Esperando Por Você! escrita por Bia Alves


Capítulo 1
Onde tudo começou...


Notas iniciais do capítulo

Terceira e provavelmente última fic
Esse capitulo é cheio de drama, mas a fic não terá isso em outros capítulos
Espero que gostem, boa leitura ;)



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Eu tinha apenas quatro anos quando um desastre aconteceu, um verdadeiro desastre emocional, aquilo era uma coisa que eu nunca esperava que acontecesse, até porque eu não dava motivos para aquilo, mas o que importa, estou prestes a completar 17 anos, deveria ter esquecido a barbaridade que uma pessoa que eu costumava chamar de "mãe" fez comigo, mas não posso fazer nada, já que as coisas não desaparecem das nossas mentes em um estalo de dedos.

[...]

– Querida vamos dar uma volta?- Minha mãe disse com uma voz doce, típico dela.

Eu estava em meu quarto sentada no chão brincando com minhas bonecas quando ela entrou no quarto, sorrio ao ouvir aquela voz que me deixava feliz.

– Para onde nós vamos mamãe?- Perguntei inocente e animada.

– Vamos passear, somente isso- Ela sorriu andando até mim e me pegando no colo.

– Vamos ao parque de diversões?- Perguntei sorrindo.

– Onde quiser minha flor. - Me colocou no chão pegou minha mão e andamos até o carro, ela pagou um sorvete para mim, e minutos depois chegamos ao parque.

– Em qual brinquedo você quer ir?- Ela perguntou me fitando.

– Naquele gigante ali. - Apontei para a roda gigante.

– Já que quer assim, tome vá comprar uma fixa- Ela me entregou o dinheiro.

– Mas mãe eu não sei comprar a fixa - Disse a encarando.

– Se vira garota! - Ela disse um pouco rude, peguei o dinheiro de sua mãe e fui pegar a fixa, o balcão era bem maior que eu então tive que ficar na ponta dos pés e ainda da alguns pulinhos.

– Moça me dá o ingresso para a roda gigante? - Disse abrindo os braços representando o “gigante” a moça esboçou um sorriso e me entregou a fixa.

– Obrigada! - Eu Disse e ela sorriu, fui andando procurando minha mãe, olhei para todos os lados, não havia sinal da mulher que me pôs no mundo.

– MÃE?!- Gritei, olhava para os quatro cantos daquele parque e nada dela. - Mãe eu to sozinha e com medo, cadê você mamãe? - Algumas pessoas olhavam para mim e mesmo com todo o meu desespero ignoravam-me.

– Mãe!- Comecei a gritar, ninguém movia um fio de cabelo para me ajudar, continuava gritando e todos me ignoravam.

– Moça você viu minha mãe? - Perguntei a uma mulher qualquer, que simplesmente me ignorou, e assim eu fui perguntando de um e um, mas todos fingiam que não estavam vendo nem ouvindo nada.

Já estava chorando nesse instante fui andando pela cidade sem rumo e sem direção, me sentei em baixo de um pequeno lugar com cobertura, ainda chorava muito, minha mãe havia me deixado sozinha em um lugar que nem ao menos eu sabia o nome, como não passava de uma garota frágil e inocente, eu pensava que minha mãe foi raptada, sequestrada, sei lá... Então começou a chover me encolhi toda , coloquei a mão no bolso e tinha um papel lá dentro, tirei e vi com varias letras, não fazia a mínima do que estava escrito ali, cheia de palavras, ainda não sabia ler certo o suficiente para interpretar tudo ali... Como ela teve coragem de fazer aquilo comigo?

Horas e horas passaram-se e nada de alguém me ajudar, até que um casal que estava passando com o guarda-chuva na mão parou e vieram até mim

– Oi docinho- A mulher começou- Cadê sua mamãe? - Perguntou passando sua mão em meu rosto.

– Eu não sei- Disse abaixando um pouco a cabeça- Ela me deixou sozinha.

– Como assim ela te deixou sozinha? - Perguntou um pouco perplexa.

– Ela foi embora, e me deixou sozinha no parque.

– Minha nossa!- A mulher apareceu espantada- Vamos comigo para minha casa.

– Mas você é estranha e eu não posso.

– Eu sou Patrícia e você é?

– Leslie. - Eu disse um pouco tímida.

– Não somos mais estranhas está vendo? Vem comigo, eu só quero te ajudar - Aceitei a ajuda de uma desconhecida.

Uma desconhecida que mudou minha vida, ela me criou eu cresci no bem bom, sem autorização da justiça, mas ela me criou mesmo assim, e me registrou como minha verdadeira mãe depois de um bom tempo de procura pela biológica que sumia aos poucos de minha mente, como não achamos o jeito foi ela ficar comigo, ela e o Luciano foram os pais que eu nunca tive.

Alguns anos depois eu encontrei a carta que minha mãe me deixou e como já sabia ler, eu comecei.

“Filha... Eu sei que um dia eu vou me arrepender e muito disso, me perdoa por ta fazendo isso com você, mas acho que tive filha muito nova e quero viver a vida mais um pouco, me perdoa por ta fazendo isso com você, eu sei que nunca fui uma mãe exemplar apesar de que eu sempre ter te dado carinho e amor, mas me perdoa querida... Por mais que tenha te dado todo o amor possível sei que não estou realmente pronta, espero que encontre uma família melhor que eu para você... Apesar do que estou fazendo, me perdoa. Eu te amo”.

Foi isso que ela me deixou... Então na verdade nunca foi um sequestro foi simplesmente abandono de incapaz. Depois de um tempo eu superei.

Alguns anos passaram e chegou o dia do meu aniversario de dez anos, eu, Patrícia e Luciano iríamos viajar, estávamos no carro felizes catando pelo fato de que eu iria completar dez anos e que eu iria ganhar um irmãozinho ou irmãzinha, a patrícia finalmente conseguiu ficar grávida.

Estávamos felizes cantando no carro, quando em uma curva Luciano perdeu o controle do carro, ele desviou de tudo, mas no final vinha um caminhão em alta velocidade, ele não conseguiu e fez com que o carro colidisse com o caminhão... Eu fui a única sobrevivente do acidente, perdi, pai, mãe e um irmão que nem ao menos conheci.

Como não tinha família o jeito foi eu ficar em um orfanato, eu não queria, mas como não tinha outra alternativa, fiquei todos esses anos triste, deprimida, sofria bullying das outras meninas no orfanato... Por isso e muitas outras coisas eu me tornei a garota fria e ignorante que sou hoje.

[...]

Leslie Fontana nunca mais foi a mesma...


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Notas finais do capítulo

Bom é isso, logo, logo tem mais um... Beijos!
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