o alto e fingir que entre a gente nada aconteceu!

- Nem eu!

- Então... Como vamos acabar isso?

- Eu não sei, eu não quero simplesmente pôr um ponto final em tudo, eu ainda quero continuar falando com você, ou pelo menos continuar sendo sua amiga!

- E também, apesar de que tudo isso acabou, Leslie eu ainda te amo muito, você pode até não acreditar, mas eu gosto muito de você, e se fosse possível, eu faria de tudo para a gente continuar juntos.

Olho para Renan que não parava de cerrar os dentes.

- Você sabe que entre a gente agora, só vai rolar amizade...

- Mas eu ainda te amo... – A porta abre e Katharine entra chorando

- Taylor... – Ela me olha e volta a olhar para ele – Eu ouvi bem? Você a ama?

- O que faz aqui e porque chora tanto?

- Não é bem pelo seu amor por ela, mas é outra coisa.

- O que?

- Taylor – Ela começa – Eu to grávida!